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AULA 07_ ART DECÓ_revisto 20182

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UnB – FAU 
DEPTO. DE TEORIA E HISTÓRIA
DISC. ARQ. & URB. BRASIL CONTEMPORÂNEO
PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
Art DEcÓ
NO BRASIL
1. Contextualização
2. Características estilísticas
3. Adaptações brasileiras 
a. Rio de Janeiro
b. São Paulo
c. Goiânia
d. Minas Gerais
e. Sul
f. Nordeste
4. Referências 
SUMÁRIO
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- ART DÉCO NO BRASIL - PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
1. Contextualização
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- ART DÉCO NO BRASIL - PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
1. Contextualização
1925
Exposição 
Internacional 
de Artes 
Decorativas e 
Industriais 
Modernas
em Paris 
1925-26
Walter 
Gropius
constrói a 
Bauhaus 
Dessau
1926-28
Erich 
Mendelsohn
constroi o 
armazém 
Schocken em 
Sttugart
1926
Estreia o 
filme 
Metropolis
de Fritz 
Lang
1927
exposição de 
arquitetura
Weissenhofsiedlung
em Stuttgart
1928
Tem início a 
construção 
do Chrysler 
Building em 
Nova York
1929
Quebra da 
bolsa de 
Nova York
1929
Mies Van der 
Rohe projeta 
o Pavilhão da 
Alemanha na 
Exposição 
Mundial de 
Barcelona 
1931
Inauguração 
do Empire 
State
Building
1935
Legislação 
sobre pureza 
de raça 
publicada na 
Alemanha
1935-39
FLW 
constrói 
a Casa 
da 
Cascata 
nEUA
1939-45
2ª Guerra 
Mundial
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- ART DÉCO NO BRASIL - PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
1. Contextualização
Art Déco
• Foi um movimento internacional de design, destacando-se de 
1925 a 1939. 
• Numa época em que o estilo eclético já não dava mais conta de 
produção que o século XX demandava, emerge o Art PROFª DRª
ANA PAULA GURGELcom suas formas menos rebuscadas e mais 
geometrizadas.
• Afetou as artes decorativas, a arquitetura, design de interiores e 
desenho industrial, assim como as artes visuais, a moda, a 
pintura, as artes gráficas e cinema. 
• Foi de certa forma uma mistura de diversos estilos e 
movimentos, tais como: Construtivismo, Cubismo, Bauhaus, Art 
Nouveau, Modernismo e Futurismo.
• O nome da Exposição Internacional de Artes Decorativas e 
Industriais Modernas - em francês: Exposition Internacionale dês 
Arts Décoratifs et Industriels Modernes, em Paris, 1925.
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- ART DÉCO NO BRASIL - PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
1. Contextualização
Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas - Paris, 1925.
• Seu objetivo era estabelecer a preeminência do gosto francês e 
bens de luxo, e a própria Paris foi colocado em exposição como a 
mais elegante das cidades e como o centro do mundo para fazer 
compras. 
• Os regulamentos de exposição salientou a necessidade de 
inspiração 'moderna'. Havia muitos projetos novos, mas os 
designers e fabricantes relutam em abandonar a tradição 
completamente.
• Muitos países europeus participaram: Grã-Bretanha, Áustria, 
Holanda, Hungria, Polônia, Tchecoslováquia, Itália, Espanha, 
Suécia, Dinamarca e da URSS.
• Alemanha, como o principal agressor na Primeira Guerra Mundial 
e a maior ameaça à supremacia francesa nas artes decorativas, foi 
–lhe enviado um convite muito tarde para organizar uma 
exposição maior. Os EUA se recusaram a participar, alegando que 
"não havia nenhum projeto moderno da América
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- ART DÉCO NO BRASIL - PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
1. Contextualização
Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas - Paris, 1925.
• Os pavilhões 
de grandes 
fabricantes, 
lojas de 
departamento 
e designers, 
juntamente 
com avenidas 
de boutiques, 
atraiam os 
visitantes. 
• Com mais de 
16 milhões de 
visitantes, 
marcou o 
ponto alto da 
primeira fase 
do Art Déco.
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- ART DÉCO NO BRASIL - PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
1. Contextualização
Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas - Paris, 1925.
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- ART DÉCO NO BRASIL - PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
A inovação decorativa 
que existia na 
exposição foi, por 
vezes, de curta 
duração.
Em muitos países 
europeus deu lugar ou 
a um retorno à 
tradição ou um ao 
Modernismo 
funcionalista.
1. Contextualização
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- ART DÉCO NO BRASIL - PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
• A rápida adesão à Art Déco, como o estilo da era da máquina, se deve ao 
fato de que ele não é definido a partir de uma fundamentação teórica, é 
pragmático e, ao mesmo tempo, se define como industrial
associado à sociedade industrial nascente, implícitas aí todas as suas 
conseqüências, sobretudo tecnológicas . 
[CONDE & ALMADA, 2000, p. 10] 
• O estilo passou a ser, também, a marca do novo rico, tanto no cinema, 
como na história em quadrinhos, os novos e grandes comunicadores de 
massa, que utilizariam este estilo e modo de vida associado à ele, como 
crítica à valorização da aparência. 
No Brasil, a Art Déco também é adotado, como forma 
do país se mostrar dinâmico, progressista e alinhado ao 
modelo (Estados Unidos), tanto em obras públicas como 
pelos grandes empreendimentos particulares. 
A. M. Cassandre: Poster para o Normandie 1934. 
2. Características 
estilísticas
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- ART DÉCO NO BRASIL - PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- ART DÉCO NO BRASIL - PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
Características principais:
- Linhas circulares ou retas estilizadas;
- Uso de formas geométricas;
- Design abstrato;
- Formas femininas e animais são as mais trabalhadas;
- Eixos de simetria;
• Influências do 
construtivismo, futurismo 
e cubismo
• Antigas civilizações 
ocidentais e orientais, 
além daquelas 
americanas pré-
colombianas.
Representa a transição entre a arquitetura produzida pelo ecletismo e a Art Nouveau para o
Modernismo.
“estilo elegante, funcional e moderno e de estilo simples” 
(VENTURI, 2004, p.330-331)
2. Características estilísticas
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2. Características estilísticas
Como as importantes correntes artísticas que marcaram sua época, 
a Art Déco compartilhava a tendência à abstração:
Anjo - Buenos Aires, Argentina
“de modo que a forma, 
a cor, a linha e o volume 
adquiriram importância 
por si próprios e se 
supunha que os 
sentimentos e 
sensibilidade do artista 
se refletiriam mediante 
a manipulação dessas 
variáveis flexíveis.”
