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Pediatria – Roberta M Figueiredo 1 FAIXAS ETÁRIAS Recém-nascido: 0-28 anos; Lactente: 0-2 anos; Pré-escolar: 2-5 anos; Pré-puberdade: 10 anos-início dos sinais puberais; Adolescente: 10-20 anos. ANAMNESE DO RN Queixa principal; • O porquê a mãe trouxe o bebê na consulta. HMA; • Explico melhor a QP, caracterizo. Dados do pré-natal; • Números de consultas; • Exames realizados; o Exames de sangue que veem as doenças. • Doenças; o Diabetes gestacional; ▪ Pode acarretar feto macrossômico e hipoglicemia. o Hipertensão; ▪ A criança pode nascer com baixo peso. o Infecção. ▪ Pode determinar infecções no recém-nascido. • Medicamentos; • Intercorrências; o Queda; o Ruptura de bolsa precoce; o Trabalho de parto prematuro; o Descolamento de placenta. Dados do parto: • Tipo de parto; • Complicações; • Necessidade de reanimação; • Boletim de APGAR; o Se a mãe não souber, eu faço perguntas: ▪ ‘A criança nasceu bem?’ ▪ ‘A criança foi para o seu colo logo que nasce?’ Dados do pós-parto: • Internação na UTI; • Icterícia; • Hipoglicemia; • Desconforto respiratório; • Dificuldade para amamentar; • Alimentação. IDA; • Na cabeça, a senhora notou alguma coisa? • Nariz está escorrendo? • Está respirando normal? • Está engasgando muito? • A criança vive com o pescoço só p um lado? • Deformação no tórax? ANAMNESE E EXAME FISICO sxsadasdsadsad FOAXA Pediatria – Roberta M Figueiredo 2 • A senhora acha que ele fica roxo quando chora ou mama (sinal de cardiopatia congênita); • Se o umbigo caiu, seco ou tem odor fétido; • Se a criança evacua todos os dias; • Se a criança tem cólica; • Se a criança tem assadura ou lesões nos órgãos genitais; • Se a criança chora para fazer xixi, a cor. Alimentação; • Se mama apenas leite materno; • De quanto em quanto tempo? • Ele suga uma mama ou duas mamas para ficar satisfeito? • A criança precisa de completo? Qual leite? Como é preparado? • A criança mama de madrugada? • A criança bebe chá, agua? Vacina; • Ver o cartão de vacinação. Desenvolvimento neuropsicomotor. ANAMNESE DA CRIANÇA 0-2 anos • Queixa principal; • HMA; • IDA; • Vacinas; o Carteira de vacinação. • Alimentação; o Fazer um diário alimentar. • DNPM (marcos principais). ANAMNESE DO ADOLESCENTE 10-20 anos; Momento de transformações físicas; Reorganização psíquica; Peculiaridades: • Afetivo; • Sexuais; • Comportamentais; • Sócioculturais; • Espirituais. Grupo muito similar; Grupo heterogêneo; Se atentar as diferenças de cada adolescente; Não gostariam de estar na consulta; Existe duas formas de agir: • Ficam mudos; • Brigam com os pais, dizendo que não gostariam de estar lá. O paciente tem que ser valorizado, não podemos conversar com a mãe perguntando como se o paciente não estivesse ali; Pediatria – Roberta M Figueiredo 3 Sem abordagem hostil, cheio de regras, julgamentos de valores; Primeira consulta: • A pessoa central da consulta é o adolescente; • Deixar claro o direito ao sigilo, privacidade e confiabilidade; • Limite das questões éticas para paciente e responsáveis; • Nada será tratado com os pais sem o adolescente saber; • Segredos íntimos do adolescente não precisam ser contados; • Necessidade de informar aos responsáveis se houver risco a saúde ou integridade de vida do adolescente ou terceiros. Manutenção do sigilo: • Ficar, namorar, iniciação sexual (excluída a violência sexual); • Experimentação de psicoativos sem sinais de dependência; • Orientação sexual, conflitos com a identidade de gênero; • Prescrição de AC; • IST, se não houver violência sexual e tendo maturidade para adesão ao tratamento. Quebra de sigilo: • Violência física, emocional, sexual, bullying, interpessoal, no namoro; • Uso cada vez maior de álcool ou drogas; • Autoagressão, ideias suicidas ou fuga de casa, tendencia homicida; • Gravidez ou abortamento; • HIV positivo; • Não adesão ao tratamento deixando