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Práticas Assistenciais em Saúde Materna - apostila

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Gabrielle D Ornelas de Sousa @gabdornelas 
1 
 Práticas Assistenciais em Saúde Materna
 
Objetivos de desenvolvimento do milênio 
1: erradicar a extrema pobreza e a fome 
2: universalizar a educação primaria 
3: promover a igualdade de gênero e a autonomia das 
mulheres 
4: reduzir a mortalidade na infância 
5: melhorar a saúde materna 
6: combater o HIV/AIDS, a malaria e outras doenças 
7: assegurar a sustentabilidade ambiental 
8: estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento 
 
 
 
 
 
 
Diagnostico na gravidez 
Ministério da saúde e a rede cegonha incluíram o teste 
rápido de gravidez. 
Atraso menstrual de mais de 15 dias é orientada pela equipe 
de saúde a realizar o teste imunológico de gravidez (TIG), 
solicitado pelo medico ou pelo enfermeiro. 
 
Sinais de probabilidade 
Amolecimento da cérvice uterina (colo do útero), com 
posterior aumento do seu volume 
Paredes vaginais aumentadas 
 
Testes rápidos 
Negativo – não quer 
Realizar orientação imediata de planejamento reprodutivo, 
inclusive com a entrega imediata de insumos/ medicamentos. 
Ofertar testes rápidos ISTs 
 
Negativo- deseja 
Encaminhar para consulta de planejamento reprodutivo 
Ofertar testes rápidos ISTs 
Prescrever e orientar sobre o uso de ácido fólico 
 
Positivo – deseja 
O teste é triagem, já pode ser vinculada ao pré-natal. Pode 
realizar o beta HCG 
 
 
Inicia a rotina de pré-natal e reforçar o convite para 
participação da parceria sexual durante as consultas 
 
Positivo – não quer 
Orientar sobre os direitos da gestação: pré-natal, assistência 
ao parto e ao nascimento., rede de proteção social 
(estudante), licença maternidade, programas para família de 
baixa rende 
Ofertar mediações de conflitos familiares 
Orientar sobre a possibilidade de adoção 
Informar que a legislação brasileira permite a interrupção da 
gravidez para casos previstos em lei (violência sexual, risco 
de morte para a mulher, anencefalia fetal) 
Informar os riscos de praticas caseiras para interrupção da 
gravidez (febre, calafrios, secreção vaginal com odor fétido, 
dor ao urinar, hemorragia, dor no baixo ventre) procurar o 
hospital mais próximo. 
 
Escrita obstétrica 
G – nº de gestações 
P – nº de partos 
A – nº de abortos 
 
Exemplos 
 GIII PI AI – um filho, um aborto e está grávida 
 GV PIII AI – três filhos, um aborto e está grávida 
 GIII PII A – dois filhos e está grávida 
 
Exercícios 
 Marina 20 semanas, já teve um aborto 
R: G2 P0 AI 
 
 Vanessa 30 semanas, já teve um aborto, um parto 
cesariano e um parto normal 
R: G4 P2 A1 
R: G4 Pc1 Pn1 A1 
 
 Jessica 35 semas, teve duas cesarianas e um parto 
normal 
R: G4 P3 A0 
R: G4 Pc2 Pn1 A0 
 
 Barbara nunca pariu, e está de 15 semanas 
R: G1 P0 A0 
Causas da morte materna: 67% são pela intervenção, omissão 
ou tratamentos incorretos, todas por causas obstétricas diretas 
(negligencia). 
 