(LEMME, 1997, p. 27) 
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2. Características estilísticas
O que a Art Déco 
ensinava, e o público 
aprendeu, foi a 
audácia do design.
Se as cores tinham que 
se brilhantes, o eram 
até o
deslumbramento, se as 
linhas deviam ser 
nítidas, eram tão 
austeras e duras como 
a escadaria de um 
templo. 
O óbvio podia ser 
elegante.
(LEMME, 1997, p. 34). 
The Strand Palace Hotel, London 1930-31
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2. Características estilísticas
Na arquitetura mundo a fora
• Tentativa de racionalização dos volumes e dos 
elementos de ornamentação, ainda que 
houvessem ornamentações pontuais e com 
materiais que representassem modernidade e 
que os volumes seguisse a composição clássica 
– embasamento, corpo principal e 
coroamento.
• Uso do concreto armado - O aprimoramento 
das tecnologias construtivas permite grandes 
vãos e e uma verticalização mais acentuada;
• Valorização das esquinas
• Acessos destacados do corpo principal da obra
• Geometrização
• Articulação e escalonamento de planos;
Buffalo Central Terminal railroad station
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2. Características estilísticas
Na arquitetura
Os seguidores do Art Déco admiravam e incorporaram na sua estéticaas formas geométricas e retilíneas das 
produções dos representantes do Art Nouveau tardio, como 
Charles Rennie Mackintosh e Josef Hoffmann (DEMPSEY, 2003, p. 135). 
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2. Características estilísticas
Na arquitetura mundo a fora
Produto de uma visão compartilhada por várias 
esferas artísticas, a Art Déco é nascido do ímpeto 
dirigindo artistas franceses:
Arquitetos: Henri Sauvage, Robert Mallet-
Stevens, Roger-Henri e Pierre Patout
Designers: André Vera, Louis Sue, André Mare 
e Jacques-Émile Ruhlmann
Estilistas: Paul Poiret e Jean Patou
Escultores: Martel, Janniot e Sarrabezolles
Nos EUA
Arquitetos: William Van Alen; Shreve, Lamb e 
Harmon arquitetos associados
Apartamentos - 163 boulevard de l'Hôpital (1909) - Henri Sauvage (1873 -1932) 
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2. Características estilísticas
Na arquitetura mundo a fora
Henri Sauvage (1873 -1932) 
Metropolis, Paris, França, 1928 [projeto]
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2. Características estilísticas
Na arquitetura mundo a fora
William Van Alen
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2. Características estilísticas
Na arquitetura mundo a fora
Los Angeles
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2. Características estilísticas
Na arquitetura do Brasil 
As principais características são as linhas geométricas, privilegiando a 
aerodinâmica, e inspiradas por diversas culturas antigas, como a Grécia, o 
Egito, entre outras, e no caso brasileiro a Cultura Marajoara (400-1400).
Conde e Almada (2000, p.10-14) interpretam esse intercâmbio com os
motivos marajoara, no Brasil, como o uma espécie de “aclimatação” do 
estilo ao debate cultural em que estava mergulhado o país: 
ao encontrar a forte corrente nacionalista dos grupos 
Nativistas, que se manifestavam em todos os campos da arte, 
de inspiração indigenista baseada nos motivos decorativos 
geométricos e labirínticos da cerâmica dos índios da Ilha de 
Marajó, no Pará, cuja cultura era anterior à chegada dos 
portugueses. 
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2. Características estilísticas
Na arquitetura do Brasil 
Segawa (1998, p.61) atribui essa “invenção” ao pintor 
Theodoro Braga, estudioso dos motivos da cerâmica da 
Ilha de Marajó, onde nasceu e que, no início da década de 
1930 do século XX considerava que a saída para a arte 
brasileira seria mirar-se na experiência de nossos vizinhos 
latinoamericanos que adotavam desenhos pré-hispânicos 
como ornamentação.
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2. Características estilísticas
Na arquitetura do Brasil 
Antonio Garcia Moya
“[...] a inspiração pré-
colombiana, sobretudo 
como elemento decorativo, 
em outros trabalhos o seu 
“espanholismo” se acentua 
nas arcadas e pátios, na 
decoração bastante 
cenográfica, o elemento 
geométrico passando 
também a inspirar-se em 
estilizações de motivos 
indígenas.”
(AMARAL, 1979. P. 152.)
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2. Características estilísticas
Na arquitetura do Brasil 
1. composição de matriz clássica: simétrica/axial, com acesso centralizado ou valorizando a esquina, 
tripartite em base, corpo e coroamento escalonado;
2. predominância de cheios sobre vazios, geometrização, planos verticais e horizontas bem definidos e 
contrastados, linguagem formal tende a abstração, contenção expressiva dos ornamentos;
3. articulação/integração entre arquitetura, interiores e design, 
4. valorização dos acessos e portarias;
5. estruturas em concreto armado, embasamento em materiais nobres, janelas tipo copacabana, 
mescla de técnicas modernas e artesanais;
6. plantas flexíveis 
7. iluminação cenográfica.
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2. Características estilísticas
Na arquitetura do Brasil 
Roberto Lacombe e Flávio Barbosa. Projeto de 
Residência Marajoara, 1939. (Fonte: Guia da 
Arquitetura Art Déco no Rio de Janeiro)
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2. Características estilísticas
Na arquitetura do Brasil 
PROTOMODERNISMO 
• Alguns autores nacionais mobilizaram o adjetivo protomoderna para designar determinadas construções – que 
outros associam a Art Déco
• O termo foi proposto inicialmente no artigo Protomodernismo em Copacabana, publicado em 1988, para definir 
uma produção arquitetônica realizada nas décadas de 1930 e 1940, de características mais ou menos homogêneas, 
articulando elementos que, para os autores, permitem considerar os prédios "ao mesmo tempo clássicos e 
modernos“
• O adjetivo protomoderno foi retomado posteriormente em estudo acerca de uma produção de arquitetura com 
características semelhantes à investigada pelos pesquisadores cariocas, produzida no Recife entre 1930 e 1955. 
• Outras pesquisas realizadas sobre a arquitetura desde período usam:
• "iniciativas modernizantes". 
