Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
O ESTILO NEOCOLONIAL e a SEMANA DE ARTE DE 1922 A construção de uma tradição artística brasileira DEPARTAMENTO DE TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA - THA DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO PROFª DRª ANA PAULA GURGEL S U M Á R IO ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL Escola Estadual Pedro II, em Belo Horizonte, construída na década de 1920 ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL SUMÁRIO 1. Contextualização 2. Características estilísticas 3. Principais nomes e obras 4. Críticas 5. A semana de Arte Moderna de 1922 6. Referências 3.1 Ricardo Severo 3.2 Victor Dubugras 3.3 José Mariano e os Cariocas 3.4 Lucio Costa 3.5 Neocolonial pelo Brasil C O N T E X T U A L IZ A Ç Ã O 01 ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL Hospital Santo Antonio, da Sociedade Portuguesa de Beneficência – Santos/SP ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 01. Contextualização • Período de transição entre os estilos historicizantes/academicistas e o modernismo ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 01. Contextualização O que foi? Marco inicial Onde e Quando? Origem do termo O movimento em prol da criação de um estilo arquitetônico brasileiro, vertente arquitetônica das vanguardas artísticas e literárias que lutavam contra o academicismo Conferência “A Arte Tradicional no Brasil”, realizada pelo engenheiro civil e arqueólogo português Ricardo Severo na Sociedade de Cultura Artística de São Paulo em 1914 Germinou em São Paulo a partir da atuação do arquiteto Ricardo Severo, na década de 1910, e ganhou força no Rio de Janeiro, nos anos 1920. Foi utilizado na maioria dos países da América Latina, no começo do século XX, para designar aqueles movimentos que pregavam o retorno de uma tradição arquitetônica autenticamente nacional (NATAL, 2009) ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 01. Contextualização Porque em São Paulo? • Sem grandes importâncias no período colonial e que desprezava e destruía os vestígios desse passado • Cidade inteiramente voltada para o presente e o futuro ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 01. Contextualização Porque em São Paulo? Largo da Sé, confluência das ruas 15 de Novembro e Direita, 1912 ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 01. Contextualização Porque em São Paulo? • Entretanto, segundo Bruand (2008) o movimento começou na cidade por causa de dois personagens estrangeiros: o português Ricardo Severo e o francês Victor Dubugras ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 01. Contextualização “A arte tradicional no Brasil” • Ricardo Severo propôs uma arquitetura que concebesse o passado colonial brasileiro como a fonte de uma tradição histórica e artística nacional. • Era contrário ao ecletismo e a art nouveau, em voga nos principais centros urbanos do Brasil, pois os entendia como estilos falsos, plágios desprovidos de tradição local e da identidade nacional. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 01. Contextualização “A arte tradicional no Brasil” “Aqui, a arquitetura teve um cunho estético e um caráter próprio enquanto foi tradicional, muito embora tenham sido humildes os seus princípios; deixou, porém, de ter essa particular expressão artística quando foi cópia de estilos ou de modelos estrangeiros. Readquirirá os foros de arte brasileira, quando se reintegrar no seu meio local e tradicional, mesmo com modelos importados e desde que estes provenham de uma civilização ou raça afim da nossa e se amoldem por completo às condições mesológicas nacionais.” (SEVERO, 1917, p. 419). ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 01. Contextualização “A arte tradicional no Brasil” "Não procurem ver, meus senhores, nesta veneração tradicionalista, diluída em nostálgica poesia do passado, uma manifestação de saudosismo romântico e retrógrado. Com efeito, para criar uma arte que seja nossa e de nosso tempo cumprirá, qualquer que seja a orientação, que não se pesquisem motivos, origens, fontes de inspiração para muito longe de nós próprios, do meio em que decorreu o nosso passado e no qual terá que prosseguir o nosso futuro". (SEVERO, 1917). ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 01. Contextualização “A arte tradicional no Brasil” "Para criar uma arte que seja nossa e do nosso tempo cumprirá (...) que não se pesquisem motivos, origens, fontes de inspiração, para muito longe de nós próprios, do meio em que decorreu o nosso passado e no qual, terá que prosseguir o nosso futuro (...). É necessário, pois, que os jovens arquitetos nacionais dêem princípio a uma nova era de RENASCENÇA BRASILEIRA; a eles ofereço esta lição inicial". (SEVERO, 1917). ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 01. Contextualização A velha escola seria também culpada pela “falta de educação artística” da população “Estamos, pois, diante de um dilema. Ou corrigimos o título da Escola Nacional de Belas Artes, que passaria a se chamar “Escola Francesa de Belas Artes”, ou lhe mudamos radicalmente a orientação. Nesse caso, então, se impõe a criação da cadeira de História da Arte Nacional, destinada a estudar com caráter cronológico as manifestações artísticas observadas no Brasil (...).” (MARIANNO FILHO, 1943, p. 150) ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 01. Contextualização o NEOCOLONIAL reage contra o passado recente olhando para trás. É um revival que se pretende novidade Um paradoxo De acordo com Argan (1977, p. 7), o revival nasce como experiência artística e como redescoberta romântica, e mostra-se até nossos dias não só através da expressão na pintura, na escultura e na arquitetura, como também numa evocação de passados míticos relacionados com construções políticas e ideológicas. tenta combinar o culto à tradição e a especificidade da cultura brasileira ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 01. Contextualização “Decorre daí o interesse pela documentação metódica das antigas construções dos tempos coloniais, interesse que encontra sua origem na exortação do próprio Severo – “examinai todas as coisas” – e que ele mesmo se encarregou de materializar, encomendando a alguns profissionais o registro, em desenhos a bico- de-pena, fotografias e aquarelas, de detalhes construtivos e ornamentais que pudessem se constituir também em material didático, destinado a normatizar as manifestações dos arquitetos que pretendessem seguir o seu apelo em prol do que chamava de “arte tradicional”. Essas encomendas esparsas, que se iniciam em 1914 e se estendem pela década de 1920, estão na origem de vários trabalhos de Alfredo Norfini (1867-1944), Felisberto Ranzini (1881-1976) e principalmente Wasth Rodrigues.” (PINTO JR, 2007) ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 01. Contextualização EMBATE O neocolonial é uma reação de vanguarda ao que era visto como excesso de estrangeirismo eclético na arquitetura que se fazia no Brasil do início do século, porém transmuta-se em resistência ao modernismo calcada ideologicamente no tradicionalismo conservador. ESTILO NEOCOLONIAL-DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 01. Contextualização O movimento tradicionalista e a Exposição Comemorativa do Centenário da Independência, RJ(1922) • A produção construída do neocolonial ganhou visibilidade na exposição • Vários pavilhões foram erguidos de acordo com os cânones do estilo • O neocolonial, naquela época chamado de “tradicionalismo” ou “colonialismo” – este último termo ainda não tendo tomado a conotação política negativa atual. ...versus a A semana de arte moderna (1922) • Busca pelo novo, pelo atual ....porém atrelado à cultura brasileira C A R A C T E R ÍS T IC A S E S T IL ÍS T IC A S 02 ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL Solar Monjope ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 02. Características estilísticas Duas vertentes: Ricardo Severo e os cariocas • Usam os elementos decorativos do período colonial em harmonia