Gabrielle D Ornelas de Sousa @gabdornelas 
2 
 
 Clara está de 28 semanas e teve dois partos normais 
R: G3 Pn2 Pc0 A0 
 
Idade gestacional 
Ultimo dia da DUM (primeiro dia da menstruação), e a 
quantidade de dias ate o dia da contagem, pega o resultado 
e divide por 7 para saber em semanas 
 
Ex1: DUM 20/01 
hoje: 10/03 
jan: 11 
fev: 28 
Marc: 10 
Idade gestacional: 49/7 = 7 semanas 
 
Ex2: DUM: 10/12/2020 
Hoje: 10/30 
Dez: 21 
Jan: 31 
Fev: 28 
Març: 10 
Idade gestacional 90/7= 12 semanas e 6 dias 
 
Exercícios 
a) DUM: 17/06/2020 
jun: 13 
jul: 31 
ago: 31 
set:30 
out: 31 
Nov: 30 
Dez: 31 
Jan: 31 
Fev: 28 
Mar: 10 
Id: 266/7= 38 semanas 
 
b) DUM: 13/10/2020 
Calendário 
Id: 21 semanas e 1 dia 
 
c) DUM: 03/08/2020 
Calendário 
Id: 31 semanas e 2 dias 
 
 
 
 
DPP (data provável do parto) 
Calcula-se a data provável do parto levando-se em 
consideração a duração média da gestação normal (280 dias 
ou 40 semanas, a partir da DUM) 
Regra de naegel 
Dia + 7 
Mês - 3 
Ano + 1 
 
Ex1: DUM: 08/06/2020 
+ 7 - 3 + 1 
DPP: 15/03/2021 
 
Ex2: DUM: 27/06/2020 
+ 7 - 3 + 1 
= 34/03/2021 – mas fev tem 28 dias então, 28 – 34 = 6 
DPP: 06/01/2021 
 
Ex3: DUM: 04/02/2021 
+ 7 
Janeiro, fevereiro, março ao invés de -3, colocamos +9 e 
não precisa mudar o ano 
DPP: 11/11/2021 
 
Exercícios 
 DUM: 25/01/2021 
IG: 6 semanas e 2 dias 
DPP: 32/11/2021 
01/10/2021 
 
 DUM: 16/07/2020 
IG: 33 semanas e 5 dias 
DPP: 23/04/2021 
 
 DUM: 26/03/2021 
33/12/2021 
DPP: 02/01/2022 
 
 DUM: 29/07/2021 
36/04/2022 
DPP: 06/05/2022 
 
Deborah: 17/01/2021 
IG: 7 semanas e 3 dias 
DPP: 24/10/2021 
 
 
 
Gabrielle D Ornelas de Sousa @gabdornelas 
3 
Consulta 
Ig 
Dpp 
Exame físico: 
PA 
Temp 
AU 
BCF 
Peso 
Edema em MMII 
 
 
Gestação de risco 
Cuidados básicos e imprescindíveis 
Considerados fatores de risco maternos e fecais. 
Materno: 
Risco de idade 
 Menos de 15 anos 
 Mais de 35 anos 
Baixo peso, sobre peso, obesidade 
Uso de drogas 
Diabetes 
HIV 
Uso de drogas, álcool, tabagismo 
hipertenção 
 
As ações adequadas durante o pré natal contribuem para 
melhores desfechos para a mulher e para o bebe, e o 
protege mulheres da mortalidade materna. 
Cerca de 15% desenvolvem complicações. 
Gestão de risco  redução de dano 
 
Cuidados pré concepção 
Identificar os fatores antes da gestação, concelho ao 
planejamento reprodutivo. 
Estabilizar as docas de base para programar a gestação a 
fim de redução de dano. 
Discutir o risco reprodutio na atenção especializada. 
 