• "arquitetura modernizante de orientação racionalista" 
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2. Características estilísticas
Na arquitetura do Brasil 
PROTOMODERNISMO 
• Em vez de um divisor de águas, o Art Déco se classificaria entre as últimas manifestações do Ecletismo ao mesmo 
tempo que se enquadraria entre as primeiras expressões do Movimento Moderno, o que explicaria seu caráter 
ambíguo.
• Seriam, portanto, protomodernas:
• Obras ditas “utilitárias”, sem filiação estilística acadêmica, em especial: obras em ferro; 
obras industriais; depósitos e armazéns comerciais ou portuários; e silos e galpões 
rurais. 
• Obras Art Déco e sua variante Marajoara; 
• Obras pioneiras isoladas, referenciadas principalmetne à tradição racionalista alemã, 
entre as quais as casas modernistas de Warchavchik (a partir de 1927), o Albergue da 
Boa Vontade, de Reidy (1931), o Edifício Morro de Santo Antônio, de Marcelo Roberto 
(1929), a residência do arquiteto F. Kirchgässner (1930), em Curitiba, e a obra pouco 
conhecida de Julio de Abreu Junior (após 1927); e 
• Obras derivadas das visitas de Le Corbusier ao Brasil, corrente essa que se tornaria 
hegemônica após 1936, obscurecendo as demais contribuições
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2. Características estilísticas
Na arquitetura do Brasil 
PROTOMODERNISMO 
QUESTIONAMENTO: 
não estarem definidas de forma autônoma, mas em relação à "arquitetura moderna". 
No caso da expressão protomoderna, outra dificuldade colocada diz respeito ao fato de que, ao contrário do 
que a palavra sugere, não se trata de uma arquitetura que se desenvolveu anteriormente à moderna, mas 
sim de forma simultânea a esta, durante algumas décadas
Art Déco 
– apesar de suas limitações – ainda se coloca como o termo mais
apropriado e abrangente para categorizar uma determinada tendência de
arquitetura que se difunde no país entre a década de 1930 e meados dos
anos 1950, na medida em que dá conta de características relevantes dessa
produção e está claramente vinculado a um período específico.
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2. Características estilísticas
Na arquitetura do Brasil 
3. Adaptaçôes
brasileiras
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3. Adaptaçôes brasileiras
RIO DE JANEIRO
RIO DE JANEIRO
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3. Adaptaçôes brasileiras
PLANO AGACHE
Donat Alfred Agache (1875 - 1959)
Arquiteto francês diplomado pela École des Beaux-Arts de Paris em 
1905. É fundador da Sociedade Francesa de Urbanistas, tendo sido 
secretário-geral até o período entre guerras. Alguns lhe atribuem a 
criação do vocábulo urbanismo.
Em 1927 é convidado para uma série de conferências sobre urbanismo 
no Rio de Janeiro, que culminam com sua contratação no ano seguinte 
para elaboração de um plano urbanístico para a cidade.
A partir de 1939, em seu exílio permanente no Rio de Janeiro, atua 
como consultor em matéria de urbanismo e elabora projetos para Porto 
Alegre, Goiânia, Curitiba, Campos, Cabo Frio, Araruama, Atafona, S. João 
da Barra, Petrópolis, Vitória, São Paulo e Araxá.
RIO DE JANEIRO
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3. Adaptaçôes brasileiras
PLANO AGACHE
• foi a primeira proposta de intervenção 
urbanística na cidade do Rio de Janeiro com 
preocupações genuinamente modernas. 
• Concluído em 1930, introduziu no cenário 
nacional algumas questões típicas da cidade 
industrial, tais como o planejamento do 
transporte de massas e do abastecimento de 
águas, a habitação operária e o crescimento das 
favelas. 
• Além disso, com discussões emergentes que iam 
desde a necessidade de um zoneamento para a 
cidade até a delimitação de áreas verdes, 
ultrapassou os limites do Academicismo das 
intervenções predecessoras de Pereira Passos e 
Paulo de Frontin.
RIO DE JANEIRO
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3. Adaptaçôes brasileiras
PLANO AGACHE
Fonte: PREFEITURA DO DISTRICTO FEDERAL; AGACHE, A. Cidade do Rio de Janeiro: Extensão- Remodelação-Embellezamento. Paris: Foyer Brésilien, 1930. Disponível em http://planourbano.rio.rj.gov.br
RIO DE JANEIRO
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3. Adaptaçôes brasileiras
PLANO AGACHE
Fonte: PREFEITURA DO DISTRICTO FEDERAL; AGACHE, A. Cidade do Rio de Janeiro: Extensão- Remodelação-Embellezamento. Paris: Foyer Brésilien, 1930. Disponível em http://planourbano.rio.rj.gov.br
• Uma das principais premissas do plano era a 
concentração dos fluxos na região central e 
segregação/distribuição destes nas regiões mais 
periféricas (subúrbios e "cidades satélites"). 
• Destacaria a preocupação em ligar o Rio de Janeiro de 
forma eficiente à Petrópolis e São Paulo, além de já 
mencionar uma ligação do centro do Rio com o centro de 
Niterói (o que, até hoje, se discute-se, agora via metrô).
• Observem a existência da Av. do Mangue, hoje 
conhecida como Av. Pres. Vargas (com algumas 
modificações), como principal eixo captador e 
concentrador dos fluxos Norte e Oeste, e a melhor 
distribuição de ligações do centro com a Zona Sul da 
cidade (o plano, inclusive, já previa o embrião do túnel 
Rebouças).
RIO DE JANEIRO
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3. Adaptaçôes brasileiras
PLANO AGACHE
• Pensando de maneira orgânica e global o 
espaço, a arquitetura essencialmente 
cosmopolita do Art Déco deu o tom para a 
estrutura urbana proposta. 
• O tratamento volumétrico moderno das 
suas composições com a predominância de 
cheios sobre vazios e a composição com 
linhas e planos serviram para Alfred Agache 
pensar a cidade como arquitetura, com 
estruturas urbanas orientadas pela forma 
dos edifícios, moldando espaços públicos, 
ruas, quadras e galerias.
Fonte: PREFEITURA DO DISTRICTO FEDERAL; AGACHE, A. Cidade do Rio de Janeiro: Extensão- Remodelação-Embellezamento. Paris: Foyer Brésilien, 1930. Disponível em http://planourbano.rio.rj.gov.br
RIO DE JANEIRO
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3. Adaptaçôes brasileiras
PLANO AGACHE
Um dos pontos mais marcantes do Plano Agache era a Praça 
Monumental, no atual Aterro do Flamengo (próximo ao monumento 
dos Pracinhas). 
