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Parazoários: não apresentam cavidade digestória nem tecidos verdadeiros. Exemplo: poríferos. Enterozoáros: apresentam essa cavidade e tecidos verdadeiros. Todos os demais filos. Radial: poríferos (maioria assimétricos) e celenterados; Bilateral: de platelmintos a cordados. Ablásticos: não formam folhetos embrionários. Exemplo: poríferos; Diblásticos: formam dois folhetos embrionários (ectoderme e endoderme). Exemplo: cnidários; Triblásticos: formam os três folhetos embrionários (ectoderme, mesoderme e endoderme). Todos a partir de platelmintos. Só podem ser classificados os animais que possuem mesoderme. Acelomados: não apresentam celoma. Exemplo: platelmintos; Pseudocelomados: possuem pseudoceloma (cavidade embrionária parcialmente delimitada por mesoderme). Exemplo: nematelmintos; Celomados: apresentam celoma. Todos a partir de anelídeos. Protostômios: o blastóporo originará a boca. Exemplo: platelmintos, nematelmintos, moluscos, artrópodes e anelídeos; Deuterostômios: o blastóporo originará o ânus. Exemplo: equinodermos e cordados. A formação do celoma pode ocorrer de formas diferentes nos animais: esquizocelomados (quando o celoma se forma a partir de fendas da mesoderma, e não do “teto” do arquêntero. Exemplo: moluscos, anelídeos e os artrópodes.) ou enterocelomados (quando o celoma se forma a partir de bolsas que surgem a partir do “teto” do arquêntero. Exemplo: equinodermos e cordados). Animais parazoários: sem tecidos verdadeiros e sem cavidade digestiva; o São ablásticos. o Apesar de serem parazoários, são considerados animais porque, durante o seu desenvolvimento embrionário, atingem, assim como todos os animais, a fase de blástula, o que não ocorre em nenhum outro reino, o Não apresentam a fase de gástrula. De vida livre, ou seja, não são parasitas; Aquáticos (maioria marinhos e alguns dulcícolas); São filtradores; Podem ser assimétricos ou apresentarem simetria radial; São sésseis (fixos a um substrato); Podem viver isolados ou em colônias; Novidade evolutiva: são pluricelulares Nesse contexto, a hipótese mais aceita sobre o surgimento dos poríferos é a de que eles surgiram a partir de protozoários coloniais. Mesênquima/meso-hilo: massa orgânica constituída por fibras de espongina (material muitas vezes utilizado para fabricar esponjas de banho), que darão sustentação; Espículas: podem ser calcárias ou silicosas, que darão rigidez ao corpo do porífero; Porócitos: células que realizam a filtração da água, do oxigênio e de nutrientes. Coanócitos: células flageladas, cujo batimento é responsável pelo fluxo ordenado de água. Também é responsável pela digestão instracelular. Amebócito: auxiliam os coanócitos no processo da digestão intracelular e distribuição de nutrientes. Também são responsáveis por originar novas células, as quais o porífero estiver precisando. Ósculo: realiza a excreção, principalmente de amônia. O Tanto a respiração e a excreção ocorrem pelo processo de difusão. Reprodução sexuada: ocorre um aumento da variabilidade genética, permitindo que os indivíduos com características diferentes possam se adaptar melhor às variações do meio; o Caso haja um fator letal para um deles no meio, consequentemente será letal para todos. Reprodução assexuada: reprodução ocorre com maior velocidade. o Apresentam alta capacidade de regeneração, uma vez que possuem um grau de especialização bastante reduzido. Fluxo de água: poros → átrio ou espongiocele → ósculo Caso o rio ou lago onde ele se encontra passe por um processo de escassez de água, o porífero passa pelo processo de gemulação, o qual consiste na formação de uma cápsula contendo amebócitos arcaicos (arqueócitos) revestidos por uma camada de espongina (que dará adesão). A gêmula é uma estrutura resistente (por conta das espículas) capaz de sobreviver a condições adversas. Quando o ambiente se torna propício novamente, os arqueócitos se diferenciarão e um novo organismo começará a se desenvolver. Áscon: mais simples; Sícon: dobramentos da parede formam vários tubos radiais que possuem, em seu interior, um canal radial, onde se localizam os coanócitos; Lêucon: os dobramentos das paredes são mais complexos, formando várias câmaras vibráteis, revestidas pelos coanócitos. Apresentam, portanto, grande capacidade de filtração. Em resumo: Houve uma redução gradual do átrio. Aumentando o grau de complexidade, aumenta-se a capacidade de filtração. Animais enterozoários: apresentam tecidos verdadeiros e cavidade digestiva (tubo digestório incompleto); o São diblásticos: apresentam endoderme e ectoderme; o Celenterados: “cel” → células e “enterados” → cavidade digestiva. De vida livre (não são parasitas); Aquáticos (maioria marinhos e alguns dulcícolas); Apresentam simetria radial; Podem ser sésseis ou podem se deslocar; o A cavidade digestiva surgiu da necessidade de obtenção de maior quantidade de energia para realizar o deslocamento. Podem viver isolados (água-viva) ou em colônias (caravela portuguesa e corais); Formam pólipos e medusas. o Alguns cnidários podem passar a vida inteira como pólipos, outros podem passar a vida inteira como medusa e a maioria passa por um processo de alternância de gerações ou metagênese. Novidades evolutivas: tecidos verdadeiros e cavidade digestória. Apresentam a fase de gástrula. Aquisição importante: sistema nervoso (permite a contração das fibras musculares, responsáveis pelo deslocamento). Cnidócitos atuam na captura de presas e na defesa do animal. As toxinas (proteínas) liberadas são sintetizadas pelos ribossomos aderidos o RER. Esqueleto: alguns tipos de pólipos, como os corais, produzem um exoesqueleto calcário; o O exoesqueleto calcário (CaCO3) é muito vulnerável ao processo de acidificação dos oceanos. Quando maior a liberação de gás carbônico (CO2) para a atmosfera, ele, ao reagir com a água, formará o ácido carbônico, o qual é responsável pela corrosão do exoesqueleto calcário, podendo levar a um processo de redução populacional. Sistema digestório: tubo digestório incompleto (apenas boca), com digestão extra e intracelular; o A digestão é inicialmente extracelular e ocorre no interior da cavidade gastrovascular, onde são liberadas enzimas. Posteriormente, partículas do alimento são fagocitadas por células ao longo de toda a cavidade, no interior das quais termina a digestão. A distribuição dos nutrientes se dá, por difusão, às demais células do organismo. Sistema nervoso do tipo difuso, não existindo um centro de coordenação corporal; A respiração e a excreção (amônia) ocorrem por meio da difusão. Hidrozoários: espécies com forma pólipo e medusa (com metagênese) ou apenas pólipo. Exemplo: caravela portuguesa. Cifozoários: a forma medusa é bem desenvolvida. Exemplo: água-viva; Antozoários: apresentam apenas a forma pólipo. Exemplo: corais e anêmona; Cubozoários: apresentam medusas em forma de cubos. O pólipo se divide transversalmente em discos, formando indivíduos móveis, as éfiras, as quais originarão várias medusas. É típica das medusas. As espécies normalmente apresentam sexos separados e a fecundação pode ser externa (maioria) ou interna. O zigoto em geral desenvolve uma larva (larva plânula) que originará um novo adulto. Há alternância de uma fase assexuada (pólipo) com uma fase sexuada (medusa). Os pólipos produzem, assexuadamente (por brotamento ou