Cuidado pré natal 
Redução de morbimortalidade materna e perinatal 
relacionada com o acesso das gestantes ao atendimento pré 
natal de qualidade e em tempo oportuno. Necessário rede 
de atenção obstétrica comtemple todos os níveis de 
complexidade. 
Atentar para alterações que apontem risco gestacional, 
encaminhando, atravez no sistema de regulação em saúde, 
para a unidade que acompanhe gestante de alto risco 
 Captação precoce 
 Inicio mediato do pré natal 
 Adequeada avaliação do risco 
 
Avaliação de risco 
Identificar problemas no curso ndo acompanhamento pré 
natal 
Gestantes que já tem doenças pré existentes, e gestantes 
que arensentam alterações somente durante o 
acompanhamento. 
Exigem avaliações continuas e especificas em cada período 
 
1. fatores de risco que permitem a realização de pré natal 
pela equiepe básica 
 
Esfoço físico, carga e rotatividade de horário, exposição a 
agentes físicos químicos biológicos nocivos, estresse 
 
2. fatores de risco que podem indicar o encaminhamento 
para o pré natal em unidade de alto risco 
 Condicoes previas: cardiopatas, hipertenção arterial 
crônica, hipertireoidismo, diabetes mellitus, doença 
falciforme. 
 Historia reprodutiva anterior: morte intrauterina de causa 
desconhecida, historia previa de doença hipertensiva da 
gestação, com mau resultado obstétrico e/ou perinaral. 
 Gravidez atual: gemelaridade, restrição de crescimento 
intrauterino, diabetes mellitus gestacional 
 
3. fatores de risco que indicam encaminhamento para 
urgência/emergência obstétrica 
 
Gabrielle D Ornelas de Sousa @gabdornelas 
4 
 
Sinais e sintomas 
 PA: pas ≥ 140mmhg e pad ≥ 90mmhg 
Aumento de 30mmhg na pressão sistólica ou 15mmhg na 
diastólica. 
 Elevação da glicemia 
Deve ser realizada na primeira consulta em jejum e após 24 
semanas de gestação 
Glicemia de jejum entre 92 a 125 mg/dl favorece o 
diagnostico de diabetes gestacional, se der 125 mg/dl 
favorece o diagnostico de diabestes pré gestacional 
 Desvio de crescimento uterino 
Altura uterina menos ou mair que esperada no 3º trimestre 
deve ser indicação de ultrassonografia obstétrica paa 
avaliação do crescimento fecal. 
Caso restrição de crescimento intrauterino grave e precoce 
(diagnosticado no 2º trimestre) apontam possibilidade de 
infecção congênita com cromossomopatia,acompanhamento de pré natal de risco 
 Queixas deperda de liquedo 
Amniorrexe prematura constitui causa importante de partos 
pré termo (cerca de 1/3 dos casos), contribuindo para 
mortabilidade perinatal 
A anamnese e a visualização da perda de liquido amniótico 
conferem o diagnostico, sem necessidade de exames 
Deve sempre aconselhar a familia sobre 
morbidade/mortalidade relacionadas à idade gestacional. Risco 
de infecção mater pela eficacio limitada do tratamento. 
Gestantes com suspeita e diagnostico devem ser 
encaminhadas as unidades de emergência obstetrca. 
 Outros sintomas 
Ganho de peso alem do esperado ou abaixo 
Edema e sinais de ansarca 
Alterações urinarias ou queixas quem indiquem infeccçoes 
do trato urinário (ITU) 
Transtornos comportamentais 
Desejos e expectativas conflitantes com o momento da 
gestação 
Fatore individuias e sociodemograficos, com atenção 
diferenciada para mulheres negras, pardas com maiores 
vunerabilidades sociais. 
Violência e abuso social, familiar ou domestico. 
 
Nascimento 
O fator de ser umagestação de risco não implica na 
indicação de antecipação do parto por cesariana. As 
indicações de antecipação do parto devem ser avaliadas 
individualmente, o objetivo é que a gestação chegue o mais 
próximo do termo, sem danos maternos ou fecais 
Garantir/ofertar métodos contraceptivos de longa duração 
(DIU) no pos parto imediato 
Indução do parto: implica na utilização de métodos que 
desencadeiem contrações iterinas objetivando o incio do 
trabalho de parto para assegurar o nascimento da criança 
em um tempo apropriado. 
Cesaria eletiva: método de eleição nas situações de 
itertividade (duas ou mais cicatrizes) e nas situações de 
contraindicação absoluta ao parto normal. 
 
