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Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB)

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Prévia do material em texto

LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO 
MATERIAL COM QUESTÕES DE CONCURSO e ALGUMAS REFERÊNCIAS À SÚMULAS E 
JULGADOS DOS TRIBUNAIS SUPERIORES 
Material confeccionado por Eduardo B. S. Teixeira. 
Última atualização legislativa: Lei 13.655/18 (publicada em 26/04/18, sendo que o art. 29 entrará em 
vigor após decorridos 180 dias de sua publicação oficial + inclusão de comentários do site Dizer o 
Direito). 
 
Última atualização questões de concurso: 06/05/2021. 
 
Observações quanto à compreensão do material: 
1) Cores utilizadas: 
➢ EM VERDE: destaque aos títulos, capítulos, verbos, bem como outras informações relevantes, 
etc. 
➢ EM ROXO: artigos que já foram cobrados em provas de concurso. 
➢ EM AZUL: Parte importante do dispositivo (ex.: questão cobrou exatamente a informação, 
especialmente quando a afirmação da questão dizia respeito à situação contrária ao que dispõe 
na LINDB). 
➢ EM AMARELO: destaques importantes (ex.: critério pessoal) 
 
2) Siglas utilizadas: 
➢ MP (concursos do Ministério Público); M ou TJMG (concursos da Magistratura); BL (base 
legal, etc. 
DECRETO-LEI Nº 4.657, DE 4 DE SETEMBRO DE 1942. 
 Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro.
1 (Redação dada pela Lei nº 12.376, 
de 2010 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o artigo 180 da 
Constituição, decreta: 
Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei COMEÇA A VIGORAR em todo o país QUARENTA 
E CINCO DIAS depois de oficialmente PUBLICADA. (MPCE-2009) (DPEMA-2009) (DPEMT-2009) 
(TRF1-2011) (TJRS-2012) (TJPR-2012) (MPSP-2012) (MPSC-2012) (MPMS-2013) (MPMG-2014) 
(TJAM-2016) (MPBA-2018) 
##Atenção: ##PCPI-2018: ##Téc. Judic./STJ-2018: ##CESPE: O período de vacatio legis é o lapso 
temporal entre a publicação e o começo da vigência da lei, de sorte que o legislador apenas 
estabeleceu em seu art. 1º que, salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 
quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada, independentemente de ser norma de 
direito material ou norma de direito processual. 
(Téc. Judic./STJ-2018-CESPE): O intervalo temporal entre a publicação e o início de vigência de uma 
lei denomina-se vacatio legis. BL: art. 1º, LINDB. 
 
##Atenção: Segundo dispõe o art. 8º, §1º da LC 95/98, a contagem do prazo para entrada em vigor 
de leis que estabelecem período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do 
último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente à sua consumação integral. Não 
interessa se a data final seja feriado ou final de semana, entrando em vigor mesmo assim. Logo, 
a data não é prorrogada para o dia útil seguinte. 
 
##Atenção: ##STJ: "Até o advento da Lei 9.784/99, a Administração podia revogar, a qualquer 
tempo, os seus próprios atos, quando eivados de vícios, na dicção das Súmulas 346 e 473/STF. A 
Lei 9.784/99, ao disciplinar o processo administrativo, estabeleceu o prazo de cinco anos para que 
pudesse a Administração revogar os seus atos (art. 54). A vigência do dispositivo, dentro da lógica 
 
1 (PCAL-2012-CESPE): A LINDB é considerada uma lex legum, ou seja, uma norma de sobredireito. 
##Atenção: A Lei de introdução é uma lex legum pois ela regula as próprias normas jurídicas, e não a 
relação entre indivíduos. Lembrando que a Lei de introdução não se refere apenas ao código civil, mas 
atingindo outros ramos também do direito, inclusive do direito público. 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEL%204.657-1942?OpenDocument
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12376.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12376.htm#art2
interpretativa, tem início a partir da publicação da lei, não sendo possível retroagir a norma para 
limitar a Administração em relação ao passado."(MS 9157 DF, Rel. Ministra ELIANA CALMON, 
CORTE ESPECIAL, julgado em 16/02/2005, DJ 07/11/2005, p. 71) 
 
##Atenção: ##STJ: "A validade da lei ocorre com sua publicação, ainda que o Diário Oficial tenha 
circulado em data diversa." (REsp 448315 SP, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, 
SEGUNDA TURMA, julgado em 03/08/2006, DJ 18/08/2006, p. 365) 
 
##Atenção: ##STJ: "Tratando-se de município que não possui órgão de imprensa oficial, é válida 
a publicação das leis e dos atos administrativos municipais através da afixação na sede de 
prefeitura. Precedentes do STF e do STJ. (REsp 148315 RS, Rel. Ministro ADHEMAR MACIEL, 
SEGUNDA TURMA, j. 01/10/1998, DJ 01/02/1999, p. 147) 
 
##Atenção: ##STJ: "Quanto à eficácia retroativa das leis, que envolve a questão da sua força para 
regular fatos do passado (facta praeterita), assinale-se que, em regra, não é aceitável, tendo em vista 
a generalizada idéia de que as leis dispõem para o futuro, conforme assimilado pelo art. 1° da Lei 
de Introdução do Código Civil (LICC), nestes termos: Art. 1° - Salvo disposição contrária, a lei 
começa a vigorar em todo o País 45 (quarenta e cinco) dias depois de oficialmente publicada. 6. Essa 
orientação, aliás, segundo a precisa informação ministrada pelo eminente Professor RUBENS 
LIMONGI FRANÇA, remonta às experiências civilizatórias mais antigas, encontrando-se nas suas 
vetustas legislações a proibição de as leis retroagirem (A Irretroatividade das Leis e o Direito 
Adquirido, RT, São Paulo, 1982, Cap. I); no mesmo sentido as anotações do Professor JOSÉ 
EDUARDO MARTINS CARDOSO (Da Retroatividade da Lei, RT, São Paulo, 1995, p. 253 e segs.). 
7. Entretanto, como se observa nesse mesmo art. 1° da LICC, o sistema jurídico admite que a regra 
da vigência da lei após 45 dias de sua publicação seja excepcionada; isso quer dizer que o prazo 
de 45 dias poderá ser alterado para mais ou para menos, significando também que poderá ter 
aplicação retroativa (para regular fatos anteriores à sua edição), bastando que contenha a tal 
cláusula excepcionante. 8. Portanto, pode-se afirmar, seguramente, que a lei que contiver essa 
cláusula tem aplicação retroativa; a presença dessa ressalva, portanto, permite a conclusão de que 
a retroatividade normativa é possível ou é aceitável e admitida pelo ordenamento jurídico nacional, 
exigindo-se, como sua condição primária, que a lei emergente contenha a disposição excepcionante 
da sua normal aplicação ad futurum. 9. Entretanto, a presença do dispositivo que preveja a 
respectiva retroação, embora necessária, não se mostra suficiente à realização desse excepcional 
fenômeno jurídico, eis que, mesmo eventualmente contendo a cláusula que autorize a sua 
aplicação retroativa, impõe-se que essa retroatividade não infrinja o ato jurídico perfeito, o 
direito adquirido e a coisa julgada; o respeito a essa tríade é um autêntico dogma do Direito 
moderno, não se podendo desconhecer que se trata de preceito que põe a salvo as situações 
consolidadas, protegendo-as contra a inovação legislativa. Por conseguinte, duas serão as 
precondições para que uma lei possa ter aplicação a fatos passados: (a) que contenha expressamente 
a disposição excepcionadora inserta no art. 1o. da LICC e (b) respeite o direito adquirido, o ato 
jurídico perfeito e a coisa julgada, como vem proclamado no art. 6o., da mesma LICC. 10. No caso 
em julgamento, verifica-se que a norma legal afluente (ou nova) destacou a retroatividade a 1°. de 
março de 2000 só e somente dos valores pertinentes ao vencimento básico dos Procuradores da 
Fazenda Nacional, conforme explicitado no art. 3o. da Lei 10.549/2002, nada dispondo a respeito 
das demais parcelas integrantes da remuneração da Categoria. 11. Ressalte-se, por evidente, que a 
Lei em apreço poderia conter disposição que previsse a retrooperância de todos os seus artigos e, 
nessa hipótese, é claro que não se haveria de discutir se esse ou aquele dispositivo não teria 
aplicação a fatos pretéritos (porque a retrooperância seria da lei como um todo), mas o certo é que 
a norma previu a retroatividade de apenas um dos seus dispositivos, precisamente o que fixa o 
valor do vencimento básico dos Procuradoresda Fazenda Nacional. 12. Tendo em vista que a norma 
legal foi expressa quanto à retroatividade de apenas uma parte, entendo não ser legítimo, por força 
de interpretação ou de investigação do fugidio conceito de vontade do legislador, afirmar-se a 
retroação total da norma, desprezando-se, a um só tempo, a sua própria dicção, a dicção do art. 1°. 
da LICC e a tradição do Direito Escrito, que apregoa a irretroatividade como regra, salvo se a lei 
contiver cláusula em contrário e, ainda assim, ressalve a trilogia que resguarda a segurança 
jurídica." (REsp 963680 RS, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, 5ª Turma, j. 30/10/08). 
 
(TJMT-2018-VUNESP): Assinale a alternativa que corresponde à regra constante da Lei de 
Introdução às Normas do Direito Brasileiro que positivou o princípio da vigência sincrônica: Salvo 
disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de 
oficialmente publicada. BL: art. 1º, LINDB. 
 
##Atenção: ##MPMS-2015: ##MPBA-2018: Pelo Princípio da vigência sincrônica (ou vigência 
simultânea da norma) entende-se que a obrigatoriedade da lei é simultânea, porque entra em vigor 
a um só tempo em todo o país, ou seja, quarenta e cinco dias após sua publicação, não havendo data 
estipulada para sua entrada em vigor. Está previsto no ordenamento jurídico no art. 1º da LINDB. 
(MPMS-2015-FAPEC): Segundo a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (Decreto-Lei nº 
4.657/42), aplica-se o princípio da vigência sincrônica quando a lei for omissa quanto ao período de 
vacatio legis. BL: art. 1º, LINDB. 
(TRF2-2009-CESPE): A respeito da aplicabilidade da LINDB, julgue o próximo item: O sistema da 
obrigatoriedade simultânea regula a obrigatoriedade da lei no país, a qual entra em vigor, em todo o 
território nacional, quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada, se não haver disposição em 
contrário. BL: art. 1º, LINDB. 
 