estrobilização) medusas. Dessas formas sexuadas surgem gametas que se fundem, formando um zigoto e posteriormente uma larva ciliada. Essa larva se desloca por um curto espaço até se fixar e originar um novo pólipo, fechando, assim o ciclo. Para lembrar: existem muitos corais que se associam com algas (mutualismo),uma vez que a alga encontra um local para se estabelecer e os corais se aproveitam dos compostos formados pela fotossíntese da alga. Animais enterozoários: apresentam tecidos verdadeiros e cavidade digestiva; o São triblásticos: apresentam ectoderme, mesoderme e endoderme; o Acelomados; o Os espaços do corpo são preenchidos por um tecido chamado mesênquima, formado por células de elevada capacidade de divisão e diferenciação, que garantem grande capacidade de regeneração a estes animais. Vida livre ou parasitas; Aquáticos ou terrestres (vivem em solo úmido); Apresentam simetria bilateral; Possuem um sistema nervoso mais complexo (ganglionar), responsável pela coordenação de movimentos; Formação de um sistema excretor, composto por células-flama. Novidades evolutivas: triblásticos (maior complexidade). Simetria bilateral (início da formação de um eixo principal. Extremidade anterior possui órgãos sensoriais → princípio de cefalização). Pele + tudo ligado a ela → Epiderme com glândulas de muco. Na porção ventral, há cílios que favorecem a locomoção. Nos parasitas, há uma cutícula protetora que impede que, quando se encontram no interior do organismo humano, sejam digeridos pelas enzimas digestivas humanas. Além disso, essa película protege-o das ações das células do sistema imunológico. → Cílios Ausente. A sustentação corporal é dada pelas camadas musculares subjacentes (esqueleto funcional), cuja contração coordenada permite boa eficiência locomotora (virar para qualquer direção, se encurtar e alongar etc.). Assim como os celenterados, possuem o tubo digestório incompleto. O intestino é bem ramificado (para compensar a ausência de sistema circulatório), permitindo a distribuição de nutrientes por todo o corpo. Apresenta digestão extra e intracelular: parte dela acontece na cavidade do tubo digestório e parte dela ocorrerá no interior das células que irão distribuir os nutrientes. Para lembrar: tudo digestório ausente na Tênia. Ausente. Nas planárias, as trocas gasosas ocorrem por difusão (respiração cutânea); Os parasitas são fermentadores. Ausente. Na planária, existem os protonefrídios, tubos laterais que percorrem o corpo, recolhendo as excretas, que serão absorvidas pelas células-flama. Produto de excreção: amônia. Sistema do tipo ganglionar (mais complexo, o que proporciona melhor coordenação dos movimentos). De cada gânglio, sai uma cadeia nervosa. As planárias apresentam na cabeça dois ocelos, estruturas fotorreceptoras que lhes possibilitam perceber luz, inclusive a sua intensidade. Também na cabeça estão localizados dois órgãos auriculares que são quimiorreceptores, dando a estes animais alguma percepção de olfato. Turbellaria: platelmintos de vida livre, sendo popularmente conhecido como “planárias”, devido ao corpo achatado. São monoicos. Trematoda: platelmintos parasitas pequenos (possuem alguns milímetros), que apresentam ventosas para a fixação no hospedeiro. A principal espécie é o Schistosoma mansoni, causador da “barriga d’água” no ser humano. São dioicos. Cestoda: platelmintos parasitas de corpo longo em forma de fita. Os mais importantes são as solitárias, que vivem no intestino de diversos animais, inclusive no do homem. São monoicos. A planária (monoica) é capaz de realizar tanto a reprodução assexuada como a reprodução sexuada. + Cada planária possui, na região ventral, um poro genital, que será interligado durante o acasalamento → fecundação cruzada → aumento da variabilidade genética. Desenvolvimento direto. Nos esquistossomos (dioicos), a reprodução ocorre com o desenvolvimento indireto (há a presença do estágio larval). A tênia (monoica) realiza a autofecundação. O desenvolvimento também é indireto. Cada anel possui ambos os sexos, ou seja, cada anel fecunda outro anel. Existe variabilidade genética, apesar de ser menor quando comparada à fecundação cruzada. Apresentam tubo digestório completo: há uma melhor distribuição dos nutrientes pelo corpo; o Pseudocelomados: apresentam apenas a ectoderme delimitada pela mesoderme; ▪ O líquido pseusocelomático é responsável pela distribuição dos nutrientes por todo o corpo do animal. o Protostômios. Vida livre ou parasitas; o Apresentam o corpo revestido por uma cutícula quitinosa dura e resistente como mecanismo de proteção. Apresentam simetria bilateral; Não possuem sistema respiratório: a respiração ocorre por difusão; o Alguns deles – parasitas – são anaeróbicos. Apresentam sistema nervoso do tipo ganglionar; A excreção ocorre por renetes (tubos em H); Reprodução: sexuada, maioria dioica com dimorfismo sexual. As excretas nitrogenadas do animal serão despejadas no pseudoceloma, as quais, por difusão, serão absorvidas pelos tubos excretores (renetes) e eliminadas por um poro excretor localizado na região anterior. Enterozoários (tubo digestório completo com boca e ânus); Triblásticos; Protostômios (blastóporo origina boca); Simetria bilateral; Não possuem segmrentação; Novidade evolutiva: são celomados (celoma é a cavidade corporal totalmente revestida por mesoderme). O corpo de um molusco é basicamente dividido em: Região dotada de estruturas sensoriais, como os olhos. Estrutura musculosa associada à locomoção. Nesse contexto, alguns moluscos, como os gastrópodes, apresentam glândulas pedais, responsáveis pela liberação de muco para auxiliar no deslizamento. Região onde são encontrados muitos dos órgãos do molusco. A massa visceral é coberta pelo manto ou cavidade paleal, uma dobra da epiderme responsável por secretar, em alguns moluscos, uma concha calcária protetora. Em geral, apresentam uma única concha, apesar de existirem casos onde a concha não está presente (nas lesmas, por exemplo). São herbívoros e possuem rádula. Deuterostômios Protostômios Gástrula Arquêntero Blastóporo Seu nome deriva do fato de possuírem o sistema digestório localizado nos pés. São monoicos e seu desenvolvimento é direto. Seu nome deriva do fato de possuírem concha com duas peças ou valvas unidas. Apresentam cabeça reduzida e boca sem rádula. São filtradores, ou seja, para se alimentarem, criam uma corrente de água que entra por um sifão – inalante – e sai por outro sifão – exalante -, trazendo partículas alimentares, como larvas e protozoários, retidas e utilizadas na alimentação, enquanto a água que sai leva consigo fezes e excretas. Algumas ostras (perlíferas) são capazes de produzir pérolas. Esse fenômeno ocorre quando uma partícula, como um grão de areia, instala-se entre a concha e o manto do bivalve. Nessa situação, como forma de defesa, o manto envolve a partícula invasora com camadas de nácar – uma substância brilhante -, levando à formação das pérolas. São dioicos e seu desenvolvimento é indireto, pois a eclosão dos ovos libera uma larva chamada trocófora. Alguns possuem concha interna, outros, concha externa e outros não possuem concha. Possuem os pés modificados em tentáculos dotados de ventosas, importantes para a fixação, deslocamento no substrato e captura de presas. Ao final do seu intestino, há uma glândula de tinta, órgão que produz e expulsa um líquido escuro