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AULA 6 e 7 NEOCOLONIAL_semana de 22_atual20182

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O ESTILO NEOCOLONIAL e a 
SEMANA DE ARTE DE 1922
A construção de uma tradição 
artística brasileira
DEPARTAMENTO DE TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA - THA
DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO
PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
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ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
Escola Estadual Pedro II, em Belo Horizonte, construída na 
década de 1920
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
SUMÁRIO
1. Contextualização
2. Características estilísticas
3. Principais nomes e obras
4. Críticas
5. A semana de Arte Moderna de 1922
6. Referências
3.1 Ricardo Severo
3.2 Victor Dubugras
3.3 José Mariano e os Cariocas
3.4 Lucio Costa
3.5 Neocolonial pelo Brasil
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ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
Hospital Santo Antonio, da Sociedade Portuguesa de 
Beneficência – Santos/SP
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
01. Contextualização 
• Período de transição entre os estilos historicizantes/academicistas e o modernismo
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
01. Contextualização 
O que foi?
Marco inicial
Onde e Quando?
Origem do termo
O movimento em prol da criação de um estilo arquitetônico brasileiro, vertente 
arquitetônica das vanguardas artísticas e literárias que lutavam contra o 
academicismo
Conferência “A Arte Tradicional no Brasil”, realizada pelo engenheiro civil e 
arqueólogo português Ricardo Severo na Sociedade de Cultura Artística de São 
Paulo em 1914
Germinou em São Paulo a partir da atuação do arquiteto Ricardo Severo, na década 
de 1910, e ganhou força no Rio de Janeiro, nos anos 1920.
Foi utilizado na maioria dos países da América Latina, no começo do século XX, para 
designar aqueles movimentos que pregavam o retorno de uma tradição 
arquitetônica autenticamente nacional (NATAL, 2009)
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
01. Contextualização 
Porque em São Paulo?
• Sem grandes 
importâncias no 
período colonial e 
que desprezava e 
destruía os 
vestígios desse 
passado
• Cidade 
inteiramente 
voltada para o 
presente e o futuro
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
01. Contextualização 
Porque em São Paulo?
Largo da Sé, 
confluência das ruas 
15 de Novembro e 
Direita, 1912
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
01. Contextualização 
Porque em São Paulo?
• Entretanto, segundo Bruand (2008) o movimento começou na cidade por causa de 
dois personagens estrangeiros: 
o português Ricardo Severo e o francês Victor Dubugras
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
01. Contextualização 
“A arte tradicional no Brasil”
• Ricardo Severo propôs uma 
arquitetura que concebesse o 
passado colonial brasileiro como 
a fonte de uma tradição histórica 
e artística nacional. 
• Era contrário ao ecletismo e a art
nouveau, em voga nos principais 
centros urbanos do Brasil, pois os 
entendia como estilos falsos, plágios 
desprovidos de tradição local e da 
identidade nacional.
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
01. Contextualização 
“A arte tradicional no Brasil”
“Aqui, a arquitetura teve um 
cunho estético e um caráter 
próprio enquanto foi 
tradicional, muito embora 
tenham sido humildes os seus 
princípios; deixou, porém, de 
ter essa particular expressão 
artística quando foi cópia de 
estilos ou de modelos 
estrangeiros. Readquirirá os 
foros de arte brasileira, quando 
se reintegrar no seu meio local 
e tradicional, mesmo com 
modelos importados e desde 
que estes provenham de uma 
civilização ou raça afim da 
nossa e se amoldem por 
completo às condições 
mesológicas nacionais.”
(SEVERO, 1917, p. 419). 
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
01. Contextualização 
“A arte tradicional no Brasil”
"Não procurem ver, meus 
senhores, nesta veneração 
tradicionalista, diluída em 
nostálgica poesia do 
passado, uma manifestação 
de saudosismo romântico e 
retrógrado. 
Com efeito, para criar uma 
arte que seja nossa e de 
nosso tempo cumprirá, 
qualquer que seja a 
orientação, que não se 
pesquisem motivos, origens, 
fontes de inspiração para 
muito longe de nós próprios, 
do meio em que decorreu o 
nosso passado e no qual terá 
que prosseguir o nosso 
futuro".
(SEVERO, 1917). 