(PGM-Várzea Paulista/SP-2016-VUNESP): Assinale a alternativa correta, de acordo com as 
disposições da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (Decreto-Lei 4.657/42): É válida 
a disposição legal que estabelece vacatio legis por prazo inferior a 7 dias. BL: art. 1º, LINDB. 
 
(MPDFT-2015): Havendo omissão quanto ao prazo de entrada em vigor de lei nacional, deve-se 
considerar que começa a vigorar quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. BL: art. 1º, 
LINDB. 
 
(TJPE-2015-FCC): O negócio jurídico celebrado durante a vacatio de uma lei que o irá proibir é 
válido, porque a lei ainda não está em vigor. 
 
##Atenção: ##TRF2-2009: ##CESPE: O plano da validade de um negócio jurídico é regulado pela 
norma em vigor no momento de sua celebração. Se a lei estava cumprindo o prazo de vacatio, é 
sinal que a mesma ainda não estava em vigor (art. 1°, LINDB: Salvo disposição contrária, a lei 
começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada). Se ela não 
estava em vigor o negócio ainda não havia sido proibido. Não sendo proibido o negócio no 
momento de sua celebração ele será reputado válido. Trata-se da regra estampada no art. 2.035, CC: 
A validade dos negócios e demais atos jurídicos, constituídos antes da entrada em vigor deste 
Código, obedece ao disposto nas leis anteriores, referidas no art. 2.045, mas os seus efeitos, 
produzidos após a vigência deste Código, aos preceitos dele se subordinam, salvo se houver sido 
prevista pelas partes determinada forma de execução. 
(TRF2-2009-CESPE): A respeito da aplicabilidade da LINDB, julgue o próximo item: Publicada lei 
nova, os atos praticados durante a vacatio legis de conformidade com a lei antiga terão validade, ainda 
que destinados a evitar os efeitos da lei nova. BL: art. 1º, LINDB. 
 
(MPPE-2014-FCC): Publicada uma lei considerada de ordem pública, se, durante o período de sua 
vacatio, realizar-se negócio jurídico que por ela foi proibido, ele será válido. BL: art. 1º, LINDB. 
 
(MPCE-2009-FCC): A elaboração de texto legal deve observar regras técnicas estabelecidas na LC 
nº 95, de 26/02/98, entre as quais a indicação de sua vigência, “de forma expressa e de modo a 
contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula 'entra em vigor 
na data de sua publicação' para as leis de pequena repercussão”, entretanto, salvo disposição contrária, a 
lei começa a vigorar em todo o país 45 dias depois de oficialmente publicada. BL: art. 1º, LINDB. 
§ 1o Nos Estados, ESTRANGEIROS, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, SE 
INICIA TRÊS MESES depois de oficialmente PUBLICADA. (Vide Lei nº 2.807, de 1956) [##Atenção: 
três meses não é o mesmo que 90 dias] (MPCE-2009) (DPEMA-2009) (DPEMT-2009) (MPMS-2013) 
(MPMS-2015) (PGM-Várzea Paulista/SP-2016) (TJAM-2016) 
(MPGO-2019): Sobre a vigência das normas no Direito Brasileiro, disciplinada pelo Decreto-Lei 
4.657/42 (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro), é correto afirmar: Salvo disposição 
contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente 
publicada, contudo, nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, 
se inicia três meses depois de oficialmente publicada. BL: art. 1º, §1º, LINDB. 
§ 2o (Revogado pela Lei nº 12.036, de 2009). 
§ 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, OCORRER nova publicação de seu texto, DESTINADA 
a CORREÇÃO, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores COMEÇARÁ A CORRER da nova 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L2807.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12036.htm#art4
publicação. [obs.: norma corretiva] (DPEMA-2009) (MPMS-2013) (MPMG-2014) (TJAM-2016) 
(DPEPR-2017) (MPBA-2018) (TJPR-2010/2019) 
(PGM-Câm. de Sumaré/SP-2017-VUNESP): Determinado projeto de lei ordinária, após regular 
processo legislativo, foi enviado ao Presidente da República para sanção. O Presidente, no entanto, 
permaneceu inerte, deixando de sancioná-lo ou vetá-lo, total ou parcialmente. O projeto de lei nada 
dispunha sobre a vacatio legis, e seu texto foi oficialmente publicado 25 dias após o recebimento do 
projeto de lei pelo Presidente. No entanto, 3 dias após a publicação original, o texto foi novamente 
publicado para corrigir erros da publicação anterior. Nesse cenário, é correto afirmar que, a vacatio 
legis será de 45 dias, a contar da segunda publicação oficial. BL: art. 1º, §3º da LINDB. 
(PCGO-2017-CESPE): A Lei n.º XX/XXXX, composta por quinze artigos, elaborada pelo Congresso 
Nacional, foi sancionada, promulgada e publicada. A respeito dessa situação, assinale a opção 
correta, de acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro. Se algum dos artigos 
da lei sofrer alteração antes de ela entrar em vigor, será contado um novo período de vacância para 
o dispositivo alterado. BL: art. 1º, §3º da LINDB. 
(TJSP-2011-VUNESP): Se durante a vacatio legis ocorrer nova publicação de texto de lei, destinada 
a correção, o prazo da obrigatoriedade, com relação à parte corrigida, começará a correr da nova 
publicação. BL: art. 1º, §3º da LINDB. 
##Atenção: "Se durante a vacatio legis ocorrer nova publicação do texto legal, para correção de erros 
materiais ou falha de ortografia, o prazo da obrigatoriedade começará a correr da nova publicação 
(LICC, art. 1º, § 3º). O novo prazo para entrada em vigor da lei só corre para a parte corrigida ou 
emendada, ou seja, apenas os artigos republicados terão prazo de vigência contado da nova 
publicação, para que o texto correto seja conhecido, sem necessidade de que se vote nova lei. Os 
direitos e obrigações baseados no texto legal publicado hão de ser respeitados. Se a lei já entrou 
em vigor, tais correções são consideradas lei nova, tornando-se obrigatória após o decurso da 
vacatio legis (LICC, art. 1º, § 4º). Mas, pelo fato de a lei emendada, mesmo com incorreções, ter 
adquirido força obrigatória, os direitos adquiridos na sua vigência têm de ser resguardados, não 
sendo atingidos pela publicaçãodo texto corrigido. Admite-se que o juiz, ao aplicar a lei, possa 
corrigir os erros materiais evidentes, especialmente os de ortografia, mas não os erros substanciais, 
que podem alterar o sentido do dispositivo legal, sendo imprescindível, neste caso, nova 
publicação." (Gonçalves, Carlos Roberto Direito civil esquematizado, volume I). 
(TJRR-2008-FCC): Com a nova publicação da lei, destinada a correção, se antes de ela entrar em 
vigor, a vacatio legis começará a correr da nova publicação. BL: art. 1º, §4º, LINDB. 
§ 4o As correções a texto de lei já em vigor CONSIDERAM-SE LEI NOVA. [obs.: norma 
corretiva] (TRF2-2009) (MPSP-2012) (MPMS-2013) (MPSC-2013) (MPGO-2014) (MPMG-2017) 
(DPEPR-2017) (MPBA-2018) (TJPR-2019) 
##Atenção: ##STJ: "O deslinde da controvérsia cinge-se à possibilidade de aplicação retroativa de 
alíquota do Imposto de Importação, alterada em face de erro material na publicação da Resolução 
CAMEX nº 42, a qual foi posteriormente majorada por meio de correção (errata) publicada 
posteriormente à ocorrência do fato gerador do tributo. Observa-se que a referida resolução, apesar 
de não poder ser considerada como lei em sentido estrito, goza dos atributos de generalidade e 
abstração, que a impedem de ser considerada com mero ato administrativo. Assim, é plenamente 
aplicável o disposto no art. 1º, § 4º, do Decreto-Lei 4.657/62 (Lei de Introdução ao Código Civil - 
LICC): 'Art. 1º (...) Omissis § 4º As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.' 
Quanto à ocorrência de eventuais erros cometidos em textos legais, observa Vitor F. Kümpel que 
estes podem ser qualificados como irrelevantes ou como substanciais. Esclarece o mencionado 
autor: 'O erro irrelevante é aquele que o juiz pode corrigir ex auctoritate, isto é, o juiz pode 
corrigir de ofício, tendo autoridade para isso, na medida em que o erro não apresente divergência 
na interpretação. Assim é o caso do Código Civil de 1916 quando ao tratar da hipoteca grafava a 
palavra remissão com dois 's', quando o correto era com 'ç', no sentido de resgate ou pagamento e 
não no sentido de perdão. Nunca houve qualquer divergência quanto à interpretação da norma, 
sendo óbvio que ninguém iria perdoar o devedor e liberá-lo do pagamento. O erro substancial é 
aquele que gera problema de interpretação e que precisa ser retificado para não ocasionar 
intranquilidade no sistema jurídico. Na medida em que o erro substancial provoca mudança na 
interpretação e aplicação da norma, imprescindível a sua supressão, retificando-se o sistema 
jurídico.' (KÜMPEL, Vitor Frederico. Introdução ao Estudo do Direito: Lei de Introdução ao Código 
Civil e Hermenêutica Jurídica. São Paulo: Método, 2007, p. 122) Nesse sentido, havendo alteração 
total ou parcial no sentido/aplicação da lei corrigida, tal modificação deverá produzir efeitos 
apenas em relação aos eventos surgidos a partir de sua publicação, conforme salienta Maria 
Helena Diniz: 'As emendas ou correções da lei que já tenha entrado em vigor são consideradas lei 
nova (LICC, art. 1º, § 4º), a cujo começo de obrigatoriedade se aplica o princípio geral da vacatio 
legis, pois só produzirão efeitos a partir do decurso do prazo legal ou, não o havendo, do de 
quarenta e cinco dias ou de três meses após a publicação, uma vez que derrogaram ou abrrogaram 
lei anterior, cuja obrigatoriedade e efeitos se reconhecerão. Assim, se a correção for feita dentro da 
vigência legal, a lei, apesar de errada, vigorará até a data do novo diploma legal publicado para 
corrigi-la, pois um lei deverá presumir-se sempre correta (....). Respeitar-se-ão os direitos e deveres 
decorrentes da norma publicada com incorreções ainda não retificada. Assim, se a parte da lei não 
retificada, em razão do decurso do prazo para sua entrada em vigor, já houver conferido direitos e 
criado deveres, estes deverão ser resguardados com a cessação da vacatio legis relativamente àquela 
parte (...). De fato, poderá ocorrer que surjam de uma publicação errônea relações jurídicas, 
constituindo direitos adquiridos, que deverão ser respeitados, apesar de a disposição devidamente 
corrigida ter o efeito de uma nova norma, considerando-se a boa-fé daquele que a aplicou (...). Se se 
tratar de meros erros de ortografia, de fácil percepção, não haverá empecilho a que o caso da vacatio 
legis decorra da data da publicação errada, não aproveitando a quem invocar tais erros.' (Lei de 
Introdução ao Código Civil Brasileiro Interpretada. 14ª ed. São Paulo: Saraiva, 2009, pp. 63-64) Na 
hipótese presente, considerando-se que a correção efetuada no ato normativo importou a majoração 
de alíquota de tributo, não se pode concluir pela existência de mero erro material (irrelevante), mas 
de alteração substancial do texto normativo, motivo pelo qual não pode alcançar fatos geradores 
pretéritos, sob pena de ofensa direta ao princípio da irretroatividade tributária (arts. 105 e 106 do 
CTN, e 150, III, a, da CF/88)." (REsp 1040507 ES, Rel. Ministra DENISE ARRUDA, PRIMEIRA 
TURMA, julgado em 03/11/2009, DJe 24/11/2009) 
##Atenção: ##STJ: "O parágrafo único, do art. 11, da Lei 9.639/98 foi publicado por mero equívoco, 
porquanto não constante do projeto de lei devidamente aprovado pelo Poder Legislativo, tanto 
que foi expurgado daquele diploma, ante a sua inconstitucionalidade formal, declarada pelo STF. 
Em razão disso, a republicação da Lei nº 9.639/98 não trouxe nenhuma inovação, deixando de 
atrair, portanto, a incidência do § 4º, do art. 1º, da LICC, e, impossibilitando, afinal, a pretendida 
anistia. Precedente do STF. STJ. 6ª T., HC 18517 SP, Rel. Min. Fernando Gonçalves, j. 13/11/01. 
 