Mecanismo do parto 
É todo o movimento ativo e passivo feito pelo feto, 
impulsionado pelas contrações, atrves do canal de parto. 
Seis etapas 
1. Insinuação ou encaixamento 
 
 
2. Descida 
 
 
3. Rotação interna 
 
 
4. Desprendimeno da apresentação 
 
 
5. Rotação externa da apresentação acompanhada da 
rotação interna dos ombros e membros (cefálicas) ou 
do troncos e cabeça (pélvicas) 
Gabrielle D Ornelas de Sousa @gabdornelas 
5 
 
 
6. Desprendimento acrominal 
 
 
Assinclitismo 
e refere à posição de um feto no útero durante o parto de 
tal forma que a cabeça está inclinada em direção ao ombro.
 
Apresentações cefálica: 
 96-96,5% de incidência de cefálicas fletidas 
 Nas multíparas, no inicio do TP, com bolsa integra (BI), a 
cabeca fetal esta móvel ou levemente adaptada no ES 
 Nas primíparas, encontra-se adaptada no ES 
 
Flexão: mento se aproxima do esterno. Visa substituir 
diâmetros maiores por menores 
 
Freqüências das apresentações: 
Cefálica fletica 95,5% 
Pélvicas 3% 
Cefálicas defletidas 1% 
Córmicas ou de ombros 0,5% 
 
Gabrielle D Ornelas de Sousa @gabdornelas 
6 
 
Aleitamento materno 
Aleitamento materno é quando a criança recebe leite 
materno (direto da mama ou ordenhado) 
independentemente de receber ou não outros 
alimentos. No entanto, amamentar vai além do ato de 
nutrir uma criança, pois este ato engloba a relação 
entre mãe-bebê e repercussões (em diversos níveis) 
para a saúde da mãe e de seu filho. 
A OMS, o Ministério da Saúde do Brasil e a Sociedade 
Brasileira de Pediatria (SBP) recomendam amamentação 
exclusiva por aproximadamente seis meses e 
complementada até os dois anos ou mais. 
 