compositiva • Tem conhecimento erudito do passado • Insere-se na academia de Belas Artes Victor Dubugras • Fantasia pitoresca • Mistura de estilos - ecletismo ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 02. Características estilísticas Uso de elementos da arquitetura colonial Varandas Casa da Fazenda Mato de Pipa (1777). Um das mais antigas casa-grande de fazenda de cana-de-açucar do norte do Rio de Janeiro. Telha canal ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 02. Características estilísticas Uso de elementos da arquitetura colonial Beirais Telhas de faiança Telha rabo de andorinha ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 02. Características estilísticas Uso de elementos da arquitetura colonial Balcões ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 02. Características estilísticas Uso de elementos da arquitetura colonial Muxarabis O muxarabi é um dos elementos mais característicos da nossa arquitetura colonial, uma das mais persistentes influências da arquitetura árabe. Segundo Estêvão Pinto, muxarabi significa local fresco. Para nós designa um balcão fechado por treliças, chamadas também de urupemas, geralmente com janelas de rótula. As frasquias que formavam as urupemas tinham dimensões bem pequenas, em torno de 15 mm, e eram sobrepostas, formando uma malha bem delicada. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 02. Características estilísticas Uso de elementos da arquitetura colonial Muxarabis “[...] provém de países quentes e luminosos, como vedação contra os raios do sol; a sua ação é semelhante à da folhagem das árvores, por cuja enredada treliça se côa a luz, cuja intensidade se acalma, produzindo ao mesmo tempo uma sombra fresca e um arejamento natural e perfeito. Pelo que tem de maliciosa a sua aplicação, justifica-se o seu sucesso velando os gineceus romanos e árabes, e os conventos de monjas" SEVERO, 1916. p.61-62 ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 02. Características estilísticas Uso de elementos da arquitetura colonial gelosia ou rótula ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 02. Características estilísticas Uso de elementos da arquitetura colonial Azulejos ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 02. Características estilísticas ATENÇÃO A recuperação dos elementos arquitetônicos é seletiva, glorificando a cultura produzida pela aristocracia rural, apontada como expressão máxima da nacionalidade. P R IN C IP A IS N O M E S E O B R A S 03 ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL Casa do arquiteto - Ricardo Severo, Guarujá, 1922 ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.1 Ricardo Severo 3.2 Victor Dubugras 3.3 José Mariano e os Cariocas 3.4 Lucio Costa 3.5 Neocolonial pelo Brasil ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.1 Ricardo Severo • Ricardo Severo da Fonseca Costa nasceu em Lisboa, em 1869. • Ainda criança, mudou-se com a família para a cidade do Porto, onde cresceu e formou-se Engenheiro Civil de Obras Públicas (1890), e de Minas (1891), pela Academia Politécnica do Porto. • Vem para o Brasil exilado em decorrência de seu envolvimento em questões políticas, em Portugal: “Esse republicanismo estava, por um lado, sob a influência iluminista e, por outro, sob uma vertente romântica que justifica o interesse pelas tradições, pela etnia e pelo nacionalismo” (MASCARO, 2011) ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.1 Ricardo Severo Em 1914, ministrou a conferencia “A Arte Tradicional no Brasil” na Sociedade de Cultura Artística e em 1917 palestrou na Escola Politécnica de São Paulo, consideradas as primeiras tentativas de sistematização da arquitetura tradicional do país (SEGAWA, 1999, p.35). Esse discurso nacionalista vinha se deflagrando desde as comemorações do Centenário De Independência do Brasil e tinha um caráter de progresso. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.1 Ricardo Severo • desde 1908 um dos sócios de Ramos de Azevedo - deu continuidade a vários projetos do escritório de engenharia quando Ramos de Azevedo morreu em 1928. • Defensor da cultura luso-brasileira • Construiu diversas casas, muitas das quais hoje demolidas [...] não se tratava de cópias de casas antigas, as quais tinham um esquema muito simples tanto em planta quanto no tratamento dos volumes. As casas de Ricardo Severo, pelo contrário, eram extremamente variadas e tratadas com toda a liberdade permitida pela técnica contemporânea” (BRUAND, 2008, P.53) ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.1 Ricardo Severo Sua primeira obra neocolonial foi a casa do banqueiro Numa de Oliveira, construída entre 1916 e 1917 na avenida Paulista. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.1 Ricardo Severo Este casarão foi erguido em 1920, foi a residência do Sr. Numa de Oliveira (1870- 1959), banqueiro, secretário da Fazenda e Presidente do Conselho Administrativo do Banco de Comércio e Indústria de São Paulo. Neste posto, articulava junto às instituições financeiras britânicas, a concessão de financiamentos bancários, a compra dos estoques de café no Brasil e por conta disso Getúlio Vargas o recebeu em audiência para tratar deste acordo com os ingleses. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.1 Ricardo Severo ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.1 Ricardo Severo ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.1 Ricardo Severo https://www.janeladahistoria.com/numa-de-oliveira ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.1 Ricardo Severo https://www.janeladahistoria.com/numa-de-oliveira ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULAGURGEL 03. Principais nomes e obras 3.1 Ricardo Severo https://www.janeladahistoria.com/numa-de-oliveira ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.1 Ricardo Severo https://www.janeladahistoria.com/numa-de-oliveira ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.1 Ricardo Severo https://www.janeladahistoria.com/numa-de-oliveira O prédio que ocupa o endereço chama-se Edifício Numa de Oliveira. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.1 Ricardo Severo ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.1 Ricardo Severo Casa Lusa, Ricardo Severo, 1917-24 Um dos procedimentos que Severo utilizou neste projeto (e que se tornaria comum na prática do neocolonial) é o uso de peças genuínas do período colonial (o balcão da varanda na fachada e a pia de pedra do pátio interno), retiradas de antigas construções de São Paulo e Rio de Janeiro, para harmonizar o conjunto construído e "validar" o uso de outros elementos na arquitetura, ainda que não originais. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.1 Ricardo Severo ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.1 Ricardo Severo ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.1 Ricardo Severo Casa Praiana • A escala da casa permitia uma melhor associação com a volumetria do colonial. • O telhado, principalmente, pôde manter uma boa relação volumétrica, "dominando" o corpo construído da mesma maneira que os grandes telhados coloniais assentavam-se sobre as construções da época. • Outros elementos como as venezianas, os muxarabis e as gelosias caracterizavam o conjunto. • Mantendo seu discurso evolucionista da arquitetura, Severo busca novamente nas origens da construção portuguesa (de influências romanas e árabes) o uso e a função desses elementos ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras • Neocolonial como uma nova “moda”, tal como a art noveau – “não rompeu totalmente com as fases anteriores da sua obra” (Bruand, 2008, p. 53) • A primeira construção neocolonial, projetada por Dubugras, teria sido a residência de Névio Barbosa, em São Paulo, no ano de 1914. • Já em Santos, neste período, Dubugras projetou o Asilo para Inválidos e a residência de Saturnino de Brito entre outras. 