(MPMG-2018): A lei corretiva para o saneamento de imperfeições técnicas ou erros materiais 
havidos em texto vigente no ordenamento jurídico observa, no silêncio da cláusula de vigência, a 
vacatio legis (vacância da lei) de quarenta e cinco dias. BL: art. 1º, §4º, LINDB. 
(TJPE-2013-FCC): No caso de publicação para corrigir texto de lei publicado com incorreção, 
tratando-se de lei já em vigor, as correções consideram-se lei nova. BL: art. 1º, §4º, LINDB. 
Art. 2o NÃO SE DESTINANDO à vigência temporária, A LEI TERÁ VIGOR até que outra a 
modifique ou revogue. [obs.: princípio da continuidade normativa] (Vide Lei nº 3.991, de 1961) 
(MPES-2010) (TJMS-2012) (TJPE-2013) (MPSP-2013) (MPBA-2015/2018) (TJRS-2018) 
##Atenção: Em regra, o costume não pode contrariar a lei, pois esta só se revoga, ou se modifica, 
por outra lei. Essa a doutrina dominante: o costume contrário à aplicação da lei não tem o poder de 
revogá-la, não existindo mais a chamada desuetudo (não aplicação da lei em virtude do desuso). Os 
autores, em geral, rejeitam o costume contra legem, por entendê-lo incompatível com a tarefa do 
Estado e com o princípio de que as leis só se revogam por outras (FONTE: Carlos Roberto 
Gonçalves - Direito civil esquematizado, 2014). 
 
##Atenção: ##MPBA-2018: 1. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DA LEI; 2. REVOGAÇÃO 
TOTAL OU AB-ROGAÇÃO: quando se torna sem efeito uma norma de forma integral; 3. 
REVOGAÇÃO PARCIAL OU DERROGAÇÃO: uma nova lei torna sem efeito parte de uma lei 
anterior; 4. REVOGAÇÃO EXPRESSA (POR VIA DIRETA): a lei nova taxativamente declara 
revogada a lei anterior; 5. REVOGAÇÃO TÁCITA (POR VIA OBLÍQUA): a lei posterior é 
incompatível com a anterior, não há previsão expressa sobre a revogação. 
 
##Atenção: ##STJ: "[...] É que o crime previsto no art. 311 do CP (Adulteração de sinal 
identificador de veículo automotor) não foi revogado com o advento do Código de Trânsito. 
Conforme aponta Paulo José da Costa Júnior 'o dispositivo em foco destina-se precipuamente a 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L3991.htm
impedir ou dificultar a remarcação ou adulteração do chassi ou de qualquer sinal identificador do 
veículo automotor, na luta contra a criminalidade do furto e roubo de carros' (in 'Código Penal 
Comentado', 9ª edição, São Paulo: DPJ Editora, 2007, p.951). Ademais, tutela-se, primordialmente, 
afé pública. Não se trata, desse modo, de previsão legal de espécie de crime de trânsito, estes sim, 
previstos no posterior CTB. Em suma, o advento do CTB não implicou a revogação do tipo em 
comento na medida em que o bem jurídico por ele tutelado não se identifica com o objeto da 
codificação referente às regras de trânsito.[...]" STJ. 5ª T. REsp 1133697 SP, Rel. Min. Félix Fischer, j. 
18/02/10. 
 
##Atenção: ##STJ: "(...) O art. 229 do CP assim estabelece: 'Manter, por conta própria ou de terceiro, 
casa de prostituição ou lugar destinado a encontros para fim libidinoso, haja, ou não, intuito de 
lucro ou mediação direta do proprietário ou agente.' Ora, depreende-se da literalidade do comando 
legal referenciado, claramente, que a manutenção de local destinado à prostituição configura ilícito 
penal. O eventual desuso, a questionável tolerância ou até mesmo, ex hypothesis e ad 
argumentandum tantum, o costume, em nosso sistema jurídico-penal, não ensejam revogação de 
norma incriminadora (cfe. art. 2º, caput, da LINDB). Despiciendo alertar, inclusive, acerca das 
conseqüências sociais se a indiferença ou a inépcia no combate a determinada modalidade de crime 
pudesse ser considerada como causa de atipia. Seria o incentivo ao caos (cfe. comparativamente: 
Damásio E. de Jesus ('Direito Penal', 1º vol. p. 135) e Rodrigues Mourullo ('Derecho `Penal, PG, p. 
68, 1977). O desuso (e não a lei sem objeto) carece de força jurídica para revogar um texto legal. 
[...]" STJ. 5ª T., HC 108891 MG, Rel. Min. Félix Fischer, j. 19/02/09. 
§ 1o A LEI POSTERIOR REVOGA A ANTERIOR quando expressamente o declare, [obs.: 
revogação expressa ou por via direta] quando seja com ela incompatível ou quando regule 
inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. [obs.: revogações tácitas ou por via oblíqua] 
(DPEMT-2009) (MPSP-2010/2013) (TJRN-2013) (TJPE-2013) (TJPB-2015) (TJRS-2018) (MPBA-2018) 
(PCPI-2018) (TCERJ-2021) 
##Atenção: ##STJ: "O Pleno do STF, na sessão de 17/9/08, ao concluir o julgamento do RE 377.457-
3/PR, decidiu que não existe relação hierárquica entre lei complementar e lei ordinária e que a 
possibilidade de revogação da isenção concedida pela LC 70/91 por meio da Lei 9.430/96 encerra 
questão exclusivamente constitucional, concernentemente à distribuição material entre as espécies 
legais. Na mesma oportunidade, o STF, ponderando preceitos constitucionais referentementes à 
matéria tributária (arts. 195, I, e 239), afirmou que a LC 70/91 é materialmente ordinária. 9. 
Considerando que as leis confrontadas (art. 6º, II, da LC 70/91 e art. 56 da Lei 9.430/96) são 
materialmente ordinárias e ostentam normatização incompatível em si, é de se concluir pela 
prevalência do diploma mais moderno e, por conseguinte, pela legitimidade da revogação da 
isenção da Cofins (art. 2º, § 1º, da LICC - lex posterior derrogat priori). 10. O julgamento de mérito 
ora prolatado não invade a competência do STF; ao contrário, dá efetividade à decisão proferida 
por aquela Corte quanto à matéria exclusivamente constitucional acima identificada, que constituía 
questão prejudicial à análise de compatibilidade (art. 6º, II, da LC 70/91 e art. 56 da Lei 9.430/96) 
para fins de aplicação da Lei de Introdução do Código Civil ao caso concreto (art. 2º, § 1º, da LICC)." 
STJ. 1ª S., AR 3788 PE, Rel. Min. Benedito Gonçalves, j. 14/04/10. 
 
(MPBA-2015): A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare ou quando seja 
com ela incompatível. BL: art. 2º, §1º, LINDB. 
(MPBA-2015): A lei posterior revoga a anterior quando regule inteiramente a matéria de que tratava 
a lei anterior. BL: art. 2º, §1º, LINDB. 
(DPESP-2014-VUNESP): A lei nova revoga a lei antiga, quando com esta incompatível, ainda que 
não haja expressa declaração de revogação. BL: art. 2º, §1º, LINDB. 
##Atenção: Trata-se da hipótese de revogação tácita (“quando seja com ela incompatível”). 
§ 2o A LEI NOVA, que ESTABELEÇA disposições gerais ou especiais A PAR DAS JÁ 
EXISTENTES, NÃO REVOGA NEM MODIFICA a LEI ANTERIOR. (DPEMA-2009) (TJPR-2010) 
(TJPE-2013) (TJDFT-2014) (MPGO-2014) (MPDFT-2015) (TJPB-2015) (MPBA-2018) (MPMG-2018) 
(TCERJ-2021) 
(MPGO-2019): Sobre a vigência das normas no Direito Brasileiro, disciplinada pelo Decreto-Lei 
4.657/42 (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro), é correto afirmar: Não se destinando 
à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue, sendo certo que a lei 
posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou 
quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. Ademais, a lei nova, que 
estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei 
anterior. BL: art. 2º, §§1º e 2º, LINDB. 
(TJPI-2015-FCC): Lei nova que estabelecer disposição geral a par de lei já existente não revoga, nem 
modifica a lei anterior. BL: art. 2º, §2º da LINDB. 
(MPRR-2012-CESPE): Denomina-se conflito aparente o conflito normativo passível de solução 
mediante critérios hierárquicos, cronológicos e embasados na especialidade. 
§ 3o SALVO disposição em contrário, a lei REVOGADA NÃO SE RESTAURA por ter a lei 
REVOGADORA PERDIDO a VIGÊNCIA. (MPES-2010) (MPCE-2011) (MPSP-2011) (TJMG-2012) 
(TJMS-2012) (MPTO-2012) (TJPB-2015) (MPBA-2015) (MPF-2017) (TJRS-2018) 
(TRF4-2012): A recepção de lei ordinária como lei complementar pela Constituição posterior a ela 
só ocorre com relação aos seus dispositivos em vigor quando da promulgação desta, não havendo 
que se pretender a ocorrência de efeito repristinatório, porque o nosso sistema jurídico, salvo 
disposição em contrário, não admite a repristinação. BL: art. 2º, §3º da LINDB e STF, AI 
235.800‑AgR,Rel. Min. Moreira Alves, j. 25‑5‑1999, 1ª T, DJ de 25‑6‑99. 
 
