Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Seminários de gastro F Í G A D O E G E S T A Ç Ã O Quadros de náuseas e vômitos, com perda de peso. Acontece geralmente na 9-10º semana de gestação, com 0,3-3,6% das grávidas. Outros sinais: cetonúria, desidratação, desequilíbrio hidroeletrolítico, distúrbios nutricionais, aumento TGO e TGP, aumento de bilirrubinas. Fisiopatologia: Endócrino: diminuição de TSH e aumento de T3/T4, hipertireoidismo transitório, gera hiperêmese. Pode evoluir para desidratação metabólica e psicose de Wernicke-Korsakoff; descolamento de retina; neuropartia periférica; falência renal; Mallory-Weiss; ruptura esofágica e pneumomediastino. Fatores de risco: nulíparas; gestação múltipla; doença trofoblástica gestacional; antecedente de heperêmese; distúrbios psiquiátricos; feto com triploidias. Tratamento: controle náuseas e vômitos; correção desidratação e distúrbios hidroeletrolíticos; internação hospitalar; jejum, controle de peso; hidratação EV e reposição iônica; reposição de vitaminas, nutrição parenteral/enteral, anti- histamínicos e sedativos. Metoclopramida, bromoprida e ondansetrona. Caracterizam as síndromes hipertensivas gestacionais. A eclâmpsia corresponde a um conjunto de convulsões generalizadas e inexplicada em grávidas. É a primeira causa de morte materna. Se caracteriza pelo desenvolvimento de hipertensão > 140/90 mmHg, com proteinúria, após a 20º semana de gestação. Pode ser assintomática; edema (mãos e face) e ganho de peso; hiperreflexia; cefaleia, distúrbios visuais e confusão; dor em epigástrio ou hipocôndrio dreito, náuseas e vômitos; dispneia; AVE; oligúria. Fisiopatologia: Desenvolvimento insuficiente de arteríolas espiraladas útero-placentárias; placenta isquêmica e hipoperfundida -> inflamação; lesão endotelial, resposta inflamatória e estresse oxidativo. Pode ter complicações, como eclâmpsia; restrição do crescimento e morte fetal; descolamento prematuro de placenta; IR ou hepática; síndrome de HELLP. Fatores de risco: nulíparas; gestação múltipla; histórico familiar; obesidade, HAS e DM; distúrbios vasculares; menos de 17 anos ou mais de 35 anos. O diagnóstico é feito a partir de HPA de início recente e proteinúria inexplicada. Pode haver trombocitopenia, IR, aumento de TGO E TGP; edema de pulmão; sintomas cerebrais ou visuais. Tratamento: em casos leves ambulatorial e em casos mais graves internação. Adiantar o parto, em casos de idade gestacional elevada ou gravidade. Sulfato de magnésio, prevenção de convulsões. Hemolysis, elevated liver enzymes and low platelets. Acomete 4-12% dos pacientes com pré-eclâmpsia e 0,1 a 0,8% das gestações no geral. Geralmente entre a 28-36º semanas. Fisiopatologia: Anomalia na angiogênese placentária, gerando isquemia, inflamação e estresse oxidativo. Isso estimula formação de edema, de hipertensão e a agregação plaquetária com resposta imune. Com isso, há ativação dos leucócitos e depósito de fibrina nos rins (proteinúria), no fígado (necrose, elevação de enzimas. trombose e hemorragia, hipertensão parênquima e hematoma subcapsular), no SNC (cefaleia) e no sistema hematológico (hemólise e trombocitopenia. Pode ser assintomática; cursar com cefaleia e sintomas visuais, dores no abdome, proteinúria e HPA. Fatores de risco: história de pré-eclâmpsia ou de HELLP; HF. HIPERÊMESE GRAVÍDICA PRÉ-ECLÂMPSIA E ECLÂMPSIA SÍNDROME HELLP O diagnóstico é através da confirmação de trombocitopenia < 100000; hemólise (icterícia, > bilirrubinas e de LDH); elevação de transaminases. Seu diagnóstico diferencial inclui esteatose hepática aguda da gravidez, SHU, PTT e hepatites virais. Complicações: coagulação intravascular disseminada; descolamento de placenta; IRA; edema de pulmão; hemorragia intracraniana; descolamento de retina; hematoma subcapsular hepático. Tratamento: estabilização e verificar condição do feto. Controle de PA (hidralazina, nifedipina); prevenção convulsões (magnésio); uso de hemoderivados. É a interrupção da bule nos ductos do fígado. Ocorre geralmente no 3º trimestre, em 1/100 gestantes. Seu quadro clínico é caracterizado por prurido generalizado, sem lesões aparentes, com escoriações, piora noturna e intensidade variável. Além disso, podem estar presentes astenia. náuseas e vômitos, anorexia, dor abdominal. Icterícia inicia após 1 ou 4 semanas, que pode acompanhar urna escurecida e fezes claras em 20% dos casos. O quadro se resolve cerca de 2-4 semanas pós-parto. Fisiopatologia: Ainda não é bem conhecida, pode ter uma etiologia multifatorial (mutações genéticas, elevação estrogênio e progesterona). Seu diagnóstico é através da elevação do nível dos ácidos biliares (>10mmol/L); elevação de TGO, TGP, FA, colesterol e TAG; aumento bilirrubina direta; redução de albumina. Seus diagnósticos diferenciais incluem afecções pruriginosas, hepatites virais ou medicamentosas, obstrução biliar, doenças intra-hepáticas (cirrose biliar primária). Complicações: Maternas: maior risco de sangramento no parto (menos absorção vitamina K). Fetal: parto prematuro; s. do desconforto respiratório do recém-nascido; morte fetal. Tratamento: ácido ursodesoxicólico. Indução do parto com 37 semanas. Acomete 1-3% das gestantes; alto risco de morte materna e fetal (18%); Há infiltração de gordura nos hepatócitos, que apresentarão necrose, apoptose e inflamação. Pode levar à insuficiência hepática, com desenvolvimento de encefalopatia e coagulopatia. 