o próprio adolescente ou terceiros em risco; • Diagnostico de doenças graves (depressão ou outros transtornos do campo mental). Anamnese do adolescente: • Coleta de informações sobre: o Paciente; o Familiares; o Ambiente; o Aspectos físicos, psíquicos, sociais, culturais e espirituais. Divisão didática da anamnese: Com adolescentes e familiares juntos: • Motivo da consulta; o Doença; o Timidez; o Queda de rendimento escolar. • HMA e pregressa; o Agravos e doenças. • Hábitos alimentares; • Condições de habitação; o Ambiente; o Rendimento escolar; o Violência; o Tempo de tela. • História familiar; o Situação conjugal dos pais; o Agregados; o Consanguinidade; o Harmonia; o Conflitos. • Vacina (Cartão); • Sono, lazer, atividades culturais, exercícios físicos, religião. A sós com o adolescente: • Percepção corporal e autoestima; • Relacionamento com a família; • Lazer, grupos, afetividade, sexualidade; • Escola, trabalho, comunidade; • Crenças e atividades religiosas; • Situação de risco e vulnerabilidade (drogas ilícitas ou lícitas); • Comportamento sexual; • Submissão ou violência sexual; • Tempo de tela. Com os pais ou responsáveis após a conversa a sós com o adolescente: • Evidência de conflitos; • Evidência de conflitos familiares; Pediatria – Roberta M Figueiredo 4 • Orientar sobre a hipótese diagnostica e conduta terapêutica; • Exceção: o Déficit intelectual; o Distúrbio psíquico grave; o Recusa do paciente. EXAME FISICO NEONATAL Iluminação boa; Aquecimento adequado; Inspeção adequada do recém-nascido Exame físico geral: • Fáceis; • Atitude espontânea; • Postura; • Choro; • Coloração da pele; o Palidez; o Ictérico; o Cianótico; o Pletora (muito vermelho devido a quantidade de glóbulos vermelhos passados pelo cordão umbilical). • Esforço respiratório; o Ritmo; o Profundidade; o Músculos acessórios; o Batimento da asa nasal; o Boletim de Silvermann-Anderson ▪ 0-10 • Sinais vitais: o Temperatura; o Frequência cardíaca: 100-180 bpm; o Frequência respiratória: 40-60 irpm; o Pressão arterial. Exame físico especial: o Pele: ▪ Textura; ▪ Cianose; ▪ Icterícia (Zonas de Krammer); ▪ Palidez ▪ Descamação intensa fisiológica (pós-matura); ▪ Escamas endurecidas na ictiose congenica; Pediatria – Roberta M Figueiredo 5 ▪ Nevos pigmentosus (mancha mongólica); ▪ Linfomas (higromas) císticos: qualquer parte do corpo; ▪ Escleredema: infecções graves; ▪ Petéqueas e purpuras: infecções ou tocotraumatismo; ▪ Hemangioma: região da nuca, frontal e pálpebras; ▪ Eritema tóxico; ▪ Milium sebáceo; ▪ Impetigo; ▪ Miliaria; Pediatria – Roberta M Figueiredo 6 ▪ Miliare rubra; ▪ Miliaria pustulosa; ▪ Acne infantil (atb tópico); ▪ Sífilis congênita (descamação intensa da pele e rinorreia purulenta). o Crânio: ▪ Formato; • Anencefalia; • Microcefalia; • Macrocefalia; • Cranioestenose; • Hidrocefalia; Pediatria – Roberta M Figueiredo 7 • Cefalo-hematoma; • Bossa serossanguínea ▪ Medida; • Região mais protuberante da testa e do occipio. ▪ Fontanela anterior; ▪ Fontanela posterior; ▪ Suturas (justapostas, separadas, cavalgadas); ▪ Presença de bossa (estravassamento de sangue pela cabeça) ▪ Presença de cefalohematoma (sangue localizado). o Faces: ▪ Simetria; ▪ Aparência sindrômica; ▪ Implantação de orelhas; ▪ Distância entre os olhos; ▪ Tamanho queixo-nariz- língua. o Olhos: ▪ Reflexo vermelho; ▪ Hemorragia subconjuntival; ▪ Estrabismo; ▪ Pupila branca (catarata, retinoblastoma, fibroplasia retrolental); ▪ Opacificação da córnea(glaucoma, rubéola); ▪ Secreção ocular (Crede: infecção). o Ouvidos: ▪ Forma; ▪ Tamanho; ▪ Implantação da orelha; ▪ Audição; ▪ Apêndices pré-auriculares; ▪ Alteração na forma e implantação: Agenesia renal (Fazer ultrassom). o Nariz: ▪ Forma; ▪ Tamanho; ▪ Permeabilidade; ▪ Canal nasolacrimal; ▪ Secreção nasal serossanguinolenta (sífilis). o Boca: ▪ Coloração dos lábios; ▪ Labio leporino; Pediatria – Roberta M