(MPPI-2012-CESPE): O efeito repristinatório não é automático. Apenas excepcionalmente a lei 
revogada voltará a viger quando a lei revogadora for declarada inconstitucional ou quando for 
concedida a suspensão cautelar da eficácia da norma impugnada. BL: art. 2º, §3º, LINDB. 
 
(TJPE-2011-FCC): No Direito brasileiro vigora a seguinte regra sobre a repristinação da lei: “salvo 
disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência”. 
BL: art. 2º, §3º da LINDB. 
 
##Atenção: A repristinação é prevista na LINDB, não se tratando de regra ou fenômeno natural do 
sistema jurídico normativo, mas de exceção. 
 
(MPSE-2010-CESPE): Considere que a Lei A, de vigência temporária, revogue expressamente a Lei 
B. Nesse caso, quando a lei A perder a vigência, a lei B não será restaurada, salvo disposição 
expressa nesse sentido. BL: art. 2º, §3º da LINDB. 
 
(TJSP-2009-VUNESP): O denominado efeito represtinatório da lei, segundo entendimento 
majoritário, não foi adotado como regra geral no direito brasileiro e implica restauração da lei 
revogada, se extinta a causa determinante da revogação. 
 
##Atenção: ##MPSP-2011: Extinta a causa que determinou a revogação da lei, ocorre a restauração 
de sua vigência. Neste caso, a lei anterior revogada por lei posterior declarada inconstitucional tem 
a vigência restabelecida, porém, nesta situação, fala-se que houve “efeito represtinatório”, 
conforme já decidiu o STF (STF, ADIn 652-5-MA). 
 
(MPSP-2006): A Lei A, de vigência temporária, revoga expressamente a Lei B. Tendo a lei 
revogadora perdido a vigência, é certo que a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora 
perdido a vigência, salvo disposição expressa neste sentido. BL: art. 2º, §3º da LINDB. 
Art. 3o NINGUÉM SE ESCUSA de cumprir a lei, ALEGANDO que não a conhece. (TJPB-
2015) (TJPR-2017) (TJSC-2017) (MPBA-2018) (Cartórios/TJAM-2018) 
Art. 4o Quando a lei FOR OMISSA, o juiz DECIDIRÁ o caso de acordo com a Analogia, os 
Costumes e os Princípios gerais de direito [##Para lembrar: ordem alfabética: A, C, P] [obs.1: Regra 
de INTEGRAÇÃO] [obs.2: Fontes formais SECUNDÁRIAS]. (TRF2-2009) (MPMS-2013) (MPGO-
2014) (TJPB-2015) (MPMS-2015)(TJPR-2017) (MPMG-2017) (MPBA-2018) (MPSC-2012/2019) 
(MPGO-2019) (MPSP-2019) 
(MPSC-2016): De acordo com o Decreto-lei n. 4657/42 (Lei de Introdução às Normas do Direito 
Brasileiro) são formas de integração jurídica a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. 
Quanto aos costumes, a legislação refere-se a espécie praeter legem, ou seja, aquele que intervém 
na falta ou omissão da lei, apresentando caráter supletivo. 
 
(TRF1-2015-CESPE): De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro e a posição 
doutrinária em relação à interpretação dessas normas, assinale a opção correta: Nos casos de 
omissão da lei, deve o juiz decidir de acordo com a analogia, os costumes, os princípios gerais do 
direito e a equidade, pois lhe é vedado o non liquet. BL: art. 4º, LINDB. 
 
##Atenção: ##TJAL-2008: ##TRF2-2009: ##CESPE: ##MPBA-2018: O Juiz tem o dever de decidir 
todas as controvérsias que lhe forem apresentadas, ainda que não haja lei expressa sobre 
determinada matéria. Trata-se de um imperativo, sendo proibido o chamado non liquet (significa 
“não-claro”: expressão latina que se aplicava a casos em que o Juiz se eximia da obrigação de julgar 
os casos nos quais a resposta jurídica não era nítida, líquida). Segundo o art. 4°, LINDB, “quando a 
lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito”. 
Já a equidade, embora não esteja prevista na LINDB também é admissível, até porque o cabeçalho 
da questão mencionou a expressão “posição doutrinária”. Neste sentido, o art. 127 do CPC faz 
menção expressa à equidade, deixando consignado que: “O juiz só decidirá por equidade nos casos 
previstos em lei”. 
(TJAL-2008-CESPE): Considerando as alusões à equidade pelo ordenamento jurídico brasileiro, 
revela-se importante identificar a posição dessa figura em face do quadro das fontes do direito. A 
respeito dessa relação, é correto afirmar que a equidade não se revela como fonte do direito, pois a 
autorização de seu emprego apenas permite ao juiz criar normas para o caso concreto com base em 
preceitos de justiça. 
 
(MPDFT-2015): A omissão legislativa pode ser suprida pela aplicação analógica de outras leis 
vigentes. BL: art. 4º, LINDB. 
 
(TJSC-2015-FCC): Dêste modo, quando surge no seu logrador um animal alheio, cuja marca 
conhece, o restitui de pronto. No caso contrário, conserva o intruso, tratando-o como aos demais. 
Mas não o leva à feira anual, nem o aplica em trabalho algum; deixa-o morrer de velho. Não lhe 
pertence. Se é uma vaca e dá cria, ferra a esta com o mesmo sinal desconhecido, que reproduz com 
perfeição admirável; e assim pratica com tôda a descendência daquela. De quatro em quatro 
bezerros, porém, separa um, para si. É a sua paga. Estabelece com o patrão desconhecido o mesmo 
convênio que tem com o outro. E cumpre estritamente, sem juízes e sem testemunhas, o estranho 
contrato, que ninguém escreveu ou sugeriu. Sucede muitas vêzes ser decifrada, afinal, uma marca 
sòmente depois de muitos anos, e o criador feliz receber, ao invés da peça única que lhe fugira e da 
qual se deslembrara, uma ponta de gado, todos os produtos dela. Parece fantasia êste fato, vulgar, 
entretanto, nos sertões. (Euclides da Cunha – Os sertões. 27. ed. Editôra Universidade de Brasília, 
1963, p. 101). O texto acima, sobre o vaqueiro, identifica o uso ou costume como fonte ou forma de 
expressão do Direito. 
 
##Atenção: Da leitura do texto, extrai-se que o autor está se referido a um costume local. Tanto 
assim que menciona ao final: "Parece fantasia êste fato, vulgar, entretanto, nos sertões”. O termo 
“vulgar” foi usado no sentido daquilo que não foge à ordem normal, que não se destaca; que é 
comum, corriqueiro, costumeiro, ordinário, usual. Costume é o uso reiterado, constante, notório e 
uniforme de uma conduta, na convicção de ser a mesma (a conduta) obrigatória. Em outras 
palavras: é uma prática que se estabelece por força do hábito, com convicção. Possui dois elementos: 
a) Objetivo: uso reiterado e uniforme de um comportamento; b) Subjetivo: convicção de que o 
mesmo é obrigatório. O art. 4°, da LINDB acolheu os costumes como uma das formas de integração 
da norma jurídica: “Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os 
costumes e os princípios gerais de direito”. 
 
(TJAP-2014-FCC): Direito Civil Baseado em antiga parêmia - ubi eadem ratio, ibi eadem dispositio - 
escreve Miguel Reale: “É de presumir-se que, havendo correspondência de motivos, igual deve ser o preceito 
aplicável” (Filosofia do Direito. V. 1, 7. ed. São Paulo: Saraiva, 1975. p. 128). Esse texto refere-se à 
analogia. BL: art. 4º, LINDB. 
 
(AGU-2013-CESPE): O fato de um juiz, à míngua de previsão legal, concluir que o companheiro 
participante de plano de previdência privada faz jus à pensão por morte, ainda que não esteja 
expressamente inscrito no instrumento de adesão, caracteriza a utilização da integração da norma 
lacunosa por meio da analogia. 
 
(PGEAC-2012-FMP): A analogia, assim como o costume e os princípios gerais de direito, tem função 
integrativa no sistema jurídico brasileiro. 
 
(TJPB-2011-CESPE): Implícito no sistema jurídico civil, o princípio segundo o qual ninguém pode 
transferir mais direitos do que tem é compreendido como princípio geral do direito, podendo ser 
utilizado como meio de integração das normas jurídicas. 
 
##Atenção: É um princípio geral do direito, implícito no sistema jurídico brasileiro civil, que pode 
ser utilizado como meio de solução das lacunas das normas jurídicas. 
 
##Atenção: ##TJPR-2017: ##CESPE: A ordem de aplicação das formas de integração da norma 
defendida pela doutrina do direito civil constitucional não coincide com aquilo que é propugnado 
pela teoria civilista clássica. 
✓ O art. 4o da LINDB preleciona: "Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo 
com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito." A doutrina civilista 
tradicional entende que a ordem das formas de integração previstas no dispositivo deve ser 
seguida pelo magistrado: primeiro deve ele se valer da analogia, depois dos costumes e 
depois dos princípios gerais do direito. No entanto, a doutrina moderna, sob a perspectiva 
do Direito Civil Constitucional, entende que em determinados casos, em homenagem à 
eficácia horizontal dos direitos fundamentais - geradoras de princípios estruturantes do 
ordenamento jurídico, a aplicação destes deve vencer a ordem tradicionalmente defendida 
pela doutrina. Assim, por exemplo, não há que se falar em aplicar antes a analogia 
do princípio da dignidade humana (art. 1º, III, CF), porque este não pode ser visto como 
último recurso em relação a outras formas de integração de lacunas, mormente em razão 
da força normativa da Constituição e da aplicabilidade imediata dos direitos fundamentais. 
 
