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ESCANSÃO SILÁBICA

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ESCANSÃO SILÁBICA
Sílabas poéticas
Chamamos de sílabas métricas ou sílabas poéticas cada uma das sílabas que compõem os versos de um poema. As sílabas de um poema não são contadas da mesma maneira que contamos as sílabas gramaticais. A contagem delas ocorre auditivamente. Quando fazemos isso, dizemos que estamos escandindo os versos. A partir dessa escansão é que podemos classificá-los.
Para contarmos corretamente as sílabas poéticas, devemos seguir os seguintes preceitos:
Não contamos as sílabas poéticas que estão após a última sílaba tônica do verso.
Ditongos têm valor de uma só sílaba poética.
Duas ou mais vogais, átonas ou até mesmo tônicas, podem fundir-se entre uma palavra e outra, formando uma só sílaba poética.
Referências:
MESQUITA, Roberto Melo. Gramática da Língua Portuguesa. 8 ed. São Paulo, Saraiva, 2005, p. 578-9.
Vejamos um exemplo de escansão, comparando a contagem de sílabas gramaticais com a de sílabas poéticas.
A sílaba poética nem sempre corresponde a uma sílaba gramatical. Na divisão (ou contagem) das sílabas poéticas de um verso, consideram-se as emissões de voz do verso como um todo. Além disso, conta-se apenas até a última sílaba tônica do verso. Essa contagem é chamada de escansão.
Observe a escansão destes versos do poema “Canção do exílio”, de Gonçalves Dias.
Mi/nha/ ter/ra/ tem/ pal/mei/ras,/             ( 8 sílabas gramaticais )
Mi/nha/ te/rra/ tem/ pal/mei/ras,              ( 7 sílabas poéticas )
On/de/ can/ta/ o/ Sa/bi/á;/                         ( 8 sílabas gramaticais )
On/de/ can/ta o/ Sa/bi/á;/                          ( 7 sílabas poéticas )
As/ a/ves/ que/ a/qui/ gor/jei/am,/            ( 9 sílabas gramaticais )
A/s a/ves/ que a/qui/ gor/jei/am,              ( 7 sílabas poéticas )
Não/ gor/jei/am/ co/mo/ lá./                     ( 7 sílabas gramaticais )
Não/ gor/jei/am/ co/mo/ lá./                     ( 7 sílabas poéticas )
No último verso, há correspondência entre sílaba gramatical e sílaba poética.
A partir da escansão feita, os versos recebem um nome dependendo do número de sílabas poéticas, conforme o quadro a seguir:
Quantidade de sílabas - tipo de verso
1 sílaba – Monossílabo
2 sílabas – Dissílabo
3 sílabas – Trissílabo
4 sílabas – Tetrassílabo
5 sílabas – Pentassílabo ou Redondilha Menor
6 sílabas – Hexassílabo ou Heróico Quebrado
7 sílabas – Heptassílabo ou Redondilha Maior
8 sílabas – Octossílabo
9 sílabas – Eneassílabo
10 sílabas – Decassílabo
11 sílabas – Hendecassílabo
12 sílabas – Dodecassílabo
13 ou mais sílabas poéticas – Bárbaro
RIMA
Considera-se que a rima em muito demarca o ritmo do poema, conferindo-lhe a musicalidade e a melodia necessárias. A rima se caracteriza pela semelhança sonora das palavras, podendo ser retratada no final ou no interior dos versos e em posições variadas. De acordo com essas posições, as rimas podem se apresentar como:
Alternadas (ABAB):
Lembrança de morrer (Álvares de Azevedo)
Se uma lágrima as pálpebras me inunda, A
Se um suspiro nos seios treme ainda, B
É pela virgem que sonhei!... que nunca A
Aos lábios me encostou a face linda! B
Interpoladas ou cruzadas (ABBA):
Soneto de fidelidade (Vinícius de Moraes)
De tudo, ao meu amor serei atento A
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto B
Que mesmo em face do maior encanto B
Dele se encante mais meu pensamento A
Emparelhadas (AABB) e mistas, apresentando outros tipos de combinações
Vagueio campos noturnos A
Muros soturnos A
Paredes de solidão B
Sufocam minha canção B
Ferreira Gullar
RIMAS POBRES
Consideram-se assim em virtude da escolha de palavras pertencentes à mesma classe gramatical, como é o caso da poesia contida na própria imagem do texto, sob a autoria de Vinícius de Moraes, cujos fragmentos assim se apresentam:
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto
[...]
Inferimos que os vocábulos “pranto/espanto” e “bruma/espuma” pertencem à classe dos substantivos.
RIMAS RICAS
Caracterizam-se como tal pelo fato de que a escolha das palavras se dá de forma variada, ou seja, os vocábulos que se fazem presentes pertencem a classes gramaticais distintas, como numa das criações de Olavo Bilac, intitulada A um poeta:
A um poeta
Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha e teima, e lima, e sofre, e sua!
Mas que na forma se disfarce o emprego
Do esforço: e trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua
Rica mas sóbria, como um templo grego
Notamos que, bem ao estilo parnasiano, Bilac demonstra seu hábil manejo em combinar “rua/sua” = substantivo com pronome; “construa/nua” = verbo com adjetivo; “emprego/grego” = substantivo e adjetivo.
RIMAS RARAS OU PRECIOSAS
As rimas raras são aquelas cujas palavras se constituem de terminações incomuns, não muito convencionais. Exemplo de tal ocorrência se manifesta numa das criações de Raul de Leoni, intitulada “Argila”:
[...]
É tanta a glória que nos encaminha
Em nosso amor de seleção, profundo,
Que (ouço ao longe o oráculo de Elêusis)
Se um dia eu fosse teu e fosses minha,
O nosso amor conceberia um mundo
E do teu ventre nasceriam deuses...
Constatamos a semelhança de sonoridade entre “Elêusis / deuses”.
RESPOSTA - ATIVIDADE
Seguindo estas regras, a escansão do poema "Soneto", de Luís Vaz de Camões, é assim descrita:
 A/mor/ é/ fo/go/ que ar/de/ sem/ se/ ver//; A 
É/ fe/ri/da /que/ dói/ e/ não/ se/ sen//te; B 
É/ um/ con/ten/ta/men/to/ des/con/ten//te; B 
É /dor/ que/ de/sa/ti/na /sem/ do/er//; A 
É /um/ não/ que/rer/ mais/ que/ bem/ que/rer//; A 
É /so/li/tá/rio an/dar/ por/ en/tre a/ gen//te; B 
É /nun/ca/ con/ten/tar/-se/ de/ con/ten//te; B 
É /um /cui/dar/ que/ ga/nha em/ se/ per//der; A 
É/ que/rer/ es/tar/ pre/so /por/ von/ta//de; C 
É/ ser/vir/ a /quem /ven/ce, o/ ven/ce/dor//; D 
É/ ter/ com/ quem/ nos/ ma/ta/ le/al/da//de. C 
Mas /co/mo/ cau/sar/ po/de /seu/ fa/vor// D 
Nos/ co/ra/ções/ hu/ma/nos/ a/mi/za//de, C 
Se/ tão/ con/trá/rio a/ si/ é o/ mes/moA/mor//? D
 
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