RIO DE JANEIRO
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3. Adaptaçôes brasileiras
PLANO AGACHE
Metropolitano e 
Transporte Rápido
O plano era bem ousado e 
completo, previa uma 
rede extensa, desfazia 
gargalos e aliviava trechos 
críticos do sistema de 
transportes. Sua principal 
preocupação foi segregar 
o fluxo dos passageiros de 
longo percurso 
(intermunicipais e 
interestaduais) dos de 
carga e dos fluxos 
suburbanos e 
metropolitanos. 
Fonte: PREFEITURA DO DISTRICTO FEDERAL; AGACHE, A. Cidade do Rio de Janeiro: Extensão- Remodelação-Embellezamento. Paris: Foyer Brésilien, 1930. Disponível em http://planourbano.rio.rj.gov.br
RIO DE JANEIRO
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3. Adaptaçôes brasileiras
PLANO AGACHE
Fonte: PREFEITURA DO DISTRICTO FEDERAL; AGACHE, A. Cidade do Rio de Janeiro: Extensão- Remodelação-Embellezamento. Paris: Foyer Brésilien, 1930. Disponível em http://planourbano.rio.rj.gov.br
Agache entregou seu plano 
em 1930, mas a instabilidade 
política interrompeu sua 
implementação e, em 1934, 
foi arquivado. 
Anos depois, no entanto, os 
prédios construídos entre a 
Avenida Rio Branco e a 
Avenida Presidente Antônio 
Carlos seguiram a proposta de 
Agache. 
RIO DE JANEIRO
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3. Adaptaçôes brasileiras
PLANO AGACHE
Fonte: PREFEITURA DO DISTRICTO FEDERAL; AGACHE, A. Cidade do Rio de Janeiro: Extensão- Remodelação-Embellezamento. Paris: Foyer Brésilien, 1930. Disponível em http://planourbano.rio.rj.gov.br
RIO DE JANEIRO
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3. Adaptaçôes brasileiras
PLANO AGACHE
Fonte: PREFEITURA DO DISTRICTO FEDERAL; AGACHE, A. Cidade do Rio de Janeiro: Extensão- Remodelação-Embellezamento. Paris: Foyer Brésilien, 1930. Disponível em http://planourbano.rio.rj.gov.br
RIO DE JANEIRO
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3. Adaptaçôes brasileiras
PLANO AGACHE
Fonte: PREFEITURA DO DISTRICTO FEDERAL; AGACHE, A. Cidade do Rio de Janeiro: Extensão- Remodelação-Embellezamento. Paris: Foyer Brésilien, 1930. Disponível em http://planourbano.rio.rj.gov.br
RIO DE JANEIRO
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3. Adaptaçôes brasileiras
PLANO AGACHE
Fonte: PREFEITURA DO DISTRICTO FEDERAL; AGACHE, A. Cidade do Rio de Janeiro: Extensão- Remodelação-Embellezamento. Paris: Foyer Brésilien, 1930. Disponível em http://planourbano.rio.rj.gov.br
RIO DE JANEIRO
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- ART DÉCO NO BRASIL - PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
3. Adaptaçôes brasileiras
Estátua do Cristo Redentor
• Maior estátua Art Déco do mundo com 38 metros de altura se 
encontra no Morro do Corcovado.
• Foi construído entre 1926 e 1931. 
• Projeto de Hector da Silva Costa, Paul Landowski e Lelio
Landucci. 
• Foi projetado para ser apreciado a curta, média e longa 
distância, tanto do mirante que o cerca como do alto mar. 
• A linguagem Art Déco se adequa perfeitamente a essa 
intenção, ao se concentrar na definição dos grandes volumes e 
planos, simplificando e reduzindo só detalhes a sua expressão 
mais simples.
RIO DE JANEIRO
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3. Adaptaçôes brasileiras
edifício “A Noite” 
RIO DE JANEIRO
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3. Adaptaçôes brasileiras
edifício “A Noite” (1927-29) 
RIO DE JANEIRO
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3. Adaptaçôes brasileiras
edifício “A Noite” (1927-29) 
Inaugurado em 1929, o edifício foi levantado numa das extremidades da 
Avenida Rio Branco, na altura da Praça Mauá, próximo ao Porto do Rio. 
A construção, iniciada em 1927, foi um projeto do arquiteto francês Joseph 
Gire – também responsável pelo Hotel Copacabana Palace – e do brasileiro 
Elisário Bahiana.
Durante a obra foi utilizada a nova tecnologia do concreto armado, dando 
grande impulso à engenharia praticada no Brasil daquele período.
A estrutura de 22 andares e uma altura de 102 metros – o que corresponde 
a 30 andares de um edifício atual – foi calculada por Emílio Henrique 
Baumgart, engenheiro que posteriormente se tornou responsável pelo 
Ministério da Educação e Cultura. Até os anos 1930, foi considerado o 
prédio mais alto da América Latina, até ser ultrapassado pelo Martinelli, que 
fica em São Paulo e foi inaugurado em 1934.
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3. Adaptaçôes brasileiras
edifício “A Noite” (1927-29) 
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Estação D. Pedro II -Central do Brasil (1937)
Estilo aerodinâmico, com alas baixas e alta 
torre de acabamento escalonado.
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Palácio Duque de Caxias - Ministério da Guerra, Christiano Stockler das 
Neves: 1935.
Composto pela interseção de dois 
grandes volumes contrastantes, 
um horizontal e outro vertical, o 
edifício marca enfaticamente uma 
centralidade e domina o espaço ao 
seu redor. A fachada principal, 
simétrica, tem no volume vertical o 
elemento dominante que organiza 
volumétrica e funcionalmente a 
composição. Sua subdivisão, de 
inspiração clássica, é bem definida: 
embasamento revestido em 
mármore com acesso em pórtico, 
corpo em argamassa e torreão de 
comando com coroamento 
escalonado (CONDE; ALMADA, 
2000, p.28). 
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3. Adaptaçôes brasileiras
Palácio Duque de Caxias - Ministério da Guerra, Christiano Stockler das 
Neves: 1935.
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3. Adaptaçôes brasileiras
Cassino Atlântico em Copacabana (década de 1930)
http://www.artdecoriodejaneiro.com/
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3. Adaptaçôes brasileiras
Cassino Atlântico em Copacabana (década de 1930)
http://www.artdecoriodejaneiro.com/
um dos principais ícones Art Déco 
do Rio de Janeiro, demolido na 
década de 1970 para a construção 
do hotel Sofitel e o Shopping 
Cassino Atlântico. 