(TJAL-2008-CESPE): Podem-se encontrar diversos argumentos para justificar a aplicação da 
analogia no direito, entre os quais a busca pela vontade do legislador ou a imperiosa aplicação da 
igualdade jurídica, demandando-se soluções semelhantes para os casos semelhantes. Com 
referência a essa aplicação, é correto afirmar que a analogia pressupõe que casos análogos sejam 
estabelecidos em face de normas análogas, mas não díspares. 
Art. 5o NA APLICAÇÃO DA LEI, o juiz ATENDERÁ aos fins sociais a que ela se dirige e às 
exigências do bem comum. [obs.: regra de INTERPRETAÇÃO.] (DPEMT-2009) (TRF2-2009) (TJCE-
2012) (MPSC-2012) (MPMS-2015) 
(TRF5-2015-CESPE): Se, ao interpretar a lei, o magistrado concluir que a impenhorabilidade do bem 
de família deve resguardar o sentido amplo da entidade familiar, abrangendo, além dos imóveis do 
casal, também os imóveis pertencentes a pessoas solteiras, separadas e viúvas, ainda que estas não 
estejam citadas expressamente no texto legal, essa interpretação, no que se refere aos meios de 
interpretação, será classificada como teleológica. 
 
(TJAL-2008-CESPE): Um postulado fundamental àteoria do ordenamento jurídico propõe que o 
direito seja considerado como um conjunto que forma entidade distinta dos elementos que o 
compõem, em razão de sua unidade, coerência e completude. Assim, é correto afirmar que a ideia 
de coerência do sistema jurídico é concebida pela negação de que nele possam permanecer 
antinomias entre normas de igual ou diferente hierarquia, afirmando que duas normas antinômicas 
não poderão ser simultaneamente válidas. 
 
##Atenção: As antinomias ou conflito de normas devem ser solucionados por critérios segundo os 
quais define-se qual instrumento normativo é válido, afastando-se a incidência dos demais. 
Art. 6º A Lei em vigor TERÁ EFEITO IMEDIATO E GERAL, RESPEITADOS o ato jurídico 
perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. [obs.: princípio da irretroatividade] (Redação dada 
pela Lei nº 3.238, de 1957) (TRF2-2009) (TRF4-2009/2010) (TRF3-2011) (TJPR-2012) (DPU-2017) 
(TJMG-2018) 
(MPBA-2018): Com base na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro e sua aplicação, 
assinale a alternativa correta: Segundo a LINDB, nenhuma lei nova prejudicará direito adquirido, o 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L3238.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L3238.htm#art1
ato jurídico perfeito e a coisa julgada. Isso significa que o princípio da irretroatividade das leis fica 
sacramentado. BL: art. 6º, LINDB. 
(TJRR-2015-FCC): Considere o seguinte texto: Conforme foi visto, em regra, uma lei só se revoga por 
outra. Dificilmente, entretanto, se poderá traçar de imediato a linha divisória entre o império da lei antiga e o 
da lei nova que a tenha revogado ou derrogado. Relações jurídicas existirão sempre, de tal natureza, que, 
entabuladas embora no regime do velho estatuto, continuarão a surtir efeitos quando o diploma revogador já 
esteja em plena vigência. Outras, de acabamento apenas começado, terão sido surpreendidas por nova 
orientação inaugurada pelo legislador. Por outro lado, tal pode ser o teor do estatuto novo, que as situações 
que pretenda abranger mais parecerão corresponder ao império do diploma revogado. Ora, é exatamente a esse 
entrechoque dos mandamentos da lei nova com os da lei antiga, que se denomina conflito das leis no tempo. 
(FRANÇA, R. Limongi. Manual de Direito Civil. v. 1. p. 37. 4. ed. Revista dos Tribunais, 1980). A 
legislação brasileira sobre essas questões dispõe que a lei em vigor terá efeito imediato e geral, 
respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. BL: art. 6º, LINDB. 
§ 1º REPUTA-SE ATO JURÍDICO PERFEITO o já consumado segundo a lei vigente ao tempo 
em que se efetuou. (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957) 
(MPGO-2019): Sobre a vigência das normas no Direito Brasileiro, disciplinada pelo Decreto-Lei 
4.657/42 (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro), é correto afirmar: A Lei em vigor terá 
efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada, 
sendo que, de acordo com a definição legal, reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo 
a lei vigente ao tempo em que se efetuou. BL: art. 6º, §1º, LINDB. 
§ 2º CONSIDERAM-SE ADQUIRIDOS assim os direitos que o seu titular, ou alguém por 
êle, possa exercer, como aquêles cujo comêço do exercício tenha têrmo pré-fixo, ou condição pré-
estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957) (DPESC-2012) 
(DPEPB-2014-FCC): Cláudio firmou com seu filho Lucas contrato de doação por meio do qual lhe 
transferiria a propriedade de imóvel no dia de seu trigésimo aniversário. Em caso de conflito de leis 
no tempo, considerar-se-á que Lucas possui direito adquirido, por se tratar de direito a termo. BL: 
art. 6º, §2º, LINDB. 
(MPGO-2014): A lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o 
direito adquirido e a coisa julgada. Consideram-se adquiridos os direitos que o seu titular, ou 
alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou 
condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. BL: art. 6º, §2º da LINDB e art. 5º, 
XXXVI da CF/88. 
(TJRJ-2014-VUNESP): Determinado Estado da Federação Brasileira resolve suprimir o direito dos 
servidores públicos estaduais à licença prêmio, que prevê que o servidor público estadual terá 
direito a três meses de licença-prêmio a cada cinco anos de serviço sem faltas injustificadas. 
Considerando a proteção conferida ao direito adquirido, no texto constitucional e na Lei de 
Introdução às Normas do Direito Brasileiro, o Estado poderá suprimir o benefício, que, no entanto, 
terá fruição assegurada para aqueles que, na data da entrada em vigor da nova lei, já haviam 
cumprido os requisitos legais, mas ainda não o tinham gozado. BL: art. 6º, §2º da LINDB. 
##Atenção: ##STF: ##TRF5-2009: ##CESPE: ##TRF4-2009/2010: AGRAVO REGIMENTAL NO 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. ALTERAÇÃO NA FORMA 
DE COMPOSIÇÃO SALARIAL. LEI ESTADUAL N. 14.683/03. DIREITO ADQUIRIDO. REGIME 
JURÍDICO. INEXISTÊNCIA. O STF fixou jurisprudência no sentido de que não há direito 
adquirido à regime jurídico-funcional pertinente à composição dos vencimentos ou à 
permanência do regime legal de reajuste de vantagem, desde que eventual modificação 
introduzida por ato legislativo superveniente preserve o montante global da remuneração, não 
acarretando decesso de caráter pecuniário. Precedentes. Agravo regimental a que se nega 
provimento. STF. 2ª T., RE: 602029/MG, Rel. Min. Eros Grau, j. 02/02/10. 
##Atenção: ##STJ: ##TRF5-2009: ##CESPE: ##TRF4-2009/2010: RECURSO ORDINÁRIO. 
MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDORA PÚBLICA ESTADUAL. CONCURSO PÚBLICO. 
ENQUADRAMENTO NA CARREIRA DOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SUPERIOR DO SISTEMA 
ÚNICO DE SAÚDE. APLICAÇÃO DA LEI VIGENTE À ÉPOCA DA NOMEAÇÃO. SERVIDOR 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L3238.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L3238.htm#art1
PÚBLICO. DIREITO ADQUIRIDO. REGIME JURÍDICO. IMPOSSIBILIDADE DE 
RECONHECIMENTO. 1. Consoante entendimento pacificado desta Corte, se aplica ao servidor 
público, para fins de enquadramento na carreira, a lei vigente à época da sua nomeação para o cargo 
público, e não a lei em vigor ao tempo da realização do concurso público. 2. O servidor público não 
tem direito adquirido a regime jurídico. Precedentes do STF. 3. Recurso ordinário improvido. (STJ. 
6ª T., RMS 21664/MT. Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, j 22/06/10. 
§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba 
recurso. (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957) (MPDFT-2015) (Cartórios/TJCE-2018) 
Art. 7o A LEI DO PAÍS EM QUE DOMICILIADA A PESSOA DETERMINA as regras sobre 
o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. (TRF1-2009) 
(TRF2-2011) (TRF5-2011) (MPSP-2012) (MPF-2012) (MPES-2013) (MPMT-2014) (TRF4-2016) (MPPB-
2018) 
(MPSC-2012): A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o 
fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. Trata-se de disposição contida 
no Decreto-Lei 4657/42 que reflete a inserção do princípio domiciliar como elemento de conexão 
para determinar a lei aplicável, em especial ao estrangeiro aqui domiciliado. BL: art. 7º, LINDB. 
 § 1o REALIZANDO-SE o casamento no Brasil, SERÁ APLICADA a LEI BRASILEIRA 
quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração. (TRF2-2011) (MPES-2013) 
(MPMG-2013) (TJMG-2014) (TRF4-2014/2016) 
(Cartórios/TJRO-2017-IESES): Caso o casamento seja realizado no Brasil, as regras de 
impedimentos e formalidades da celebração serão as da lei brasileira. BL: art. 7º, §1º, LINDB. 
§ 2o O CASAMENTO DE ESTRANGEIROS PODERÁ CELEBRAR-SE perante autoridades 
diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes. (Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1957) 
(TRF2-2011) (TJMG-2014) (TRF4-2016) (MPMG-2013/2018) 
§ 3o Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidadedo matrimônio a lei 
do primeiro domicílio conjugal. (TRF4-2016) (MPMT-2014) (TJMG-2014) 
(MPMG-2013): Tendo os nubentes domicílio em diferentes países estrangeiros, regerá os casos de 
invalidade do matrimônio a lei material do primeiro domicílio conjugal. BL: art. 7º, §3º da LINDB. 
§ 4o O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os 
nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal. (TRF1-2009) (TRF2-
2011) (MPES-2013) (TRF4-2016) 
(Cartórios/TJRO-2017-IESES): O regime de bens, legal ou convencional, obedece às regras do país 
em que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, o do primeiro domicílio conjugal. BL: 
art. 7º, §4º, LINDB. 
(DPEPR-2017-FCC): Os direitos de família são determinados pela lei do país em que domiciliada a 
pessoa. No caso de nubentes com domicílio diverso, a lei do primeiro domicílio conjugal regerá 
tanto os casos de invalidade do matrimônio quanto o regime de bens. BL: art. 7º, caput e §§ 3º e 4º, 
LINDB. 
(TJMG-2014): Tendo os nubentes estrangeiros domicilio diverso, o regime de bens, legal ou 
convencional, obedece à lei do país do primeiro domicílio conjugal. BL: art. 7º, §4º, LINDB. 
(MPMG-2013): Sendo os nubentes domiciliados no mesmo país estrangeiro, o regime de bens, legal 
ou convencional, obedece à lei material desse país. BL: art. 7º, §4º, LINDB. 
(MPPE-2008-FCC): O regime de bens convencional, sendo os nubentes domiciliados em países 
diversos, obedece à lei do país do primeiro domicílio conjugal, independentemente do lugar da 
celebração. BL: art. 7º, §4º, LINDB. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L3238.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L3238.htm#art2
§ 5º - O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante expressa anuência de 
seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do decreto de naturalização, se apostile ao mesmo a 
adoção do regime de comunhão parcial de bens, respeitados os direitos de terceiros e dada esta adoção 
ao competente registro. (Redação dada pela Lei nº 6.515, de 1977) 
(MPSC-2012): Segundo o disposto na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, o 
estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante expressa anuência de seu cônjuge, 
requerer ao juiz, no ato de entrega do decreto de naturalização, se apostile ao mesmo a adoção do 
regime de comunhão parcial de bens, respeitados os direitos de terceiros e dada esta adoção ao 
competente registro. BL: art. 7º, §5º da LINDB. 
§ 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem brasileiros, só será 
reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida de 
separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imediato, obedecidas 
as condições estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no país. O Superior Tribunal de 
Justiça, na forma de seu regimento interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessado, 
decisões já proferidas em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de 
brasileiros, a fim de que passem a produzir todos os efeitos legais. (Redação dada pela Lei nº 12.036, 
de 2009). (TJAM-2016) 
##Atenção: ##STJ: ##TJAM-2016: ##CESPE: “SENTENÇA ESTRANGEIRA CONTESTADA. 
DIVÓRCIO. REQUISITOS FORMAIS. CUMPRIMENTO. AUSÊNCIA DE OFENSA À SOBERANIA 
NACIONAL E À ORDEM PÚBLICA. DEFERIMENTO DO PEDIDO HOMOLOGATÓRIO. 1. Com 
a Emenda Constitucional 66, de 13 de julho de 2010, que instituiu o divórcio direto, a homologação 
de sentença estrangeira de divórcio para alcançar eficácia plena e imediata não mais depende de 
decurso de prazo, seja de um ou três anos, bastando a observância das condições gerais 
estabelecidas na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB) e no Regimento Interno 
do STJ. 2. Uma vez atendidos os requisitos previstos no art. 15 da LINDB e nos arts. 216-A a 216-N 
do RISTJ, bem como constatada a ausência de ofensa à soberania nacional, à ordem pública e à 
dignidade da pessoa humana (LINDB, art. 17; RISTJ, art. 216-F), é devida a homologação de 
sentença estrangeira. 3. Pedido de homologação deferido, estendendo seus efeitos ao pacto 
antenupcial, com a homologação também da sentença estrangeira parcial, tal como pleiteado pelas 
partes”. STJ. Corte Especial, SEC 4.445/EX, Rel. Min. Raul Araújo, j. 6/5/15. 
 
