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ERGONOMIA E
CONFORTO
AMBIENTAL
Fernando Pinheiro Weber
Revisão técnica:
Henrique Martins Rocha
Engenheiro Mecânico 
Mestre em Sistemas de Gestão 
Doutor em Engenharia Mecânica 
Pós-Doutor em Projetos/Desenvolvimento de Novos Produtos
Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin — CRB 10/2147
W373e Weber, Fernando Pinheiro.
Ergonomia e conforto ambiental / Fernando Pinheiro 
Weber ; [revisão técnica: Henrique Martins Rocha]. – Porto 
Alegre : SAGAH, 2018.
148 p. : il. ; 225 cm.
ISBN 978-85-9502-596-7
1. Ergonomia. 2. Engenharia de produção. I. Título.
CDU 331.101.1
U N I D A D E 1 
Ergonomia
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 Reconhecer a importância da aplicação da ergonomia no ambiente 
de trabalho.
 Identificar diferentes situações que exigirão adaptações para atender 
às necessidades ergonômicas.
 Indicar melhorias para implementar a ergonomia. 
Introdução
As mudanças nos contextos econômico e organizacional, o compor-
tamento individual e o ambiente de trabalho são apenas algumas das 
variáveis inseridas nos processos de produção. Na garantia da eficiência 
e manutenção do fluxo produtivo constante, a ergonomia desempenha 
um importante papel. 
Neste capítulo, você vai estudar sobre a aplicação da ergonomia no 
ambiente produtivo e verificar o quanto é importante o conhecimento da 
Norma Regulamentadora (NR) nº. 17 do Ministério do Trabalho. Além disso, 
você vai identificar algumas modificações ergonômicas que podem ser 
implementadas nas empresas e verificar as etapas da análise ergonômica. 
Aplicação da ergonomia ao ambiente 
de trabalho
As mudanças ocasionadas pelas mudanças econômicas, tecnológicas e, con-
sequentemente, das relações de trabalho tornam cada vez mais necessárias 
a absorção e adaptação de novas demandas nas organizações. Manter-se 
caraujo
Retângulo
caraujo
Retângulo
atualizado é uma obrigação para uma empresa que visa ao lucro e que quer 
alcançar e manter vantagem competitiva no longo prazo. 
Os processos produtivos não são fáceis de serem entendidos, uma vez 
que envolvem seres humanos e toda a sua complexidade, englobando, assim, 
os seus aspectos psicológicos, fisiológicos, sociais, ambientais, entre outros. 
Dessa forma, trabalhar com o ser humano não é uma tarefa fácil, pois trata-
-se de uma “máquina” com poucos padrões, embora algumas com algumas 
características em comum. Daí a importância de um processo cuidadoso de 
seleção, treinamento e retenção de talentos, de forma que os recursos humanos 
estejam suficientemente satisfeitos a fim de trabalharem em uníssono com os 
objetivos estratégicos das organizações.
Em um cenário econômico competitivo, todos os fatores da produção devem 
ser considerados. Como produzir melhor e com mais eficiência? Essa é uma 
pergunta frequentemente abordada nas grandes empresas. A partir do século 
XX, os estudos da produção, com foco na interação entre homem, máquina e 
ambiente de trabalho, começaram a surgir, sendo Frederick Winslow Taylor 
um grande estudioso dessa questão. No entanto, atualmente, a ergonomia 
tem um conceito diferente do proposto por Taylor, conforme leciona Corrêa 
e Boletti (2015). O conceito mais atual da ergonomia não é adaptar o homem 
à máquina, mas adaptar a máquina ao homem, criando um sistema de in-
teração entre as partes. Manter uma linha de produção eficiente significa 
prestar atenção na máquina e, também, nos trabalhadores — somente assim 
um sistema funcionará adequadamente. 
Para que ocorra o equilíbrio do sistema proposto de interação entre ho-
mem e máquina, a ergonomia deve ser considerada, pois foca na qualidade 
do processo, não somente adaptando as máquinas aos trabalhadores, mas 
também verificando as características ambientais envolvidas e como podem 
afetar a qualidade do trabalho, conforme afirma Iida (2005).
A preocupação com a qualidade de vida dos trabalhadores não é ape-
nas uma questão de eficácia produtiva — ela vai além, uma vez que, no 
Brasil, a NR nº. 17 do Ministério do Trabalho, intitulada “Ergonomia” e 
conhecida como NR–17, tem força de lei. Portanto, a preocupação com o 
bem-estar e a qualidade de vida no trabalho não tem apenas o objetivo de 
otimizar a produção ou adaptar a máquina; existe, ainda, o aspecto legal 
(BRASIL, 1978). 