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
01. Contextualização 
“A arte tradicional no Brasil”
"Para criar uma arte que 
seja nossa e do nosso 
tempo cumprirá (...) que 
não se pesquisem motivos, 
origens, fontes de inspiração, 
para muito longe de nós 
próprios, do meio em que 
decorreu o nosso passado e 
no qual, terá que prosseguir 
o nosso futuro (...). É 
necessário, pois, que os 
jovens arquitetos nacionais 
dêem princípio a uma nova 
era de RENASCENÇA 
BRASILEIRA; a eles ofereço 
esta lição inicial".
(SEVERO, 1917). 
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
01. Contextualização 
A velha escola seria também culpada pela “falta de educação 
artística” da população
“Estamos, pois, diante de um dilema. Ou 
corrigimos o título da Escola Nacional de Belas 
Artes, que passaria a se chamar 
“Escola Francesa de Belas Artes”, ou lhe 
mudamos radicalmente a orientação. 
Nesse caso, então, se impõe a criação da 
cadeira de História da Arte Nacional,
destinada a estudar com caráter cronológico 
as manifestações artísticas observadas no Brasil 
(...).” 
(MARIANNO FILHO, 1943, p. 150) 
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
01. Contextualização 
o NEOCOLONIAL reage contra o passado recente 
olhando para trás. 
É um revival que se pretende novidade
Um paradoxo
De acordo com Argan (1977, p. 7), o revival nasce como 
experiência artística e como redescoberta romântica, e 
mostra-se até nossos dias não só através da expressão na 
pintura, na escultura e na arquitetura, como também 
numa evocação de passados míticos relacionados com 
construções políticas e ideológicas. 
tenta combinar o culto à tradição e a especificidade da cultura brasileira
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
01. Contextualização 
“Decorre daí o interesse pela documentação 
metódica das antigas construções dos 
tempos coloniais, interesse que encontra sua 
origem na exortação do próprio Severo –
“examinai todas as coisas” – e que ele mesmo se 
encarregou de materializar, encomendando a 
alguns profissionais o registro, em desenhos a bico-
de-pena, fotografias e aquarelas, de detalhes 
construtivos e ornamentais que pudessem se 
constituir também em material didático, destinado 
a normatizar as manifestações dos arquitetos que 
pretendessem seguir o seu apelo em prol do que 
chamava de “arte tradicional”. 
Essas encomendas esparsas, que se iniciam em 
1914 e se estendem pela década de 1920, estão 
na origem de vários trabalhos de Alfredo Norfini
(1867-1944), Felisberto Ranzini (1881-1976) e 
principalmente Wasth Rodrigues.”
(PINTO JR, 2007)
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
01. Contextualização 
EMBATE
O neocolonial 
é uma reação de vanguarda ao que era visto como 
excesso de estrangeirismo eclético 
na arquitetura que se fazia no Brasil do início do século, 
porém transmuta-se em 
resistência ao modernismo 
calcada ideologicamente no tradicionalismo conservador. 
ESTILO NEOCOLONIAL-DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
01. Contextualização 
O movimento tradicionalista e a 
Exposição Comemorativa do Centenário da Independência, RJ(1922)
• A produção construída do neocolonial ganhou visibilidade na exposição
• Vários pavilhões foram erguidos de acordo com os cânones do estilo
• O neocolonial, naquela época chamado de “tradicionalismo” ou “colonialismo” 
– este último termo ainda não tendo tomado a conotação política negativa atual.
...versus a
A semana de arte moderna (1922)
• Busca pelo novo, pelo atual ....porém atrelado à cultura brasileira
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ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
Solar Monjope
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
02. Características estilísticas
Duas vertentes:
Ricardo Severo e os cariocas 
• Usam os elementos decorativos do 
período colonial em harmonia 
compositiva
• Tem conhecimento erudito do passado
• Insere-se na academia de Belas Artes
Victor Dubugras
• Fantasia pitoresca
• Mistura de estilos - ecletismo
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
02. Características estilísticas
Uso de elementos da arquitetura colonial 
Varandas 
Casa da Fazenda Mato de Pipa (1777). Um das mais antigas casa-grande de 
fazenda de cana-de-açucar do norte do Rio de Janeiro. 