Vantagens 
•Redução da mortalidade infantil 
A proteção conferida pelo leite materno é máxima nos 
primeiros meses de vida, diminuindo à medida que a 
criança cresce. 
•Redução da morbidade por diarréia 
Evidências epidemiológicas mostram que o leite 
materno confere proteção contra diarréia, sobretudo 
em crianças de baixo nível socioeconômico de países 
em desenvolvimento. Porém, essa proteção pode 
diminuir quando o aleitamento materno deixa de ser 
exclusivo. 
•Redução da morbidade por infecção respiratória 
Vários estudos realizados em diferentes partes do 
mundo demonstraram que o leite materno protege 
contra infecções respiratórias. Além disso, a 
amamentação parece diminuir a gravidade dos 
episódios de infecção respiratória. 
•Redução de alergias 
O aleitamento materno exclusivo reduz o risco de 
asma; o aleitamento materno, independentemente de 
ser exclusivo, reduz o risco de sibilos recorrentes; 
protege contra o desenvolvimento de dermatite 
atópica; e os efeitos benéficos do aleitamento materno 
são evidentes principalmente em crianças com história 
familiar de doenças atópicas. 
•Melhor nutrição 
O leite materno contém todos os nutrientes essenciais 
para o crescimento e o desenvolvimento ótimos da 
criança pequena, além de ser mais bem digerido, 
quando comparado com leites de outras espécies. Além 
disso, o leite materno é capaz de suprir sozinhas as 
necessidades nutricionais da criança nos primeiros seis 
meses. 
•Melhor desenvolvimento da cavidade bucal 
Não só o conteúdo do leite materno é benéfico, mas o 
exercício que a criança faz para retirar o leite do seio 
da mãe também é importante para o desenvolvimento 
da cavidade bucal, que inclui melhor conformação do 
palato duro, importante para o alinhamento correto dos 
dentes e menos problemas de má-oclusão. Além disso, 
quando o palato é empurrado para cima (com o uso de 
chupetas e mamadeiras), o assoalho da cavidade nasal 
se eleva, com diminuição do tamanho da câmara nasal, 
afetando a respiração nasal. Assim, o desmame precoce 
pode prejudicar as funções de mastigação, deglutição, 
respiração e articulação dos sons da fala, ocasionar má-
oclusão, respiração oral e alteração motora-oral. 
•Proteção contra câncer de mama 
Uma ampla revisão da literatura, englobando 47 estudos 
provenientes de 30 países, constatou que o risco 
relativo de contrair câncer de mama diminuía 4,3% a 
cada 12 meses de duração de amamentação. Essa 
proteção ocorre independe de idade, etnia, presença 
ou não de menopausa e paridade. 
•Menor custo financeiro 
Para uma família com pouca renda, não amamentar e 
comprar fórmulas infantis pode representar grande 
parte da renda desta família. Em 2004, o gasto médio 
mensal para alimentar um bebê nos primeiros 6 meses 
variou de 38-133% do salário mínimo, dependendo da 
marca da fórmula infantil. Além de gastos com 
mamadeiras e gás de cozinha, acrescentam-se os 
gastos com problemas de saúde que crianças não 
amamentadas costumam ter com maior frequência. 
•Efeito positivo no desenvolvimento cognitivo 
O aleitamento materno contribui para o melhor 
desenvolvimento cognitivo. A maioria dos estudos 
comprova que as crianças amamentadas apresentam 
vantagem nesse aspecto, sobretudo, quando 
comparadas com não amamentadas de baixo peso ao 
nascimento. O mecanismo pelo qual isso se dá ainda 
não foi elucidado, havendo estudiosos que defende que 
a presença de certas substâncias no leite são as 
responsáveis pelo melhor desenvolvimento cerebral, 
enquanto outros acreditam que são fatores 
comportamentais ligados ao ato de amamentar. 
 
Dez passos para o sucesso do aleitamento 
materno 
O guia de apoio ao aleitamento materno nos hospitais 
Gabrielle D Ornelas de Sousa @gabdornelas 
7 
1. Ter uma norma escrita sobre aleitamento, que deveria 
ser rotineiramente transmitida a toda a equipe de 
cuidados de saúde; 
 
2. Treinar toda a equipe de cuidados de saúde, 
capacitando-a para implementar esta norma; 
 
3. Informar todas as gestantes sobre as vantagens e o 
manejo do aleitamento; 
 
4. Ajudar as mães a iniciar o aleitamento na primeira 
meia hora após o nascimento; 
 
5. Mostrar às mães como amamentar e como manter 
a lactação, mesmo se vierem a ser separadas de seus 
filhos; 
 
6. Não dar a recém-nascidos nenhum outro alimento ou 
bebida além do leite materno, a não ser que tal 
procedimento seja indicado pelo médico; 
 
7. Praticar o alojamento conjunto – permitir que mães 
e bebês permaneçam juntos – 24 horas por dia. 
 
8. Encorajaro aleitamento sob livre demanda; 
 
9. Não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças 
amamentadas ao seio; 
 
10. Encorajar o estabelecimento de grupos de apoio ao 
aleitamento, para onde as mães deverão ser 
encaminhadas por ocasião da alta, no hospital ou 
ambulatório. 
 