na água com o objetivo de despistar um possível predador (defesa). Possuem, assim como os gastrópodes, rádula. Possuem um sifão exalante proveniente do manto, responsável pela expulsão violenta de água. Esse mecanismo, chamado de jato-propulsão, auxilia no rápido deslocamento do animal. São dioicos e seu desenvolvimento é direto. Epitélio fino rico em glândulas de muco – glândulas pedais – + manto (vai secretar a concha → complexo de Golgi). Apresentam concha calcária simples ou dupla, secretada pelo manto. Apresentam tubo digestório completo, ou seja, possui bocae ânus. A digestão é completamente extracelular. Há uma glândula digestiva, denominada hepatopâncreas, que é responsável pela produção de enzimas digestivas e pela assimilação de nutrientes. Alguns moluscos apresentam rádula, uma estrutura da boca responsável por raspar o alimento. O tipo de respiração varia de acordo com o ambiente habitado pelo molusco. Os terrestres têm respiração pulmonar, uma vez que o seu manto funciona como um pulmão primitivo (é bastante irrigado e consegue realizar eficazmente as trocas gasosas). Os aquáticos possuem respiração branquial, uma vez que, no manto, existem filamentos vascularizados capazes de retirar o oxigênio dissolvido na água e nela eliminar o gás carbônico. Alguns moluscos, como as lesmas, apresentam respiração cutânea. Do tipo aberto ou lacunar, onde o sangue é impulsionado pelo coração, passa no interior de alguns vasos sanguíneos e chega a lacunas (hemoceles) encontradas entre os diversos tecidos, circulando lentamente nesse local, sob baixa pressão, levando nutrientes e oxigênio e recolhendo gás carbônico e outros resíduos oriundos do metabolismo. O sangue apresenta hemocianina (coloração azul). Nos cefalópodes, o sistema circulatório é fechado (o sangue circula apenas dentro dos vasos, sob alta pressão, o que permite a sua locomoção em maior velocidade). As excretas são eliminadas pelos metanefrídios, estruturas que recolhem os resíduos metabólicos da cavidade pericárdica e lançam-nos para o exterior por meio de um poro excretor localizado na cavidade do manto. Em alguns moluscos podem ocorrer agrupamentos de nefrídios denominados rins. Caracterizado pela presença de um gânglio central ou cerebral, localizado na cabeça. Desse gânglio partem cordões nervosos que o ligam com outros gânglios localizados em outras partes do corpo, como as estruturas locomotoras. O gânglio cerebral é extremamente desenvolvido nos polvos e lulas. Apresentam estruturas como os estatocistos, responsáveis pela percepção de quando estão de cabeça para baixo (equilíbrio). Os bivalves possuem osfrádio, quimiorreceptor responsável pela percepção da quantidade de iodo na água. Apresentam uma sucessão de metâmeros (segmentos) em forma de anel, ao longo do eixo longitudinal do corpo; o A metameria resultou na formação de blocos musculares desenvolvidos que aumentam a variedade e a eficiência dos movimentos. Enterozoários (apresentam tubo digestório completo); Triblásticos; Celomados; Protostômios; Apresentam simetria bilateral; A maior parte de seus representantes é de vida livre, com exceção das sanguessugas, que são parasitas. Seu nome vem do fato de apresentarem poucas cerdas em seu corpo → oligo = pouco; chaeta = cerda. Possuem clitelo, estrutura que envolve um metâmero onde se encontra o poro genital feminino e localizada à frente do poro genital masculino, pelo qual são liberados os espermatozoides. À frente do clitelo, há uma cavidade denominada receptáculo seminal, cuja função é receber espermatozoides de outra minhoca durante o acasalamento. O clitelo vai gerar um envoltório – casulo – que recebe os óvulos da minhoca que o produziu. Uma vez dotado de óvulos, o clitelo se desloca em direção à extremidade anterior do corpo da minhoca. Ao longo do trajeto, o casulo com óvulos recebe os espermatozoides que foram fornecidos por outra minhoca. No casulo ocorre a fecundação cruzada, resultando em zigotos que irão se desenvolver em ovos. Ao eclodir, cada ovo eclodirá uma pequena minhoca. Assim, as minhocas são anelídeos hermafroditas que apresentam fecundação cruzada e externa. Como não há estágio larval, seu desenvolvimento é direto. Não apresentam cerdas em seu corpo. Seu principal representante é a sanguessuga, ectoparasitas de vertebrados encontrados em ambientes dulcícolas. Sua saliva possui uma substância anestésica e anticoagulante denominada hirundina. Eram usados na medicina antiga, uma vez que a retirada de sangue em pacientes hipertensos promovia a redução da pressão sanguínea. São anelídeos aquáticos dotados de bastantes cerdas, as quais formam conjuntos conhecidos como parapódios. Os parapódios podem atuar como superfície de trocas gasosas e auxiliam na locomoção sobre o leito oceânico. Apresentam cabeça bem diferenciada. Apresentam epiderme recoberta por uma cutícula, podendo apresentar cerdas quitinosas, empregadas na locomoção. Não possuem esqueleto. A sustentação fica a cargo do líquido que preenche o celoma, ou seja, esse fluido atua como um esqueleto hidrostático. Assim como nos moluscos, o tubo digestório é completo e a digestão é exclusivamente extracelular. Ao longo do tubo digestório, é possível observar a existência de regiões diferenciadas: faringe, esôfago, papo (responsável pelo armazenamento e amolecimento do alimento), moela (região musculosa responsável pelo trituramento do alimento), tiflossole (dobra intestinal que aumenta a superfície de absorção dos nutrientes), cecos e ânus. Do tipo fechado. Sangue com hemoglobina. Existem dois grandes vasos, um dorsal e outro ventral, que estão ligados por pares de corações. Os vasos maiores ramificam-se em vasos menores, que formam os capilares – vasos mais finos que permitem as trocas de materiais entre células e sangue. Existe um par de metanefrídios por segmento corporal (anel), um de cada lado do tubo digestório. Esses metanefrídios recolhem o líquido celomático por meio de uma abertura ciliada chamada nefróstoma. O batimento desses cílios direciona o líquido celomático a um tubo que atravessa o septo que divide os segmentos e está envolvido por uma rede de capilares. Assim, substâncias que podem ser reaproveitadas são reabsorvidas pelo sangue e, através de um poro - chamado nefridióporo –, localizado no metâmero de trás, os resíduos são eliminados no ambiente. Do tipo ganglionar ventral. Nele existem gânglios cerebrais ligados a um anel nervoso que circunda o tubo digestório. Do anel nervoso saem cordões nervosos ventrais que possuem um par de gânglios por segmento. Nervos partem dos gânglios em direção a outras estruturas do organismo, como os músculos. A respiração pode ser cutânea (minhocas e sanguessugas) – na qual a difusão dos gases ocorre através da superfície corporal - ou branquial (poliquetos). Nos anelídeos que realizam respiração cutânea, a pele deve ser fina, permeável, ricamente vascularizada e úmida (a produção de muco por células especializadas contribui para a manutenção da umidade da pele). Maior filo em número de espécies; Adaptados a uma grande diversidade de ambientes, sejam eles secos ou úmidos; Ecologicamente importantes, pois podem atuar como predadores, parasitas, detritívoros, etc.; Apresentam metameria, porém seus segmentos são mais visíveis nas fases larvais, uma vez que, durante o seu desenvolvimento, ocorre a fusão dos metâmeros, resultando