Telha canal
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
02. Características estilísticas
Uso de elementos da arquitetura colonial 
Beirais
Telhas de faiança
Telha rabo de andorinha
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02. Características estilísticas
Uso de elementos da arquitetura colonial 
Balcões
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
02. Características estilísticas
Uso de elementos da arquitetura colonial 
Muxarabis
O muxarabi é um dos elementos mais característicos 
da nossa arquitetura colonial, uma das mais 
persistentes influências da arquitetura árabe. 
Segundo Estêvão Pinto, muxarabi significa local 
fresco. 
Para nós designa um balcão fechado por treliças, 
chamadas também de urupemas, geralmente com 
janelas de rótula.
As frasquias que formavam as urupemas tinham 
dimensões bem pequenas, em torno de 15 mm, e 
eram sobrepostas, formando uma malha bem 
delicada.
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
02. Características estilísticas
Uso de elementos da arquitetura colonial 
Muxarabis
“[...] provém de países 
quentes e luminosos, 
como vedação contra os 
raios do sol; a sua ação é 
semelhante à da 
folhagem das árvores, por 
cuja enredada treliça se 
côa a luz, cuja 
intensidade se acalma, 
produzindo ao mesmo 
tempo uma sombra fresca 
e um arejamento natural e 
perfeito. Pelo que tem de 
maliciosa a sua 
aplicação, justifica-se o 
seu sucesso velando os 
gineceus romanos e 
árabes, e os conventos de 
monjas"
SEVERO, 1916. p.61-62
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
02. Características estilísticas
Uso de elementos da arquitetura colonial 
gelosia ou rótula 
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
02. Características estilísticas
Uso de elementos da arquitetura colonial 
Azulejos
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
02. Características estilísticas
ATENÇÃO 
A recuperação dos elementos arquitetônicos é seletiva, glorificando a 
cultura produzida pela aristocracia rural, apontada como expressão máxima da 
nacionalidade. 
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ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
Casa do arquiteto - Ricardo Severo, Guarujá, 1922
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
03. Principais nomes e obras
3.1 Ricardo Severo
3.2 Victor Dubugras
3.3 José Mariano e os Cariocas
3.4 Lucio Costa
3.5 Neocolonial pelo Brasil
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
03. Principais nomes e obras
3.1 Ricardo Severo
• Ricardo Severo da Fonseca Costa nasceu em 
Lisboa, em 1869.
• Ainda criança, mudou-se com a família para a 
cidade do Porto, onde cresceu e formou-se 
Engenheiro Civil de Obras Públicas (1890), e de 
Minas (1891), pela Academia Politécnica do Porto.
• Vem para o Brasil exilado em decorrência de seu 
envolvimento em questões políticas, em Portugal:
“Esse republicanismo estava, por um lado, sob a 
influência iluminista e, por outro, sob uma vertente 
romântica que justifica o interesse pelas tradições, 
pela etnia e pelo nacionalismo” (MASCARO, 2011)
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
03. Principais nomes e obras
3.1 Ricardo Severo
Em 1914, ministrou a conferencia “A Arte 
Tradicional no Brasil” na Sociedade de 
Cultura Artística e em 1917 palestrou na 
Escola Politécnica de São Paulo, 
consideradas as primeiras tentativas de 
sistematização da arquitetura tradicional 
do país (SEGAWA, 1999, p.35).
Esse discurso nacionalista vinha se 
deflagrando desde as comemorações 
do Centenário De Independência do 
Brasil e tinha um caráter de progresso.
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
03. Principais nomes e obras
3.1 Ricardo Severo
• desde 1908 um dos 
sócios de Ramos de 
Azevedo - deu 
continuidade a 
vários projetos do 
escritório de 
engenharia quando 
Ramos de Azevedo 
morreu em 1928.
• Defensor da cultura 
luso-brasileira 
• Construiu diversas 
casas, muitas das 
quais hoje 
demolidas
[...] não se tratava de cópias de casas antigas, as quais tinham um esquema muito 
simples tanto em planta quanto no tratamento dos volumes. As casas de Ricardo 
Severo, pelo contrário, eram extremamente variadas e tratadas com toda a 
liberdade permitida pela técnica contemporânea” (BRUAND, 2008, P.53)
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
03. Principais nomes e obras
3.1 Ricardo Severo
Sua primeira obra neocolonial foi a casa do banqueiro Numa de Oliveira, 
construída entre 1916 e 1917 na avenida Paulista. 