Diante disso, é importante conhecer as 
definições/classificações de aleitamento materno 
adotadas pela OMS: 
Aleitamento materno exclusivo: Quando a criança 
recebe exclusivamente leite materno, seja ele 
ordenhado, diretamente da mama ou leite humano de 
outra fonte; 
Aleitamento materno predominante: Quando além do 
leite materno a criança recebe água ou bebidas a base 
de água (chás, sucos de frutas); 
Aleitamento materno complementado: Além do leite 
materno a criança recebe alimentos sólidos ou 
semissólidos com a finalidade de complementar e não 
de substituir o leite materno; 
Aleitamento materno misto ou parcial: Quando a criança 
recebe leite materno e outros tipos de leite. 
 
BENEFÍCIOS (PARA MÃE E PARA O BEBÊ): 
Devido a um período em que houve grande 
desvalorização do aleitamento materno, diversos 
estudos começaram a ser produzidos no intuito de 
evidenciar os diversos benefícios do mesmo. 
Atualmente, não restam dúvidas quanto a superioridade 
deste em relação aos outros, inclusive acerca da 
desvantagem da suspensão do aleitamento materno 
precocemente. Devido aos diversos fatores existentes 
no leite materno, os quais veremos no tópico a seguir, 
este tem o impacto que mais nenhuma outra estratégia 
possui na redução da mortalidade infantil em crianças 
menores de 5 anos, podendo evitar até 13% das 
mortes de causas evitáveis nesta faixa etária em todo o 
mundo. Além disso, estudos demonstram que a 
amamentação na primeira hora de vida pode ser um 
fator de proteção contra mortes neonatais 
 
 
Tipos de mamilos 
 
 
 
.Mamilos “normais” ou protrusos 
São sempre saltados alguns milímetros da aréola e, 
como o próprio nome já indica, ele é o mais comum 
nas mulheres. Este tipo de mamilo fica rígido sem a 
necessidade de estímulos e se for muito largo pode 
haver a possibilidade de o bebê fazer a “pega” de 
maneira errada, sugando apenas o mamilo. Uma boa 
dica para essa situação é estimular a aréola antes de 
amamentar para que o bico esteja macio, facilitando na 
hora da amamentação. 
 
Mamilos pequenos ou planos 
Possuem a aréola no mesmo nível do bico. Neste caso, 
as mamães podem ter certa dificuldade inicial para 
amamentar, já que o mamilo representa uma superfície 
plana. O recomendado é que as mulheres, antes da 
amamentação, segurem a aréola com os dedos, de 
forma que forme um mamilo. “Existem muitos mitos e 
Gabrielle D Ornelas de Sousa @gabdornelas 
8 
verdades relacionados à questão da amamentação. Um 
desses mitos está relacionado aos mamilos pequenos 
de que as mulheres não conseguem amamentar ou a 
produção do leite é menor. Isso não existe. 
 
Mamilos invertidos ou pseudo-investidos 
São aqueles que estão posicionados para dentro da 
aréola, podendo apresentar-se com a região areolar 
mais flexível. O mamilo invertido costuma ser menos 
comum e, ao ser estimulado, pode ficar proeminente. 
Ao contrário do invertido, o pseudo-invertidos 
respondem aos estímulos de forma oscilante e de 
acordo com a elasticidade do seio de cada mulher. As 
mulheres com esse tipo de mamilo podem encontrar 
certa dificuldade na hora da amamentação porque o 
leite não sai com facilidade. Neste caso, o recomendado 
é que as mamães iniciem a amamentação o quanto 
antes, pois na fase do colostro (primeiro leite produzido 
após o parto), as mamas estão mais macias, ou utilizar a 
mesma técnica usada no caso dos mamilos planos, 
onde se usa os dedos para “pincelar” o bico. 
 
 
As três fases do leite 
materno 
 
 
COLOSTRO 
O colostro é o leite produzido logo após o nascimento 
do bebê. Geralmente, é secretado entre os três e cinco 
primeiros dias e tem consistência mais líquida do que o 
leite maduro. Além disso, é ligeiramente transparente, 
semelhante à água de coco, por isso, às vezes é visto 
erroneamente como se fosse um "leite fraco". 
Na verdade, o colostro contém os mesmos nutrientes 
que o leite maduro, porém com mais proteínas, mais 
anticorpos e menos gordura. É considerado a “primeira 
vacina do recém-nascido”, pois o protege contra uma 
série de doenças e o alimenta muito bem. 
 