As linhas do hotel hoje 
propositalmente remetem ao 
cassino.
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Cassino Atlântico em Copacabana (década de 1930)
http://www.artdecoriodejaneiro.com/
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3. Adaptaçôes brasileiras
Teatro Carlos Gomes, 1931, Praça Tiradentes, 
Centro.
• O coroamento em tiara evoca a Art
Déco goticizante dos arranha-céus 
nova-iorquinos.
•
No interior destacam as salas de 
espera com materiais e detalhes da 
época preservados.
•
Volume cilíndrico da esquina ladeado 
por pismas retangulares em balanço.
•
Projeto de Gusmão, Dourado & 
Baldassini.
http://www.artdecoriodejaneiro.com/
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Teatro Carlos Gomes, 1931, Praça Tiradentes, 
Centro.
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Teatro Carlos Gomes, 1931, Praça Tiradentes, 
Centro.
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Cine Ipanema - 1934. projeto de Rafael Galvão.
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Cine Ipanema - 1934. projeto de Rafael Galvão.
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Cine Ipanema - 1934. projeto de Rafael Galvão.
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Casa Marajoara, rua Prudente de Morais 
814, Ipanema.
Sob os vãos de janelas se destacam 
faixas trabalhadas em baixo relevo, com 
motivos que nos remetem a um 
grafismo de espírito marajoara, podendo 
esse prédio ser classificado como um 
exemplar singular do “art-decó”, que 
utilizou os grafismos dessa arte gráfica 
indígena.
http://www.artdecoriodejaneiro.com/casa-marajoara-ipanema/
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Edifício GUAHY – Rua Ronald de Carvalho 181, Copacabana - Ricardo Buffa (1932) 
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Edifício GUAHY – Rua Ronald de Carvalho 181, Copacabana - Ricardo Buffa (1932) 
A varanda e o gradil geométricos, com as frisas verticais são o destaque.
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Edifício GUAHY – Rua Ronald de Carvalho 181, Copacabana - Ricardo Buffa (1932) 
fachada trabalhada em planos chanfrados, quando o plano é vertical, os 
chanfros aplicam-se as lajes dos balcões entalados, determinando-lhes a forma 
serrilhada
quando o plano é horizontal, os chanfros irradiam-se por todo o embasamento 
a partir das arquivoltas do plano de acesso.
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Edifício Ipu - Rua Russel 496, na Glória (1935) Ari Leon Rey e Floriano Brilhante
Tem janelas que lembram escotilhas, e varandas arredondadas, representando 
deques de transatlânticos.
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Edifício Biarritz (1940/45) Henri Sajous - Praia do Flamengo 268 – Flamengo
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Edifício Biarritz (1940/45) Henri Sajous - Praia do Flamengo 268 – Flamengo
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Edifício Biarritz (1940/45) Henri Sajous - Praia do Flamengo 268 – Flamengo
INFLUÊNCIA FRANCESA
especial para o requinte do 
detalhamento, que apresenta 
um delicado perfil dos balcões
abaulados com arremates e 
frisos vincados na argamassa.
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Edifício Biarritz (1940/45) Henri Sajous - Praia do Flamengo 268 – Flamengo
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Edifício Itahy (1932) avenida Nossa Senhora de Copacabana, 252.
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Edifício Itahy (1932) avenida Nossa Senhora de Copacabana, 252.
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3. Adaptaçôes brasileiras
Edifício Itaoca (1943)— rua Duvivier, 43,Copacabana
tem nove andares e 48 apartamentos. 
No último piso, há 52 quartos para 
empregados — um para cada apartamento e 
quatro para uso do edifício. 
Na fachada, há vários muiraquitãs, um 
talismã amazonense.
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Edifício Itaoca (1943)— rua Duvivier, 43,Copacabana
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Edifícios Hicatú e Itaiúba, 1933, Rua Senador Euzébio, 6-10, Flamengo, de Raphael Borges Dutra
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Edifícios Hicatú e Itaiúba, 1933, Rua Senador Euzébio, 6-10, Flamengo, de Raphael Borges Dutra
Estes edifícios 
gêmeos tem 
como 
características 
sua delicadeza 
de proporções, 
o fino 
tratamento do 
embasamento e
coroamento 
frisados, a 
elegância dos 
balcões 
abaulados.
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Edifícios Hicatú e Itaiúba, 1933, Rua Senador Euzébio, 6-10, Flamengo, de Raphael Borges Dutra
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Residência Villiot, de 1929, Rua Sá Ferreira, 80, Copacabana, de Antonio Virzi, Jayme Machado e Umberto Kaulino
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Residência Villiot, de 1929, Rua Sá Ferreira, 80, Copacabana, de Antonio Virzi, Jayme Machado e Umberto Kaulino
um dos últimos projetos do arquiteto antonio virzi, que evoluiu de 
um art nouveau para uma geometrização expressionista de linhas art
déco e orgânicas.
revestimento em pedras, a inexistência de janelas, tal como 
normalmente entendidas, o ocultamento do acesso principal, os 
volumes interpenetrantes, a decoração geometrizada, a iluminação 
por domos zenitais, a cobertura em lajes de patamares 
descrescentes fazem da “casa sem janelas” uma das mais avançadas
propostas arquitetônicas da década de 1920.
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Residência Villiot, de 1929, Rua Sá Ferreira, 80, Copacabana, de Antonio Virzi, Jayme Machado e Umberto Kaulino
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3. Adaptaçôes brasileiras
Igreja de Santa Terezinha
1935, Av. Lauro Sodré, 83, Botafogo, de Archimedes Memória e Francisque Cuchet
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Igreja de Santa Terezinha
1935, Av. Lauro Sodré, 83, Botafogo, de Archimedes Memória e Francisque Cuchet
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Igreja de Santa Terezinha
1935, Av. Lauro Sodré, 83, Botafogo, de Archimedes Memória e Francisque Cuchet
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3. Adaptaçôes brasileiras
O prédio da Fábrica Ypu, em Nova 
Friburgo, segue um vocabulário art
déco que se repete em fábricas 
construídas no estado de São Paulo, 
tratadas mais adiante. 
Trata-se de uma composição 
dominada por uma torre central, 
cuja verticalidade é reforçada por 
linhas verticais em relevo, que 
contrastam com as linhas 
horizontais dos dois blocos laterais. 
A torre central demarca o acesso 
principal – sublinhado por marquise 
sobre o portão – e ostenta o nome 
da empresa; e, no alto – dominando 
a composição –, um grande relógio.
