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Constipaçã� intestina� crônic�, megacólo� � Hirschsprun�: Caso clínico 1: Constipação intestinal crônica: Mulher, 36 anos, atendente de telemarketing, compareceu a UPA queixando-se de dificuldades para evacuar há cerca de 7 meses. Quando questionada sobre seus hábitos diários, relatou ter uma alimentação pobre em fibras, pois não tem tempo de preparar algo com melhor qualidade, quando possível, no intervalo do trabalho, ingere água. Costuma ir ao banheiro para defecar somente em casa, inclusive chega a segurar a vontade até o término do expediente. Costuma chegar cansada em casa por isso não pratica exercícios físicos. Nas horas de descanso, costuma ficar deitada na cama assistindo televisão por horas. ● Constipação de trânsito normal/ funcional: ○ Alimentação com falta de fibras, verduras e frutas. ○ Pouca ingestão de água. ● Constipação de trânsito lento. ○ Distúrbio onde os movimentos peristálticos podem estar diminuídos ou ausentes. ● Doenças do ato evacuatório. ○ Perda dos reflexos. ● Quais informações auxiliam a pensar em constipação intestinal? ● O que são cíbalos? ○ Formações fecais, de consistência pétrea, dos pacientes portadores de constipação intestinal. ● Constipação intestinal crônica pode evoluir para impacção fecal? ○ Acúmulo de fezes ressecam, ficando endurecidas - são chamadas de fecalomas. Comum no intestino grosso devido a maior absorção de líquido. ○ Podem ser genéticas. ○ Comum em pacientes cadeirantes. ○ Típico em idosos incapacitados, acamados e cadeirantes, doença de chagas, doença de Hirscsprung. ○ Cerca de 70% em cólon retal, 20% em cólon sigmóide e 10% cólon proximal. ● Obstrução intestinal: ○ Herniação: partes do intestino se projetando por uma abertura anormal. ○ Adesões: faixas de tecido cicatricial internas que se juntam. ○ Intuscepção: o intestino invagina, entrando dentro da sua própria estrutura. ○ Volvo: torção de uma alça do intestino ao redor de seu ponto de fixação mesentérica. ○ Acúmulo de fezes gera um distúrbio mecânico, provoca distensão da parede e as bactérias presentes usufruem das fezes como substratos, o que gera uma maior produção de gases. Gera isquemia que pode evoluir para uma necrose, uma sepse e até mesmo um choque . Caso clínico 2: Doença de Hirschsprung associada a megacolon Recém-nascido, 48 horas de vida, apresentou redução na aceitação de leite materno, ausência de mecônio e distensão abdominal. Após avaliação clínica e exame de enema opaco evidenciou distensão generalizada do intestino grosso, com falhas de enchimento em seu interior e dilatação do sigmóide apresentando largura maior do que o reto e caracterizando inversão da relação reto-sigmóidea. Foi constatado, então, megacolon e optou-se por remoção cirurgia da região intestinal alterada. O material obtido cirurgicamente, foi enviado para avaliação histopatológica. A análise microscópica revelou: ausência das células ganglionares nos plexos submucoso e intramurais do intestino grosso. Diante do relato e das características observadas na microscopia podemos dizer que o RN apresentava: Doença de Hirschsprung (megacólon agangliônico congênito). ● Alteração congênita que gera alterações intestinais. ● Não são formados os plexos de Meissner e Auerbach. A região não apresenta os movimentos peristálticos, em pontos ou raramente no todo. ● Geralmente os pacientes apresentam também síndrome de Down. ● Mecônio = primeiras fezes do recém-nascido. ● Lúmen do intestino bem dilatado, caracterizando um quadro de megacólon em resposta ao quadro de obstrução intestinal. ● Megacólon deve ser removido cirurgicamente. ● Fisiopatologia: ○ 1 em 5.000 ○ 10% com Síndrome de Down. ○ 5% alterações neurológicas graves. ○ Migração defeituosa das CCN (neuroblastos). ○ Morte prematura - gânglio. ○ O lúmen está mais contraído, o bolo fecal não consegue passar, se acumulando próximo a área de aganglionose. ○ Região do reto não relaxa, não conseguindo evacuar mesmo que passe pouca quantidade de fezes. ● Microscopia: ○ Ausência das células ganglionares. ● Megacólon: ○ Consequência da constipação e da doença de Hirschsprung. ○ Trânsito lento - principalmente em pacientes com Chagas. ○ Distensão do cólon de maneira anormal. ○ Pode ser congênito ou adquirido. ○ Pode ser tóxico (óxido nítrico) , trazendo lesões de maneira sistêmica. ○ Pode causar necrose, gangrena e perfuração. Caso se rompa pode levar ao quadro de sepse e choque. ○ Processo inflamatório intenso.
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