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Copyright © 1990, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar CEP 20003 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (021) 210 -3122 Telex: (021) 34333 ABNT - BR Endereço Telegráfico: NORMATÉCNICA ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas Palavras-chave: Tubo cerâmico. Canalização 8 páginas FEV 1990 Tubo cerâmico para canalizações NBR 5645 SUMÁRIO 1 Objetivo 2 Documentos complementares 3 Definições 4 Condições gerais 5 Condições específicas 6 Inspeção 7 Aceitação e rejeição ANEXO - Tabelas 1 Objetivo Esta Norma fixa as condições exigíveis para aceitação e/ ou recebimento de tubos cerâmicos empregados na cana- lização de águas pluviais, de esgotos sanitários e de despejos industriais, que operam sob a ação da gravidade e, normalmente, sob pressão atmosférica. 2 Documentos complementares Na aplicação desta Norma é necessário consultar: NBR 6549 - Tubo cerâmico para canalização - Verifi- cação da permeabilidade e da resistência à pressão interna - Método de ensaio NBR 6582 - Tubo cerâmico para canalização - Verifi- cação da resistência à compressão diametral - Méto- do de ensaio NBR 7529 - Tubo e conexão cerâmicos para canali- zações - Determinação da absorção de água - Método de ensaio NBR 7530 - Tubo cerâmico para canalizações - Veri- ficação dimensional - Método de ensaio NBR 7689 - Tubo e conexão cerâmicos para canali- zações - Determinação da perda de massa sob ação dos ácidos - Método de ensaio 3 Definições Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições de 3.1 a 3.13. 3.1 Bolsa Extremidade cilíndrica do tubo, de diâmetro maior, em cujo interior a ponta do elemento vizinho penetra. 3.2 Corpo Parte do elemento de uma canalização através do qual passa o fluido. 3.3 Ponta Extremidade cilíndrica do tubo que penetra com facilidade na bolsa. 3.4 Diâmetro nominal Número que classifica, em dimensão, os elementos de Origem: Projeto 02:009.04-001/1988 CB-02 – Comitê Brasileiro de Construção Civil CE-02:009.04– Comissão de Estudo de Tubos Cerâmicos para Canalizações NBR 5645 – Ceramic pipes for sewerage and drainage - Specification Descriptors: Ceramic pipe. Pipe Esta Norma substitui a NBR 5645/1983 Esta Norma cancela e substitui a NBR 5646/1977 Incorpora Errata - JUL/1991 Reimpressão da EB-5, de JUN 1989 Especificação 2 NBR 5645/1990 tubulação (tubos e conexões) e que corresponde aproxi- madamente ao seu diâmetro interno em milímetros. O diâmetro nominal (DN) não deve ser objeto de medição, nem ser utilizado para fins de cálculo. 3.5 Diâmetro interno Valor da distância, em milímetros, entre dois pontos quais- quer, diametralmente opostos, da superfície interna de uma mesma seção reta do tubo. 3.6 Diâmetro externo Valor da distância, em milímetros, entre dois pontos quais- quer, diametralmente opostos, da superfície externa de uma mesma seção reta do tubo. 3.7 Comprimento nominal Simples número que corresponde aproximadamente ao comprimento útil, em milímetros, servindo como referên- cia para caracterizar o tubo, não devendo ser objeto de medição, nem ser utilizado para fins de cálculo. 3.8 Comprimento útil Valor da distância, em milímetros, entre dois pontos extre- mos de uma geratriz qualquer da superfície cilíndrica interna do tubo. 3.9 Ovalização Diferença, em milímetros, entre o maior e o menor dos valores do diâmetro externo da ponta, bem como do diâmetro interno da bolsa, do mesmo tubo. 3.10 Estria Sulco circunferencial existente na parte externa da ponta e na parte interna da bolsa. 3.11 Trinca Fratura existente no tubo. 3.12 Falha Qualquer defeito visível oriundo do processo de fabrica- ção. 3.13 Lote Conjunto de tubos de mesmo diâmetro nominal, tipo e comprimento, apresentado de uma só vez para o seu recebimento. 4 Condições gerais 4.1 Constituição Os tubos devem ser constituídos por um material cerâmico de estrutura argilosa, compacta, obtida pela queima de compostos minerais. 