##Atenção: O Ministro Humberto Martins, artigo publicado no site CONJUR, entende que seria 
uma boa providência haver a revogação formal do § 6º do artigo 7º da antiga LICC (Decreto-Lei 
4.657/1942). Afinal, o dispositivo é evidentemente ineficaz, uma vez que está em claro confronto 
com disposto em norma jurídica constitucional, derivada da Emenda Constitucional 66/2010. (fonte: 
https://www.conjur.com.br/2017-dez-11/direito-civil-atual-homologacao-sentencas-
estrangeiras-stj) 
 
##Atenção: Ressalta-se que, com o NCPC, a sentença estrangeira de divórcio consensual 
produzirá efeitos no Brasil, independentemente da homologação pelo STJ, vejamos: “Art. 961. (...) 
§ 5o A sentença estrangeira de divórcio consensual produz efeitos no Brasil, independentemente de 
homologação pelo Superior Tribunal de Justiça.” 
 
(MPMG-2018): Assinale a alternativa correta: Com o advento da Emenda 66/10, o reconhecimento 
do divórcio realizado no estrangeiro não se subordina a prazo. BL: art. 7º, §6º da LINDB. 
##Atenção: A lei nº 12.036/09 (na parte que altera o art. 7º, §6º LINDB) reduz de 3 anos para 1 ano 
da data da sentença o prazo para o reconhecimento, no Brasil, de divórcio realizado no estrangeiro, 
se um ou ambos os cônjuges forem brasileiros. Caso a sentença tenha sido antecedida da separação 
judicial por 1 ano, a homologação produzirá efeito imediato. Outra alteração é a transferência da 
competência do STF para o STJ para reexaminar, a pedido do interessado, as decisões já proferidas 
em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de que 
possam produzir todos os efeitos legais. Além disso, cumpre destacar que o STJ se manifestou a 
respeito dessa regra do art. 7º, §6º da LINDB, dizendo que não é mais necessário aguardar qualquer 
prazo: “Com a EC 66/10, que instituiu o divórcio direto, a homologação de sentença estrangeira de 
divórcio para alcançar eficácia plena e imediata não mais depende de decurso de prazo, seja de um ou três 
anos, bastando a observância das condições gerais estabelecidas na LINDB e no Regimento Interno do 
STJ." (SEC 4.445/EX, 17.6.2015) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6515.htm#art49
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12036.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12036.htm#art2
https://www.conjur.com.br/2017-dez-11/direito-civil-atual-homologacao-sentencas-estrangeiras-stj
https://www.conjur.com.br/2017-dez-11/direito-civil-atual-homologacao-sentencas-estrangeiras-stj
§ 7o SALVO o caso de abandono, o DOMICÍLIO DO CHEFE DA FAMÍLIA ESTENDE-SE ao 
outro cônjuge e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador aos incapazes sob sua guarda. 
(PGERS-2015-Fundatec): Em relação ao domicílio: Ressalvada hipótese de abandono, o domicílio 
do chefe de família estende-se ao cônjuge e aos filhos não emancipados. BL: art. 7º, §7º da LINDB. 
§ 8o Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á domiciliada no lugar de sua 
residência ou naquele em que se encontre. (MPDFT-2015) 
Art. 8o Para QUALIFICAR os bens e REGULAR as relações a eles concernentes, APLICAR-
SE-Á a lei do país em que ESTIVEREM SITUADOS. (TRF1-2009) (TRF5-2009) (TRF4-2009/2012) 
(MPF-2012) (MPSC-2013) (MPMT-2014) 
§ 1o APLICAR-SE-Á a lei do país em que FOR DOMICILIADO o proprietário, quanto aos 
BENS MOVEIS que ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares. (TRF5-2009) 
(MPTO-2012) (MPMT-2014) 
(TRF1-2013-CESPE): Segundo a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, aos bens móveis 
que o proprietário trouxer ao país ou àqueles que sedestinarem a transporte para outros lugares 
aplicar-se-á a lei de domicílio do proprietário. BL: art. 8º, §1º, LINDB. 
§ 2o O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja posse se encontre a 
coisa apenhada. 
Art. 9o Para QUALIFICAR e REGER as OBRIGAÇÕES, APLICAR-SE-Á a lei do país em que 
se constituírem. (TRF2-2011) (TRF3-2013) 
§ 1o Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial, será 
esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato. 
§ 2o A OBRIGAÇÃO resultante do contrato REPUTA-SE CONSTITUÍDA no lugar em que 
residir o proponente. (TJRN-2013) (TRF3-2013) 
(MPMT-2014-UFMT): Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se 
constituírem, reputando-se constituída no lugar em que residir o proponente. BL: art. 9º, §2º, 
LINDB. 
Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência OBEDECE à lei do país em que domiciliado o 
DEFUNTO ou o DESAPARECIDO, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens. (TRF1-2009) 
(TRF5-2009) (MPBA-2010) (MPF-2012) (TRF4-2012/2014) (TJMT-2014) (MPPB-2018) 
(Cartórios/TJMG-2019) 
(TJDFT-2014-CESPE): A lei do país de origem do falecido estrangeiro poderá ser utilizada para 
regular a sucessão de seus bens localizados no Brasil. BL: art. 10, LINDB. 
§ 1º A SUCESSÃO DE BENS DE ESTRANGEIROS, situados no País, SERÁ REGULADA 
PELA LEI BRASILEIRA em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os 
represente, SEMPRE que NÃO LHES SEJA mais favorável a lei pessoal do de cujus. (Redação dada 
pela Lei nº 9.047, de 1995) (TJAP-2009) (TRF1-2009) (MPBA-2010) (MPSC-2010) (MPF-2012) (MPES-
2013) (TJMT-2014) (Cartórios/TJMG-2019) 
(MPPB-2018-FCC): A sucessão por morte ou ausência obedece à lei do país em que era domiciliado 
o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens, mas a sucessão de 
bens de estrangeiros situados no Brasil será regulada pela lei brasileira, em benefício do cônjuge ou 
dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei 
pessoal do de cujus. BL: art. 10, caput e §1º, LINDB. 
(TJMG-2018-Consulplan): Quanto ao direito das sucessões, analise a afirmativa a seguir: A 
sucessão de bens de estrangeiros, situados no Brasil, será regulada na lei do país em que era 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9047.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9047.htm
domiciliado o defunto, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens, exceto quando houver 
cônjuge ou filhos brasileiros, ou de quem os represente, quando se utilizará a lei material brasileira, 
sempre que não lhes for mais favorável a lei pessoal do “de cujus”. BL: art. 10, §1º, LINDB. 
(TJSC-2017-FCC): A sucessão por morte ou ausência obedece à lei do país em que era domiciliado 
o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens, mas a sucessão de 
bens de estrangeiros, situados no Brasil, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou 
dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei 
pessoal do de cujus. BL: art. 10, §1º, LINDB. 
 
(TJAM-2016-CESPE): Quando a sucessão incidir sobre bens de estrangeiro residente, em vida, fora 
do território nacional, aplicar-se-á a lei do país de domicílio do defunto, quando esta for mais 
favorável ao cônjuge e aos filhos brasileiros, ainda que todos os bens estejam localizados no Brasil. 
BL: art. 10, §1º, LINDB. 
 