CORREIA, 2008
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3. Adaptaçôes brasileiras
SÃO PAULO 
SÃO PAULO
Victor Dubugras (1868 - 1933) 
Estação de Mayrink (Mairinque)
Construída ao longo do eixo 
ferroviário, a estação possui um 
corpo central mais elevado, 
estruturado por abóbadas de 
concreto apoiadas em quatro torres, 
e dois corpos laterais simétricos, mais 
baixos, formados por lajes planas 
nervuradas de concreto, sustentadas 
em pilares de ferro revestidos de 
concreto. 
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3. Adaptaçôes brasileiras
Victor Dubugras (1868 - 1933) 
Estação de Mayrink (Mairinque)
• Importância do contexto da cafeicultura.
• As ferrovias possibilitavam os negócios e 
escoavam a produção.
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SÃO PAULO
3. Adaptaçôes brasileiras
A produção de edifícios ligados à expansão da 
malha ferroviária, além de constituir tipologias 
arquitetônicas e construtivas próprias e de 
desencadear o desenvolvimento urbano e 
econômico das principais cidades do interior do 
Estado de São Paulo, foi também responsável pela 
assimilação de processos técnico-construtivos 
inovadores, utilizados tanto na Europa como nos 
Estados Unidos, no transcorrer do século XIX e 
início do século XX. (CORRÊA, 2009)
Victor Dubugras (1868 - 1933) 
Estação de Mayrink (Mairinque)
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Victor Dubugras (1868 - 1933) 
Estação de Mayrink (Mairinque)
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SÃO PAULO
3. Adaptaçôes brasileiras
“A prática da arquitetura moderna começa, então, 
pelo uso de uma nova tecnologia atendendo a um 
novo programa e, aos poucos, os demais 
condicionantes vão sendo atendidos com outros 
recursos ou enfoques. Assim não será muito fácil a 
gente determinar com exata precisão quais foram as 
primeiras obras arquitetônicas modernas brasileiras, 
ou pelo menos tendentes à modernidade mercê do 
uso racional da nova tecnologia. Cremos que a 
primeira manifestação moderna de arquitetura 
tenha ocorrido entre nós através de algumas 
obras, ou projetos, do arquiteto franco-
argentino Victor Dubugras (1868 – 1933). 
Dentro de seu ecletismo pelas conveniências do 
momento, em certas ocasiões, tinha lampejos 
personalistas de extremo bom senso como se 
percebe na sua estação da Estrada de Ferro 
Sorocabana em Mairinque, de 1907” 
(LEMOS, Carlos A. C. Arquitetura Contemporânea. In: ZANINI, Walter. 
(org.). História geral da arte no Brasil. São Paulo: Instituto Walther 
Moreira Salles, 1983, v.2, p.827.)
Victor Dubugras (1868 - 1933) 
Estação de Mayrink (Mairinque)
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SÃO PAULO
3. Adaptaçôes brasileiras
“[...] quando vemos pela 
primeira vez o concreto 
armado empregado 
dentro de sua 
potencialidade plásticanas marquises 
atirantadas, nos torrões, 
nos vãos, nos espaços 
abrigados, segundo 
cálculos estruturais 
corretos e atendendo a 
um programa ferroviário 
que, se não era novo, 
era ligado a uma recente 
vida na região até 
praticamente aqueles 
dias vinculada ao mundo 
de transporte pelas 
tropas e ao comércio de 
muares na célebre feira 
de Sorocaba ali próxima” 
(LEMOS, Carlos A. C. Arquitetura 
Contemporânea. In: ZANINI, 
Walter. (org.). História geral da 
arte no Brasil. São Paulo: Instituto 
Walther Moreira Salles, 1983, v.2, 
p.827.)
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Victor Dubugras (1868 - 1933) 
Estação de Mayrink (Mairinque)
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3. Adaptaçôes brasileiras
A marquise metálica das plataformas que circundam o edifício é suportada por tirantes fixados na estrutura principal. 
Didaticamente à mostra, a estrutura se integra perfeitamente à arquitetura, o mesmo ocorrendo com projeto pioneiro 
das divisórias dos guichês da estação, concebido em estrutura modulada de aço, placas de concreto e vidro.
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Victor Dubugras (1868 - 1933) 
Estação de Mayrink (Mairinque)
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Victor Dubugras (1868 - 1933) 
Estação de Mayrink (Mairinque)
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3. Adaptaçôes brasileiras
Concurso para o Restauro da Estação 
Ferroviária de Mairinque 
Autores : Cesar Shundi Iwamizu, Eduardo Pereira Gurian e Helena Ayoub Silva Colaboradores: Alexis 
Arbelo, Fábio Onuki, Gustavo Kerr, Luísa Amoroso, Thomas Ho, André Ariza, André Vitiello, Flávia 
Falcetta, Valéria Waligora
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Victor Dubugras (1868 - 1933) 
Estação de Mayrink (Mairinque)
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Concurso para o Restauro da Estação 
Ferroviária de Mairinque 
Autores : Cesar Shundi Iwamizu, Eduardo Pereira Gurian e Helena Ayoub Silva Colaboradores: Alexis 
Arbelo, Fábio Onuki, Gustavo Kerr, Luísa Amoroso, Thomas Ho, André Ariza, André Vitiello, Flávia 
Falcetta, Valéria Waligora
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Victor Dubugras (1868 - 1933) 
Estação de Mayrink (Mairinque)
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Concurso para o Restauro da Estação 
Ferroviária de Mairinque 
Autores : Cesar Shundi Iwamizu, Eduardo Pereira Gurian e Helena Ayoub Silva Colaboradores: Alexis 
Arbelo, Fábio Onuki, Gustavo Kerr, Luísa Amoroso, Thomas Ho, André Ariza, André Vitiello, Flávia 
Falcetta, Valéria Waligora
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ESTÁDIO DO PACAEMBÚ
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Edifício Altino Arantes - Banespa
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Construído a partir de 1939 pelo interventor federal Ademar Pereira 
de Barros para sediar o Banco do Estado de São Paulo (que ocupou o 
prédio até 2001[5]) e inaugurado oito anos depois, em 27 de junho de 
1947, também por Ademar de Barros, quando ele já era governador de 
São Paulo, foi durante mais de uma década o mais alto da cidade, até 
ser superado pelo Mirante do Vale, em 1960
O edifício foi inspirado na arquitetura art decó do Empire State
Building, em Nova Iorque. 