4.2 Tipos Os tubos são do tipo ponta e bolsa (PB) ou tipo ponta e ponta (PP). 4.3 Dimensões As dimensões dos tubos devem satisfazer às indicadas nas Tabelas 1 e 2, do Anexo. 4.4 Caracterização Para efeito de caracterização, os tubos cerâmicos são designados, no mínimo, por: a) diâmetro nominal (DN), conforme Tabela 1, do Anexo; b) comprimento nominal, conforme Tabela 1, do Ane- xo; c) tipo do tubo; d) número desta Norma. 4.5 Marcação Os tubos devem trazer marcados de forma visível e inde- lével o nome ou marca do fabricante, o diâmetro nominal, o comprimento nominal, o número da semana do ano e o ano de fabricação do tubo. A marcação deve ser em bai- xo-relevo e ter profundidade máxima de 4 mm. 4.6 Unidade de compra A unidade de compra dos tubos é o metro. 4.7 Estocagem 4.7.1 A estocagem do material, na fábrica, fica a critério do fabricante, observando-se as condições de preservação e facilidade de inspeção. 4.7.2 A estocagem do material, fora da fábrica, deve ser feita de acordo com recomendações dos fabricantes. 4.8 Transporte O transporte do material deve ser feito de acordo com recomendações dos fabricantes. 4.9 Aderência entre ponta e bolsa 4.9.1 A superfície interna da bolsa e a externa da ponta devem apresentar pelo menos três estrias, com profundi- dade máxima de 4 mm, sendo que falhas no contorno, em cada estria, não devem exceder 15% do seu perímetro. 4.9.2 As estrias podem ser eliminadas, no todo ou em parte, quando isto for conveniente para a aplicação da junta a ser utilizada. 4.10 Aspecto 4.10.1 Os tubos devem ser isentos de trincas e falhas. Pequenas imperfeições que não venham a prejudicar a utilização do tubo não são consideradas. 4.10.2 Reparos em tubos podem ser aceitos mediante prévio acordo entre fabricante e comprador. NBR 5645/1990 3 4.11 Percussão Os tubos, quando submetidos à percussão, com martelo de madeira, devem produzir som característico da perfeita homogeneidade do material. 5 Condições específicas 5.1 Verificação da permeabilidade O tubo mantido à pressão hidrostática interna de 70 kPa, durante o tempo especificado na Tabela 3, do Anexo, não pode apresentar vazamento na parte externa, sendo que a umidade que aparece na superfície dos tubos em forma de gotas aderentes à superfície não é considerada como vazamento. A umidade que chega a correr sobre o tubo deve ser interpretada como vazamento, independente da quantidade. 5.2 Compressão diametral A resistência dos tubos, expressa em N/m, não deve ser inferior aos valores da Tabela 4, do Anexo. 5.3 Ensaio de absorção A absorção de água dos tubos, expressa em porcentagem da massa relativa ao estado seco, não deve ser maior que 10% em números inteiros. 5.4 Resistência química 5.4.1 Os tubos devem resistir à ação química das águas puras, pluviais, servidas e residuárias, com exceção das que contenham ácido fluorídrico, assim como dos solos de qualquer natureza. 5.4.2 A perda de massa dos tubos, sob ação dos ácidos, expressa em porcentagem de massa, não deve ser maior do que 1% da massa inicial do corpo-de-prova. 5.4.3 Este ensaio, não obrigatório, é realizado quando previamente solicitado pelo comprador, de comum acor- do com o fabricante. 5.4.4 O comprador deve indicar com qual das soluções ácidas normais, citadas no método, o ensaio deve ser realizado. 6 Inspeção 6.1 Locais e datas de inspeção 6.1.1 A inspeção deve ser efetuada normalmente na fábri- ca. 6.1.2 No caso de impossibilidade de ser efetuada, total ou parcialmente, na fábrica, a inspeção pode ser feita em outro local escolhido de comum acordo entre o fabricante e o comprador. 6.1.3 As datas das inspeções são fixadas de comum acordo entre o fabricantee o comprador. 6.2 Acesso aos locais de inspeção 6.2.1 Na inspeção feita na fábrica, o comprador ou seu representante deve ter livre acesso ao local dos ensaios e aos depósitos dos produtos a serem inspecionados. 