Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Hellen Martins • Longevidade + de 200 anos. • Durabilidade, relação custo-benefício, simplicidade da técnica e tempo clinico. • Desvantagens: metálico sujeito à corrosão e à ação galvânica, não reforça a estrutura dental remanescente. • Prata: Estanho, cobre, zinco, mercúrio e outros. • Usinada (limalha) ou atomizada (esférica). • Frasco com liga ou cápsula pré-dosadas. • Baixo conteúdo de cobre (<6%) ou convencional. • Alto conteúdo de cobre (> que 12%). • Liga de fase dispersa. • Liga de fase única. Amálgama de Prata A popularidade do amálgama é atribuída a diversos fatores, entre eles: durabilidade, baixo custo, simplicidade da técnica e menor tempo necessário para a confecção de uma restauração. As principais desvantagens do amálgama são: aspecto metálico, que prejudica a estética e necessidade de preparo cavitário retentivo, que exigem em muitos casos, a remoção de tecido dental sadio; fragilidade, pois está sujeito à corrosão e a à corrente galvânica; deformação a baixas temperaturas (fluência ou creep); favorecimento de aparecimento de defeitos marginais; e impossibilidade de atuação como reforço para o remanescente dental. Por fim, nos últimos anos, houve serias preocupações quanto ao processo de descarte do amálgama devido à presença de mercúrio (Hg), um elemento altamente prejudicial à saúde e ao meio ambiente. É formado pela mistura de mercúrio (Hg) liquido com partículas solidas de uma liga contendo prata (Ag), estanho (Sn), índio (In), cobre (Cu) e zinco (Zn). • A prata contribui para o aumento da resistência mecânica da restauração, além de diminuir o escoamento do amálgama sob ação de cargas mastigatórias. Esse metal tem, no entanto, a desvantagem de aumentar a expansão de presa. • O estanho tem a finalidade de viabilizar a amalgamação (mistura da liga metálica com o mercúrio à temperatura ambiente), e auxiliar na redução da expansão causada pela prata. • O cobre substitui parcialmente a prata e contribui para o aumento da dureza e resistência mecânica do amálgama, diminuindo o escoamento a e corrosão. • O zinco é adicionado à liga de amálgama para evitar a oxidação excessiva dos outros elementos durante o processo de fabricação, funcionando como metal de “sacrifício”. Isso ocorre devido à alta afinidade do zinco pelo oxigênio e impurezas, reduzindo a oxidação das partículas e contribuindo para a diminuição da quantidade necessária de mercúrio no amálgama. • Uma das desvantagens da liga com zinco é a possibilidade de sofrer um fenômeno denominado expansão tardia, quando o material entra em contato com a água ou a saliva durante o procedimento de inserção ou condensação do material, ou seja, ainda antes da presa final. É formado pela mistura de mercúrio liquido com partículas solidas de uma liga contendo prata, estanho e cobre, além de outros elementos Hellen Martins Metal Média (%) Variação (%) Prata 69,4 66,7 – 74,5 Estanho 26,2 25,3 – 27,0 Cobre 3,6 0,0 – 6,0 Zinco* 0,8 0,0 – 1,9 *O amálgama pode ou não ter zinco e o amálgama que tem zinco é totalmente diferente do que não tem zinco. Para fabricar o amálgama é preciso começar com a limalha (prata e estanho), o fabricante pega uma barra de prata e uma de estanho, coloca em uma panela e espera derreter e quando derrete ficou um “caldo” com prata e estanho misturados e ficou uma liga, depois é colocado em uma forma e deixa esfriar e forma um lingote (medalha), depois vai moer a liga e vai ter um grão de prata e estanho. Vai pegar os metais (prata e estanho) e derreter para formar o “caldo”, mas não deixa esfriar, pega o caldo quente coloca em um spray e vai em uma câmara a vácuo e borrifa e quando faz isso, é o jogado no ar muitas bolinhas e vai baixando a temperatura da câmara a vácuo e as bolinhas vão esfriando e caindo. • Liga fundida • Atomização em gotas esféricas • Resfriamento • Recozimento de homogeneização • Envelhecimento → Assim que o amalgama sai moído ou da câmara a vácuo e ir logo para a dental, esse amalgama está extremamente relativo, então se colocar o mercúrio nele ele irá reagir bem rápido a presa vai ser bem rápida. Então antes de mandar para a dental, ele passa por um processo químico de envelhecimento, é mais para reduzir um pouco a energia de superfície dessas partículas para ter um maior tempo de trabalho. 1. Misturar o pó com o liquido. → O nome da técnica de manipular o amalgama é triturar ou amalgamar. → No laboratório usamos uma máquina para triturar o amalgama. 2. Massa plástica → Vou colocar essa massa dentro da cavidade. Vai colocar “socando” dentro da cavidade. 