3.2 Victor Dubugras ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras • Estes projetos definiam-se, de modo geral, por volumes recortados, balcões e corpos laterais salientes, grandes beirais, telhados de várias águas, além de um conjunto considerável de elementos ornamentais “inspirados” na arquitetura civil do período colonial. • A construção era ornamentada com tijolinhos e pedras aparentes, com o emprego de azulejos decorados e vergas de granito ou arremates em argamassa, revestidos de cores claras, sobre as portas externas, sobre as janelas, na parte superior das empenas e junto aos vãos de ventilação 3.2 Victor Dubugras ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.2 Victor Dubugras segundo Segawa (2008, p. 48) “seus projetos tornavam-se menos rígidos, em planta e em volume, os traçados arredondados ficaram mais frequentes, as varandas passaram a assumir uma importância fundamental na composição, chegando mesmo a contornar quase inteiramente a casa”. Residência da Baronesa de Arary – Av. Paulista, São Paulo (1916) ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.2 Victor Dubugras Residência da Baronesa de Arary – Av. Paulista, São Paulo (1916) ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.2 Victor Dubugras Residência da Baronesa de Arary – Av. Paulista, São Paulo (1916) ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.2 Victor Dubugras Residência da Baronesa de Arary – Av. Paulista, São Paulo (1916) ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.2 Victor Dubugras Residência da Baronesa de Arary – Av. Paulista, São Paulo (1916) ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.2 Victor Dubugras Residência da Baronesa de Arary – Av. Paulista, São Paulo (1916) ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.2 Victor Dubugras Residência da Baronesa de Arary – Av. Paulista, São Paulo (1916) ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.2 Victor Dubugras Residência da Baronesa de Arary – Av. Paulista, São Paulo (1916) ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.2 Victor Dubugras Dubugras elaborou inúmeros projetos neocoloniais, boa parte deles construída e de grande interesse. Mas foram as encomendas de Washington Luís para celebrar o Centenário da Independência que viabilizaram suas construções mais significativas nesse estilo: o Largo da Memória no centro de São Paulo, e os monumentos e pousos do Caminho do Mar. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.2 Victor Dubugras Largo da Memória no centro de São Paulo ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.2 Victor Dubugras Largo da Memória no centro de São Paulo ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.2 Victor Dubugras Pouso da Maioridade, 1919-1922, Estrada velha de Santos Nesses conjuntos, como em toda a obra neocolonial de Dubugras, utilizaram-se elementos barrocos que, havia muito tempo, eram hostilizados por arquitetos e artistas. Recuperavam-se os pináculos e volutas daquela arte, talhados em pedra, material predominante nas duas obras. Elas se inserem admiravelmente na paisagem, congregando as funções de passagem e estar, dando suporte à narrativa histórica dos próprios lugares na azulejaria de José Wasth Rodrigues. (MIYOSHI, 2009, p. 96) ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.2 Victor Dubugras Pouso da Maioridade, 1919-1922, Estrada velha de Santos ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.2 Victor Dubugras ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.2 Victor Dubugras ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.2 Victor Dubugras Pouso do Paranapiacaba, 1919- 1922, Estrada velha de Santos. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.2 Victor Dubugras Pouso doParanapiacaba, 1919- 1922, Estrada velha de Santos. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.2 Victor Dubugras Pouso do Paranapiacaba, 1919- 1922, Estrada velha de Santos. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.2 Victor Dubugras Pouso do Paranapiacaba, 1919- 1922, Estrada velha de Santos. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.2 Victor Dubugras Pouso do Paranapiacaba, 1919-1922, Estrada velha de Santos. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.2 Victor Dubugras Padrão do Lorena, 1919-1922, Estrada velha de Santos ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.2 Victor Dubugras Padrão do Lorena, 1919-1922, Estrada velha de Santos ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.2 Victor Dubugras Padrão do Lorena, 1919-1922, Estrada velha de Santos No Caminho do Mar, os painéis de Wasth Rodrigues mostram a evolução da estrada e dos transportes, começando no pé da serra com o descobrimento da América. Alguns painéis conformam-se às paredes convexas projetadas por Dubugras, acompanhando a sinuosidade da via. Wasth Rodrigues cuidou para que o escorço dos homens e animais retratados, subindo e descendo a estrada, correspondesse às curvaturas. (MIYOSHI, 2009, p. 96) ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.2 Victor Dubugras Padrão do Lorena, 1919-1922, Estrada velha de SantosO marco Cruzeiro Quinhentista consiste de um ponto central com uma cruz de granito, envolvida por bancos de pedra que protegem o monumento. Caracteriza o ponto de convergência das antigas vias que desciam as serras e o descobrimento da América. Representa a chegada dos portugueses e cenas da colonização e catequese dos índios pelos padres jesuítas. No pedestal da cruz estão gravados os nomes Ide Tibiriçá, Anchieta, Mem de Sá, Nóbrega, Leonardo Nunes, Martim Afonso, João Ramalho e as datas de 1500 e 1922. (JESION&MATTOS, 2016, p.169) ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.2 Victor Dubugras Projeto para a residência de Arnaldo Guinle, Teresópolis, Rio de Janeiro , s.d. Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.3 José Mariano e os Cariocas • Médico e historiador de arte • Presidiu a Associação Brasileira de Belas Artes em 1924 e posteriormente sendo Diretor da Escola Nacional de Belas Artes • Teve um papel importante no movimento Neocolonial, patrocinando viagens de arquitetos às cidades mineiras coloniais. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.3 José Mariano e os Cariocas • Dentro da arquitetura, Marianno Filho escreveu e publicou muito mais do que construiu. • Sua proposta era, antes de tudo, realizar uma intensa pesquisa acerca das manifestações legítimas da cultura nacional, da raça, através da arquitetura que havia sido produzida no período colonial brasileiro. • Destacava importância maior aos processos de adaptação que a arquitetura sofreu, ao entrar em contato com o meio tropical, com a mão- de-obra composta por negros e indígenas, e finalmente com a apropriação desse modo de construir em adequação aos materiais possíveis no Brasil. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.3 José Mariano e os Cariocas Solar Monjope • Construído por cima de uma construção anterior a antiga Chácara da Bica, foi a obra da dedicação quase doentia do médico José Mariano Filho, que recolhendo inúmeras peças coloniais legítimas pelo Brasil, notadamente a região Nordeste. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.3 José Mariano e os Cariocas Solar Monjope "O solar de sua construção, situado na Gávea, é realmente uma grande obra, obra suntuária, de arte e arqueologia. Os arquitetos patrícios encontrarão nessa casa ótima documentação, podendo mesmo desprezar estudos mais demorados de pesquisas, no interior, por isso que tudo que há de bom, como documentação, ali se encontra.(...) Os detalhes são magníficos, azulejos autênticos, pias, móveis, enfim, tudo se combina harmoniosamente, tendo além do mais o ambiente adequado" ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.3 José Mariano e os Cariocas Solar Monjope Em 1929, o Solar serviu de cenário para o filme “Sangue Mineiro” dirigido por Humberto Mauro, com cena ilustrada na fotografia abaixo. https://www.youtube.com/watch?v=AN SaziErJRw ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.3 José Mariano e os Cariocas Solar Monjope ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.3 José Mariano e os Cariocas Solar Monjope • gelosias e muxarabis fechando as varandas • enormes pinhões nos cantos do telhado, que contava com beirais pronunciados de telhas canal • os azulejos ao rés do chão • A demolição do Solar de Monjope, em 1973, encerra uma disputa de quase meio século entre neocolonial e modernismo. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.3 José Mariano e os Cariocas Solar Monjope ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.3 José Mariano e os Cariocas Solar Monjope ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.3 José Mariano e os Cariocas Solar Monjope ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.3 José Mariano e os Cariocas Solar Monjope ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.3 José Mariano e os Cariocas Exposição do Centenário da Independência -1922 • Tanto esta exposição quanto a de 1908 (comemorativa dos 100 anos da Abertura dos Portos às Nações Amigas), ambientadas no Rio, foram vitrines da modernidade brasileira patrocinada pela nossa recente República. • Foram inspiradas nas Exposições Universais (Londres, Paris, Filadélfia ... da 2ª metade do século XIX em diante) e mostravam os avanços urbanísticos e tecnológicos da época. • A arquitetura dos pavilhões, expressava o Ecletismo da época. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.3 José Mariano e os Cariocas Exposição do Centenário da Independência -1922 ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.3 José Mariano e os Cariocas Exposição do Centenário da Independência -1922 ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.3 José Mariano e os Cariocas Exposição do Centenário da Independência -1922 Pavilhão deCaça e Pesca ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.3 José Mariano e os Cariocas Exposição do Centenário da Independência -1922 Pavilhão do Serviço Meteorológico (antigo Forte do Calabouço) ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.3 José Mariano e os Cariocas Exposição do Centenário da Independência -1922 ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.3 José Mariano e os Cariocas Exposição do Centenário da Independência -1922 • Alguns dos pavilhões construídos para a Exposição de 1922 tinham o caráter permanente, outros eram temporários. • O prédio da Pequenas Indústrias foi demolido. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.3 José Mariano e os Cariocas Exposição do Centenário da Independência -1922 • antigo Arsenal de Guerra foram ampliadas e embelezadas, com decoração característica da arquitetura neocolonial. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.3 José Mariano e os Cariocas Exposição do Centenário da Independência -1922 “o sucesso do neocolonial na exposição internacional de 1922 teve profunda repercussão; o estilo não apreciado apenas em termos locais, mas também elogiado pelos estrangeiros, encantados com o exotismo que ele exalava; por sua vez, esses elogios reforçavam o entusiasmo brasileiro pelo movimento que a partir de então passou a contar com apoio oficial declarado” (BRUAND, 2008, p. 56) ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.3 José Mariano e os Cariocas José Mariano promove concursos pra estimular a produção dessa arquitetura: • Casa Brasileira em 1921, • Solar Brasileiro em 1923 - O primeiro lugar foi de Ângelo Brunhs e o segundo de Lucio Costa, mas nenhum deles chegou a ser construído. • Pavilhão do Brasil em Filadélfia em 1925, vencido por Lucio Costa ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.3 José Mariano e os Cariocas Escola Normal do Rio de Janeiro (1930) ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.3 José Mariano e os Cariocas Escola Normal do Rio de Janeiro (1930) ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.4 Lucio Costa • Nasce em 1902 - Toulon (França) e devido às atividades oficiais de seu pai, que era almirante, morou em diversos países, entre os quais Inglaterra e Suíça. • Retornou ao Brasil em 1917 e, no ano seguinte, foi matriculado por seu pai na Escola Nacional de Belas Artes. • “dupla aventura”: neocolonial e modernista • Em 1924 se forma na Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, aos 22 anos ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.4 Lucio Costa como estagiário dos arquitetos Memória e Cuchet, Lucio participou da elaboração do projeto neocolonial do Pavilhão das Indústrias da Exposição de 1922 (SANTOS, 1960, p. 10-11). ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.4 Lucio Costa “sua vasta cultura, a formação particularmente europeia, a segurança de seu gosto, a grande modéstia, e o apoio de José Mariano foram os elementos essenciais para sua rápida ascensão” (BRUAND, 2008, p. 57) • Associando com Fernando Valentim projetaram uma série de casas neocoloniais entre 1924 e 1930 • A produção de Lucio Costa e Fernando Valentim é eclética: a casa Jayme Smith de Vasconcellos em Itaipava (1924) é neogótica, a casa de Arnaldo Guinle em Teresópolis(1924) é normanda. nas casas Daudt de Oliveira no Cosme Velho (1928) entre outras possui formas hispânicas (mexicano, californiano, Mission style) a casa Raul Pedrosa (1925-6), em Santa Tereza, é neocolonial. • Sua planta/ volumetria apresenta zoneamento funcional e hierarquia entre as partes • Evita a simetria ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.4 Lucio Costa Residência de Rodolfo Chambelland Avenida Paulo de Frontin, Rio de Janeiro/RJ - 1922 Esse foi o primeiro projeto assinado por Lucio Costa, uma casa em estilo inglês. Lucio estava em seu segundo emprego na firma Escriptorio Technico Heitor de Mello que ficava na Rua da Quitanda 10. Junto a ele, na fiscalização da obra estava Evaristo Juliano de Sá. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.4 Lucio Costa Residência de Rodolfo Chambelland Avenida Paulo de Frontin, Rio de Janeiro/RJ - 1922 ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.4 Lucio Costa Residência de Rodolfo Chambelland Avenida Paulo de Frontin, Rio de Janeiro/RJ - 1922 “Sempre que, no viaduto, passava por lá, via a ponta da sua empena aflorando da copa das árvores – até que um dia sumiu.” (in Lucio Costa – Registro de uma Vivência, p.15) http://www.jobim.org/lucio/handle/2010.3/39 ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.4 Lucio Costa Nesta entrevista - publicada no jornal A Noite em 19/03/1924 e sugestivamente intitulada “A alma dos nossos lares” - Lucio condenava o ideal de perfeição doméstica então vigente, em que imperava o apreço pelo “novinho”, “pintadinho”, “bonitinho”, afirmando: O ideal em arquitetura doméstica não é essa casa de aspecto eternamente novo, reluzente, lustrada, polida, que parece gritar-nos:”Cuidado, não me toquem! Cuidado com a tinta!‟ Não... longe disso. A verdadeira casa é aquela que se harmoniza com o ambiente onde situada está, que tem cor local; aquela que nos convida, que nos atrai, e parece dizer-nos: Seja benvindo! ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.4 Lucio Costa Conjunto de duas residências – D. Adelaide e Dr. João Daudt de Oliveira. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.4 Lucio Costa Conjunto de duas residências – D. Adelaide e Dr. João Daudt de Oliveira. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.4 Lucio Costa Conjunto de duas residências – D. Adelaide e Dr. João Daudt de Oliveira. Publicado na revista Arquitetura e Urbanismo, Rio de Janeiro, Setembro e outubro de 1938. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.4 Lucio Costa Conjunto de duas residências – D. Adelaide e Dr. João Daudt de Oliveira. Vista Interior Casa Sra Adelaide Daudt. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.4 Lucio Costa Castelo para Jayme Smith de Vasconcelos – Itaipava Localiza-se o Castelo no centro de um terreno de 360 hectares, uma piscina de 230 m², quadras de tênis e cocheiras. Nos jardins existe uma estátua feita em mármore de carrara, cópia de uma existente em Florença, seu escultor veio também da Itália para a execução da obra de arte. A construção do Castelo deu aos arquitetos o prêmio da grande medalha deprata do salão de Belas Artes de 1924, Rio de Janeiro. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.4 Lucio Costa Castelo para Jayme Smith de Vasconcelos – Itaipava ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.4 Lucio Costa Castelo para Jayme Smith de Vasconcelos – Itaipava ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.4 Lucio Costa Castelo para Jayme Smith de Vasconcelos ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.4 Lucio Costa Residência Raul Pedrosa, Rio de Janeiro, 1924 já se mostra como um autêntico exemplar do neocolonial, ainda no ano de 1924, ou seja, contemporânea às primeiras ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.4 Lucio Costa Residência Raul Pedrosa, Rio de Janeiro, 1924 ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.4 Lucio Costa Casa Ernesto Fontes, 1930 ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.4 Lucio Costa Pavilhão do Brasil na Exposição Internacional de 1926, Filadélfia, EUA ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.4 Lucio Costa Pavilhão do Brasil na Exposição Internacional de 1926, Filadélfia, EUA “O Dr. Miguel Calmon, ministro da agricultura, tomando em consideração as representações que lhe foram dirigidas pelo Dr. José Marianno Filho, como presidente da Sociedade Brasileira de Bellas Artes, e Dr. Nerêo de Sampaio, como presidente do Instituto Central de Architectos, relativamente à nossa representação na Exposição de Philadelphia e construção do nosso pavilhão, decidiu autorizar o Instituto Central de Architectos a abrir, pelo prazo improrrogável de 40 dias, a contar de 23 do mês corrente, entre arquitetos brasileiros, um concurso de ante projetos […]” A abertura do concurso se deu dia vinte e dois de setembro de 1925, tendo os arquitetos quarenta dias para entregarem os anteprojetos na sede do Instituto Central de Architectos do Rio de Janeiro. O edital do certame era bastante específico sobre as questões técnicas do programa, especificando os ambientes e a metragem deles, assim como o estilo em que as propostas deveriam estar. De acordo com o segundo parágrafo do edital: “o estilo da construção será exclusivamente o tradicional brasileiro (neocolonial).” ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.4 Lucio Costa Pavilhão do Brasil na Exposição Internacional de 1926, Filadélfia, EUA Quando Lucio Costa realizou o premiado projeto era apenas um jovem de 23 anos que ainda frequentava o último ano do Curso Especial de Arquitetura da Escola Nacional de Belas Artes (ENBA). Mas apesar da aparente inexperiência, Lucio trabalhava há três anos em escritório próprio, em sociedade com seu antigo colega do curso geral da ENBA, Fernando Valentim, quem o havia convidado para a sociedade em 1922, quando este recém se formara arquiteto. De fato, um ano antes desta sua participação no concurso para o pavilhão de 1925, Lucio Costa havia permanecido aproximadamente um mês em Diamantina, realizando uma viagem de estudos do autêntico colonial. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.4 Lucio Costa Pavilhão do Brasil na Exposição Internacional de 1926, Filadélfia, EUA ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.4 Lucio Costa Pavilhão do Brasil na Exposição Internacional de 1926, Filadélfia, EUA ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.4 Lucio Costa Pavilhão do Brasil na Exposição Internacional de 1926, Filadélfia, EUA O projeto de Lucio Costa foi o vencedor do concurso para o pavilhão. Nele, tanto a fachada quanto o desenho das plantas baixas são definidas por eixo simétrico, característica da linguagem clássica para destacar monumentalidade. O uso da simetria para este fim não fazia parte obrigatória da sintaxe neocolonial, mas era aconselhado em edifícios que possuíam função comemorativa, ou de representação nacional. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.4 Lucio Costa Pavilhão do Brasil na Exposição Internacional de 1926, Filadélfia, EUA ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.4 Lucio Costa Pavilhão do Brasil na Exposição Internacional de 1926, Filadélfia, EUA ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.4 Lucio Costa • O período neocolonial de Costa foi marcado por uma fase conturbada da vida pessoal do arquiteto, fase que, curiosamente, parece querer excluir de seu currículo. • entre 1926 e 1927, viaja para a Europa por motivos sentimentais (estava dividido entre dois amores) e ao retornar casa-se e muda-se para Correias, perto de Petrópolis. • O fato é que, ao voltar da Europa e antes de retornar ao Rio e se casar, Costa visita as cidades coloniais mineiras (Caraça, Sabará, Mariana e Ouro Preto) onde, além de se curar de problemas de saúde. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.4 Lucio Costa • Em seu texto de 1951, Depoimento de um arquiteto carioca, Lucio Costa descarta o neocolonial como uma experiência válida para a aparição da modernidade no Brasil. • De acordo com ele, a ascendência válida da vanguarda moderna remonta diretamente à arquitetura neoclássica trazida pelos artistas da missão francesa, já que esta, como a vanguarda moderna das décadas de 1930 e 1940, integrou a arquitetura brasileira ao “espírito moderno da época”. • Por sua vez, o neocolonial era considerando um hiato, um período nulo na escalada de contribuições históricas para o surgimento da modernidade. O neocolonial seria uma transição para o modernismo, um momento pré-moderno fundamental para a definição de uma arquitetura tipicamente brasileira ??? Ou.... ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.4 Lucio Costa • Pesquisadores colocam a fase neocolonial de Costa num momento em que ele ainda não estava totalmente convencido das propostas vanguardistas europeias e em que o arquiteto visita as cidades coloniais mineiras. • Após visita às cidades históricas mineiras “Comecei ai a perceber o equívoco do chamado neocolonial, lamentável mistura de arquitetura religiosa e civil, de pormenores próprios de épocas e técnicas diferentes, quando teria sido tão fácil aproveitar a experiência tradicional no que ela tem de válido para hoje e para sempre” COSTA, Lucio - Registro de uma vivência ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.5 Neocolonial pelo Brasil DIFUSÃO: UM VERNÁCULO BRASILEIRO? ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.5 Neocolonial pelo Brasil reconhece-se uma casa neocolonial: • área frontal em forma de arco quase sempre com a presença deaduelas salientes de pedra; • paredes com superfícies irregulares; ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.5 Neocolonial pelo Brasil reconhece-se uma casa neocolonial: • frontões em arco ou triangulares cobertos por telhas; • pequenos painéis de azulejos ou então isolados; • chaminés com pequenos arcos. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.5 Neocolonial pelo Brasil Casa estilo neocolonial Novo Hamburgo (RS) ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.5 Neocolonial pelo Brasil bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre (RS) ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.5 Neocolonial pelo Brasil Casinha neocolonial "esmagada" entre prédios em Torres (RS) ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.5 Neocolonial pelo Brasil Garibaldi/RS Cachoeira do Sul (RS) ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.5 Neocolonial pelo Brasil ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.5 Neocolonial pelo Brasil Coromandel, MG ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 03. Principais nomes e obras 3.5 Neocolonial pelo Brasil Escola Estadual Dom Pedro II, em Belo Horizonte. C R ÍT IC A S A O E S T IL O 04 ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL Palacete Numa de Oliveira (1916 – Ricardo Severo) ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 04. CRÍTICAS AO ESTILO Seria o neocolonial uma adaptação do ecletismo? No artigo “El estilo que nunca existió”, publicado no livro Arquitectura neocolonial: América Latina, Caribe, Estados Unidos (1994), Carlos Lemos reduz o neocolonial a um “historicismo”, termo por ele usado pejorativamente, sua honestidade de pesquisador o obriga