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
03. Principais nomes e obras
3.1 Ricardo Severo
Este casarão foi erguido em 
1920, foi a residência do Sr. 
Numa de Oliveira (1870-
1959), banqueiro, secretário 
da Fazenda e Presidente do 
Conselho Administrativo do 
Banco de Comércio e 
Indústria de São Paulo. Neste 
posto, articulava junto às 
instituições financeiras 
britânicas, a concessão de 
financiamentos bancários, a 
compra dos estoques de 
café no Brasil e por conta 
disso Getúlio Vargas o 
recebeu em audiência para 
tratar deste acordo com os 
ingleses.
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
03. Principais nomes e obras
3.1 Ricardo Severo
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
03. Principais nomes e obras
3.1 Ricardo Severo
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
03. Principais nomes e obras
3.1 Ricardo Severo
https://www.janeladahistoria.com/numa-de-oliveira
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
03. Principais nomes e obras
3.1 Ricardo Severo
https://www.janeladahistoria.com/numa-de-oliveira
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULAGURGEL
03. Principais nomes e obras
3.1 Ricardo Severo
https://www.janeladahistoria.com/numa-de-oliveira
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
03. Principais nomes e obras
3.1 Ricardo Severo
https://www.janeladahistoria.com/numa-de-oliveira
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
03. Principais nomes e obras
3.1 Ricardo Severo
https://www.janeladahistoria.com/numa-de-oliveira
O prédio que ocupa o endereço 
chama-se Edifício Numa de 
Oliveira.
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
03. Principais nomes e obras
3.1 Ricardo Severo
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
03. Principais nomes e obras
3.1 Ricardo Severo
Casa Lusa, 
Ricardo 
Severo, 1917-24
Um dos procedimentos 
que Severo utilizou neste 
projeto (e que se tornaria 
comum na prática do 
neocolonial) é o uso de 
peças genuínas do 
período colonial (o balcão 
da varanda na fachada e 
a pia de pedra do pátio 
interno), retiradas de 
antigas construções de 
São Paulo e Rio de Janeiro, 
para harmonizar o 
conjunto construído e 
"validar" o uso de outros 
elementos na arquitetura, 
ainda que não originais. 
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
03. Principais nomes e obras
3.1 Ricardo Severo
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
03. Principais nomes e obras
3.1 Ricardo Severo
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
03. Principais nomes e obras
3.1 Ricardo Severo Casa Praiana
• A escala da casa permitia uma melhor associação com a 
volumetria do colonial. 
• O telhado, principalmente, pôde manter uma boa 
relação volumétrica, "dominando" o corpo construído da 
mesma maneira que os grandes telhados coloniais 
assentavam-se sobre as construções da época. 
• Outros elementos como as venezianas, os muxarabis e as 
gelosias caracterizavam o conjunto. 
• Mantendo seu discurso evolucionista da arquitetura, 
Severo busca novamente nas origens da construção 
portuguesa (de influências romanas e árabes) o uso e a 
função desses elementos
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
03. Principais nomes e obras
• Neocolonial como uma nova “moda”, tal 
como a art noveau – “não rompeu 
totalmente com as fases anteriores da sua 
obra” (Bruand, 2008, p. 53)
• A primeira construção neocolonial, projetada 
por Dubugras, teria sido a residência de Névio
Barbosa, em São Paulo, no ano de 1914. 
• Já em Santos, neste período, Dubugras
projetou o Asilo para Inválidos e a residência 
de Saturnino de Brito entre outras. 
3.2 Victor Dubugras
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
03. Principais nomes e obras
• Estes projetos definiam-se, de modo 
geral, por volumes recortados, balcões 
e corpos laterais salientes, grandes 
beirais, telhados de várias águas, além 
de um conjunto considerável de 
elementos ornamentais “inspirados” na 
arquitetura civil do período colonial. 
• A construção era ornamentada com 
tijolinhos e pedras aparentes, com o 
emprego de azulejos decorados e 
vergas de granito ou arremates em 
argamassa, revestidos de cores claras, 
sobre as portas externas, sobre as 
janelas, na parte superior das empenas 
e junto aos vãos de ventilação
3.2 Victor Dubugras
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
03. Principais nomes e obras
3.2 Victor Dubugras
segundo Segawa (2008, p. 
