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atividade estudo de caso pandemia (1)

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PROGRAMAÇÃO DE ATIVIDADE PRÁTICA – ANTROPOLOGIA JURÍDICA - 2021 
Docente responsável: BEATRIZ TRIGO 
Turma: 1º ano 
 
A. A atividade deve ser feita em grupo; 
B. Prazo para postar no moodle é dia 23 de abril de 2021; 
C. Com o objetivo de analisar a sociedade brasileira, suas mudanças e os 
impactos das alterações nas áreas da economia, saúde, política, direito, etc. 
Considerando que antropologia jurídica é uma disciplina que contribui para uma 
melhor compreensão da complexidade social na qual se inscreve a regulação jurídica, 
uma vez que proporciona instrumentos analíticos capazes de fazer refletir sobre 
acontecimentos nas mais diversas áreas do conhecimento que tem reflexo no direito 
segue a proposta do ESTUDO DE CASO: 
Considerando o momento que estamos vivendo desde março de 2020, analise os 
impactos sociais das atuações do Governo Brasileiro em todas as esferas (Federal, 
Estadual e Municipal) desde março de 2020 até março de 2021. 
Analise os reflexos sociais da pandemia, como por exemplo: aos valores praticados no 
mercado dos bens de consumo, como, eletrônicos, álcool gel, máscara, combustível, 
alimentos de primeira necessidade, problemas psicológicos, desemprego, consumo, 
educação, e a atuação Estatal (Federal, Estadual e Municipal) em relação a pandemia. 
Segue o artigo para dar apoio a atividade proposta. 
D. Apresentação da atividade será na aula do dia 23 de abril de 2021 (além da 
postagem no sistema moodle). 
E. A presente atividade será contabilizada como nota para a avaliação do 1º 
bimestre. 
 
O governo está atuando no Brasil de maneira intervencionista. Ao longo da 
história da humanidade, o intervencionismo fez parte dos sistemas de governo, seja de 
forma moderada, seja de forma intensa. A intervenção estatal é uma maneira de manter 
o equilíbrio, tanto financeiro quanto social; entretanto, quando é usado de forma 
exacerbada, produz consequências quase que irreparáveis na sociedade. Muitas vezes, 
a intervenção se mostra necessário; e, é o que está acontecendo nos dias atuais. A 
pandemia fez com que os representantes do povo tomassem iniciativas para amenizar 
os danos. A “mão” reguladora do Estado Neoliberal mostrou-se não tão favorável as 
 
 
 
pessoas com menos condições econômicas, em meio a uma crise, os produtos para 
proteção contra a nova corona vírus foram superfaturados; e, uma família com renda 
mínima não conseguiria se manter em meio a pandemia sem a intervenção estatal. A 
intervenção verifica-se frente à deficiência de ideais sociais, tendo do outro lado um 
poderio econômico demonstrado pelo sistema capitalismo. O intervencionismo estatal 
refere-se à interferência do Estado na atividade econômica do país, visando a 
regulação do setor privado, não apenas fixando as regras do mercado, mas atuando de 
outras formas com vistas a alcançar objetivos que vão desde o primeiro estímulo ao 
crescimento da economia e à redução. 
E com a chegada do novo Corona Vírus em 2020, as indústrias de produtos de 
artigos de proteção, tais como, máscaras, álcool gel, luvas e etc., têm operado em sua 
capacidade máxima para atender a toda demanda. As indústrias, especulando-se a 
contaminação pelo covid-19 se acentuasse e como consequência a procura por artigos 
de proteção aumentasse, aproveitaram-se de seus consumidores, alavancando os 
preços em altas com aumento de até 162% do que de costume - um típico caso da “Lei 
da oferta e da demanda”. Diante deste cenário, o PROCON - SP anunciou um 
levantamento para apurar preços abusivos de álcool em gel e máscaras na capital 
paulista. Segundo o site “JáCotei ”, que compara preços em sites brasileiros, um frasco 
de álcool em gel de marca popular subiu de R$ 16,06 em 27 de fevereiro para R$ 
41,99 em 4 de março de 2020. Um aumento de 161% em menos de uma semana. 
Também os alimentos de necessidade básica, tais como o pacote de arroz - que era 
vendido a R$13,00 passou a ser vendido a R$ 30,00. Os alimentos subiram em média 
15%, e a pandemia é a principal responsável. A busca pelos alimentos, que ocasionou 
os desabastecimentos dos estoques dos supermercados, foi um dos principais fatores 
do aumento dos preços (o arroz e o feijão subiram mais de 69%). Em relação à alta dos 
preços de combustíveis (o que supera 54% de reajusto anual), a Petrobrás alega que 
esse aumento decorre das cotações do petróleo no mercado internacional e da variação 
do valor do dólar no Brasil. Segundo Egon Bockmann, professor de direito econômico 
da UFPR, a Constituição garante a livre iniciativa, mas não proíbe expressamente o 
tabelamento de preços em casos emergenciais. "Se preços estiverem sendo 
manipulados para gerar lucro abusivo sem razão extraordinária, o tabelamento tem 
cabimento, principalmente em questão de saúde pública", disse Bockmann. Em 
relação a alguns fatos que ocorreram no Brasil sobre o intervencionismo de consumo 
podemos citar o Estado do Rio de Janeiro, e até mesmo o Governo federal, uma vez 
que: o governo do Rio de Janeiro estabeleceu a proibição de corte de água, gás e 
energia a inadimplentes durante a pandemia e ainda, obrigou concessionárias a 
parcelarem débitos. O governo Federal, na tentativa de estabelecer um equilíbrio, 
adotou o auxílio emergência no valor de R$600,00, o qual foi muito bem aceito pela 
população. Em 2020, o governo do estado também fez acordo com os supermercados 
 
