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Adeno-hipófise

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ADENO-HIPÓFISE 
A adeno-hipófise, ou hipófise 
anterior, desempenha um papel 
fundamental na regulação da 
função endócrina, por meio da 
produção e da liberação dos 
hormônios. 
Os hormônios tróficos produzidos 
pela adeno-hipófise são liberados 
na circulação sistêmica, por meio 
da qual alcançam seus órgãos-alvo 
para produzir uma resposta 
fisiológica, envolvendo, com mais 
frequência, a liberação de um 
hormônio do órgão-alvo. 
 Os hormônios produzidos pelos 
órgãos-alvo afetam a função da 
adeno-hipófise, bem como a 
liberação dos neuropeptídeos 
hipofisiotróficos, mantendo um 
sistema integrado de controle da 
função endócrina por 
retroalimentação. 
➢ Anatomia funcional: 
A hipófise, ou glândula pituitária, é 
constituída por um lobo anterior e 
um lobo posterior, que diferem 
em sua origem embriológica, 
modo de desenvolvimento e 
estrutura. O lobo anterior, 
também conhecido como adeno-
hipófise, é maior e consiste em 
uma parte anterior e uma parte 
intermédia, separadas por uma 
estreita fenda, o remanescente da 
bolsa de Rathke. A parte 
intermédia é de pouca 
importância na fisiologia humana. 
A adeno-hipófise é uma estrutura 
altamente vascularizada, 
constituída por células epiteliais 
derivadas do revestimento 
ectodérmico do palato. 
 
As células da adeno-hipófise são 
denominadas de acordo com o 
hormônio que produzem. Com 
base em sua distribuição 
específica, podem ser mais ou 
menos suscetíveis à lesão 
traumática. Por exemplo, os 
gonadotropos e os somatotropos 
(células produtoras de GH) são 
mais numerosos na região 
posterolateral da adeno-hipófise, 
sendo mais vulneráveis à lesão 
mecânica da hipófise. 
Os corticotropos (células 
produtoras de ACTH) e os 
tireotropos (células produtoras de 
TSH) localizam-se 
predominantemente na região 
anteromedial, sendo mais 
resistentes à lesão traumática. Os 
lactotropos (células produtoras de 
Prl) estão espalhados pela hipófise 
e também constituem uma 
população de células resilientes. A 
neuro-hipófise é de origem 
nervosa e consiste em fibras 
nervosas não mielinizadas e 
terminações axonais dos 
neurônios magnocelulares 
hipotalâmicos, estando os corpos 
celulares localizados 
principalmente nos núcleos 
supraóptico e paraventricular do 
hipotálamo. 
➢ Controle da liberação 
hipofisária: 
A responsividade da adeno-
hipófise aos efeitos inibitórios ou 
estimuladores dos neuro-
hormônios hipofisiotróficos pode 
ser modificada por diversos 
fatores, como os níveis 
hormonais, a inibição por 
retroalimentação negativa e os 
ritmos circadianos. 
A liberação dos hormônios adeno-
hipofisários é de natureza cíclica, 
sendo esse padrão cíclico de 
liberação hormonal governado 
pelo sistema nervoso. Os ritmos 
são, em sua maioria, 
impulsionados por um relógio 
biológico interno localizado no 
núcleo supraquiasmático do 
hipotálamo. Esse relógio é 
sincronizado ou influenciado por 
sinais externos, como períodos de 
luz e escuridão. 
Tanto o sono quanto os efeitos 
circadianos interagem para 
produzir o padrão rítmico global 
de liberação dos hormônios 
hipofisários e as respostas 
associadas. Alguns dos ritmos 
hormonais de 24 horas dependem 
do relógio circadiano (i.e., ACTH, 
cortisol e melatonina), enquanto 
outros estão relacionados com o 
sono (i.e., Prl, GH e TSH). Por 
exemplo, a secreção de GH é 
influenciada pelo primeiro 
episódio de sono de ondas lentas 
no início da noite. Os pulsos de Prl 
e de GH estão ligados de modo 
positivo aos aumentos na 
atividade das ondas delta que 
ocorrem durante as fases mais 
profundas do sono e, 
principalmente, durante o 
primeiro terço da noite. Os pulsos 
de TSH e de cortisol estão 
relacionados com as fases 
superficiais do sono. 
Embora a regulação dos padrões 
de liberação hormonal não esteja 
bem elucidada, é evidente que os 
respectivos padrões de liberação 
dos hormônios adeno-hipofisários 
desempenham um papel crucial 
na produção de seus efeitos 
fisiológicos e, portanto, na 
manutenção da homeostasia. A 
importância dessa regulação 
tornou-se evidente com a 
administração constante ou 
contínua de hormônio exógeno, 
que produz efeitos que diferem 
dos efeitos fisiológicos naturais do 
hormônio. Essas observações 
ressaltam a importância de se 
procurar simular tanto quanto 
possível os padrões cíclicos 
endógenos de liberação hormonal 
quando se administra terapia de 
reposição hormonal a um 
paciente. Além disso, foi 
identificada uma ruptura dos 
padrões cíclicos de liberação 
hormonal em estados patológicos, 
e acredita-se que isso possa 
desempenhar um importante 
papel no comprometimento da 
função endócrina que ocorre com 
o envelhecimento. 
A ruptura dos ritmos circadianos 
leva a sintomas de fadiga, 
desorientação, alteração dos 
perfis hormonais e maior 
morbidade. Por conseguinte, o 
padrão cíclico natural de liberação 
hormonal do hipotálamo, da 
hipófise e dos órgãos-alvo é de 
suma importância para a função 
endócrina normal.

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