Ergonomia14
A Associação Brasileira de Ergonomia conceitua ergonomia da seguinte forma:
A Ergonomia (ou Fatores Humanos) é uma disciplina científica re-
lacionada ao entendimento das interações entre os seres humanos 
e outros elementos ou sistemas, e à aplicação de teorias, princípios, 
dados e métodos a projetos a fim de otimizar o bem-estar humano e 
o desempenho global do sistema (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 
ERGONOMIA, 1999). 
A ergonomia pode fazer parte de todo o processo, desde o projeto de um 
produto (já adaptado a determinadas condições) até a verificação de produtos 
ou formas de trabalhar já existentes, propondo adequações. As soluções, na 
grande maioria das vezes, não são tarefas fáceis a ponto de serem resolvidas 
na primeira tentativa. Na maioria dos casos, conforme leciona Iida (2005), 
a tarefa é complexa e exige diversas tentativas ou análises, não existindo 
respostas prontas. 
A ergonomia está classificada em três formas de contribuição: 
 Ergonomia de concepção — ocorre quando a ergonomia contribui ainda na fase 
de projeto do produto, da máquina ou do ambiente. 
 Ergonomia de correção — esse tipo de contribuição é aplicado em situações reais 
já existentes, abrangendo problemas de segurança, fadiga, doenças do trabalho, 
entre outros. 
 Ergonomia de conscientização — quando os problemas não são corrigidos nas fases 
de concepção ou correção, muitas vezes é importante conscientizar o operador a 
trabalhar de forma segura, bem como oportunizar treinamentos e aperfeiçoamentos 
para a execução da atividade. 
15Ergonomia
A ergonomia, inicialmente, era aplicada apenas na indústria e nos setores 
militar e espacial. Porém, cada vez mais outros setores vêm adotando as suas 
diretrizes, inclusive no dia a dia das pessoas “comuns”. É evidente que, nos 
projetos, existem concessões, às vezes relacionadas à postura, ao ruído ou a 
outro tipo de desconforto; porém, em relação à segurança do operador, nenhuma 
concessão deve ser permitida, já que os danos à saúde física do trabalhador 
por vezes são irreparáveis. 
Na indústria, a ergonomia tem como objetivo contribuir para a eficiên-
cia, a confiabilidade e a qualidade das operações. Está presente na interface 
homem–máquina, na adequação dos postos de trabalho, na organização do 
trabalho e na verificação das condições ambientais como um todo (ruído, 
temperatura, luminosidade). Além das condições ambientais, estão inseridos 
no escopo da ergonomia os aspectos relacionados com a fadiga, o tédio e a 
monotonia, que podem ser ocasionados em tarefas repetitivas.
Na agricultura, a ergonomia avança de forma um pouco mais lenta, devido 
às características dispersas das atividades desse setor. As máquinas agrícolas 
vêm evoluindo constantemente, possibilitando mais conforto e segurança ao 
trabalhador e visando a evitar os acidentes relacionados a esse tipo de máquina. 
No setor de serviços, o qual inclui hospitais, lojas, escritórios e uma série de 
outros locais de trabalho, a ergonomia é aplicada de diferentes formas. Em um 
hospital complexo, por exemplo, onde diferentes equipamentos devem operar 
em tempo integral, são necessárias escalas de trabalho, iluminação adequada 
na sala de cirurgia, conforto para o paciente, acessibilidade à edificação e uma 
série de outros requisitos.
A ergonomia também está presente no cotidiano, melhorando a qualidade 
de vida em vários aspectos. Nesse contexto, a Norma Brasileira (NBR) nº. 
9050, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), estabelece con-
dições para acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos 
urbanos (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2015). 
Essa norma utilizaconceitos de ergonomia para tornar os locais acessíveis à 
maioria da população. 
Enfim, são inúmeras as maneiras de se aplicar a ergonomia ao ambiente de 
trabalho e no dia a dia; difícil é imaginar uma situação na qual os conceitos 
da ergonomia não se aplicam. A verificação das condições de trabalho deve 
ser constante, e deve-se ter em mente que tanto os trabalhadores quanto a 
empresa têm necessidades. Esse equilíbrio entre as condições ambientais da 
Ergonomia16
empresa e a qualidade de vida dos trabalhadores necessita ser mediado por 
uma equipe multidisciplinar para que metas e resultados possam ser atingidos. 