Figueiredo 8 ▪ Fenda palatina; ▪ Língua; ▪ Dentes congênitos; ▪ Rânula; ▪ Pérolas de Epstein; ▪ Úvula bífida; ▪ Pálato ogival. o Pescoço: ▪ Pesquisar massas, fistulas, mobilidade, excesso de pele; ▪ Torcicolo congênito; ▪ Teratoma cervical (parte mediana); • Obstrução de via aérea. ▪ Higroma cístico; ▪ Bócio congênito; • Idiopático ou iodo na gestação. o Tórax: ▪ 1-2cm menor que a cabeça; ▪ Simetria; ▪ Retrações sub e intercostais discretas; • Podem ser normais. ▪ Retrações supraclaviculares; • Patológico. o Mamas: ▪ Assimetria; ▪ Distância intermamilar; ▪ Mamilos extranumerários; ▪ Aumento de glândulas mamárias (leite/sangue). o Exame cardiovascular: ▪ Inspeção: • Cianose; • Padrão respiratório; • Abaulamento pré- cordial; • Turgência jugular; • Íctus cordis. ▪ Palpação: • Nos 4 membros; • Comparar superiores x inferiores; ▪ Pressão arterial: • Braça e perna direita; • PAM: 25-30 mmHg; • PAM: 12-25 MMhG; • Se a PA estiver estreitada é falência miocárdica ou colapso vascular e se estiver alargada é sinal de PCA. ▪ Ausculta: • Sopro sistólico, diastólico ou contínuo; o Quantificar de 1+ a 6+; o Pode estar ausente ao nascimento mesmo em cardiopatia grave; o 60% dos Rn normais possuem sopro nas primeiras 48 horas de vida. o Exame pulmonar: ▪ Inspeção: • Avaliar padrão respiratório; • Ver se tem retrações; Pediatria – Roberta M Figueiredo 9 • Batimento de asa do nariz; • Se há estridor expiratório, gemido; • Sinal da dançarina do ventre (sinal de paralisia diafragmática unilateral); o O umbigo desloca para o lado paralisado. ▪ Ausculta: • Bilateral; • Comparativa; • Região axiliar. o Abdomne: ▪ Inspeção: • Forma; o Escavado: hernia diafragmatic a. • Abaulamento supraumbilical: atresia duodenal ou distenção gástrica; • Abaulamento infra umbilical: Distensão de bexiga • Circulação colateral; • Ondas peristálticas. ▪ Palpação: • Diástase de músculos reto abdominais; • Ascite; • Visceromegalia; • Distensão gasosa; • Massas. o Metade decorrentes de genito urinários; o Rins; o Fígado; o Cisto de ovário; o Teratoma; o Neuroblasto ma. o Genitália: ▪ Masculina: • Ambigua; • Cumprimento do pênis; • Hipospádia; • Epispádia; • Fimose; • Hidrocele; • Ectopia testicular; • Extrofia de bexiga. o Coluna: ▪ Decúbito ventral; ▪ Tumores; ▪ Hipertricose; ▪ Manchas hipercrômicas; ▪ Correr os dedos pela coluna; ▪ Mielomeningocele e mielocele (sacral ou lombar). o Membros: ▪ Decúbito dorsal; ▪ Simétrica e proporção; ▪ Articulação (para ver se não tem luxação); ▪ Fraturas; ▪ Paralisias braquiais (total, duchene ou kumpke); ▪ Paralisia de membros inferiores; Pediatria – Roberta M Figueiredo 10 ▪ Artrogripose; ▪ Pé torto/posicional. o Exame neurológico: ▪ Exame de crânio e face; ▪ Fontanelas e suturas ▪ Alterações no PC; ▪ Paralisias faciais; ▪ Criança despida; ▪ Longe das refeições; ▪ Acordada; ▪ Verificar postura; ▪ Reação a luz; ▪ Nistagmo; ▪ Estrabismo constante; ▪ Sinal do sol poente; ▪ Comportamento: • Movimentos espontâneos; • Paralisias; • Tremores; o Causa metabólica; o Drogas; o Hemorragia intracranian a; o Encefalopati a hipóxico- isquemico; o Cessam ao segurar os membros. • Abalos; • Convulsão; o Atípicas; o Causas metabólicas, HIC, meningite. Infecções. • Movimentos contínuos de sucção e mastigação; • Letargia; o Hipotermia; o Hipoxemia; o Infecções. • Exames neurológicos: o Reflexo de sucção e deglutição; o Reflexo de Piper; o Reflexo de Piper; o Reflexo de preensão palmar- plantar; o Reflexo de moro; o Reflexo de Galant; o Engatinhame nto; o Reflexo de marcha. Reflexo de Moro Pediatria – Roberta M Figueiredo 11 Reflexo tônico cervical assimétrico (esgrimista) Reflexo de galant Reflexo cutâneo plantar EXAME FÍSICO DO LACTENTE/PRÉ- ESCOLAR/ESCOLAR Lavagem das mãos antes e depois na frente dos acompanhantes; Exame físico na presença dos pais; Envolver os pais na abordagem; Instrumentos: esteto, termômetro, otoscópio devem