48) 
“seus projetos tornavam-se 
menos rígidos, em planta e 
em volume, os traçados 
arredondados ficaram mais 
frequentes, as varandas 
passaram a assumir uma 
importância fundamental 
na composição, chegando 
mesmo a contornar quase 
inteiramente a casa”.
Residência da Baronesa de Arary – Av. Paulista, São Paulo (1916)
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
03. Principais nomes e obras
3.2 Victor Dubugras
Residência da Baronesa de Arary – Av. Paulista, São Paulo (1916)
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
03. Principais nomes e obras
3.2 Victor Dubugras
Residência da Baronesa de Arary – Av. Paulista, São Paulo (1916)
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
03. Principais nomes e obras
3.2 Victor Dubugras
Residência da Baronesa de Arary – Av. Paulista, São Paulo (1916)
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
03. Principais nomes e obras
3.2 Victor Dubugras
Residência da Baronesa de Arary – Av. Paulista, São Paulo (1916)
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
03. Principais nomes e obras
3.2 Victor Dubugras
Residência da Baronesa de Arary – Av. Paulista, São Paulo (1916)
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
03. Principais nomes e obras
3.2 Victor Dubugras
Residência da Baronesa de Arary – Av. Paulista, São Paulo (1916)
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
03. Principais nomes e obras
3.2 Victor Dubugras
Residência da Baronesa de Arary – Av. Paulista, São Paulo (1916)
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03. Principais nomes e obras
3.2 Victor Dubugras
Dubugras elaborou inúmeros projetos neocoloniais, boa parte deles construída e de 
grande interesse. Mas foram as encomendas de Washington Luís para celebrar o 
Centenário da Independência que viabilizaram suas construções mais significativas 
nesse estilo: o Largo da Memória no centro de São Paulo, e os monumentos e pousos 
do Caminho do Mar. 
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03. Principais nomes e obras
3.2 Victor Dubugras
Largo da Memória no centro de São Paulo
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03. Principais nomes e obras
3.2 Victor Dubugras
Largo da Memória no centro de São Paulo
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03. Principais nomes e obras
3.2 Victor Dubugras
Pouso da 
Maioridade, 
1919-1922,
Estrada velha 
de Santos
Nesses conjuntos, como em toda a obra neocolonial de Dubugras, utilizaram-se 
elementos barrocos que, havia muito tempo, eram hostilizados por arquitetos e artistas. 
Recuperavam-se os pináculos e volutas daquela arte, talhados em pedra, material 
predominante nas duas obras. Elas se inserem admiravelmente na paisagem, 
congregando as funções de passagem e estar, dando suporte à narrativa histórica dos 
próprios lugares na azulejaria de José Wasth Rodrigues. (MIYOSHI, 2009, p. 96)
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3.2 Victor Dubugras
Pouso da Maioridade, 1919-1922,
Estrada velha de Santos
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3.2 Victor Dubugras
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3.2 Victor Dubugras
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3.2 Victor Dubugras
Pouso do 
Paranapiacaba, 1919-
1922, Estrada velha 
de Santos.
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3.2 Victor Dubugras
Pouso doParanapiacaba, 1919-
1922, Estrada velha 
de Santos.
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3.2 Victor Dubugras
Pouso do 
Paranapiacaba, 1919-
1922, Estrada velha 
de Santos.
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3.2 Victor Dubugras
Pouso do 
Paranapiacaba, 1919-
1922, Estrada velha 
de Santos.
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3.2 Victor Dubugras
Pouso do Paranapiacaba, 1919-1922, Estrada velha de Santos.
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3.2 Victor Dubugras
Padrão do Lorena, 1919-1922, Estrada velha de Santos
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3.2 Victor Dubugras
Padrão do Lorena, 1919-1922, Estrada velha de Santos
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3.2 Victor Dubugras
Padrão do Lorena, 1919-1922, Estrada velha de Santos
No Caminho do Mar, os painéis 
de Wasth Rodrigues mostram a 
evolução da estrada e dos 
transportes, começando no pé 
da serra com o descobrimento 
da América. Alguns painéis 
conformam-se às paredes 
convexas projetadas por 
Dubugras, acompanhando a 
sinuosidade da via. Wasth
Rodrigues cuidou para que o 
escorço dos homens e animais 
retratados, subindo e 
descendo a estrada, 
correspondesse às curvaturas. 