Modificações ergonômicas
Um dos objetivos da ergonomia é tornar o ambiente de trabalho mais seguro, 
(2004). Nesse contexto, os autores Iida (2005) e Kroemer e Gradjean (2007) 
tonia, do estresse, de erros e acidentes. Dessa forma, promove-se a segurança 
no local de trabalho, sempre alinhada à produção. 
Não é possível manter a produção de uma empresa com alto rendimento 
quando ocorrem diversos afastamentos por lesões ou desconfortos. Tais pro-
blemas podem, inclusive, ser motivo de interdições temporárias realizadas pelo 
Ministério do Trabalho. Com base nesses conceitos, as linhas de montagem 
tradicionais, responsáveis por trabalhos monótonos e repetitivos, vêm dando 
espaço para núcleos de trabalho. Trata-se de equipes menores, com maior fle-
xibilidade; isto é, uma célula produtiva, responsável por um produto completo. 
Nessa mudança de forma de trabalho, a ergonomia tem papel fundamental. 
Além da redução da fadiga, da monotonia e do tédio, nesse tipo de arranjo os 
erros são mais fáceis de serem percebidos, e não é necessário que toda a linha 
seja interrompida quando um erro é encontrado, pois este ocorre apenas no 
núcleo do processo. Com isso, a distribuição de tarefas ocorre de forma mais 
organizada, conforme leciona Iida (2005).
Os benefícios da modificação ergonômica no ambiente de trabalho se 
tornam mais evidentes quando o próprio posto de trabalho é alterado. Em 
escritórios, as pessoas utilizam o computador o tempo todo; assim, a adaptação 
da estação de trabalho é muito importante para melhorar a qualidade das tarefas. 
Como exemplo, podemos observar, na Figura 1, o registro da atividade muscular 
dos ombros no ato de escrita. Na posição “A” é registrada a posição ótima de 
escrever; na posição “B”, a altura elevada move a carga para os ombros; na 
posição “C”, a altura está ainda mais alta do que na posição “B”, exigindo a 
elevação lateral dos braços para compensar. Para a aplicação de um estudo 
ergonômico, seja qual for o método aplicado, é necessário o conhecimento 
dos movimentos corporais necessários para a tarefa.
17Ergonomia
Figura 1. Registro da atividade da musculatura dos ombros.
Fonte: Kroemer e Gradjean (2007).
Para se conduzir modificações ergonômicas, entre outros métodos exis-
tentes, pode ser realizada uma análise ergonômica do trabalho (AET), 
conforme estabelece a NR–17 (BRASIL, 1978). A aplicação da AET ajuda a 
verificar as situações problemáticas no sistema produtivo, conforme leciona 
Iida (2005). Porém, somente com o conhecimento prévio da demanda, da 
tarefa ou da atividade uma análise correta poderá ser aplicada. Ainda, deve 
ser realizada uma análise para cada indivíduo; caso contrário, o resultado não 
será satisfatório. Todas as etapas devem ser corretamente executadas para o 
bom êxito do estudo técnico. 
Ergonomia18
Melhorias para adaptar a ergonomia
Fundamentalmente, a ergonomia tem por objetivo melhorar a qualidade do 
trabalho em vários aspectos, como físicos, sensoriais, cognitivos, sociais e 
organizacionais. Nesse enfoque, está intrínseco o aspecto de prevenção das 
melhorias é feita com base em um dos métodos de análise existentes. São 
diversos os métodos e ferramentas para a execução da AET, não existindo 
método certo ou errado; cada um possui características que melhor se aplicam 
a determinadas situações. 
Em uma análise ergonômica, inicialmente, deve-se apontar as primeiras 
observações em relação ao ambiente de trabalho, caso não exista histórico de 
aplicação da ergonomia na empresa. O escopo da NR–17 prevê os seguintes 
aspectos a serem observados (BRASIL, 1978):
1. Levantamento, transporte e descarga individual de materiais.
2. Mobiliários dos postos de trabalho.
3. Equipamentos dos postos de trabalho.
4. Condições ambientais de trabalho.
5. Organização do trabalho.
Existem dois anexos sobre o trabalho dos operadores de checkout e o tra-
balho em teleatendimento ou telemarketing. É importante ressaltar a extensão 
do conteúdo da norma; além de condições ambientais, o documento também 
contempla a organização do trabalho. 