6.2.2 Na inspeção feita em outro local, o fabricante e o comprador têm o direito de assistir a ela ou de se fazerem representar. 6.3 Formação da amostra 6.3.1 O fabricante deve formar lotes compatíveis com a Tabela 5 do Anexo. 6.3.2 Cada pilha do mesmo lote apresentada pelo fabrican- te é considerada um novo lote conforme a Tabela 6, do Anexo. 6.3.3 A amostra representativa do lote deve ser retirada, aleatoriamente, pelo comprador ou seu representante. 6.3.4 A amostra da Tabela 5, do Anexo, é formada por tubos aprovados, retirados aleatoriamente da amostra da Tabela 6, do Anexo, pelo comprador ou seu representante. 6.3.5 Os lotes com menos de 16 tubos devem sofrer inspeção em 100%, com relação às condições exigidas em 4.3, 4.5, 4.9, 4.10 e 4.11, sendo dispensados das condições específicas 5.1, 5.2, 5.3 e 5.4, rejeitando os tubos que não as satisfazem. 6.4 Inspeção visual e percussão O comprador pode verificar se as condições exigidas em 4.5, 4.9, 4.10 e 4.11 foram atendidas pelos tubos da amostra extraída conforme 6.3.2 e 6.3.3. 6.5 Inspeção dimensional 6.5.1 O comprador pode verificar se as condições exigidas em 4.3 e 4.9.1 foram atendidas pelos tubos da amostra extraída conforme 6.3.1 e 6.3.4 e que tenham sido aprova- dos na inspeção visual e percussão. 6.5.2 Dimensionais, conforme NBR 7530. 6.6 Inspeção por ensaios 6.6.1 O comprador pode verificar se as condições exigidas em 5.1, 5,2, 5.3 e 5.4 foram atendidas pelos tubos retira- dos da amostra conforme 6.3.1 e 6.3.4 e aprovados na inspeção dimensional. 6.6.2 Permeabilidade, conforme a NBR 6549. 6.6.3 Compressão diametral, conforme NBR 6582. 6.6.4 Absorção, conforme NBR 7529. 6.6.5 Resistência química, conforme NBR 7689. 7 Aceitação e rejeição 7.1 Condições de aceitação ou rejeição, tendo em vista os resultados da inspeção visual e percussão 7.1.1 Verifica-se o resultado da inspeção visual (marcação, aderência entre ponta e bolsa e aspecto) e percussão realizados de acordo com 6.4 e utiliza-se o plano de amostragem da Tabela 6, do Anexo, conforme descrição a seguir. 4 NBR 5645/1990 7.1.2 A quantidade de tubos inspecionados deve ser igual ao tamanho da amostra dada pelo plano da Tabela 6, do Anexo. 7.1.3 Se o número de tubos defeituosos encontrado na amostra for igual ou menor do que o número de aceitação (Ac), o lote deve ser considerado aceito. 7.1.4 Sendo o número de tubos defeituosos igual ou maior do que o número de rejeição (Re), o lote deve ser rejeitado. 7.2 Condições de aceitação ou rejeição, tendo em vista os resultados da inspeção dimensional 7.2.1 Verifica-se o resultado da inspeção dimensional realizado conforme 6.5, e utiliza-se o plano de amostragem da Tabela 5, do Anexo, conforme descrição das seções a seguir. 7.2.2 A quantidade de tubos inspecionados deve ser igual ao tamanho da amostra dada pelo plano. 7.2.3 Na primeira amostragem deve ser observado o se- guinte: a) se o número de tubos defeituosos na primeira amostragem for igual ou menor do que o primeiro número de aceitação (Ac1), o lote deve ser consi- derado aceito; b) sendo o número de tubos defeituosos na primeira amostragem igual ou maior do que o primeiro número de rejeição (Re1), o lote deve ser rejeitado; c) se o número de tubos defeituosos encontrado na primeira amostragem for maior do que o primeiro número de aceitação (Ac1), porém menor do que o primeiro número de rejeição (Re1), uma segunda amostragem de tamanho dado pelo plano deve ser retirada. 7.2.4 Na segunda amostragem deve ser observado o seguinte: a) as quantidades de tubos defeituosos encontradas na primeira e na segunda amostragens devem ser acumuladas; b) se a quantidade acumulada for igual ou menor do que o segundo número de aceitação (Ac2), o lote deve ser aceito; c) sendo a quantidade acumulada igual ou maior do que o segundo número de rejeição (Re2), o lote deve ser rejeitado. 