a apontar que: “Sem dúvida, o mais interessante de toda a variante eclética historicista lançada por Severo ao sugerir o “estilo colonial” agradou a todos os gostos e se popularizou, inclusive no âmbito da arquitetura sem arquitetos” ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 04. CRÍTICAS AO ESTILO O sopro de renovação que, por força das convicções conservadoras de seu patrono, esgrimidas freqüentemente na imprensa, assumiu cores preponderantemente aristocráticas e até racistas, coincide cronologicamente com outros movimentos similares em países das Américas, onde, da Califórnia ao Chile, passando pelo México e pelo Peru, surgiram manifestações que se referenciavam na tradição construtiva hispânica e nos adornos pré- colombianos para se contrapor ao ecletismo de matriz européia (AMARAL, 1984, p. 11). Arco maia em homenagem a Porfirio Díaz (1906). Mérida, Yucatán ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 04. CRÍTICAS AO ESTILO Seria o neocolonial uma adaptação do ecletismo? “Os partidários das duas terias não percebiam as profundas modificações que a revolução industrial havia causado na vida contemporânea, nem os novos problemas que os arquitetos seriam chamados a resolver, a fim de dar uma resposta adequada às necessidades do homem do século XX. Ora, a arquitetura jamais foi e jamais será uma arte pela arte; ela está intimamente ligada as necessidades materiais da civilização que a faz nascer e da qual é um dos signos mais evidentes; ela não pode ignorar essas necessidades sob a pena de perder toda sua autencidade e qualquer valor duradouro. Por conseguinte, o debate puramente formal que tinha se instaurado era totalmente acadêmico e não abria qualquer perspectiva nova. Seria um erro, porém desprezar o aspecto psicológico da questão e considerar a moda do neocolonial como uma episódio inconsequente. ” BRUAND, 2008, P. 52 ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 04. CRÍTICAS AO ESTILO “A construção de importantes edifícios públicos na linha neocolonial e sua promoção oficial terminam por vulgarizá-lo em elementos ornamentais, sem discriminação. O neocolonial defende uma ruptura com o fechado sistema Beaux-Arts, mas é preconceituoso na aceitação do que poderia surgir do novo, prendendo-se numa crítica infundada, por exagerada. A inconsistência, destituída da carga ideológica original, e a superficialidade resultante estão no cerne da revolta de Lucio Costa – que ao entrar em contato com o verdadeiro colonial, reconhece o embuste.” HECK, Márcia, 2005 ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 04. CRÍTICAS AO ESTILO “A volta ao passado é, paradoxalmente, o índice da modernidade do homem eclético: os revivals sucessivos que propõe a si próprio não são nem conservadores nem reacionários, embora reajam contra a noção contemporânea de história. Não são conservadores porque são anti-tradicionalistas; não são reacionários porque não buscam princípios de autoridade absolutos e imutáveis. Não desejam restaurar nada porque a volta ao passado não implica uma recuperação de valores.” FABRIS, Annateresa. Ecletismo na arquitetura brasileira. Nobel, Edusp: São Paulo, 1987. p. 384. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 04. CRÍTICAS AO ESTILO “Ao menosprezarmos por preconceito estético os estilos neocoloniais, concomitantemente desqualificamos o imenso acervo de obras neles realizadas e não levamos em consideração a variedade de programas em que são empregados. E negligenciamos a riqueza de significados que essas edificações evocam, as suas qualidades construtivas, o seu valor artístico e a sua relevância ideológica e, não menos, o agrado que causavam e ainda causam.” FICHER, Sylvia, 2012 Entretanto: A S E M A N A D E A R T E M O D E R N A D E 1 9 2 2 05 ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 O que foi? Onde e Quando? Quem? Realizada entre 11 e 18 de fevereiro de 1922 no Teatro Municipal de São Paulo Evento no qual participaram diversos artistas com o objetivo de renovar o ambiente artístico e cultural do país, quando foram realizados espetáculos de música, dança, conferências e leituras de poemas e prosa 1. Artes plásticas (pintura e desenho): Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Zina Aita, Vicente do Rego Monteiro, Ferrignac (Inácio da Costa Ferreira), Yan de Almeida Prado, John Graz, Alberto Martins Ribeiro e Oswaldo Goeldi; 2. Artes Plásticas (escultura): Victor Brecheret, Hildegardo Leão Velloso e Wilhelm Haarberg; 3. Projetos de arquitetura: Antônio Garcia Moya e Georg Przyrembel; 4. Literatura (escritores): Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Sérgio Milliet, Plínio Salgado, Ronald de Carvalho, Álvaro Moreira, Renato de Almeida, Ribeiro Couto e Guilherme de Almeida; 5. Música: Villa-Lobos, Guiomar Novais, Ernâni Braga e Frutuoso Viana. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 Antecedentes 1912 – marco simbólico do início do modernismo no Brasil, pois Oswald de Andrade regressava da Europa trazendo informações sobre o Futurismo movimento intelectualartístico italiano, chefiado pelo poeta Marinetti – uma arte ligada à nova civilização tecnológica que surgia; ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 Antecedentes Futurismo “Anárquicos e incendiários, os futuristas promoveram um verdadeiro espetáculo de pirotecnia gráfica. Letras e fragmentos de letras tratados, como nunca antes, em sua dimensão visual. Um verdadeiro caos de tipos e de corpos [tipográficos]. Em seu rastro, embora bem mais nítida e consistente, veio a vanguarda russa. A consolidação da aliança entre poeta e pintor e entre poeta e designer. A preocupação, explícita e programática, com a visualidade escrita." (RISÉRIO,1998. p. 48) GIACOMO BALLA – Desenho sobre cartolina do Movimento Futurista. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 Antecedentes Futurismo Dinamismo de um Cão na Coleira, Giacomo Balla (1912 ) ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 Antecedentes Lasar Segall • Nascido em Vilna, capital da Lituânia, na época sob o domínio do Império russo • foi discípulo de Antokolski, um dos mais importantes escultores russos do século XIX. • Com 15 anos, porém, instala-se em Berlim e frequenta a rigorosa Academia Imperial de Belas Artes de Berlim, de onde seria afastado em 1909 por expor na Freie Sezession ( Secessão Livre ), onde ganhou o prêmio Max Lieberman em um período no qual sua obra esteve fortemente influenciada pelo impressionismo. • A partir daí se transfere para Dresden, onde passa a frequentar a Academia de Belas Artes como aluno- mestre, desfrutando de total liberdade de criação. É também aí que acontece sua primeira exposição individual. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 Antecedentes Lasar Segall • Em 1913, Segall vem pela primeira vez ao Brasil, expondo em São Paulo e Campinas, onde percebe- se já em sua obra uma forte influência do expressionismo do grupo Die Brücke (A Ponte), de Dresden. - O nome do grupo, A Ponte, escolhido por Rottluff com base numa passagem de Also sprach Zarathustra (Assim Falou Zaratustra), de Nietzsche, é representativo dos seus objetivos artísticos no campo da pintura. - Ernst Ludwig Kirchner (1880-1938), Erich Heckel (1883-1970), Fritz Bleyl (1880-1966), Karl Schmidt- Rottluff (1884-1976) foram os primeiros membros, quatro estudantes de arquitetura do Jugendstil, influenciados por Hermann Obrist ). E rn st L u d w ig K ir c h n e r - F rä n zi in f ro n t o f a C a rv e d C h a ir (1 9 1 0 ) ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 Antecedentes Duas amigas (1913) Lasar Segall ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 Antecedentes Asilo de velhos, 1912 Lasar Segall ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 Antecedentes Expressionismo alemão • Designa uma corrente de vanguarda das três primeiras décadas do século XX, marcadamente alemã. • Proclama como objetivo da arte a representação de emoções e insiste na escolha de temas fortes de índole psicológica e social. • Uso de deformação ou exagero das figuras, em reação aos modelos dominantes nas artes europeias desde o Renascimento, particularmente nas ultrapassadas academias de Belas- Artes. O G ri to , d e E d v a rd M u n c h (1 8 9 3 ) ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 Antecedentes Expressionismo alemão Dance Around the Golden Calf, 1910 - Emil Nolde ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 Antecedentes Expressionismo alemão “O Gabinete do Dr. Caligari”, feito em 1919 e dirigido por Robert Wiene. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 Antecedentes 1917 • exposição de pintura em São Paulo de Anita Malfatti que voltava da Alemanha também influenciada pelo expressionismo • Revolução Socialista Russa, em plena Primeira Guerra Mundial, grandes greves em São Paulo A Estudante Russa (c.1915) ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 Antecedentes 1917: exposição de Anita Malfatti ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 Antecedentes 1917: exposição de Anita Malfatti Tropical , 1917 ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 Antecedentes 1917: exposição de Anita Malfatti O Farol de Monhegan (1915) O Barco (1915) ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 Antecedentes 1917: exposição de Anita Malfatti • As telas expressionistas apresentadas por Anita Malfatti na Exposição de Pintura Moderna representam um conjunto inédito para o público da época • Monteiro Lobato publica uma crítica no jornal "O Estado de São Paulo“: não deixando de elogiar o talento e a técnica de Anita, mas deplorou de maneira sarcástica e impetuosa a vinculação da jovem pintora à "paranoia e mistificação" que atribuía aos movimentos modernistas de vanguarda. O Japonês (1915-1916) ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 Antecedentes 1917: exposição de Anita Malfatti • As palavras de desaprovação do crítico arregimentam jovens poetas e escritores - como Mário de Andrade, Oswald de Andrade (1890-1954) e Menotti del Picchia (1892-1988) - em torno de Anita Malfatti • Talvez a exposição ficasse num quase anonimato, não fosse o movimento que se seguiu de solidariedade e de contestação, tendo como pano de fundo o conturbado e revolucionário momento social, político e econômico do país e notadamente de São Paulo, dentro de um processo intenso de crescimento urbano/industrial e acomodação de imensas ondas de ex-escravos e de imigrantes, das mais distintas etnias e culturas. A Mulher de Cabelos Verdes (1915-1916) ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 Antecedentes 1917: exposição de Anita Malfatti • Os modernistas, fundamentalmente formados por intelectuais oriundos da classe dominante e contando com um conhecimento prévio e substancioso do que ocorria na Europa e mesmo nos Estados Unidos, fizeram desse "arroubo juvenil" um estandarte para o lançamento de suas novas convicções estéticas, num afrontamento aos padrões acadêmicos da velha e tradicional província. • E Anita transformou-se - além de bandeira - até mesmo em "mártir" desse processo. Auto retrato, Anita Malfatti ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 “Não sabemos o que queremos. Mas sabemos o que não queremos.” OSWALD DE ANDRADE ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 “O aparecimento de um novo espaço plástico no Brasil ocorre dentrode um conjunto de profundas modificações, pelas quais passava a sociedade brasileira. (...) O Modernismo vai ser uma expressão desse novo Brasil. O objetivo de artistas e intelectuais será o de colocar a cultura brasileira coerente com a nova época, além de torná-la um instrumento de conhecimento efetivo de seu país. Momento formador de uma nova consciência cultural brasileira.” Kenneth Frampton A Querela do Brasil, p.38 ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 Artistas que participaram da Semana Artes Plásticas - Anita Malfatti (pintora) - Di Cavalcanti (pintor) - Vicente do Rego Monteiro (pintor) - Inácio da Costa Ferreira (pintor) - John Graz (pintor) - Alberto Martins Ribeiro (pintor) - Oswaldo Goeldi (pintor) - Victor Brecheret (escultor) - Hidelgardo Leão Velloso (escultor) - Wilhelm Haarberg (escultor) Outras áreas - Eugênia Álvaro Moreyra (atriz e diretora de teatro) ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 Comissão Organizadora da Semana de Arte Moderna. Da esquerda para a direita: Manuel Bandeira é o segundo e Mário de Andrade, o terceiro; Oswald de Andrade aparece em primeiro plano. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 Artistas que participaram da Semana Literatura - Mario de Andrade (escritor) - Oswald de Andrade (escritor) - Sérgio Milliet (escritor) - Plínio Salgado (escritor) - Menotti del Picchia (escritor) - Ronald de Carvalho (poeta e político) - Álvaro Moreira (escritor) - Renato de Almeida (escritor) - Guilherme de Almeida (escritor) - Ribeiro Couto (escritor) Música - Heitor Villa-Lobos (músico) - Guiomar Novais (músico) - Frutuoso Viana (músico) - Ernâni Braga (músico) ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 Fotografia realizada no contexto da Exposição de Tarsila do Amaral no Rio de Janeiro, em 1929. Da esquerda para a direita: Pagu, Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Elsie Houston, Benjamin Péret e Eugênia Álvaro Moreyra ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 Artistas que participaram da Semana Literatura - Mario de Andrade (escritor) - Oswald de Andrade (escritor) - Sérgio Milliet (escritor) - Plínio Salgado (escritor) - Menotti del Picchia (escritor) - Ronald de Carvalho (poeta e político) - Álvaro Moreira (escritor) - Renato de Almeida (escritor) - Guilherme de Almeida (escritor) - Ribeiro Couto (escritor) Música - Heitor Villa-Lobos (músico) - Guiomar Novais (músico) - Frutuoso Viana (músico) - Ernâni Braga (músico) ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 Artistas que participaram da Semana Dia 15 de fevereiro Mário de Andrade fez um discurso literário sobre o tema “A escrava não é Isaura”; O principal objetivo desse ensaio, assim como o de sua outra obra “Paulicéia Desvairada”, era mostrar o que os modernistas pensavam da poesia, como ela deveria ser e o que deveria ser feito para alcançá-la, ou seja, Mario de Andrade objetivava divulgar o projeto literário do Modernismo. O autor associa a poesia a fórmulas matemáticas, sendo a principal delas “Lirismo puro + Crítica + Palavra = Poesia” ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 Artistas que participaram da Semana Dia 15 de fevereiro Ode ao Burguês nono poema da obra Paulicéia desvairada, de Mário de Andrade. Foi lido durante a Semana de Arte Moderna de 1922, para o espanto da plateia, alvo evidente dos versos: Eu insulto o burguês! O burguês-níquel, o burguês-burguês! A digestão bem-feita de São Paulo! O homem-curva! O homem-nádegas! O homem que sendo francês, brasileiro, italiano, é sempre um cauteloso pouco-a-pouco! ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 Artistas que participaram da Semana Dia 15 de fevereiro – Quando Ronald de Carvalho lê o poema intitulado Os Sapos de Manuel Bandeira, (poema criticando abertamente o parnasianismo e seus adeptos) o público faz coro atrapalhando a leitura do texto. A noite acaba em algazarra. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 17 de fevereiro (Sexta-feira) O dia mais tranquilo da semana, apresentações musicais de Villa-Lobos, com participação de vários músicos. O público em número reduzido, portava-se com mais respeito, até que Villa-Lobos entra de casaca, mas com um pé calçado com um sapato, e outro com chinelo; o público interpreta a atitude como futurista e desrespeitosa e vaia o artista impiedosamente. Mais tarde, o maestro explicaria que não se tratava de modismo e, sim, de um calo inflamado. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 Algumas consequências e reminiscências Manifesto Pau Brasil Nele se expressa que o Brasil passe a ser uma cultura de exportação, à semelhança do que foi o produto pau-brasil, que a sua poesia seja um produto cultural que já não deve nada à cultura europeia e que antes pelo contrário pode vir a influenciar esta. A poesia existe nos fatos. Os casebres de açafrão e de ocre nos verdes da Favela, sob o azul cabralino, são fatos estéticos. O Carnaval no Rio é o acontecimento religioso da raça. Pau-Brasil. Wagner submerge ante os cordões de Botafogo. Bárbaro e nosso. A formação étnica rica. Riqueza vegetal. O minério. A cozinha. O vatapá, o ouro e a dança. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 Algumas consequências e reminiscências Manifesto Antropofágico Só a ANTROPOFAGIA nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente. [...] Queremos a Revolução Caraíba . Maior que a revolução Francesa. A unificação de todas as revoltas eficazes na direção do homem. Sem nós a Europa não teria sequer a sua pobre declaração dos direitos do homem. [...] Contra a Memória fonte do costume. A experiência pessoal renovada. [...] A nossa independência ainda não foi proclamada. (ANDRADE, O. Revista de Antropofagia, Ano I, No. I, maio de 1928.) ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 Algumas consequências e reminiscências Manifesto Antropofágico A antropofagia Tem a ver com o papel simbólico do canibalismo nas sociedades tribais/tradicionais. O canibal nunca come um ser humano por nutrição, mas sim sempre para incluir em si as qualidades do inimigo ou de alguém. Assim o canibalismo é interpretado como uma forma de veneração do inimigo. Se o inimigo tem valor, então tem interesse para ser comido porque assim o canibal torna-se mais forte. Oswald atualiza este conceito no fundo, expressando que a cultura brasileira é mais forte, é colonizada pelo europeu, mas digere o europeu e assim torna-se superior a ele. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 Algumas consequências e reminiscências ESTILO NEOCOLONIAL-DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 Artistas que participaram da Semana E a arquitetura? ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 ARQUITETURA • É fato aceito pela crítica especializada que a Semana de Arte Moderna, ocorrida em São Paulo, de 11 a 18 de fevereiro de 1922, teve pouca influência no desenvolvimento de nossa arquitetura. “Os arquitetos que dela participaram não tinham o mínimo conhecimento do que se fazia de moderno pelo mundo” (LEMOS,1979. p. 133.) • O evento contou com a participação de dois arquitetos: o espanhol Antonio Garcia Moya o polonês Georg Przyrembel ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 ARQUITETURA Antonio Garcia Moya Arquiteto, artista, renovador, Antonio Garcia Moya] inscreveu, no setor da arquitetura, seu nome na galeria da Renovação da Arte Brasileira, participando da Semana de Arte Moderna de 1922, como representante único da arte que deveria, depois, dar ao Brasil os nomes gloriosos de Warchavchik, Niemeyer, Artigas e outros consagrados modernistas. … Ao seu espírito vanguardista se deve o primeiro grito de renovação da arquitetura brasileira…. De tal forma sua arte renovadora e variada se impõe à admiração de sua geração, feira de iluminados libertadores da Arte Brasileira, que foi denominado pelo maior crítico do seu tempo, Mario de Andrade, o Poeta da Pedra. Menotti del Picchia, homenagem póstuma em 1949apud João de Deus Cardoso, Antonio Garcia Moya, o poeta da pedra: vida e obra, 1965, p. 10. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 ARQUITETURA Antonio Garcia Moya • Nascido em Atarfe, na Andaluzia, Espanha, a 21 de maio de 1891, e falecido em São Paulo, a 19 de junho de 1949. • foi levado ao grupo pelo poeta Menotti deI Picchia, que o descreveu como “bizarro, original, cheio de talento, sonhando e realizando coisas enormes”. • Segundo Colin (2011) os trabalhos apresentados por Moya, nenhum deles construído, eram híbridos de influência, sem que em qualquer momento se pudesse vislumbrar algum traço da poética maquinista. Túmulo ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 ARQUITETURA Antonio Garcia Moya “[...] a inspiração pré- colombiana, sobretudo como elemento decorativo, em outros trabalhos o seu “espanholismo” se acentua nas arcadas e pátios, na decoração bastante cenográfica, o elemento geométrico passando também a inspirar-se em estilizações de motivos indígenas.” (AMARAL, 1979. P. 152.) ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 ARQUITETURA Antonio Garcia Moya ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 ARQUITETURA Antonio Garcia Moya Residência (Palácio), s.d. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 ARQUITETURA Antonio Garcia Moya Mausoléu, 1920 ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 ARQUITETURA Antonio Garcia Moya Residência Remo Corsini, Moya & Malfatti, 1938. Fonte: Acrópole, no 6, pp. 33-38, out. 1938. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 ARQUITETURA Antonio Garcia Moya Residência do Arquiteto ANTÔNIO GARCIA MOYA, á rua Dr. Fabricius Vampré n.° 10 São Paulo Construção de Moya & Malíatti Arquitetos Fonte: Acrópole, Dec 1941 - ANO 4 - N° 44, p. 63 ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 ARQUITETURA Antonio Garcia Moya Residência João Miguel Sanches, Moya & Malfatti, 1942. Fonte: Acrópole, no 49, p. 25-28, maio 1942; http://www.acropole.fau.usp.br/ ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 ARQUITETURA Antonio Garcia Moya Residência João Miguel Sanches, Moya & Malfatti, 1942. Fonte: Acrópole, no 49, p. 25-28, maio 1942; http://www.acropole.fau.usp.br/ ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 ARQUITETURA Georg Przyrembel • Nasce em1885: Alta Silésia, Polônia – morre em 1956, São Paulo, SP. • ca.1912 – Educado na Alemanha e já formado em arquitetura, mudou-se para o Brasil, onde se tornou um dos principais expoentes do estilo neocolonial. Recém- chegado, dirigiu a construção do novo mosteiro de São Bento, na capital paulista, e projetou a igreja de São Francisco de Paula, em Curitiba, PR. • 1916 – Viajou a Ouro Preto (MG), onde estudou a arquitetura colonial brasileira na companhia do pintor José Wasth Rodrigues. Projetou as residências de Odon Cardoso, na capital paulista, e Heládio Capote Valente, em Praia Grande, SP • 1920 – Projetou a igreja do Imaculado Coração de Maria, em Santos, SP. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 ARQUITETURA Georg Przyrembel • 1922 – Participou da Semana de Arte Moderna em São Paulo, expondo o projeto de residência de veraneio de sua família, conhecida como Taperinha da Praia Grande. • A maquete de seu projeto e os desenhos do espanhol Antonio Garcia Moya tiveram lugar de destaque na exposição dos modernistas, compondo os únicos trabalhos apresentados na seção de arquitetura. • No mesmo ano, fez o projeto da nova estação da São Paulo Railway em Santos (não executado). ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 ARQUITETURA Georg Przyrembel • Segundo Colin (2011) apresenta “um colonial bastante afrancesado ” e que, após a Semana não manteria nenhuma relação com o grupo modernista. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 ARQUITETURA Georg Przyrembel Projeto para taperinha da Praia Grande, fevereiro , 1922 ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 ARQUITETURA Georg Przyrembel Projeto para taperinha da Praia Grande, fevereiro , 1922 Fonte: Aracy Amaral, Artes plásticas na Semana de 22, 1992, p. 153. ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 ARQUITETURA Georg Przyrembel Projeto para a Estação de Santos, 1922 ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL 05. A semana de Arte Moderna de 1922 ARQUITETURA Georg Przyrembel 1938 – Projetou o Palácio Bom Vista, residência de inverno dos governadores de São Paulo na cidade de Campos do Jordão ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL ARQUITETURA Georg Przyrembel Basílica de Nossa Senhora do Carmo, Bela Vista /SP – 1928 concluída em 1934 05. A semana de Arte Moderna de 1922 ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL ARQUITETURA Georg Przyrembel Basílica de Nossa Senhora do Carmo, Bela Vista /SP concluída em 1934 05. A semana de Arte Moderna de 1922 ESTILO NEOCOLONIAL-
Compartilhar