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ABONO DE FÉRIAS A lei permite a transformação de um 1/3 das férias em pagamento em dinheiro. Haverá a redução do número de dias de férias e o proporcional aumento no ganho do empregado. O abono de férias deverá ser requerido até 15 dias antes do término do período aquisitivo (CLT, art. 143). Enfatizamos que o prazo limite para a solicitação do abono é até quinze dias antes do término do período aquisitivo, e não do início do gozo das férias. Nas férias coletivas, a conversão do abono de férias deverá ser objeto de negociação coletiva entre o empregador e o sindicato representativo dos trabalhadores, independendo de requerimento individual sua concessão. O abono é um direito assegurado ao empregado, ao qual o empregador não poderá se opor. A conversão de 1/3 do período de suas férias em dinheiro é um direito do empregado, bastando, para que possa ser exercido, a comunicação no prazo legal ao empregador. O abono pecuniário deve ser calculado sobre a remuneração das férias já acrescida do adicional de um terço, previsto constitucionalmente. Se a remuneração do empregado é de R$ 900,00 (novecentos reais), e vier ele solicitar o abono pecuniário, este terá o valor de RS 400,00 (quatrocentos reais), que corresponde a 1/3 de RS 1.200,00, valor da remuneração acrescida de um terço constitucional (R$ 900,00 + R$ 300,00 = R$ 1.200,00). Importante ressaltar que não é correto, embora muito comum, afirmar que o empregado sempre pode “vender 10 dias de férias”. Isso porque, em razão do número de suas faltas no período aquisitivo, a duração das férias pode ser reduzida, devendo nesse caso a proporcionalidade (1/3) ser aplicada sobre os dias de férias a que ele efetivamente fará jus. Se o empregado tem direito a 30 dias de férias, poderá receber 10 dias em dinheiro, gozando 20 dias de férias; se o período de férias fox reduzido para 24 dias, o empregado poderá obter 8 dias em dinheiro e gozar 16 dias de férias etc. O prazo para o pagamento do abono ao empregado é o mesmo estabelecido para o pagamento das férias, isto é, até dois dias antes do início das férias. Dispõe a CLT que o abono de férias, ainda quando concedido em virtude de contrato de trabalho, do regulamento da empresa, de convenção ou acordo coletivo, desde que não excedente de 20 dias do salário, não integrará a remuneração do empregado para efeitos da legislação do trabalho e da Previdência Social (art. 144). Afasta-se, assim, a natureza salarial do abono de férias de até 20 dias do salário, que não sofrerá descontos destinados ao INSS, tampouco integrará a base de cálculo para fins trabalhistas (FGTS, aviso prévio etc.). O empregado contratado a tempo parcial não poderá converter parte de suas férias em abono pecuniário, nem no caso de férias coletivas (CLT, art. 143, § 3.°).
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