na formação de regiões corporais diferenciadas, como cabeça, tórax e abdome; Presença de apêndices articulados , como patas, antenas e peças bucais; o Permitiram a realização de uma grande variedade de movimentos, tornando a locomoção, captura de presas, fuga de predadores e manipulação de alimentos processos mais eficientes. Apresentam um exoesqueleto formado por quitina, o qual fornece apoio aos músculos e proteção, tanto mecânica quanto contra a desidratação (nesse caso, o exoesqueleto é recoberto por uma camada de cera - impermeabilizante); o Nos crustáceos, por exemplo, o exoesqueleto pode conter sais de cálcio, que dão proteção extra. Apresentam sistema nervoso do tipo ganglionar ventral (gânglio cerebroide + cadeia ventral); Apresentam sistema circulatório aberto; o O sangue circulasob baixa pressão, lentamente, passando por cavidades denominadas hemoceles (“espaços” entre tecidos); Possuem tubo digestório completo e digestão extracelular; Apresentam simetria bilateral; Protostômios; Celomados; Apesar de ser vital para os artrópodes, o exoesqueleto traz um inconveniente: limita o crescimento do animal. Dessa forma, o seu crescimento depende da ocorrência de mudas ou ecdises – trocas periódicas do exoesqueleto, controladas pelo hormônio ecdisona. Nesse contexto, o animal secreta um novo exoesqueleto , fino e flexível, que permitirá seu crescimento. Posteriormente, esse exoesqueleto endurece, passando a impedir o seu crescimento. Assim, ele será rompido e abandonado pelo animal – exúvia. Uma vez fora do exoesqueleto antigo, o artrópode continua seu crescimento e inicia a secreção de um novo exoesqueleto. Por conta das mudas, o crescimento dos artrópodes não é contínuo como em outros animais, uma vez que existem períodos alternados de crescimento com outros nos quais o crescimento não ocorre. Apesar de serem majoritariamente aquáticos, existem representantes terrestres, como o tatuzinho-de- jardim. Corpo dividido em cefalotórax e abdome; o No cefalotórax existem mandíbulas e maxilas, ligadas à manipulação e mastigação do alimento, dois pares de antenas como função sensorial e um par de olhos pedunculados. Há também cinco pares de patas locomotoras, sendo, por isso, denominados decápodes; o O abdome, cuja porção final pontiaguda é denominada télson, pode apresentar segmentos. De cada segmento parte um par de apêndices, chamados de patas abdominais. O último par de apêndices tem forma de leme e contribui para a natação do animal. A eliminação de excretas ocorre pelas glândulas verdes ou antenárias, localizadas no cefalotórax. Elas removem os resíduos metabólicos do fluido circulatório e os eliminam por meio de poros situados na base das antenas; o Produto de excreção: amônia. As trocas gasosas ocorrem por meio de brânquias, localizadas na base das patas; A maioria é dioica, com exceção das cracas, que são hermafroditas; A fecundação é externa, uma vez que ocorre na superfície do corpo da fêmea; O desenvolvimento é predominantemente indireto (com a presença de larva naulpios), mas existem casos de desenvolvimento direto, como é o caso do camarão e da lagosta. Corpo dividido em cefalotórax e abdome, que são fundidos nos carrapatos; No cefalotórax, existem: o 4 pares de patas, para locomoção; o Um par de pedipalpos, estruturas sensoriais ligadas à manipulação do alimento; o Um par de quelíceras, relacionadas à inoculação de veneno - com enzimas digestivas -, nas aranhas; à mastigação, nos escorpiões; e à obtenção de sangue do hospedeiro, nos ácaros; ▪ Pelo fato de haver enzimas digestivas no veneno das aranhas, a digestão se inicia fora do corpo → extracorpórea; o Não há antenas; O abdome: o das aranhas possui um apêndice denominado fiandeira, cuja secreção liberada, em contato com o ar, forma fios empregados na confecção da teia, usada na captura de insetos e na construção de casulos que armazenarão seus ovos; o dos escorpiões é dividido em uma porção anterior – mais larga – e uma porção posterior ou cauda – mais comprida, delgada e com um aguilhão associado à glândula de veneno na extremidade. A respiração se dá através de filotraqueias ou pulmões foliáceos. Um poro localizado no abdome permite a entrada de ar em uma cavidade repleta de lâminas vascularizadas. O O2 se difunde do ar para o fluido circulatório e o CO2 percorre o sentido contrário, sendo eliminado para o ambiente por meio do mesmo paro abdominal citado. o Diferentemente do sistema respiratório traqueal – presente nos insetos –, na respiração filotraqueal, o sistema circulatório participa do transporte de gases respiratórios. A excreção ocorre predominantemente através das glândulas coxais, as quais removem os resíduos metabólicos do fluido circulatório e os eliminam por meio de poros situados na base das batas. Entretanto, em alguns aracnídeos, a excreção é feita por túbulos de Malpighi; o Produto de excreção: ureia. Dioicos; Apresentam fecundação interna; Desenvolvimento direto – não há larvas. Animais evolutivamente bem sucedidos e adaptados às diferentes condições do meio, particularmente o meio terrestre. Muitas espécies têm a capacidade de voar, o que confere vantagens como exploração de novos ambientes, busca por alimento e fuga de predadores. Corpo dividido em cabeça, tórax e abdome; Na cabeça, existem: o Um par de antenas, com função sensorial; o Um par de olhos e ocelos – estruturas que recebem luz; o Apêndices ou peças bucais, destinados à alimentação; No tórax, existem: o 3 pares de patas, para locomoção - hexápodes; o Asas, em alguns deles; No abdome e no tórax, existem os espiráculos, orifícios pelos quais o ar entra no sistema respiratório traqueal. O ar rico em O2 entra no corpo do animal e percorre tubos ramificados que atingem os tecidos do inseto. Desse modo, o O2 é levado diretamente às células, proporcionando uma oxigenação muito eficiente. Já o CO2 é levado das células diretamente para o meio ambiente, não havendo participação do sistema circulatório no transporte desses gases respiratórios. o A eficiente oxigenação promovida pelo sistema respiratório traqueal é a responsável pela manutenção da intensa atividade metabólica dos insetos e pela realização de movimentos rápidos e constantes, compensando o sistema circulatório aberto. A excreção ocorre através dos túbulos de Malpighi, os quais recolhem os resíduos metabólicos do fluido circulatório e os lançam no intestino do animal. Assim, as excretas são eliminadas junto às fezes. o Produto de excreção: ácido úrico. ▪ Devido à sua baixa toxicidade e solubilidade em água, exige pouca água para sua eliminação, contribuindo para sua adaptação ao meio terrestre. Dioicos; Apresentam fecundação interna; Em abelhas, ocorre a partenogênese, isto é, os óvulos se desenvolvem em animais adultos, mesmo sem terem sido fecundados. Nesse caso, os óvulos não fecundados resultarão na formação dos machos – zangões; Com relação ao desenvolvimento pós-embrionário, podem ser classificados em: o Ametábolos: não ocorre metamorfose. Assim, quando o ovo eclode, há o surgimento de um animal jovem. Exemplo: traça-dos-livros; o Hemimetábolos: ocorre metamorfose incompleta. Assim, quando o animal sai do ovo, sendo denominado ninfa, difere do adulto por apresentar asas reduzidas e por não ser maduro sexualmente. Exemplo: gafanhoto e barata; ▪ Ovo → ninfa → adulto. o Holometábolos: ocorre metamorfose completa. A