 
 
para regular o preço do álcool em gel, onde, o álcool deveria ser vendido a preço de 
custo. 
O que é possível evidenciar é que faltou atuação estatal para tentar amenizar 
esta crise e os danos causados por ela. O Estado deveria promover por mais tempo o 
auxílio emergencial, e regulamentar e apurar melhor quem o receba, pois há muitas 
pessoas recebendo o benefício indevidamente, retirando-o de quem realmente precisa. 
Ademais, seria ideal a aprovação de subsídios nos preços do álcool, das máscaras, das 
luvas, dos combustíveis e dos alimentos; faltou planejamento estatal para enfrentar 
essa pandemia, os recursos podem ser sim suficientes se forem corretamente 
administrados, o que, infelizmente, não é uma realidade brasileira. 
 Ainda vale ressaltar que o Brasil em 2021 ficou entre os 14 países com maiores 
taxas de desocupação, o que é uma situação extremamente perturbadora, pois os 
maiores índices de desempregados são os que possuem baixa escolaridade. Como disse 
Daniel Duque, pesquisador do Ibre/FGV "O desemprego vai aumentar muito no Brasil 
porque não aumentou tanto em 2020 devido ao auxílio emergencial, que fez com que 
muitos saíssem da força de trabalho no ano passado, não sendo contabilizados como 
desempregados” - outra situação ainda mais alarmante, o que mostra que a fragilidade 
do Brasil é a Educação. Com a educação, as desigualdades seriam mínimas, as 
oportunidades e chances seriam diferentes. Com a Educação até mesmo a Pandemia e 
seus efeitos seriam menos nocivos, a sociedade acreditaria mais na ciência, e o 
combate ao vírus seria mais eficaz. Os que estão à margem da educação são os maiores 
prejudicados pela pandemia. E, em conexão ao ensino, é interessante pontuar sobre as 
aulas à distância, principalmente em relação àqueles que não possuem o total acesso à 
educação, visto que não possuem condições econômicas para terem disponíveis os 
meios para assistirem as aulas. É com certeza que o déficit educacional será grandioso; 
os meios para a recuperação do ensino, quando as atividades voltarem a serem 
normalizadas, será de grande dificuldade e empenho dos docentes. O impacto 
educacional afetou os que mais necessitavam da educação para a mudança de uma 
vida melhor; muitos tiverem que escolher dentre assistir as aulas remotamente ou a 
ajudar a família em sua sobrevivência, conforme assevera Ivan Gontijo, coordenador 
de Políticas Educacionais de Todos pela Educação, “Todo mundo foi prejudicado, mas 
estudantes com mais dificuldade, menos acesso e mais vulneráveis foram os maisprejudicados. Os impactos são gigantescos e cruéis, pois afetam, principalmente, os 
estudantes que mais precisam das escolas”. É desumana a realidade a qual a sociedade 
está submetida em meio à pandemia, as oportunidades diferem drasticamente e se não 
houver uma mudança educacional, as consequências serão ainda piores, aumentando 
ainda mais o abismo social. 
 
 
 
A maioria das famílias brasileiras teve que sair em meio a uma pandemia, pois 
não havia outro caminho se não ir trabalhar para não passar fome em meio à alta dos 
preços, onde um auxílio não seria suficiente. O lockdown estabelecido foi social, uma 
vez que, aqueles que não possuíam condições mínimas para sobrevivência, não 
tiveram outra opção. Isso mostra o quanto à desigualdade social é presente no país; e, 
como os privilégios evidenciam quem está seguro. A pandemia acentuou as tendências 
já pré-existentes. Entretanto, a culpa desse descontrole não é só governamental, as 
pessoas duvidaram da pandemia, as pessoas negligenciaram todas as advertências 
impostas; e, hoje é possível ver o resultado: mais de 3.000 mortes por dia. A esperança 
de dias melhores, a fé na ciência e a empatia com o próximo são as únicas coisas que 
podem movimentar a ideia de que dias melhores virão. 
 
ALUNAS: ANA LUCIA BELIZARO DOS SANTOS 
 LISA MARIA RIVA

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