(TJDFT-2014-CESPE): A lei do país de origem do falecido estrangeiro poderá ser utilizada para 
regular a sucessão de seus bens localizados no Brasil. BL: art. 10, §1º, LINDB. 
(MPRO-2010-CESPE): Assinale a opção correta com referência ao direito das sucessões: O princípio 
do prélèvement encontra-se previsto na CF e inserido na LINDB. BL: art. 5º, XXXI, CF e art. 10, §1º, 
LINDB. 
##Atenção: O “prélèvement”, em sentido literal, significa “tirar antes”. Trata-se de fator de limitação 
à aplicação de legislação estrangeira, aplicado ao direito civil. O “prélèvement” visa a beneficiar o 
nacional em detrimento do estrangeiro. É por isso chamado de “lei imperfeita”, visto que privilegia 
uma parte em detrimento de outra. É o caso, por exemplo, das regras previstas do art. 5º, XXXI da 
CF e do art. 10, § 1º da LINDB, que privilegiam o herdeiro brasileiro em detrimento do estrangeiro. 
§ 2o A LEI DO DOMICÍLIO do herdeiro ou legatário REGULA a capacidade para suceder. 
(TRF1-2009) (TRF5-2009) (TJMT-2014) (MPMT-2014) (MPF-2017) (MPPB-2018) (Cartórios/TJMG-
2019) 
(DPEAL-2017-CESPE): Em 1.º/1/17, Lúcio, que era brasileiro e casado sob o regime legal com 
Maria, também brasileira, ambos residentes e domiciliados em um país asiático, faleceu. Lúcio 
deixou dois filhos como herdeiros, Vanessa e Robson, residentes e domiciliados no Brasil, e os 
seguintes bens a inventariar: a casa em que residia no exterior, uma casa no Brasil e dois automóveis, 
localizados no exterior. O casamento de Lúcio e Maria foi celebrado no Brasil. Antes do casamento, 
ele residia e era domiciliado no Brasil, ao passo que ela residia e era domiciliada em um país 
africano. O primeiro domicílio do casal foi no exterior. Considerando essa situação hipotética, 
assinale a opção correta: A lei brasileira regulará a capacidade para suceder de Vanessa e Robson. 
BL: art. 10, §2º, LINDB. 
(TJRN-2013-CESPE): Na sucessão por morte ou por ausência de estrangeiro, a lei do domicílio do 
herdeiro ou legatário regula a capacidade para suceder, independentemente do lugar do domicílio 
do falecido ou ausente. BL: art. 10, §2º, LINDB. 
(TRF3-2011-CESPE): De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, a 
capacidade para suceder é regulada pela lei de domicílio do herdeiro ou legatário. BL: art. 10, §2º, 
LINDB. 
(DPEAL-2009-CESPE): Antônio, residente e domiciliado na cidade de Madri, na Espanha, faleceu, 
deixando como herança o apartamento onde residia para Joana, sua única filha, residente e 
domiciliada no Brasil. Nessa situação, a sucessão obedecerá à lei do país em que era domiciliado 
Antônio; no entanto, será a lei brasileira que regulará a capacidade de Joana para suceder. BL: art. 
10, §2º, LINDB. 
Art. 11. As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as SOCIEDADES e as 
FUNDAÇÕES, OBEDECEM à lei do Estado em que se constituírem. (TRF3-2011) (PCPI-2018) 
(Cartórios/TJMG-2019) 
§ 1o NÃO PODERÃO, entretanto ter no Brasil filiais, agências ou estabelecimentos antes de 
serem os atos constitutivos aprovados pelo Governo brasileiro, ficando sujeitas à lei brasileira. (TRF3-
2011) (MPF-2012) (Cartórios/TJMG-2019) 
§ 2o Os Governos estrangeiros, bem como as organizações de qualquer natureza, que eles 
tenham constituido, dirijam ou hajam investido de funções públicas, NÃO PODERÃO ADQUIRIR 
no Brasil bens imóveis ou susceptiveis de desapropriação. (TRF3-2011) (TRF4-2012) (MPF-2012) 
(Cartórios/TJMG-2019) 
§ 3o Os Governos estrangeiros PODEM ADQUIRIR a propriedade dos prédios necessários à 
sede dos representantes diplomáticos ou dos agentes consulares. (Vide Lei nº 4.331, de 1964) (TRF3-
2011) (MPF-2012) (Cartórios/TJMG-2019) 
(MPSC-2012): Segundo o Decreto-Lei 4657/42, os Governos estrangeiros, bem como as 
organizações de qualquer natureza, que eles tenham constituído, dirijam ou hajam investido de 
funções públicas, não poderão adquirir no Brasil bens imóveis ou suscetíveis de desapropriação. 
Excepcionalmente, poderão adquirir a propriedade dos prédios necessários à sede dos 
representantes diplomáticos ou dos agentes consulares. BL: art. 11, §§2º e 3º, LINDB. 
Art. 12. É COMPETENTE a autoridade judiciária brasileira, QUANDO FOR o réu 
domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação. (TRF1-2009/2011) (TRF3-2013) 
(DPEPR-2017) 
§ 1o SÓ à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações relativas a IMÓVEIS 
SITUADOS NO BRASIL. (TRF1-2009) (PGEMT-2011) (MPSP-2012) (TRF3-2011/2013)(DPEPR-2017) 
(PGM-Campo Grande/MS-2019) 
(TRF4-2014): Somente à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações relativas a 
imóveis situados no Brasil (competência exclusiva). BL: art. 12, §2º, LINDB. 
§ 2o A autoridade judiciária brasileira cumprirá, CONCEDIDO o EXEQUATUR e segundo a 
forma estabelecida pela lei brasileira, as diligências deprecadas por autoridade estrangeira 
competente, observando a lei desta, quanto ao objeto das diligências. (TRF3-2013) (TRF2-2018) (PGM-
Campo Grande/MS-2019) 
Art. 13. A PROVA dos fatos ocorridos em país estrangeiro REGE-SE pela lei que nele 
vigorar, QUANTO ao ÔNUS e aos MEIOS DE PRODUZIR-SE, NÃO ADMITINDO os tribunais 
brasileiros PROVAS que a lei brasileira DESCONHEÇA. (TJRN-2013) (MPSC-2013) (MPBA-2018) 
(TRF1-2011-CESPE): No que diz respeito às fontes do direito internacional privado, ao conflito de 
leis, ao reenvio e à interpretação do direito estrangeiro, assinale a opção correta: A prova dos fatos 
ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar, quanto ao ônus e aos meios de 
produzir- se, não admitindo, porém, os tribunais brasileiros provas que a lei brasileira desconheça. 
BL: art. 13, LINDB. 
Art. 14. NÃO CONHECENDO a LEI ESTRANGEIRA, PODERÁ o juiz exigir de quem a 
invoca prova do texto e da vigência. (DPU-2010) (TRF1-2011) (TRT6-2013) 
Art. 15. SERÁ EXECUTADA no Brasil a SENTENÇA PROFERIDA NO ESTRANGEIRO, 
que REÚNA os seguintes requisitos: (TRF4-2010) (TRF5-2011) 
a) haver sido proferida por juiz competente; (MPCE-2011) (TRF5-2011) 
b) terem sido as partes citadas ou haver-se legalmente verificado à revelia; (MPCE-2011) (TRF5-
2011) 
c) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessárias para a execução no 
lugar em que foi proferida; (MPCE-2011) (TRF5-2011) 
d) estar traduzida por intérprete autorizado; (MPCE-2011) (TRF5-2011) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4331.htm#art1
e) ter sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal. (Vide art.105, I, i da Constituição 
Federal). [leia-se: SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA] (TJSP-2009) (TRF4-2010) (TRF1-2011) 
(TRF5-2011) 
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 12.036, de 2009). 
##Atenção: ##TRF1-2011: ##CESPE: Até 2009, não se exigia homologação de sentença estrangeira 
que fosse meramente declaratória do estado de pessoas. Isso foi modificado pela Lei 12036/09, que 
alterou o art. 15 da LINDB, revogando o seu § único, onde se previa a inexigibilidade de 
homologação em tal situação. 
Art. 16. Quando, nos termos dos artigos precedentes, SE HOUVER DE APLICAR a LEI 
ESTRANGEIRA, TER-SE-Á EM VISTA a disposição desta, SEM CONSIDERAR-SE QUALQUER 
REMISSÃO por ela feita a outra lei. (TRF4-2010) (TRF1-2011) (TRF5-2011) (DPEPR-2017) 
(TJSP-2018-VUNESP): Segundo a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, quando se 
houver de aplicar lei estrangeira, ter-se-á em vista a norma primária, aplicando-a diretamente, o 
que significa a inaplicabilidade do retorno. BL: art. 16, LINDB. 
 
(TCECE-2015-FCC): Considere o seguinte texto de Amílcar de Castro: Denomina-se retorno certo modo 
de interpretar as normas de direito internacional privado que leva à consequência de substituir-se o sistema 
nacional por sistema estrangeiro. Não se trata de questão de direito internacional privado, mas de 
hermenêutica jurídica, conjunto de regras de interpretação das leis (Direito Internacional Privado −1° 
volume − pag. 277 − Edição Revista Forense, 1956). Sobre esse tema, a lei brasileira proíbe o retorno.. 
BL: art. 16, LINDB. 
 
##Atenção: Como as normas de direito internacional vigentes nos diferentes Países não apresentam 
uma uniformidade surgem os conflitos, uma vez que as leis de um País podem ordenar a aplicação 
de determinado direito material a certa relação jurídica, ao passo que as de outro Estado podem dar 
outra solução para o mesmo fato. Para resolver esses conflitos, existem duas correntes 
doutrinárias: a) do reenvio, retorno ou devolução: vislumbra no reenvio uma vantagem para o País 
que o admite, uma vez que seus magistrados estatuem como teria feito a jurisdição nacional do 
estrangeiro; b)referência ao direito material estrangeiro: a norma de direito internacional remete o 
aplicador para reger dada relação jurídica ao direito estrangeiro. 
 