eclosão do ovo libera uma larva, que irá se alimentar de folhas. Em seguida, essa larva forma um casulo e entra em fase de pupa – ou crisálida. Nessa fase, ocorrem modificações no corpo do animal que, posteriormente, originará um adulto sexualmente maduro. Exemplo: borboleta, besouro, mosca, cigarra e pulga. ▪ A alimentação da larva é diferente do adulto para que não haja competição intraespecífica por alimento; ▪ Ovo → larva → pupa → adulto. o O hormônio que regula a metamorfose é a neotenina: ↓ nível de neotenina: ocorre metamorfose. Classes Divisão corporal Número de patas Número de antenas Sistema respiratório Sistema excretor Crustáceos Cefalotórax e abdome 5 pares 2 pares Branquial Glândulas verdes ou antenárias Insetos Cabeça, tórax e abdome 3 pares 1 par Traqueal Túbulos de Malpighi Aracnídeos Cefalotórax e abdome 4 pares Ausente Filotraqueal Glândulas coxais Animais de vida livre e exclusivamente marinhos; Apresentam simetria radial (normalmente pentarradial, isto é, possibilidade do corpo ser dividido em 5 partes similares)quando adultos e simetria bilateral quando larvas; São os primeiros animais deuterostômios, isto é, ao longo do desenvolvimento embrionário, o blastóporo origina o ânus, e não a boca, como nos protostômios; Vivem isolados, ou seja, não formam colônias; Animais bentônicos em sua maioria (vivem no fundo do mar), sendo fixos ao substrato ou podendo se locomover lentamente. Apresentam tubo digestório completo (enterozoários), podendo apresentar especializações como a lanterna de Aristóteles – estrutura dotada de dentes, com os quais o animal raspa o leito oceânico visando à obtenção de alimento. o A região do corpo onde se localiza a boca (normalmente voltada para baixo) é denominada face oral, enquanto que a região onde se localiza o ânus (normalmente voltada para cima) é denominada face aboral. Possuem um endoesqueleto calcário, responsável pela proteção de suas estruturas internas, recoberto por um fino epitélio; Sistema circulatório ausente; o O líquido que preenche o celoma é o principal meio de transporte de substâncias; o Apresentam um sistema ambulacrário ou hidrovascular, uma rede de canais – responsável pelo transporte de substâncias e pelo deslocamento do animal – pelos quais a água do mar circula. Ela penetra-o por meio de uma placa (madrepórica), localizada na face aboral. ▪ Seus canais se associam aos pés ambulacrários que, por sua vez, se encontram ligados à dilatações conhecidas como ampolas. A contração da ampola injeta a água do mar nos pés ambulacrários, fazendo com que ocorra adesão às superfícies. Quando essa água deixa os pés ambulacrários, eles ficam flácidos e se desprendem do substrato ao qual estavam aderidos. As trocas gasosas e a excreção ocorrem por difusão; Sistema nervoso pouco desenvolvido Principal representante: estrela-do-mar. o Para se alimentar, a estrela-do-mar projeta seu estômago sobre o alimento, liberando enzimas digestivas. Assim, com os nutrientes parcialmente digeridos, ela recolhe o estômago → digestão extracorpórea. o Possui uma região central de onde partem 5 braços importantes para o deslocamento e para a captura de presas. Na extremidade desses braços existem os ocelos, estruturas que percebem a variação luminosa. Principais representantes: ouriço-do-mar e bolacha-da-praia. o Desprovidos de braços. Possuem pedicelárias (pinças), responsáveis pela limpeza da superfície superior do corpo. Essas pedicelárias podem conter veneno. Principal representante: pepino-do-mar. o Animais e corpo alongado e mole, uma vez que seu esqueleto é formado por pequenos ossos separados; o Ao redor da boca, possuem tentáculos usados para obtenção de alimento. Principal representante: lírio-do-mar; o Animais sésseis (presos a um substrato); o Possuem a boca voltada para cima, sendo esta rodeada de braços com ramificações que atuam na obtenção de alimento. Principal representante: serpente-do-mar. o Seus braços apresentam movimentos ondulantes semelhantes aos de uma serpente. Devido ao elevado potencial de regeneração, certos equinodermos, como as estrelas-do-mar podem gerar novos indivíduos a partir de fragmentos do seu próprio corpo. Dioicos; Fecundação externa; Desenvolvimento indireto. o A larva dos equinodermos, diferentemente dos adultos, apresenta simetria bilateral. Triblásticos, celomados (formação semelhante ao dos equinodermos) e deuterostômios; Apresentam simetria bilateral e segmentação corporal; Possuem endoesqueleto de origem mesodérmica; Enterozoários com digestão extracelular; Possuem sistemas digestório, respiratório, excretor e nervoso. Além disso, possuem características exclusivas presentes em pelo menos um estágio do desenvolvimento do animal, sendo elas: Notocorda, haste flexível que se estende pelo dorso do animal e atua na sustentação; Tubo nervoso dorsal e oco, diferentemente dos demais animais, cujo tubo nervoso ocupa posição ventral e é maciço; Fendas branquiais na faringe, podendo permanecer posteriormente ou não no animal; Cauda pós-anal, a qual pode contribuir para a natação e, em alguns casos, para o ataque e defesa. Nos seres humanos, a cauda pós-anal atrofia e origina o cóccix, ao final da coluna vertebral. O filo dos cordados compreende três subfilos: cefalocordados, urocordados e vertebrados. Os cefalocordados e os urocordados formam o grupo dos protocordados, não possuem crânio e nem coluna vertebral. Os vertebrados, por sua vez, possuem crânio e coluna vertebral. O subfilo dos vertebrados é dividido em duas superclasses: Agnatostomados: não possuem mandíbula. Exemplo: lampreia; Gnatostomados: possuem mandíbula. Nessa superclasse, se encontram as classes dos peixes ósseos, peixes cartilaginosos, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. É considerado um animal filtrador, uma vez que as partículas alimentares retiradas da água que passa pelas fendas branquiais serão encaminhadas ao sistema digestório; A boca é dotada de pequenos tentáculos, denominados cirros bucais; As trocas gasosas são realizadas pelas fendas branquiais e pela superfície corporal; Sistema circulatório ausente, possuindo apenas vasos contráteis que impulsionam o sangue; A excreção é feita por nefrídios que recolhem excretas do líquido celomático e as eliminam junto ao excesso de água por meio do atrióporo; Neles, a notocorda permanece durante toda a vida, atuando como elemento de sustentação e apoio aos músculos; São dioicos, apresentando fecundação externa e desenvolvimento indireto. Assim denominados, pois a notocorda estende-se ao longo da cauda da larva (uro = cauda) e por apresentarem uma túnica protetora produzida pela epiderme no animal adulto. Quando adulta, a ascídia não apresenta notocorda e nem tubo nervoso dorsal; Apresentam corpo arredondado, caracterizado pela presença de dois sifões: um inalante (permite a entrada de água com partículas alimentares – que ficarão retidas nas fendas branquiais – e oxigênio) e um exalante (que, após ela ter passado pelo átrio, retirando os resíduos metabólicos, eliminará a água); o São animais filtradores. As trocas gasosas ocorrem pelas fendas branquiais. A túnica não permite a troca gasosa pela superfície corporal. São monoicos, apresentando fecundação externa e desenvolvimento indireto. Apresentam uma boca circular dotada de dentes; o Nas lampreias, os dentes são usados para perfurar a pele de um hospedeiro para