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POSSIBILIDADE DE FRACIONAMENTO Em regra, as férias devem ser concedidas de uma só vez, em um único período. Somente em casos excepcionais poderão as férias ser concedidas em dois períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez) dias corridos (CLT, art. 134, § 1.°). Embora não haja consenso a respeito, parece-nos que a doutrina dominante propugna que a exigência de duração mínima de 10 (dez) dias refere-se, tão-somente, a um dos períodos de gozo (e não, necessariamente, aos dois períodos de gozo). Assim, desde que respeitado o requisito “casos excepcionais”, poderão ser concedidas as férias em dois períodos, por exemplo, um de 22 (vinte e dois) e outro de 8 (oito) dias, pois resultaria cumprida a exigência da CLT (um dos períodos não inferior a dez dias corridos). Essa inteligência decorre de inteipretação sistemática do texto consolidado, combinando-se os artigos 134, § 1.° (que fixa a regra do fracionamento das férias individuais do empregado), e 139, § L° (que fixa a regra do fracionamento das férias coletivas). Com efeito, ao referir-se ao fracionamento das férias individuais (art. 134, § 1.°), o legislador utilizou-se da expressão “um dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez) dias” e, diferentemente, ao regrar o fracionamento das férias coletivas (art. 139, § 1.°), determinou que “desde que nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias”. Assim, considerando que tais preceitos encontram-se no mesmo texto consolidado, parece-nos que estabelecem regras distintas, a saber: (a) no fracionamento das férias individuais, basta que um dos períodos não seja inferior a dez dias; (b) no fracionamento das férias coletivas, nenhum dos períodos poderá ser inferior a dez dias. Não se admite o fracionamento das férias dos menores de 18 anos e dos maiores de 50 anos de idade.
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