##Atenção: O Brasil adotou a segunda teoria, conforme prescreve o art. 16, LINDB (“Quando, nos 
termos dos artigos precedentes, se houver de aplicar a lei estrangeira, ter-se-á em vista a disposição desta, 
sem considerar-se qualquer remissão por ela feita a outra lei”.). Assim, quando um juiz brasileiro tiver 
que apreciar a capacidade de um brasileiro domiciliado no estrangeiro (ex.: Portugal), deve aplicar 
a lei do domicílio desta pessoa (no caso Portugal, por força do art. 7°, LINDB), pouco importando 
se a lei de Portugal venha a se submeter (em retorno ou reenvio) à lei brasileira.Portanto, pela 
corrente adotada pelo Brasil, o juiz deverá atender exclusivamente à norma (de direito internacional 
privado) de seu País, sem se preocupar com a de outro Estado. Resumindo: a Teoria do Retorno 
(reenvio ou devolução) é uma forma de interpretação de normas do Direito Internacional Privado, 
em que há a substituição da lei nacional pela lei estrangeira.Despreza-se a ordenação nacional, 
dando preferência ao ordenamento jurídico estrangeiro. Nesse sentido, o art. 16, LINDB, proíbe o 
juiz nacional de aplicar o retorno, cabendo apenas a aplicação do Direito Internacional Privado 
brasileiro para determinar o direito material cabível. 
 
(MPF-2013): No Direito Internacional Privado, a remissão feita por lei estrangeira não é de ser 
considerada quando se tiver que aplicá-la. BL: art. 16, LINDB. 
Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, 
NÃO TERÃO EFICÁCIA no Brasil, quando OFENDEREM a soberania nacional, a ordem pública e 
os bons costumes. (TRF4-2010) (TRF1-2011) (MPSP-2012) (TRF2-2018) 
(TRF5-2011-CESPE): Mohamed, filho concebido fora do matrimônio, requereu, na justiça brasileira, 
pensão alimentícia do pai, Said, residente e domiciliado no Brasil. Said negou o requerido e não 
reconheceu Mohamed como filho, alegando que, perante a Tunísia, país no qual ambos nasceram, 
somente são reconhecidos como filhos os concebidos no curso do matrimônio. A partir dessa 
situação hipotética, assinale a opção correta à luz da legislação brasileira de direito internacional 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art105
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art105
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12036.htm#art4
privado: O juiz não deverá aplicar, nessa situação, o direito estrangeiro. BL: arts. 7º, caput e 17, 
LINDB e art. 226, §7º, CF. 
##Atenção: A aplicação da Lei da Tunísia fere a ordem pública interna, o que é vedado pelo art. 17 
da LINDB, tendo em vista que o art. 227, § 6°, da CF/88 veda a discriminação entre filhos, razão 
pela qual inaplicável o direito forasteiro. Além disso, o art. 7º da LINDB dispõe que a lei do país em 
que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a 
capacidade e os direitos de família. 
##Atenção: ##TRF1-2011: ##CESPE: Embora a autonomia da vontade seja, de fato, uma regra geral 
que pode ser aplicada em matéria contratual no plano internacional, há limites que devem ser 
respeitados para que leis, atos e sentenças de outro país tenham eficácia no Brasil. Isso está previsto 
no artigo 17 da LINDB. 
(DPU-2007-CESPE): Acerca do procedimento de homologação de sentença estrangeira perante o 
STJ, julgue o item subsequente: Não será homologada sentença estrangeira que ofenda a soberania 
a ordem pública. BL: art. 17, LINDB. 
Art. 18. Tratando-se de brasileiros, são competentes as autoridades consulares brasileiras 
para lhes celebrar o casamento e os mais atos de Registro Civil e de tabelionato, inclusive o registro 
de nascimento e de óbito dos filhos debrasileiro ou brasileira nascido no país da sede do 
Consulado. (Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1957) (MPSC-2013) 
(TRF4-2014): As autoridades consulares brasileiras são competentes para efetuar o registro de 
nascimento de filho(a) de brasileiro(a) que tenha nascido no país da sede do Consulado respectivo. 
BL: art. 18, LINDB. 
§ 1º As autoridades consulares brasileiras também poderão celebrar a separação consensual e 
o divórcio consensual de brasileiros, não havendo filhos menores ou incapazes do casal e observados 
os requisitos legais quanto aos prazos, devendo constar da respectiva escritura pública as disposições 
relativas à descrição e à partilha dos bens comuns e à pensão alimentícia e, ainda, ao acordo quanto à 
retomada pelo cônjuge de seu nome de solteiro ou à manutenção do nome adotado quando se deu o 
casamento. (Incluído pela Lei nº 12.874, de 2013) Vigência 
§ 2o É indispensável a assistência de advogado, devidamente constituído, que se dará mediante 
a subscrição de petição, juntamente com ambas as partes, ou com apenas uma delas, caso a outra 
constitua advogado próprio, não se fazendo necessário que a assinatura do advogado conste da 
escritura pública. (Incluído pela Lei nº 12.874, de 2013) Vigência 
Art. 19. Reputam-se válidos todos os atos indicados no artigo anterior e celebrados pelos 
cônsules brasileiros na vigência do Decreto-lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942, desde que satisfaçam 
todos os requisitos legais. (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957) 
Parágrafo único. No caso em que a celebração dêsses atos tiver sido recusada pelas autoridades 
consulares, com fundamento no artigo 18 do mesmo Decreto-lei, ao interessado é facultado renovar o 
pedido dentro em 90 (noventa) dias contados da data da publicação desta lei. (Incluído pela Lei nº 
3.238, de 1957) 
Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base em valores 
jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas da decisão. (Incluído pela 
Lei nº 13.655, de 2018) 
##Atenção: ##DOD: DECISÃO COM BASE EM VALORES JURÍDICOS ABSTRATOS: A Lei nº 
13.655/2018 acrescenta à LINDB o art. 20. 
 
Justificativa dos juristas que auxiliaram na elaboração do anteprojeto: O art. 20 da LINDB tem por 
finalidade reforçar a ideia de responsabilidade decisória estatal diante da incidência de normas 
jurídicas indeterminadas, as quais sabidamente admitem diversas hipóteses interpretativas e, 
portanto, mais de uma solução. O dispositivo proíbe “motivações decisórias vazias, apenas retóricas 
ou principiológicas, sem análise prévia de fatos e de impactos. Obriga o julgador a avaliar, na 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L3238.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12874.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12874.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12874.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12874.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del4657.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L3238.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L3238.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L3238.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13655.htm#art1
motivação, a partir de elementos idôneos coligidos no processo administrativo, judicial ou de 
controle, as consequências práticas de sua decisão.” “Quem decide não pode ser voluntarista, usar 
meras intuições, improvisar ou se limitar a invocar fórmulas gerais como 'interesse público', 
'princípio da moralidade' e outras. É preciso, com base em dados trazidos ao processo decisório, 
analisar problemas, opções e consequências reais. Afinal, as decisões estatais de qualquer seara 
produzem efeitos práticos no mundo e não apenas no plano das ideias.” 
(https://www.conjur.com.br/dl/parecer-juristas-rebatem-criticas.pdf) 
 
Esfera administrativa: Consiste na instância que se passa dentro da própria Administração 
Pública, normalmente em um processo administrativo. 
 
Esfera controladora: Aqui a Lei está se referindo precipuamente aos Tribunais de Contas, que são 
órgãos de controle externo. 
 
Esfera judicial: São os processos que tramitam no Poder Judiciário. 
 
Esse dispositivo proíbe que se decida com base em valores jurídicos abstratos? NÃO. Continua 
sendo possível. No entanto, todas as vezes em que se decidir com base em valores jurídicos 
abstratos, deverá ser feita uma análise prévia de quais serão as consequências práticas dessa 
decisão. O art. 20 da LINDB introduz a necessidade de o órgão julgador considerar um argumento 
metajurídico no momento de decidir, qual seja, as “consequências práticas da decisão”. Em outras 
palavras, a análise das consequências práticas da decisão passa a fazer parte das razões de decidir. 
 
Resumo: 
➢ Não se decidirá com base em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as 
consequências práticas da decisão. 
➢ Isso vale para decisões proferidas nas esferas administrativas (ex: em um PAD), controladora 
(ex: julgamento das contas de um administrador público pelo TCE) e judicial (ex: em uma ação 
civil pública pedindo melhores condições do sistema carcerário). 
 
Tentativa de mitigar a força normativa dos princípios: A Constituição Federal é repleta de “valores 
jurídicos abstratos”. São inúmeros exemplos: “dignidade da pessoa humana” (art. 1º, III), “valores 
sociais do trabalho e da livre iniciativa” (art. 1º, IV), “moralidade” (art. 37, caput), “bem-estar e a 
justiça sociais” (art. 193), “meio ambiente ecologicamente equilibrado” (art. 225). Esses valores 
jurídicos abstratos são normalmente classificados como princípios. Isso porque os princípios são 
normas que possuem um grau de abstração maior que as regras. Em um período histórico chamado 
de “positivismo”, que ficou no passado, os princípios, pelo fato de terem esse alto grau de abstração, 
não eram nem considerados como normas jurídicas. Esse período histórico foi superado e, 
atualmente, vigora o “pós-positivismo”. Uma das características do pós-positivismo é o 
reconhecimento da “normatividade primária dos princípios constitucionais”. Em outras palavras, 
atualmente, “os princípios são considerados normas jurídicas, ao lado das regras, e podem ser 
invocados para controlar a juridicidade da atuação do Estado.” (OLIVEIRA, Rafael Carvalho 
Rezende. Curso de Direito Administrativo. 2ª ed., São Paulo: Método, 2014, p. 23). Com base na 
força normativa dos princípios constitucionais, o Poder Judiciário, nos últimos anos, condenou o 
Poder Público a implementar uma série de medidas destinadas a assegurar direitos que estavam 
sendo desrespeitados. Vamos relembrar alguns exemplos: 
➢ Município condenado a fornecer vaga em creche a criança de até 5 anos de idade (STF. RE 
956475, Rel. Min. Celso de Mello, j. 12/05/2016). 
➢ Administração Pública condenada a manter estoque mínimo de determinado medicamento 
utilizado no combate a certa doença grave, de modo a evitar novas interrupções no tratamento 
(STF. 1ª Turma. RE 429903/RJ, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 25/6/2014). 
➢ Estado condenado a garantir o direito a acessibilidade em prédios públicos (STF. 1ª Turma. RE 
440028/SP, rel. Min. Marco Aurélio, j. 29/10/2013). 
➢ Poder Público condenado a realizar obras emergenciais em estabelecimento prisional (STF. 
Plenário. RE 592581/RS, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 13/8/2015). 
 
Todas essas decisões foram proferidas com fundamento em princípios constitucionais, ou seja, com 
base em “valores jurídicos abstratos”. O que o legislador pretendeu, portanto, foi, indiretamente, 
tentar tolher o ativismo judicial em matérias envolvendo implementação de direitos. É como se o 
legislador introduzisse uma condicionante para a força normativa dos princípios: eles somente 
podem ser utilizados para fundamentar

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