que possam se alimentar do seu sangue → são ectoparasitas; Considerados peixes primitivos, pois suas nadadeiras são pouco desenvolvidas; Nesses animais, a notocorda persiste durante toda vida; o Nas lampreias, a notocorda será envolvida pela coluna vertebral; o O peixe-bruxa não possui coluna vertebral. São dioicos, apresentando fecundação externa e desenvolvimento indireto. o O peixe-bruxa pode ser hermafrodita e apresentar desenvolvimento direto. Possuem corpo com formato hidrodinâmico, sendo este recoberto por escamas; o Essa característica proporciona melhor deslocamento no meio aquático, pois diminui a resistência da água. Apresentam tubo digestório completo; Realizam respiração branquial; Apresentam sistema circulatório fechado e simples (só circula sangue venoso pelo coração, que é dotado de duas câmaras - um átrio e um ventrículo); Apresentam rins; Possuem um sistema nervoso mais desenvolvido e com várias estruturas sensoriais. – Peixes cujo esqueleto é de natureza cartilaginosa (condro = cartilagem; ictes = peixe). Sua pele possui escamas – placoides – cuja estrutura é semelhante a um dente, uma vez que apresentam esmalte (de origem epidérmica) e dentina (de origem dérmica) → estruturas homólogas (mesma origem embrionária); Apresentam boca na posição ventral, sendo esta dotada de várias fileiras de dentes pontiagudos (escamas modificadas); Como não são dotados de bexiga natatória, possuem outros mecanismos que contribuem para sua flutuabilidade, como no caso dos tubarões, que possuem fígado rico em óleo, o qual, menos denso que a água, facilita sua flutuação; A respiração é branquial, não apresentando opérculo (placa que recobre e protege as brânquias); A excreção é realizada principalmente pelos rins, apesar de as brânquias também participarem do processo; o Produto de excreção: ureia. O sistema digestório é completo, terminando em cloaca (cavidade na qual desembocam os dutos digestório, reprodutor e excretor). Seu intestino é dotado de tiflossole ou válvula espiral, estrutura que permite melhor digestão dos alimentos, conferindo maior superfície de absorção dos nutrientes; Em tubarões, existem estruturas eletrossensoriais localizadas na cabeça, denominadas ampolas de Lorenzini, as quais captam campos elétricos emitidos por outros animais, orientando, de forma muito precisa, na captura da presa; A reprodução ocorre por meio da fecundação interna, uma vez que os machos possuem nadadeiras pélvicas modificadas em um órgão copulador, o qual irá transferir gametas para a fêmea durante a cópula. O desenvolvimento é direto e as espécies de peixes cartilaginosos podem ser ovíparas, ovovivíparas ou vivíparas. – Peixes cujo esqueleto é de natureza óssea (osteo = osso; ictes = peixe). Sua pele apresenta escamas de origem dérmica, recobertas pela epiderme que, por sua vez, pode possuir glândulas produtoras de muco (explica o fato de a pele dos peixes ósseos ser escorregadia); o Existem peixes ósseos, como o bagre, que não possuem escamas. Apresentam boca na posição anterior, sendo esta dotada de dentes; Possuem brânquias cobertas por uma placa óssea protetora, conhecida como opérculo, cuja movimentação aumenta a eficiência da circulação de água pelas brânquias e, consequentemente, das trocas gasosas; A excreção, assim como nos peixes cartilaginosos, é realizada principalmente pelos rins, apesar de as brânquias também participarem do processo; o Produto de excreção: amônia; o As brânquias também atuam na osmorregulação, sendo responsável pela eliminação, quando em ambiente marinho, ou pela absorção de sais, quando em ambiente dulcícola. São dotados de uma estrutura denominada bexiga natatória, a qual auxilia na flutuação e no deslocamento do peixe na coluna de água, uma vez que o animal pode controlar a densidade de seu corpo por meio do enchimento ou esvaziamento dela; O sistema digestório é completo, terminando em ânus. Apresentam cecos gástricos, os quais aumentam a eficiência da digestão dos alimentos e da absorção dos nutrientes; Apresentam estruturas neurossensoriais, como a linha lateral (olhos desenvolvidos e células de olfato nas narinas, para percepção da pressão, correnteza, sons e movimentações na água); Algumas espécies se reproduzem por meio da fecundação interna e outras por meio da fecundação externa. O desenvolvimento é indireto (presença da larva alevino) e as espécies de peixes ósseos também podem ser ovíparas, ovovivíparas ou vivíparas. Capacidade dos animais de manterem a temperatura corporal dentro dos limites fisiológicos da espécie, essencial para o equilíbrio interno, notadamente na manutenção do metabolismo celular. Os animais podem ser classificados em endotérmicos – ou homeotermos –, ou seja, dependentes da produção metabólica de calor, isto é, são capazes de manter a temperatura corporal relativamente constante, apesar das variações de temperatura do ambiente, como as aves e os mamíferos, e ectotérmicos – ou pecilotérmicos –, que utilizam fontes ambientais de calor para manter seu metabolismo, como os peixes, anfíbios e répteis. Uma das vantagens dos animais endotérmicos é a sua ampla distribuição geográfica, visto que seu metabolismo é menos afetado por baixas temperaturas. Entretanto, devem se alimentar constantemente, uma vez que a endotermia exige alta demanda energética. Seu nome (anfi = duplo; bio = vida) deriva da capacidade de viver em ambiente terrestre, apesar da dependência da água para a reprodução, por exemplo. Constituem, portanto, um grupo de transição entre o meio aquático e terrestre. A sobrevivência fora da água traz uma série de obstáculos a serem vencidos, como o risco de desidratação e a sustentação, uma vez que o ar confere menor sustentação ao corpo do animal exigindo esqueletos e músculos mais fortes, além de pernas em lugar de nadadeiras. Possuem uma pele fina e permeável, que se mantém hidratada graças à ação de glândulas produtoras de muco. Essas características normalmente restringem os animais a ambientes úmidos, uma vez que, devido à permeabilidade da pele, perdem água com facilidade. Apesar disso, esse tipo de pele permite a ocorrência de trocas gasosas através da superfície corporal, fato que explica a ocorrência de respiração cutânea nesses animais. Além disso, os anfíbios adultos possuem pulmões simples dotados de uma pequena superfície respiratória. Outros anfíbios, como os sapos, usam a própria mucosa bucal faringiana para realizar as trocas gasosas, caso na qual a respiração é denominada bucofaríngea. O tubo digestório dos anfíbios possui glândulas anexas, como fígado e pâncreas, terminando em cloaca. Possuem uma língua longa, protrátil e viscosa que o animal projeta com a finalidade de capturar sua presa, engolindo-a sem que ocorra mastigação. Os rins são os órgãos responsáveis pela excreção, sendo a ureia o seu principal produto. Essa característica é uma importante adaptação ao meio terrestre, uma vez que a ureia, por ser menos tóxica e menos solúvel em água do que a amônia, apresenta menor exigência hídrica para sua eliminação. A larva dos anfíbios, que é aquática, elimina amônia. Assim como nos outros vertebrados, apresentem sistema circulatório fechado. No entanto, diferentemente dos peixes, nos anfíbios observa-se um coração dotado de três câmaras cardíacas (dois átrios e um ventrículo). Como as larvas dos anfíbios apresentam, além da cutânea, a respiração