Com 35 andares e 161 metros de altura, foi considerada a maior 
construção de concreto armado do mundo. 
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Edifício Altino Arantes - Banespa
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Edifício Altino Arantes - Banespa
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Biblioteca Mário de Andrade
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3. Adaptaçôes brasileiras
Projetado pelo arquiteto francês Jacques Pilon, 
em 1935, o prédio da Biblioteca Mário de 
Andrade foi concluído em 1942, passando por 
reformas em 1973 e 1991. 
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Início do processo de verticalização
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3. Adaptaçôes brasileiras
• as características projetuais dos primeiros edifícios residenciais 
paulistanos atendem à lógica subjacente à própria verticalização da cidade 
- isto é, a de auferir lucros mediante a multiplicação do solo urbano.
• a possibilidade de realização de edifícios em altura depende do domínio 
de uma tecnologia apropriada que foi o concreto armado
• Trata-se quase invariavelmente de estruturas em pilar e viga, calculadas 
sem grandes ousadias, vedadas em tijolos e associadas a lajes planas - que 
constituem os pisos dos edifícios -, sem qualquer preocupação de 
configurar plantas-livres. 
• Deve-se lembrar que, no período em questão, a produção brasileira de 
cimento era insuficiente para atender à demanda do setor de construção 
civil, o que encarecia bastante o seu custo
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Início do processo de verticalização
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Início do processo de verticalização
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3. Adaptaçôes brasileiras
Alguns poucos edifícios 
foram projetados com 
equipamentos coletivos, 
mas sabemos que tais 
hábitos não chegaram a 
implantar-se com sucesso 
na cidade - talvez por 
serem associados aos 
tanques, latrinas e 
cozinhas coletivos, típicos 
dos cortiços do início do 
século. É o caso do Edifício 
João Alfredo (rua das 
Palmeiras 107), que foi 
projetado com lavanderia 
coletiva, conforme 
publicado em Acrópole
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Edifício São Luiz (rua São Luís esquina com avenida Ipiranga) - Jacques 
Pilon
- provavelmente por se tratar de um edifício destinado a uma 
clientela abastada, o arquiteto - justamente ele, por vezes 
considerado um dos pioneiros da arquitetura moderna em São 
Paulo - não hesitou em adotar um estilo classicizante afrancesado 
na composição, em flagrante oposição à arquitetura comercial que 
ele vinha praticando no centro de São Paulo. 
- Pilon demonstra, dessa forma, uma espécie de conveniente adesão 
aos princípios do ecletismo tipológico, ao diferenciar claramente a 
arquitetura dos edifícios de escritórios que construía então no 
centro de São Paulo de suas obras residenciais, para as quais 
preconizava uma arquitetura de 'estilo'.
- Parece ter inaugurado, portanto, a onda de edifícios residenciais 
neoclássicos que até hoje assola a cidade, atendendo a um gosto 
mais conservador e ansioso pelo requinte capaz de afastar 
definitivamente o fantasma dos "cortiços de luxo"
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Início do processo de verticalização
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Edifício Columbus, construído em 1934
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GOIÂNIA 
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• Atttílio Corrêa Lima foi convidado pelo interventor federal 
de Goiás, Pedro Ludovico Teixeira, para fazer o Plano 
Urbanístico da Nova Capital do Estado, Goiânia. Mas não 
concluiu o trabalho: em 1935, abandonou o plano, quando 
concluiu que a empreiteira responsável, estava 
comprometida com interesses especulativos.
• No plano urbanístico original, previu-se a divisão em zonas e 
subzonas de atividades, parques com a finalidade de 
preservar as matas ciliares, zonas de esportes e 
divertimentos, zona universitária, espaços de lazer e 
divertimento.
• Influenciado pelo conceito de Cidade Jardim, notabilizou-se 
por integrar arquitetura e planejamento urbano, baseando-
se em estudos sobre a origem e o desenvolvimento das 
cidades brasileiras.
GOIÂNIA
3. Adaptaçôes brasileiras
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Projeto para Goiânia (d. 1930)
GOIÂNIA
3. Adaptaçôes brasileiras
• Godoy previu no novo plano para o Setor 
Sul uma separação profunda entre o 
tráfego e as áreas destinadas à 
moradia, sendo esse particular que 
possibilita a distinção entre o acesso de 
serviço e o acesso social
• Godoy insistiu na adoção da cidade-
jardim apostando na distinção entre a 
cidade antiga e a cidade moderna, em 
sua ação civilizadora e econômica.
• Os construtores Coimbra Bueno 
adotaram, ao menos no discurso, a ideia 
defendida por Godoy da expansão de 
Goiânia através das cidades satélites
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Projeto para Goiânia (d. 1930) - Atílio Correia Lima 
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3. Adaptaçôes brasileiras
projeto final foi alterado por Armando de Godói, engenheiro 
carioca que assumiu o projeto em 1935 quando Attílio morreu 
num acidente de avião.
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3. Adaptaçôes brasileiras
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Palácio das Esmeraldas - Atílio Correia Lima, 1937. 
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Coreto da Praça Cívica (1942)
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Grande Hotel (1937)
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Grande Hotel (1937)
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Edifício da antiga Chefatura de Polícia, atual Procuradoria Geral do Estado (1937)
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Antigo Departamento Estadual de Informação, atual Museu Zoroastro Artiaga
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Antiga residência de Pedro Ludovico Teixeira, hoje Museu
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Teatro Goiânia - Jorge Félix (1942)
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Edifício da antiga Estação Ferroviária (1950)
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MINAS GERAIS
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Prefeitura Municipal de Belo Horizonte 
Rafaello Alberti, 1935. 
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ETC - Juiz de Fora
Os edifícios das 
Agências de Correios 
foram modelos que 
se disseminaram em 
várias capitais 
brasileiras nesse 
período, 
demonstrando a 
clara intenção do 
governo Vargas de 
uniformizar as 
construções 
públicas, e expressar 
a coesão e uma 
imagem homogênea 
e centralizadora do 
governo.
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Juiz de Fora
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alguns elementos de gosto déco se fazem presente em Gouveia, no núcleo 
fabril erguido pela Companhia Industrial São Roberto a partir de 1932, 
onde eles surgem em instalações fabris e em equipamentos de uso coletivo 
(alguns dotados de marquises e de faixas paralelas em alto relevo verticais 
e/ou horizontais) bem como em moradias (algumas com frontões e ornatos 
escalonados)
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SUL
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Sul
Frederico Kirchgässner
É o criador da primeira 
"casa modernista", 
construída em 1930, que 
fica na esquina das ruas 
Jaime Reis e Portugal, no 
bairro São Francisco, em 
Curitiba.