(MIYOSHI, 2009, p. 96)
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3.2 Victor Dubugras
Padrão do Lorena, 1919-1922, Estrada velha de SantosO marco Cruzeiro Quinhentista consiste de um 
ponto central com uma cruz de granito, 
envolvida por bancos de pedra que 
protegem o monumento. Caracteriza o ponto 
de convergência das antigas vias que 
desciam as serras e o descobrimento da 
América. 
Representa a chegada dos portugueses e 
cenas da colonização e catequese dos índios 
pelos padres jesuítas. No pedestal da cruz 
estão gravados os nomes Ide Tibiriçá, 
Anchieta, Mem de Sá, Nóbrega, Leonardo 
Nunes, Martim Afonso, João Ramalho e as 
datas de 1500 e 1922.
(JESION&MATTOS, 2016, p.169)
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3.2 Victor Dubugras
Projeto para a residência de Arnaldo Guinle, Teresópolis, Rio de Janeiro , s.d.
Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini
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03. Principais nomes e obras
3.3 José Mariano e os Cariocas
• Médico e historiador de arte 
• Presidiu a Associação Brasileira de Belas 
Artes em 1924 e posteriormente sendo 
Diretor da Escola Nacional de Belas Artes 
• Teve um papel importante no 
movimento Neocolonial, patrocinando 
viagens de arquitetos às cidades 
mineiras coloniais.
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3.3 José Mariano e os Cariocas
• Dentro da arquitetura, Marianno Filho escreveu 
e publicou muito mais do que construiu. 
• Sua proposta era, antes de tudo, realizar uma 
intensa pesquisa acerca das manifestações 
legítimas da cultura nacional, da raça, através 
da arquitetura que havia sido produzida no 
período colonial brasileiro. 
• Destacava importância maior aos processos de 
adaptação que a arquitetura sofreu, ao entrar 
em contato com o meio tropical, com a mão-
de-obra composta por negros e indígenas, e 
finalmente com a apropriação desse modo de 
construir em adequação aos materiais possíveis 
no Brasil. 
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3.3 José Mariano e os Cariocas
Solar Monjope
• Construído por 
cima de uma 
construção 
anterior a antiga 
Chácara da Bica, 
foi a obra da 
dedicação quase 
doentia do 
médico José 
Mariano Filho, 
que recolhendo 
inúmeras peças 
coloniais legítimas 
pelo Brasil, 
notadamente a 
região Nordeste.
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3.3 José Mariano e os Cariocas
Solar Monjope
"O solar de sua construção, situado na 
Gávea, é realmente uma grande obra, 
obra suntuária, de arte e arqueologia. 
Os arquitetos patrícios encontrarão 
nessa casa ótima documentação, 
podendo mesmo desprezar estudos 
mais demorados de pesquisas, no 
interior, por isso que tudo que há de 
bom, como documentação, ali se 
encontra.(...) Os detalhes são 
magníficos, azulejos autênticos, pias, 
móveis, enfim, tudo se combina 
harmoniosamente, tendo além do mais 
o ambiente adequado" 
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3.3 José Mariano e os Cariocas
Solar Monjope
Em 1929, o Solar serviu de cenário para o filme “Sangue Mineiro” dirigido por Humberto 
Mauro, com cena ilustrada na fotografia abaixo.
https://www.youtube.com/watch?v=AN
SaziErJRw
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3.3 José Mariano e os Cariocas
Solar Monjope
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3.3 José Mariano e os Cariocas
Solar Monjope
• gelosias e muxarabis fechando as varandas
• enormes pinhões nos cantos do telhado, que 
contava com beirais pronunciados de telhas 
canal
• os azulejos ao rés do chão
• A demolição do Solar de Monjope, em 1973, 
encerra uma disputa de quase meio século 
entre neocolonial e modernismo.
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3.3 José Mariano e os Cariocas
Solar Monjope
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3.3 José Mariano e os Cariocas
Solar Monjope
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3.3 José Mariano e os Cariocas
Solar Monjope
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3.3 José Mariano e os Cariocas
Solar Monjope
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03. Principais nomes e obras
3.3 José Mariano e os Cariocas
Exposição do Centenário da Independência -1922
• Tanto esta exposição quanto a de 1908 (comemorativa dos 100 anos da Abertura 
dos Portos às Nações Amigas), ambientadas no Rio, foram vitrines da modernidade
brasileira patrocinada pela nossa recente República.