branquial, evidencia-se a evolução dos anfíbios a partir dos peixes. Derme + epitélio fino e úmido, rico em glândulas de muco e com pouca queratina. Caracterizam-se por apresentarem, na fase adulta, patas, ao invés de cauda (a = ausência; uro = cauda). São anfíbios dioicos que apresentam fecundação externa e desenvolvimento indireto (larva: girino). O girino possui cauda e brânquias, mas não é dotado de patas. Entretanto, após a metamorfose, origina um adulto sem cauda e brânquias, mas dotado de patas. Caracterizam-se pela presença de, além de patas, cauda. São anfíbios dioicos, sendo que certas espécies possuem fecundação interna e outras, externa. O desenvolvimento é indireto. Principal representante: cobra-cega. Caracterizados pelo corpo alongado, cilíndrico e desprovido de patas (a = ausência; podes = patas). São anfíbios dioicos que apresentam fecundação interna e desenvolvimento indireto. Seus ovos são desprovidos de casca, motivo pelo qual devem permanecer na água para evitar desidratação. A regressão da cauda dos girinos está ligada à ação dos lisossomos, os quais vão digerir suas células (apoptose) e os nutrientes obtidos a partir de então serão usados para formar as patas do animal adulto. Como há a presença de dois tipos de sangue (arterial e venoso), a circulação é classificada como dupla. Como no ventrículo há mistura desses dois sangues a circulação é classificada como incompleta. Foram os animais que conquistaram definitivamente o ambiente terrestre, isto é, não dependem da água para reprodução. Possuem um revestimento corporal espesso,seco e impermeável, devido à grande quantidade de queratina, sendo uma adaptação ao meio terrestre, uma vez que evita a perda d’água. Para lembrar: os répteis, assim como os artrópodes, realizam ecdise. Entretanto, não trocam de exoesqueleto, apenas de pele. O tubo digestório é completo, terminando na cloaca. A maioria das espécies é dotada de dentes sem diferenciações (homodontia). Exceção: tartarugas não possuem dentes. Para lembrar: as serpentes peçonhentas – capazes de injetar veneno em outros animais – apresentam dentes especializados na inoculação de veneno. Para lembrar: Em répteis, como as cobras, a língua bífida recolhe do ar compostos e os encaminha a receptores químicos presentes no órgão de Jacobson, no qual há receptores olfativos. Além disso, apresentam uma estrutura sensorial denominada fosseta loreal ou lacrimal, localizada entre os olhos e as narinas, sendo esta sensível ao calor, conferindo às serpentes a capacidade de localizar animais endotermos, como aves e mamíferos, mesmo em ambientes escuros. Os répteis, assim como os peixes e os anfíbios, são pecilotermos ou ectotermos. A excreção é realizada pelos rins. Produto de excreção: ácido úrico. A eliminação de ácido úrico é uma importante adaptação ao ambiente terrestre, uma vez que, por ser menos tóxico que a ureia e a amônia, exige pouca água para sua eliminação. Apresentam uma caixa torácica mais ampla, uma vez que abriga pulmões maiores (contêm maior superfície respiratória, fato que permitiu a esses animais praticar exclusivamente a respiração pulmonar. A circulação é fechada, dupla e incompleta, apresentando coração com 3 cavidades (dois átrios e um ventrículo parcialmente dividido). Exceção: os Crocodilianos, como os crocodilos e jacarés, apresentam coração dotado de 4 cavidades (dois átrios e dois ventrículos). Répteis dotados de uma carapaça óssea – casco –, que protege seu corpo. Apresentam o corpo revestido por escamas. Possuem patas. Escamados desprovidos de patas, apesar de possuírem internamente ossos vestigiais correspondentes a ossos de membros locomotores. Existem serpentes peçonhentas, como a cascavel e a jararaca, dotadas da capacidade de inocular nas suas presas veneno produzido por glândulas salivares adaptadas, por meio de dentes especializados. Essa capacidade constitui um importante elemento de ataque e defesa. Serpentes que não inoculam veneno em suas presas, como a jiboia e a sucuri, matam suas presas por constrição, enrolando-se ao corpo dela, esmagando-a até a morte. Representantes evolutivamente mais próximos às aves. São animais dioicos, que apresentam fecundação interna (relaciona-se à conquista do ambiente terrestre, uma vez que independe da água para ocorrer) e desenvolvimento direto. A maioria dos répteis é ovípara, ou seja, o desenvolvimento embrionário ocorre no interior de um ovo, o qual é dotado de uma casca porosa (recurso que confere proteção mecânica e, ao mesmo tempo, permite trocas gasosas com o meio). Além da casca, o ovo dos répteis apresenta os seguintes anexos embrionários: Saco vitelínico: reserva alimentar que será usada no desenvolvimento embrionário. Também está presente nos peixes e nos anfíbios; Âmnio: bolsa com líquido que protege o embrião contra choques mecânicos e desidratação. Também é encontrada em aves e mamíferos (animais amniotas). Peixes e anfíbios, por não possuírem, são denominados anamniotas; Alantoide: armazena excretas nitrogenadas geradas pelo embrião. Também está presente em aves e mamíferos (animais alantoidianos). Peixes e anfíbios, por não possuírem, são denominados analantoidianos; o O resíduo nitrogenado eliminado por animais que produzem ovo com casca é o ácido úrico, que, devido à baixa toxicidade, pode ser armazenado no ovo. Cório: envolve todos os outros anexos embrionários. Na região em que se une ao alantoide, forma o alantocório, estrutura responsável pelas trocas gasosas e pelo fornecimento de cálcio, proveniente da casca, ao desenvolvimento do esqueleto do embrião. Com a retirada do cálcio da casca, ela fica menos espessa, o que, com o tempo, leva a rachaduras e, consequentemente, nascimento do filhote. Apresentam revestimento corporal formado por uma epiderme queratinizada sob a qual se localiza a derme. Abaixo da derme existe uma camada de gordura – hipoderme –, responsável pelo isolamento térmico, pela reserva energética e flutuabilidade no meio aquático (a gordura é hidrofóbica e menos densa que a água). A epiderme possui diversos anexos: Garras; Bico; Escamas; Poucas glândulas; Penas, compostas de queratina, sendo essenciais na camuflagem, no isolamento térmico e no aumento da superfície corporal; Glândula uropigiana, localizada próxima à cauda, responsável pela produção de uma substância de natureza lipídica, a qual irá atuar como impermeabilizante nas penas → auxilia no isolamento térmico e na flutuabilidade. É extremamente desenvolvida em aves que nadam. Possuem esqueleto dotado de diversas adaptações ao voo: Membros anteriores modificados em asas; Presença de quilha ou carena (daí o nome das aves que voam serem carinatas), projeção do osso esterno que confere forma aerodinâmica; Ossos leves, porém resistentes, que possuem ar no seu interior, diminuindo seu peso – ossos pneumáticos. Apresentam exclusivamente respiração pulmonar. Possuem prolongamentos que partem dos pulmões denominados sacos aéreos, os quais são importantes para manter um fluxo contínuo de ar nos pulmões, contribuindo para a dissipação de calor, especialmente durante o voo. Apresentam uma estrutura ligada à capacidade de canto, denominada siringe, localizada no final da traqueia. Ao invés de dentes, apresentam um bico, cujo formato está ligado ao tipo de alimento consumido → adaptação ao voo. Os alimentos ingeridos passam pelo esôfago até atingirem