TRANSIÇÃO 
A maturação do leite ocorre aos poucos. Como o 
próprio nome diz, o de transição é produzido no 
período intermediário entre o colostro e o maduro. Sua 
composição, portanto, se modifica de forma gradual e 
progressiva. Em geral, esse leite é produzido entre o 
sexto e o 15º dias após o parto. 
O leite de transição é rico em gordura e lactose, 
enquanto o volume de proteínas e prebióticos 
diminuem (fibras que estimulam o crescimento de 
bactérias saudáveis no intestino e auxiliam no seu 
funcionamento). Nessa fase, as mamas ficam mais 
cheias, firmes e pesadas. Mamadas freqüentes do bebê 
ajudam a aliviar esse ingurgitamento normal. 
 
LEITE MADURO 
As mamas produzem o leite maduro cerca de duas 
semanas após o parto. Em seu estágio final e definitivo, 
o alimento contém todos os nutrientes necessários 
para o desenvolvimento físico e cognitivo do pequeno. 
Sua composição é um equilíbrio perfeito entre 
macronutrientes (proteínas, lipídios e carboidratos) e 
micronutrientes (vitaminas, como a vitamina A e C, e 
minerais, como ferro, cálcio e zinco), sendo assim 
suficiente para alimentar exclusivamente o bebê até o 
sexto mês de idade, não sendo necessário nenhum tipo 
de complemento. 
Curiosamente, a composição do leite humano não é 
constante. Sua composição pode mudar a cada 
mamada, principalmente no que diz respeito à 
proporção de gordura. Às vezes, ele é mais fino e 
aguado, contendo importantes carboidratos, proteínas e 
vitaminas. Em outras ocasiões, é mais grosso, cremoso 
e, portanto, mais gorduroso. 
 
Principais problemas refacionados a 
amamentação 
Bebe que não suga ou tem sucção fraca 
Alguns bebes resistem às tentativas de serem 
amamentado 
Bicos artificiais ou chupetas 
Pega 
Posição 
Gabrielle D Ornelas de Sousa @gabdornelas 
9 
 
Dicionário 
Eclampsia: Convulsões que ocorrem durante a gestação ou 
logo após o parto. 
A eclâmpsia pode seguir uma condição de pressão arterial 
elevada e excesso de proteína na urina durante a gestação 
(pré-eclâmpsia). 
Os sintomas que indicam um risco crescente de eclampsia 
incluem dor no lado superior direito do abdômen, dores de 
cabeça intensas e alterações no estado mental e na visão. 
Medicamentos podem tratar e prevenir as convulsões e 
reduzir a pressão arterial elevada. Pode ser necessário 
adiantar o parto. 
Gemelaridade: A maioria delas é dizigótica, ou seja, dois 
óvulos são fecundados por dois espermatozoides. Dessa 
forma, gera dois fetos em placentas e bolsas separadas. Na 
gestação monozigótica, um óvulo é fecundado por um 
espermatozoide. Dessa forma, a divisão em dois embriões 
ocorre nos primeiros dias após a fecundação, gerando dois 
fetos idênticos. 
Anasarca: é um termo médico que se refere a um inchaço, 
também chamado de edema, generalizado no corpo devido 
ao acúmulo de líquido e pode acontecer por causa de 
diversos problemas de saúde como a insuficiência cardíaca, 
problemas nos rins ou fígado e até doenças do sistema 
linfático. 
Amniorrexe: quando ocorre o rompimento das membranas 
ovulares e amnióticas durante o trabalho de parto. As 
membranas ovulares são compostas de dois folhetos, um 
interno, em contato com o líquido amniótico, denominado 
âmnio, e outro externo, denominado cório.

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