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Sul – Curitiba
O Interventor do Paraná, Manoel Ribas (1937-45), 
em 1940, para resolver os problemas estruturais de 
Curitiba, na época com 120.000 habitantes, e 
preparar a capital para os festejos dos seus 250 
anos, contratou a firma de engenharia Coimbra 
Bueno & Cia. Ltda, que participara das obras da 
construção da capital do estado de Goiás, Goiânia. 
Abelardo e Jeronymo Coimbra Bueno (os “irmãos 
Bueno”, como eram conhecidos) encarregaram ao 
urbanista francês Donat-Alfred Agache a 
elaboração de um plano similar das cidades do Rio 
de Janeiro, de São Paulo, Porto Alegre e de Santos. 
O Plano Agache para Curitiba (1943), como foi 
denominado posteriormente, representou a 
primeira tentativa de ordenação da cidade vista 
como um conjunto.
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Sul – Curitiba
Plano Agache para Curitiba (1943)
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Sul – Curitiba
Plano Agache para Curitiba (1943)
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Sul
Frederico Kirchgässner
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Sul
Frederico Kirchgässner
"segunda" casa modernista, que fica nos 
altos da rua Visconde de Nácar, quase 
esquina com a Manoel Ribas. Foi projetada 
em 1936 para seu irmão, Bernardo 
Kirchgässner,e tem concepção mais simples. 
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Sul
Diretoria 
Regional 
dos 
Correios e 
Telégrafo
Curitiba, 
1934. 
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Sul
Edifício Moreira Garcez
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Sul
Edifício Moreira Garcez
Finalizado em 1933, foi o primeiro 
arranha-céu de Curitiba e abrigou 
importantes símbolos na cidade, 
como o Consulado da Alemanha e o 
Cine Palácio, que compunha a 
cinelândia. A princípio tinha cinco 
pavimentos, mas, na década de 1950, 
três pavimentos a mais já estavam 
finalizados (na época era considerado 
o terceiro maior edifício do Brasil). 
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Sul
Edifício Marumby
Projetado por Romeu Paulo 
da Costa, localizado na Praça 
Santos Andrade e concluído 
em 1948, o Marumby foi o 
primeiro edifício residencial 
da cidade e representa uma 
transição entre o art déco e 
o modernismo. Antes dele, 
os prédios de Curitiba 
abrigavam apenas salas 
comerciais ou hotéis. Entre 
as características art déco 
mais marcantes, está a 
volumetria criada entre as 
sacadas – que parecem 
entrar e sair do prédio – e as 
janelas, como se uma fosse a 
continuação da outra.
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Sul
Edifício Marumby
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Sul
Igreja São Vicente de Paulo
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Sul
Igreja São Vicente de Paulo
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NORTE
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Norte
Empresa Brasileira do Correios e Telégrafos” (1944) – Belém/PA
projeto do engenheiro-arquiteto, ex-diretor da ENBA Archimedes Memória
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Norte
Edifício Dias Paes (1945)- Atual Banpará - Belém/PA
arquiteto Antonio Braga.
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NORDESTE
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Nordeste
Elevador Lacerda (1929)
com 73,50 metros de altura, em 
concreto armado, que faz a ligação 
entre a parte alta e a baixa da 
cidade de Salvador na Bahia 
Rivaliza, no caráter monumental, 
com a estátua do Cristo Redentor, 
construída no Morro do Corcovado 
pela prefeitura do então Distrito 
Federal entre os anos de 1926 e 
1931. 
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Nordeste
Ed. Oceania (1942)
Construído na década de 1930, com materiais trazidos 
da Europa e com influências arquitetônicas art déco, 
cubista e modernista.
Oceania é a maior expressão baiana do uso residencial 
da época. Tem 12 andares, oito pavimentos, cinco 
elevadores e 48 apartamentos com dois, três e quatro 
quartos, todos com vista para o mar. 
A escada em espiral, que liga dois pisos no antigo 
cassino, tem traços da primeira geração do 
modernismo. 
O prédio foi construído durante a 2ª Guerra Mundial -
a obra foi iniciada em 1932 e demorou 10 anos para 
ficar pronta.
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Nordeste
Ed. Oceania (1942)
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Nordeste
Ed. Oceania (1942)
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Nordeste
Recife/PE
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Nordeste
Recife/PE
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Nordeste
Cine Rio Grande - Natal - RN
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Nordeste
Quanto à tipologia dos edifícios desta época, 
explica Ramos (1999) acerca do bairro Petrópolis, 
Natal/RN, que:
a) Volumetria: pode ser simples ou composta por 
interpenetração ou ajuntamento (volumes lado a 
lado).
b) Cobertura: telhados ora aparentes, cobrindo partes 
diversas de uma volumetria complexa, ora encobertos 
por platibandas, quando em volumetrias mais 
simplificadas. Utilização de telha canal.
c) Superfícies: rebocadas e pintadas, com poucos 
exemplares apresentando textura irregular, frisos ou 
imitação de blocos de cimento. Menos decoração 
superficial em relação a linguagem eclética, mas ainda 
apresentando “ornatos retilíneos” (REIS FILHO, 1995: 
p.68). Presença mais freqüente de elementos vazados.
d) Vãos e cercaduras: alguns exemplares apresentam 
cercaduras em argamassa ou cerâmica em volta dos 
vãos das esquadrias. Vergas sempre retas e sem 
molduras decorativas. 
(RAMOS,1999; p. 68 e 69)
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Nordeste
Banco Caixeiral (1954) –
Crato/CE
Foto: Ana Paula Gurgel, 2008
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Nordeste
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Nordeste
Casa – Crato/CE
Casa – Crato/CE
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Nordeste
Biblioteca Municipal 
Felix Araújo – Campina 
Grande/PB
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Nordeste
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Nordeste
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Nordeste
Residência – Caruaru/PE
Foto: Rodrigo Macedo, 
gentilmente cedido por 
Amanda Casé
Igreja do Cristo Rei; 
inaugurada em 1958 
pelo bispo Dom 
Severino Mariano de 
Aguiar – Pesqueira-PE
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Nordeste
Rádio Jornal de 
Garanhuns/PE
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Nordeste
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4. REFERÊNCIAS
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- ART DÉCO NO BRASIL - PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- ART DÉCO NO BRASIL - PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
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