7.3 Condições de aceitação ou rejeição, tendo em vista os resultados da inspeção por ensaios 7.3.1 Verificam-se os resultados da inspeção por ensaios, somando-se o número de tubos defeituosos do conjunto de ensaios realizados conforme 6.6 e utiliza-se o plano de amostragem da Tabela 5, do Anexo conforme descrição a seguir. 7.3.2 A quantidade de tubos inspecionados, em cada ensaio, deve ser igual ao tamanho da amostra dada pelo plano. 7.3.3 O tubo com defeito, em qualquer ensaio, deve ser substituído por outro, retirado da amostra da Tabela 6, do Anexo aprovado na inspeção visual e percussão, para os ensaios seguintes. 7.3.3.1 Este tubo deve ser submetido ao ensaio dimen- sional e aos ensaios anteriores, eliminando do lote os tubos defeituosos, até que se encontre tubo perfeito, não se considerando o número de tubos eliminados para efeito de rejeição do lote. 7.3.4 O plano de amostragem deve ser utilizado como em 7.2.3 e 7.2.4. /ANEXO N BR 5645/1990 5 Diâmetro Ponta Corpo Bolsa nominal Diâmetro Diâmetro Ovalização Espessura Comprimento nominal Diâmetro Diâmetro Ovalização Espessura Profundidade interno externo 600 800 1000 1250 1500 2000 interno interno DI DE OV e Comprimento útil DI'm' DI'M OV' e' PB DN (mínimo) (máximo) (máximo) (mínimo) (mínimo) (mínimo) (máximo) (máximo) (mínimo) (mínimo) 75 70 106 4 12 580 775 970 - - - 124 140 8 9 52 100 94 132 5 12 580 775 970 1220 1460 - 150 167 9 9 58 150 140 190 6 15 580 775 970 1220 1460 1940 210 228 10 11 58 200 188 246 10 17 580 775 970 1220 1460 1940 268 290 10 12 68 250 236 306 12 21 580 775 970 1220 1460 1940 328 353 12 16 68 300 282 360 15 22 580 775 970 1220 1460 1940 384 411 15 16 68 350 342 428 18 23 580 775 970 1220 1460 1940 452 481 18 17 69 375 354 444 19 25 580 775 970 1220 1460 1940 468 499 19 19 70 400 378 474 20 27 580 775 970 1220 1460 1940 500 533 20 20 70 450 424 528 23 28 580 775 970 1220 1460 1940 554 591 23 21 70 600 470 583 25 30 580 775 970 1220 1460 1940 611 650 25 22 70 600 565 692 30 34 580 775 970 1220 1460 1940 724 765 30 26 72 Unid.: mm Tabela 1 - Dimensões dos tubos ANEXO - Tabelas 6 N BR 5645/1990 Diâmetro Desvio vertical Flecha nominal (máximo) (máximo) DN L = 600 L = 800 L = 1000 L = 1250 L = 1500 L = 2000 L = 600 L = 800 L = 1000 L = 1250 L = 1500 L = 200075 38 50 63 - - - 5 7 8 - - - 100 32 42 50 63 76 - 5 7 8 10 11 - 150 21 29 36 44 53 - 5 7 8 10 11 - 200 17 23 27 34 40 46 5 7 8 10 11 15 250 13 19 23 27 34 40 5 7 8 10 11 15 300 11 15 19 23 27 36 5 7 8 10 11 15 350 - 13 17 21 25 34 - 7 8 10 11 15 375 - 13 15 19 23 32 - 7 8 10 11 15 400 - 11 13 17 21 32 - 7 8 10 11 15 450 - 11 13 17 19 29 - 7 8 10 11 15 500 - 11 13 17 19 28 - 7 8 10 11 15 600 - 8 11 13 15 21 - 7 8 10 11 15 Tabela 2 - Tolerâncias permitidas no desvio vertical e na flecha Unid.: mm NBR 5645/1990 7 Tabela 3 - Duração do ensaio de permeabilidade Diâmetro nominal 75 100 150 200 250 300 350 375 400 450 500 600 DN Resistên- cia 15000 15000 15000 15000 16000 17000 19000 20000 22000 25000 28000 35000 (N/m) Nota: Caso algum tubo rompa com valor inferior a 90% do especificado, o lote deve ser rejeitado. Espessura do tubo Duração do ensaio e (mm) (min) e - 25 7 25 < e - 38 9 38 < e - 51 12 51 < e - 64 15 Tabela 4 - Resistência à compressão Tamanho do lote Tamanho da amostra Unidades defeituosas (nº de unidades) (nº de unidades) 1ª amostragem 2ª amostragem 1º 2º Ac1 Re1 Ac2 Re2 16 a 150 3 3 0 2 1 2 151 a 500 5 5 0 3 3 4 501 a 3200 8 8 1 4 4 5 3201 a 10000 13 13 2 5 6 7 Tabela 5 - Plano de amostragem para inspeção dimensional e inspeção por ensaios 8 NBR 5645/1990 Tamanho do lote Tamanho da amostra Unidades defeituosas (nº de unidades) (nº de unidades) Ac Re 16 a 50 5 0 1 51 a 150 20 1 2 151 a 280 32 2 3 281 a 500 50 3 4 501 a 1200 80 5 6 1201 a 3200 125 7 8 3201 a 10000 200 10 11 Tabela 6 - Plano de amostragem para inspeção visual e percussão