Apesar de a norma estabelecer parâmetros e algumas recomendações, 
estes não são absolutos, mas referência. O objetivo da NR–17 é proporcionar 
máximos conforto e segurança e desempenho eficiente. A tolerância de 
limites de segurança pode ser medida de forma objetiva; porém, em relação 
ao conforto, a medição se torna mais complexa (BRASIL, 1978). Para essa 
avaliação, a participação do trabalhador é fundamental; somente este 
pode afirmar se determinada solução está atendendo às expectativas. Esta 
é uma das diferenças em relação à organização do trabalho proposta por 
Taylor: a participação do trabalhador. Cada vez mais, os colaboradores 
devem ser consultados sobre o mobiliário, as ferramentas e demais inter-
faces da produção. 
19Ergonomia
Outro conceito que deve ser entendido é o de produção eficiente. Para a 
NR–17, produzir de maneira eficiente não corresponde à produção máxima 
da linha de produção, sem medir as consequências na saúde do trabalhador 
(BRASIL, 1978). Muito pelo contrário, a eficiência está ligada ao desempenho 
satisfatório de toda a vida de trabalho. A eficiência, nesse caso, está relacio-
nada com a manutenção do trabalhador durante todo o período produtivo 
estipulado de trabalho. Como a tendência da previdência social é aumentar 
a idade mínima de aposentadoria, até mesmo devido à situação econômica 
do país, as empresas devem oferecer condições de trabalho adequadas para 
manter o trabalhador na ativa durante o período necessário.
De acordo com o item 17.1.2 da NR–17, cabe ao empregador realizar as 
análises ergonômicas. Lembrando que a norma recomenda análises em ativi-
dades mais complexas, e a solicitação, quando de forma protocolar e rotineira, 
acaba gerando resultados obsoletos ou ineficientes (BRASIL, 1978). Por isso, 
é importante entender a demanda, a tarefa e a atividade, que, basicamente, 
representam as três etapas da AET:
1. Análise da demanda — definir problemas a serem resolvidos.
2. Análise da tarefa — estudar as condições de trabalho nas quais o tra-
balhador exerce as suas atividades.
3. Análise da atividade — estudar o comportamento humano no ambiente 
de trabalho.
Analisada a demanda de forma correta e estudando-se o problema de forma 
adequada, a resposta ao problema ergonômico será satisfatória. Não devem 
ser feitas análises abstratas ou genéricas; analisa-se algo concreto, para assim 
entender o problema. O fluxo produtivo depende da manutenção das máquinas 
e dos homens. Conhecer os limites e as potencialidades de cada um faz parte 
da organização do trabalho. Somente com esses dois elementos trabalhando 
de forma integrada, adequada, confortável e segura, torna-se possível obter 
melhores resultados. 
Ergonomia20
Deimling e Pesamosca (2014) aplicaram a AET em uma empresa de confecções. O 
posto de trabalho analisado foi o de fechamento das laterais de camisas, pois exigia 
maior esforço e demonstrava problemas (verificação da demanda). De acordo com 
o estudo, a AET possibilitou identificar todos os movimentos realizados pelos(as) 
funcionários(as). Como resultado da aplicação da ferramenta de análise, verificou-se 
que vários desses movimentos não estavam de acordo com as recomendações de 
conforto para a função. 
Para amenizar o problema, foram propostas três alternativas. A primeira compreendiaa reavaliação da máquina, a qual não permitia a aproximação ideal do operador do 
equipamento. A segunda proposta consistia em providenciar uma cadeira com apoio 
para os cotovelos, permitindo, dessa forma, a execução das atividades sem interferência. 
A terceira proposta consistia em intercalar pausas de 3 a 5 minutos, para diminuir os 
efeitos do trabalho repetitivo, e elaborar exercícios de ginástica laboral específicos 
para a função. Essas considerações foram realizadas apenas para uma atividade dentro 
da empresa, mas poderiam ser expandidas para outras áreas que apresentassem 
reclamações ou afastamentos. 
