Prévia do material em texto
Estágio Supervisionado de Prática Jurídica Penal – IV PEÇA PRATICA-PROFISSIONAL (CASO HIPOTÉTICO) LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES ABAIXO. 1) A peça deverá ser manuscrita, em letra legível, com caneta esferográfica de tinta azul ou preta, não sendo permitida a interferência e/ou a participação de outras pessoas. 2) No caso de erro, risque, com um traço simples, a palavra, a frase, o trecho ou o sinal gráfico e escreva o respectivo substituto. Não utilize corretivo, sob pena de perda de pontuação. 3) Caso a peça profissional exija identificação, utilize apenas a palavra ADVOGADO, anotando seu nome tão somente no cabeçalho da folha de respostas. 4) Na elaboração da peça profissional inclua todos os dados que se façam necessários, sem, contudo, produzir qualquer identificação além daquelas fornecidas no enunciado da questão. Para tanto utilize o nome do dado seguido de reticências ou “xxx”, conforme o seguinte exemplo: “Município... ou Cidade xxx”, “Data... ou Data xxx”. Não omita nenhum dado legalmente exigido, utilizando sempre o modelo exemplificado. 5) Não acrescente/invente qualquer dado/fato não incluído no enunciado para o desenvolvimento da tese pretendida. 6) Será permitida somente a utilização da legislação “seca”, não sendo permitido o uso de modelo de internet quando da confecção da peça. 7) A mera transcrição de artigo não confere pontuação. Necessário se faz concatenar as ideias de modo a realizar a subsunção do fato a norma, ou seja, fundamentar correlacionando o caso hipotético com o artigo pretendido. 8) Sob nenhuma hipótese, a peça prático-profissional deverá ultrapassar as 150 linhas. O texto que supera-las será desconsiderado para fins de correção. 9) Envie a peça digitalizada em arquivo único e em formato PDF. Peça prático-profissional Apolo, rapaz jovem e bem-apessoado, deslocou-se até um shopping center a fim de comprar um celular. Após efetuar a compra, dirigiu-se até o estacionamento do shopping, onde deixou o seu veículo, momento em que foi abordado por Luiz Henrique vulgo “Lulinha”, antigo desafeto. Após acirrada discussão, como único meio que estava ao seu alcance para se proteger, Apolo desferiu facada contra Luiz Henrique, suficiente para causar lesões graves com perigo de vida, quase o levando à morte. Atendendo aos pedidos de Florinda, namorada de Luiz Henrique, que se encontrava no local, Apolo colocou a vítima no seu automóvel, levando-a até o hospital. Apesar das graves lesões sofridas, acarretando perigo de vida, Luiz Henrique, após exitosa cirurgia, acabou sobrevivendo. Após ter vista do inquérito policial, o Ministério Público ofereceu denúncia contra Apolo, imputando-lhe a prática do crime de homicídio simples tentado, nos termos do artigo 121, “caput”, c/c artigo 14, 2 inciso II, ambos do Código Penal, arrolando a vítima e Florinda Flor para serem inquiridas em juízo. Ao longo da instrução foram juntadas imagens do sistema de monitoramento eletrônico do estacionamento, onde Luiz Henrique aparece, munido de uma faca, indo rapidamente em direção a Apolo para agredi-lo. Na audiência de instrução, a vítima admitiu que, ao visualizar Apolo no estacionamento, partiu em sua direção com a finalidade de agredi-lo. Florinda Flor relatou, em juízo, que, durante a discussão, o marido sacou de uma faca e partiu para atingir Apolo. Durante o seu interrogatório, Apolo disse que apenas reagiu à ação da vítima, que partiu em sua direção para matá-lo. Após as manifestações derradeiras das partes, o Magistrado da Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Belo Horizonte/MG prolatou decisão pronunciando o réu como incurso no crime de artigo 121, “caput”, c/c artigo 14, inciso II, do Código Penal. Na sua fundamentação, o Magistrado afirmou que a prova coligida ao longo da instrução não deixa margem a dúvidas acerca da responsabilidade penal do réu, razão pela qual deve ser submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri. A defesa foi intimada da decisão no dia 18.10.2019 (sexta-feira). Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, na condição de advogado de Apolo, redija a peça, excluída habeas corpus, cabível à impugnação da mencionada decisão, acompanhada das razões pertinentes, datando-a no último dia do prazo fatal.