ter introdução gradual; Sequência do exame será determinado pela criança e não pelo médico; Realizado na posição mais confortável possível; Criança maior na maca com o responsável perto; Lactente pode começar o exame no colo; Se a criança atraca o responsável, examinar primeiro as costas e extremidade; A conquista do paciente pediátrico depende: • Afetividade, atenção, simpatia, respeito e paciência do médico; • RN e lactente durante o primeiro semestre de vida, quando sem desconforto, reagem positivamente ao contato com estranhos; • A reação de estranhamento ocorre no segundo semestre de vida; • Crianças maiores que cooperam mais, consegue-se conversar sobre assuntos de seu cotidiano, escola, animais, brinquedos; • Mostrar brinquedos para que se distraiam e eventualmente os instrumentos médicos. Ocasionalmente será necessário conter a criança para exame de ouvido, nariz e garanta, por isso deixar para o final; Paciente deverá ser informado sobre o que irá acontecer antes de cada etapa do exame físico; Qualquer desconforto causado no paciente deve ser pelo menor tempo possível; Não há regra precisa e única para exame físico na criança; Pediatria – Roberta M Figueiredo 12 Tudo depende de estabelecer uma boa relação médico-paciente, de como a criança reagem durante a consulta, habilidade de buscar a melhor estratégia; Exame físico tem que ser realizado completo; Criança tem que ser totalmente despida; Sala fria ou criança envergonhadas retirar a roupa gradualmente; Grau de pudor da criança depende da criança e deve ser respeitado sem comprometer a avaliação médica; Quando começa o exame físico? • Desde o momento da entrada da criança o consultório; • Observação da marcha; • Postura; • Atitude; • Coloração da pele e mucosas; • Fácies; • Padrão respiratório; • Postura de quem traz a criança, de que maneira a conduz, como se relaciona com ela. O ato de despir deve sempre ser realizado pela mão ou pelo acompanhante; Exame físico geral: • Estado geral: bom, regular, ruim; • Fácies: malformações congênitas; • Biotipo ou conformação corpórea; • Atitude: ativo, hipoativo, hiperativo, posições caraterísticas, movimentos significativos; • Estado psíquico: irritado, prostrado, obnubilado, sonolento, comatoso; • Estado de nutrição e hidratação; • Coloração de pele e mucosas; • Presença de edema; • Reação da criança aos pais e médico; • Inspeção da pele, anexos e subcutâneo: o cor, pigmentação, cianose, palidez, icterícia. • Vasos sanguíneos: pulsos, alterações vasculares (hemangioma, telangectasias, cirúrgicas colateral, púrpura, petéquias, equimose). • Erupções: dermatografismo, cantoras, nódulos subcutâneos, turnos e elasticidade, descamação, estrias, cicatrizes; • Estado de hidratação: humidade das mucosas, turbou, elasticidade, fontanelas); • Edema, enfisema; • Unhas: cianose, paroníquia, estrias; • Sinais vitais: FC, FR, PA, (dependem de tabelas), perfusão periférica, oxímetro de pulso; • Cadeias de linfonodos: palpação, linfadenomegalia,localização, tamanho, consistência (elástica ou endurecida), mobilidade, sensibilidade, calor. Exame especial ou segmentar: • Cabeça e pescoço: o Crânio: posição, conformação anatômica, couro cabeludo, crânio tabes; o Face: conformação, paralisias (facial, do trigêmeo), glândulas salivares (parótida, submaxilar, sublingual); o Olhos: esclera, conjuntiva, córnea, enoftalmia, enoftalmia, estrabismo, instarmos, ptose palpebral, infecções, pupilas; o Orelhas: anomalias, posição, secreção, otoscópio, mastoídeo, audição; o Nariz: forma, batimento de asa nasal, mucosa, secreção, epistaxe, septo nasal, pólipos, seios paranasaia; o Deixar para o final Boca e garganta: deixar para o final. Avaliar todas as estruturas da boca; o Pescoço: tamanho, anomalias, esternocleidomastóide, tireoide, traqueia, vasos, mobilidade, movimentos característicos. Pediatria – Roberta M Figueiredo 13 • Tórax: o Forma; o Simetria; o FR; o Tipo de respiração; o Exame das mamas: desenvolvimentos, simetria, ginecomastia; o Respiratório: FR, taquipneia, eupneia, bradipnéia, tiragem intercostal e diafragmatica, expansibilidade, percussão (maciço, timpânico), ausculta (MV, RA {estertores, roncos, sibilos}); o Cardiovascular: ictus (localização, frêmito), ausculta (ritmo, FC, bulhas, arritmia, sopros). • Abdome: o Inspeção: forma, distensão, cicatriz umbilical, diástase de retos abdominais, veias e circulação colateral, peristalse; o Ausculta: borborigmo, meteorismo, sopros; o Percussão; o Palpação: hérnias, passas palpáveis, ascite, viceromegalias. • Gênito-urinário e região perineal: o Meninos: forma do pênis, exposição da glande, fimose, balanopostite, localização da uretra (hipospádia, epispádia), forma da bolsa escrotal (hidrocele, hérnia), testículos (tamanho, consistência e localização). o Meninas: tamanho do clítoris, grande e pequenos lábios, orifício uretral, hímen, corrimento uretral, vaginal, corpos estranhos, sinéquia de pequenos lábios. • Aparelho locomotor: o Extremidades: anomalias, tamanho, conformação, sensibilidade, temperatura; o Edema; o Marcha; o Claudicações; o Coluna vertebral: cistos dermóides, fístulas, tufos capilares; o Articulações; o Sinal de Ortogonais (nas primeiras 24hs de vida); o Gegu-varo e genu-valgo; o Tônus, paresia, paralisia. • Neurológico: o Nível de consciência; o Postura; o Atitude; o Marcha; o Equilíbrio; o Coordenação motora; o Força, tônus; o Integridade dos pares cranianos; o Pupilas. EXAME FÍSICO DO ADOLESCENTE Antes do exame: • Relaxado de confiança, respeito, imparcialidade, sem julgamentos; • Anamnese: aspecto social, trabalho, sexualidade, psicoemocional, violência; • Esclarecimento ao adolescente quanto a importância do exame físico, esclarecimento dos procedimentos a serem realizados, respeito ao pudor, compreensão do adolescente sobre as mudanças do seu corpo, compreensão da imagem corporal que o adolescente traz. Durante o exame: • Presença de outro profissional de saúde para preservar a ética; • Esclarecimento dos procedimentos a serem realizados; • Usar lençóis e camisolas. Roteiro do exame físico: • Aspecto geral (aparência física, humor, hidratação, etc); • Avaliação de peso, altura, IMC; • Usar curvas e critérios da OMS; Pediatria – Roberta M Figueiredo 14 • Verificar PA (pelo menos 1x/ano), observando curva de PA para a idade; • Avaliação dos sistemas: respiratório, cardiovascular, gastrointestinal, etc; • Avaliação do estadiamento puberal: critérios de Tanner masculino e feminino; • Antropometria: peso, estatura, perímetro cefálico, perímetro torácico, perímetro abdominal, IMC, gráficos de acordo com faixa etária, estado nutricional; o Peso: balança “pesa bebê” até 2 anos, sem roupa e sem frauda; na balança tipo adulto deve-se pesar sem roupa ou de roupas intimas; o Altura/comprimento: régua antropométrica graduada com uma extremidade fixa e outra móvel (até 1 metro); após 1 metro, usar regra vertical com tornozelo juntos e ereta; o PC: fita passa pelas partes mais salientes do frontal e occipital (glabela e proeminência occipital); medir até 2 anos; o PT: fita passa na altura dos mamilos (no primeiro trimestre ou na susteria de alteração torácica); o Perímetro abdominal: fita passa na altura da cicatriz umbilical; o IMC: Curvas de crescimento: Permite detectar precocemente crianças com risco de obesidade ou denutrição. • Curva em Percentis: o 5 no total: 3, 15, 50, 85 e 97, sendo 50 o percentil “normal”; • Curva em Escore-Z: o Valores variam entre -3 e +3; o Quando positivos: dado acima da média; o Quando negativos: dado abaixo da média. • Fatores que influenciam no crescimento: o Nutrição, fatores genéticos (altura dos pais), atividade física, doenças, uso de medicamentos, fatores psicológicos.
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