1. Assinale a alternativa 
correta a respeito do atual 
conceito de ergonomia.
a) Consiste em adaptar o 
homem ao maquinário para 
aumentar a produtividade.
b) Consiste em prever um 
novo ambiente a partir de 
uma análise realizada pelos 
trabalhadores: a AET.
c) Consiste em adaptar as máquinas 
ao homem, criando um sistema 
de interação entre as partes.
d) Consiste em adaptar o 
ambiente às demandas 
operacionais da organização, 
independentemente do 
conforto dos funcionários.
e) Consiste em alterar espaços de 
trabalho visando ao conforto 
dos usuários, mesmo que 
isso implique contrariar o que 
está previsto na legislação.
2. A ergonomia de conscientização:
a) ocorre quando a ergonomia 
contribui ainda na fase de 
projeto do produto, da 
máquina ou do ambiente. 
b) é aplicada em situações reais 
já existentes, abrangendo 
problemas de segurança, 
fadiga, doenças do 
trabalho, entre outros. 
c) ocorre quando os problemas 
não são corrigidos nas fases 
de concepção ou correção, 
21Ergonomia
visando conscientizar 
o operador a trabalhar 
de forma segura.
d) é aplicada em situações 
reais já existentes, visando à 
memorização de atividades 
que causem menos estresse 
físico e psíquico. 
e) ocorre quando a ergonomia 
contribui na fase de 
implementação do produto, 
da máquina ou do ambiente.
3. A respeito da AET, é 
correto afirmar que:
a) ajuda a verificar as 
situações problemáticas 
no sistema produtivo. 
b) a sua realização independe 
do conhecimento prévio 
da demanda, da tarefa 
ou da atividade.
c) mesmo se apenas algumas 
de suas etapas forem 
executadas, garantirá o 
êxito do laudo técnico.
d) pode ser realizada por 
amostragem, de forma coletiva.
e) significa análise ergonômica 
das tarefas e visa adaptar 
os indivíduos às suas 
atividades laborais.
4. As etapas da AET são, 
respectivamente:
a) Análise da demanda, da 
tarefa e da atividade.
b) Análise da tarefa, da 
demanda e da atividade.
c) Análise da atividade, da 
tarefa e de demanda.
d) Análise da demanda, da 
atividade e da tarefa.
e) Análise da atividade, da 
demanda e da tarefa.
5. Na AET, a análise da 
atividade consiste em:
a) definir problemas a 
serem resolvidos.
b) estudar as condições de 
trabalho nas quais o trabalhador 
exerce as suas atividades.
c) estudar o comportamento 
humano no ambiente 
de trabalho.
d) definir medidas de controle 
da eficiência das atividades 
do trabalhador.
e) estudar o comportamento das 
máquinas utilizadas pelo homem.
Ergonomia22
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ERGONOMIA. O que é ergonomia. 1999. Disponível em: 
<http://www.abergo.org.br/internas.php?pg=o_que_e_ergonomia>. Acesso em: 23 
ago. 2018.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050:2015: acessibilidade a edifi-
cações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2015. Disponível 
em: <http://www.acessibilidadenapratica.com.br/tag/nbr-9050-2015/>. Acesso em: 
23 ago. 2018.
BRASIL. Ministério do Trabalho. Gabinete do Ministro. Norma Reguladora nº. 17. Er-
gonomia. Diário Oficial da União, 6 jul. 1978. Disponível em: <http://trabalho.gov.br/
images/Documentos/SST/NR/NR17.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2018.
CORRÊA, V. M. BOLETTI, R. R. Ergonomia: fundamentos e aplicações. Porto Alegre: 
Bookman, 2015.
DEIMLING, M. F.; PESAMOSCA, D. Análise ergonômica do trabalho em uma empresa 
de confecções. Ibroamerican Journal of Industrial Engineering, v. 6, n. 11, p. 37-58, 2014.
DUL, J.; WEERDMEESTER, B. Ergonomia prática. São Paulo: Edgard Blucher, 2004.
IIDA, I. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Blucher, 2005.
KROEMER, K. H. E.; GRADJEAN, E. Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao 
homem, 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2007.
Leitura recomendada
FREITAS, M. P.; MINETTE, l. J. A importância da ergonomia dentro do ambiente de pro-
dução. In: Simpósio Acadêmico de Engenharia de Produção, 9., 2014, Viçosa. Anais... 
Minas Gerais: Universidade Federal de Viçosa, 2014. Disponível em: <http://www.saepro.
ufv.br/wp-content/uploads/2014.5.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2018.
23Ergonomia
Conteúdo:
	Capa_Fernando.pdf
	Número do slide 1
	Número do slide 2

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