3. Condensação → Condenso dentro da cavidade 4. Cristalização São de 4 à 6 minutos desde que o amalgama sai da capsula até pegar presa. Hellen Martins – No pó tem prata e estanho e no liquido mercúrio, quando isso é misturado vai dá início a uma reação química que vai endurecer e formar o amalgama. O mercúrio separa a prata do estanho e ele vira prata e mercúrio, mas ele também vira estanho com mercúrio e sobra um pouco do pó, nem todo pó é consumido. Então quando o amalgama pega presa e vira uma massa, a restauração de amalgama tem partes que é: • Prata e mercúrio • Estanho e mercúrio → Pior fase, pois misturou dois metais ruins, porque oxida, não tem resistência mecânica, sujeito a galvanismo (choque), deformação. • Resto de pó O melhor metal que existe entre a prata, estanho e mercúrio, é a prata (é um metal nobre) e o pior é o mercúrio (toxico). Qual o problema do amalgama convencional? Forma Y2 – é uma fase do amalgama composta por dois metais ruins que é o estanho e mercúrio e estão sujeitos a deformação, galvanismo, etc. Amálgama com alto conteúdo de cobre • Gayler 1937 – pesquisas • Innes e Youdelis 1963 – liga com alto conteúdo de cobre e pela adição de liga esférica eutética AgCu. É o amalgama que tem um alto teor de cobre. Tem tanto o amalgama de limalha quanto de esférica. É um amalgama de partículas mistas. O problema desse amalgama é que ele não conseguiu eliminar totalmente a formação de gama2, ele diminui consideravelmente O melhor amalgama que existe hoje é o de fase única, ele elimina totalmente a fase de gama 2 e todas as partículas ter a mesma composição. Qual a vantagem do amalgama de fase única para o de fase dispersa? A de fase única elimina completamente a gama 2. – Hellen Martins • Usinada -> Baixo teor de cobre • Misturada (dispersa) • Única → Alto teor 1. Seleção da liga/mercúrio 2. Proporção 3. Trituração 4. Homogeneização (trituração manual) 5. Remoção do excesso de mercúrio (trituração manual/mecânico volumétrico) 6. Condensação 7. Brunidura pre escultura 8. Escultura/brunidura pós escultura 9. Acabamento e polimento (24 horas) Alterações dimensionais, resistência, escoamento, corrosão e toxicidade do mercúrio. • O amalgama precisa ser resistente, é ruim sofrer escoamento dinâmico, é ruim o amalgama sofrer expansão e é ruim o amalgama sofrer corrosão. O problema da prata que ela gera expansão de presa. • O estanho é ruim, então ele diminui a resistência, se é ruim então ele aumenta o creep aumenta a corrosão, mas ele diminui a expansão de presa da prata (facilita o processo de amalgamação/trituração) • O cobre é exatamente igual a prata. • O zinco, índio e paládio melhora as propriedades mecânicas. O amalgama que não tem zinco na composição tem a durabilidade menor. Quando o amalgama tem zinco é necessário fazer o isolamento absoluto, porque se o zinco entrar em contato com qualquer tipo de umidade durante a confecção acontece um fenômeno de “dente crescido” • Liga com ou sem zinco a) Alteração dimensionais sem diferenças apreciáveis. b) Expansão tardia (presença do zinco –400um/cm) • Pressão do H2 livre -> escoamento e expansão • Contaminação durante a trituração e condensação a) Umidade do ar ou saliva b) Secreção da pele (mão) QUALQUER AMALGAMA PODE TER ZINCO PARA TER DURABILIDADE? Não, o amalgama de partículas 100% esféricas é fabricado no vácuo, então não tem contato com o O2, se não contato então não oxida, logo não precisa colocar zinco. Hellen Martins • Variáveis: → Tamanho e formato das partículas → Trituração (deficiente e excessiva) → Conteúdo de Hg → Condensação → Porosidade - Poros e vazios resultantes de baixa pressão de condensação - Pontos de baixa resistência - Mais comuns em amalgamas contendo partículas usinadas. → Dureza - Baixo conteúdo de cobre: menor dureza - Alto conteúdo de cobre maior dureza. → Escoamento: - Flow – sobre o próprio peso - Creep – sobre a ação de uma força Escoamento estático: deformação diante de carga constante e leve. Escoamento dinâmico: o material é sujeito à pressão de compressão clínica. → Corrosão: o metal deteriora por reação com o ambiente - Umidade - Soluções ácidas e alcalinas - Atmosfera - Agentes químicos Pode ser causada no amálgama dentário por: - Alimentos contendo enxofre - Componentes da saliva: água, O2, íons cloreto, ácidos. • Usinada: mais rugoso, requer mais mercúrio para a manipulação pois possui maior área de superfície; requer maior pressão na condensação, obtenção de pontos de contato facilitando. • Esférica: mais liso, menos mercúrio, menor pressão de condensação, difícil obtenção. • Mercúrio – Intoxicação do paciente • Gálio – alta expansão tardia, maior corrosão e desempenho clinico inferior • Paracelsus – 1493-1541 – “Todas as substancias são venenosas: não há uma só que não seja. A dose certa diferencia um veneno de um remédio”. • Fonte de contaminação de Hg nos consultórios → Queda acidental → Higiene pobre → Amalgamadores mecânicos → Restaurações antigas sob alta rotação
Compartilhar