o papo, onde serão amolecidos e temporariamente armazenados. Depois, passarão pelo proventrículo – estômago químico –, onde ocorrerá a ação de enzimas digestivas, até atingir a moela – estômago mecânico –, onde serão triturados. O intestino recebe secreções do fígado e do pâncreas, atuando na absorção de nutrientes. As fezes serão eliminadas pela cloaca. A excreção é realizada pelos rins e, assim como nos répteis, o produto de excreção é o ácido úrico. As aves não possuem bexiga urinária, sendo assim, a urina é eliminada constantemente, evitando que o animal aumente seu peso → adaptação ao voo. Apresentam um sistema nervoso mais desenvolvido, uma vez que sentidos aguçados são importantes para seu desempenho no voo, principalmente no caso de aves migratórias, as quais se orientam em função de referências geográficas e da posição dos astros. São os primeiros animais endotermos, ou seja, capazes de manter a temperatura do corpo relativamente constante, independentemente das variações térmicas do ambiente. Essa capacidade resulta em vantagens, como a possibilidade de maior distribuição geográfica. Para lembrar: a elevada eficiência dos sistemas respiratório e circulatório permitem um alto fornecimento de O2 aos tecidos, permitindo melhor oxidação dos alimentos, cujo calor liberado será usado na manutenção da sua temperatura corporal. Possuem quilha, ou seja, são capazes de voar. A circulação das aves é fechada, dupla e completa (não há mistura de sangue arterial e venoso) apresentando coração dotado de quatro cavidades (dois átrios e dois ventrículos). O fato de não haver mistura entre os sangues confere uma maior oxigenação, permitindo uma maior intensidade do metabolismo. Para lembrar: nas aves, a aorta é voltadapara a direita. Não possuem quilha, ou seja, não são capazes de voar. São animais dioicos, apresentando fecundação interna e desenvolvimento direto. São exclusivamente ovíparos. Os ovos são chocados e há cuidado com a prole, o que confere um aumento do sucesso reprodutivo. Apresentam a pele, assim como as aves, formada por uma epiderme queratinizada abaixo da qual se encontra a derme. Sob a derme existe uma camada de gordura – hipoderme –, que confere isolamento térmico, atuando na reserva energética e na flutuabilidade (no caso dos mamíferos aquáticos, como as baleias). A respiração dos mamíferos é exclusivamente pulmonar. Neles, e também em certas aves, existe um músculo denominado diafragma, que separa a cavidade abdominal da torácica. A contração e o relaxamento do diafragma estão ligados aos movimentos de inspiração e expiração. Homologia: “similaridade entre partes com ancestralidade comum” Os órgãos homólogos são aqueles que podem ou não realizar a mesma função, porém apresentam uma estrutura básica igual e mesmo desenvolvimento embrionário. Isso quer dizer, portanto, que os indivíduos que apresentam esses órgãos possuem ancestralidade compartilhada A epiderme apresenta vários anexos, destacando-se as unhas, garras e os pelos. Os pelos, encontrados exclusivamente nos mamíferos, desempenham papel importante na proteção e no controle da temperatura corporal, uma vez que atuam no isolamento térmico. Além destes, também apresentam glândulas anexas encontradas apenas nos mamíferos, como as mamárias, as sebáceas e as sudoríparas. As glândulas mamárias produzem o leite que irá amamentar os filhotes; as sebáceas produzem uma secreção lipídica que lubrifica e protege; as sudoríparas secretam o suor que, além de resfriar o animal quando necessário, também é um meio de excreção. Para lembrar: a queratina mata as células superficiais da pele. Para impedir que se descamem, existem as glândulas sebáceas. O tubo digestório é completo, terminando em ânus, com exceção dos mamíferos prototérios, que termina em cloaca. Possuem glândulas anexas, como o fígado, o pâncreas e as glândulas salivares. Em herbívoros não ruminantes, a digestão da celulose é feita pela ação de bactérias no ceco intestinal e no apêndice, estruturas que, nesses animais, são muito mais desenvolvidas do que nos mamíferos carnívoros. Animais que possuem o tubo digestório dividido em 4 câmaras: rúmen/pança, retículo/barrete, omaso/folhoso e abomaso/coagulador. Essa configuração estomacal permite melhor aproveitamento da celulose presente nos vegetais consumidos. Quanto à alimentação, apresentam grande diversidade. Por isso, é possível observar diversas especializações ao sistema digestório desses animais, como os diferentes tipos de dentes (heterodontia). Os dentes incisivos, por exemplo, são adaptados para cortar e raspar o alimento; os caninos, para rasgar; e os pré-molares, para triturar. Dependendo do hábito alimentar, um determinado tipo de dente pode ser mais desenvolvido do que os outros. Para lembrar: os tamanduás não possuem dentes. A circulação é fechada e o coração, assim como nas aves e nos crocodilianos, possui quatro cavidades. Para lembrar: nos mamíferos, a aorta é voltada para a esquerda. Apresentam hemácias bicôncavas e anucleadas, fato que explica a sua menor duração (por volta de 120 dias). A ausência de núcleo confere maior espaço para carregar maior quantidade de oxigênio em seu interior. O principal órgão relacionado à excreção são os rins, que produzem urina. Produto de excreção: ureia. Por serem animais endotérmicos, apresentam sistemas circulatório e respiratório muito eficientes e uma série de estruturas, como os pelos, camada subcutânea de gordura e glândulas sudoríparas que permitem o controle da temperatura corporal. No frio, há um eriçamento dos pelos, tremor, vasoconstrição periférica e elevação do metabolismo; No calor, há um aumento da sudorese, vasodilatação periférica e diminuição do metabolismo; Para lembrar: o tamanho do animal é inversamente proporcional ao seu metabolismo. Apresentam um sistema nervoso extremamente desenvolvido. O grande tamanho do cérebro permite aos mamíferos a elevada capacidade de memória e aprendizagem. São animais dioicos e, além disso, apresentam dimorfismo sexual. A fecundação é interna e o desenvolvimento é direto. São mamíferos ovíparos que possuem cloaca, ou seja, apresentam características reptilianas, como a postura de ovos com casca calcária e anexos embrionários. Apesar da presença de glândulas mamárias, as fêmeas não possuem mamilos. Assim, o leite escorre entre os pelos do corpo da mãe e os filhotes o lambem. Nesses animais, a gestação é mais curta e os filhotes são muito pequenos. Estes, ao nascerem, deslocam- se até uma bolsa de pele – marsúpio –, localizada no ventre do corpo da mãe. Em seu interior, ficam protegidos e se alimentam do leite produzido pelas glândulas mamárias que se localizam no interior da bolsa, onde conseguem terminar seu desenvolvimento. Esses mamíferos, além de possuírem os anexos embrionários já conhecidos (cório, alantoide, saco vitelínico e âmnio), formam a placenta, estrutura que retira nutrientes e oxigênio da mãe, fornecendo-os ao filhote, e lança na circulação sanguínea desta as excretas, como CO2 e resíduos nitrogenados, gerados pelo desenvolvimento do filho. A placenta possui origem mista, sendo formada por uma região do cório que desenvolve dobras – vilosidades coriônicas – e por uma porção do endométrio (parede uterina). Ao longo do desenvolvimento embrionário, o âmnio expande e envolve o alantoide e o saco vitelínico, originando o cordão umbilical.