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REMUNERAÇÃO DAS FÉRIAS Durante as férias a remuneração do empregado será a mesma, como se estivesse em serviço, devendo seu valor ser idêntico ao de seu salário na data da concessão, acrescido de um terço (CF, art. 7.°, XVII). De notar que, ainda que as férias concedidas sejam referentes a período anterior, a remuneração a ser paga por elas coincidirá com o salário que o empregado estiver recebendo na data de sua concessão, devendo ainda ser acrescida de um terço desse valor. Se o empregado recebe as férias após o período concessivo, a remuneração a elas correspondente será aquela vigente no mês da concessão, nesse caso paga em dobro. A Constituição garante ao empregado o pagamento das férias com um terço a mais do que o salário normal. O adicional de um terço é devido não só quando as férias são gozadas, mas também quando são indenizadas (não usufruídas), sejam elas integrais ou proporcionais. O terço também é devido no pagamento das férias coletivas e nos pagamentos efetuados em dobro, no caso de concessão fora do período concessivo. Quando o salário for pago por hora, com jornadas variáveis, será calculada a média das horas trabalhadas no período aquisitivo e sobre esse número aplicado o valor da remuneração horária do dia da concessão. Sendo o salário pago por produção, será calculada a média mensal de produção do período aquisitivo e esse número multiplicado pelo valor unitário pago na data da concessão por peça ou produto. Se o salário for pago por comissão, percentagem ou viagem, apurar-se-á a média dos pagamentos dos 12 meses anteriores à concessão. Se o salário é pago parcialmente em utilidades, como habitação, alimentação etc., o valor destas será computado na remuneração, salvo se durante as férias o empregado continuar desfrutando da utilidade. Os adicionais salariais, como as horas extras, adicional noturno, de atividade insalubre ou perigosa, integram a remuneração das férias, ainda que na época da concessão das férias não haja mais o pagamento, hipótese em que deverá ser tirada a média dos valores dos adicionais recebidos no período aquisitivo, após a atualização das importâncias pagas, mediante incidência dos percentuais dos reajustamentos salariais supervenientes (art. 142, § 6.°). A gratificação semestral não repercute no cálculo das férias, ainda que indenizadas. E indevido o pagamento dos repousos semanais intercorrentes nas férias indenizadas. Da mesma forma, não é devido o FGTS nas férias indenizadas (TST, SBDI-1, Orientação 195). A concessão das férias será comunicada, por escrito, ao empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 dias. A lei não admite a comunicação verbal das férias pelo empregador. Dessa comunicação, o empregado dará recibo (CLT, art. 135). O empregado não poderá entrar no gozo de férias sem apresentar a CTPS ao empregador para que nela seja anotada a respectiva concessão, anotação esta que também deverá ser feita no livro ou fichas de registro dos empregados (CLT, art. 135). As microempresas e empresas de pequeno porte estão dispensadas de anotar a concessão das férias no livro ou ficha de registro de empregados. O pagamento das férias e, se for o caso, o do respectivo abono de férias serão efetuados até 2 dias antes do início do respectivo período de gozo, devendo o empregado dar quitação do recebimento (CLT, art. 145).
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