18% de mortalidade. Fatores de risco: gestação múltipla, nulíparas, feto masculino, IMC materno < 20; após 35º semana. Sintomas incluem náuseas e vômitos; dores epigástricas; inapetência; cefaleia; edema de pulmão; pancreatite e proteinúria. Diagnóstico: aumento de TGO e TGP, bilirrubinas; leucocitose; plaquetopenia; diminuição de antitrombina III. Em casos graves pode ocorrer aumento de TP e TPPAa, elevação de amônia; insuficiência renal aguda com hiperuricemia. O padrão-ouro é a biópsia hepática (critérios de Swansea), a US e a TC não são bons métodos. Complicações: distúrbios de coagulação; insuficiência fulminante do fígado; encefalopatia; distúrbios metabólicos; ruptura hepática. Tratamento: interrupção da gestação, com suporte para a mãe e o bebê; melhora da função hepática e níveis de antitrombina III; reposição de glicose e reversão de coagulopatias. Aguda: não aumenta a mortalidade materna ou fetal, porém há maior risco de COLESTASE INTRA-HEPÁTICA DA GESTAÇÃO FÍGADO GORDUROSO DA GESTAÇÃO: HEPATITES VIRAIS DA GESTAÇÃO: Hepatite B: Crônica: pouca influência na gestação; cirrose hepática secundária ao CBV pode causar prejuízo na fertilidade (risco morte materna perinatal); pode ocorrer hipertensão na gestação, aborto, parto prematuro e restrição do crescimento fetal. A transmissão vertical durante a gestação é rara (mais no período perinatal). Aguda: 1º trimestre < 10% risco de transmissão ao feto. 2º ou 3º trimestre > 60% de risco de transmissão ao feto. Crônica: HbsAg/HBeAg +, grave risco pro feto, se não for feita imunoprofilaxia no parto, 90% dos RN podem desenvolvera infecção aguda. Prevenção transmissão vertical: Imunoprofilaxia IGHAHB + vacina no RN exposto, previne prevenção perinatal em 90% dos casos. Pesquisar HbsAg em todas gestantes no primeiros trimestre. Se estiver reagente, administrar vacina hepatite B e imunoglobulina humana anti- hepatite B ao RN. Caso a investigação pré-natal não tenha sido feita, investigar na admissão hospitalar. A vacina para a hepatite é recomendada para todas gestantes que não tem histórico de vacinação completo. Gestantes expostas ao HBV, em qualquer trimestre administrar vacimade IGHAHB. Se HbsAg der reagente. solicitar HBeAg, ALT, CV-HBV. Se houver alterações, terapia profilática com Tenofovir 300 mg VO, a partir do terceito trimestre. Se HbsAg e HBeAg der reagente, não é necessário pedri CV-HBV, já está determinada profilaxia no terceiro trimestre, além de terapia antiviral com TDF em toda gestação e pós-parto. Se os exames anteriores derem não-reafent4es, determinar CV-HBV e repetir exames no final dosegundo trimestre. Cesariana não mostra benefícios na prevenção da transmissão vertical. Vacina e IGHAHB em criança exposta e profilaxia com TDF na gestante, amamentação contraindicada. Possui evolução subclínica, com caráter insidioso e inflamação persistente. Se não tratada pode se tornar crônica em 60-85% dos casos, com 20% de evolução para cirrose. Mulheres com HCV possuem risco de piores desfechos, como diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, restrição de crescimento fetal, hemorragia pré-parto e parto prematuro. Transmissão vertical: Ocorre em menos proporção, 5,8%.Não há prevenção. A resolução espontânea ocorre em 25-40% dos lactentes. Na idade adulta pode evoluir para cirrose e CHC. Medicamentos para o tratamento são teratogênicos. A gravidez deve ser evitada durante o tratamento e até seis meses após o término, se ocorrer, suspender o tratamento. Sorologia em gestantes com fatores de risco para HCV (infecção por HIV, drogadição, antecedentes de transfusão ou transplantes antes de 1993, hemodiálise, elevação TGO e TGP sem causa evidente, acidentes com material biológico. Recomenda-se o teste em crianças de mães portadoras após os 18 meses de idade, caso der reagente, solicitar CV-HCV. 20-40% irão negativar. 50% com infecção crônica assintomática. 30% infecção crônica ativa. Se a paciente não estiver em tratamento antiviral, pode ser feito o aleitamento, na ausência de lesões no mamilo ou coinfecção por HIV. Não há parto preferencial. Hepatite C:
Compartilhar