• Foram inspiradas nas Exposições Universais (Londres, Paris, Filadélfia ... da 2ª metade 
do século XIX em diante) e mostravam os avanços urbanísticos e tecnológicos da 
época.
• A arquitetura dos pavilhões, expressava o Ecletismo da época.
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3.3 José Mariano e os Cariocas
Exposição do Centenário da Independência -1922
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3.3 José Mariano e os Cariocas
Exposição do Centenário da Independência -1922
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3.3 José Mariano e os Cariocas
Exposição do Centenário da Independência -1922
Pavilhão deCaça e Pesca
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Exposição do Centenário da Independência -1922
Pavilhão do Serviço Meteorológico 
(antigo Forte do Calabouço)
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3.3 José Mariano e os Cariocas
Exposição do Centenário da Independência -1922
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03. Principais nomes e obras
3.3 José Mariano e os Cariocas
Exposição do Centenário da Independência -1922
• Alguns dos pavilhões 
construídos para a 
Exposição de 1922 
tinham o caráter 
permanente, outros eram 
temporários. 
• O prédio da Pequenas 
Indústrias foi demolido.
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03. Principais nomes e obras
3.3 José Mariano e os Cariocas
Exposição do Centenário da Independência -1922
• antigo Arsenal de Guerra foram 
ampliadas e embelezadas, com 
decoração característica da arquitetura 
neocolonial.
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03. Principais nomes e obras
3.3 José Mariano e os Cariocas
Exposição do Centenário da Independência -1922
“o sucesso do neocolonial na exposição internacional de 1922 teve profunda 
repercussão; o estilo não apreciado apenas em termos locais, mas também elogiado 
pelos estrangeiros, encantados com o exotismo que ele exalava; por sua vez, esses 
elogios reforçavam o entusiasmo brasileiro pelo movimento que a partir de então 
passou a contar com apoio oficial declarado” 
(BRUAND, 2008, p. 56)
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03. Principais nomes e obras
3.3 José Mariano e os Cariocas
José Mariano promove concursos pra estimular a produção dessa arquitetura:
• Casa Brasileira em 1921, 
• Solar Brasileiro em 1923 - O primeiro lugar foi de Ângelo Brunhs e o segundo de Lucio 
Costa, mas nenhum deles chegou a ser construído. 
• Pavilhão do Brasil em Filadélfia em 1925, vencido por Lucio Costa 
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3.3 José Mariano e os Cariocas
Escola Normal do Rio de Janeiro 
(1930)
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3.3 José Mariano e os Cariocas
Escola Normal do Rio de Janeiro 
(1930)
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03. Principais nomes e obras
3.4 Lucio Costa
• Nasce em 1902 - Toulon (França) e 
devido às atividades oficiais de seu pai, 
que era almirante, morou em diversos 
países, entre os quais Inglaterra e Suíça. 
• Retornou ao Brasil em 1917 e, no ano 
seguinte, foi matriculado por seu pai na 
Escola Nacional de Belas Artes.
• “dupla aventura”: neocolonial e 
modernista
• Em 1924 se forma na Escola Nacional 
de Belas Artes do Rio de Janeiro, aos 22 
anos
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03. Principais nomes e obras
3.4 Lucio Costa
como estagiário dos arquitetos Memória e Cuchet, Lucio participou da elaboração do 
projeto neocolonial do Pavilhão das Indústrias da Exposição de 1922 (SANTOS, 1960, p. 
10-11). 
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03. Principais nomes e obras
3.4 Lucio Costa
“sua vasta cultura, a formação particularmente europeia, a segurança de seu 
gosto, a grande modéstia, e o apoio de José Mariano foram os elementos 
essenciais para sua rápida ascensão” (BRUAND, 2008, p. 57)
• Associando com Fernando Valentim projetaram uma série de casas neocoloniais 
entre 1924 e 1930
• A produção de Lucio Costa e Fernando Valentim é eclética: 
 a casa Jayme Smith de Vasconcellos em Itaipava (1924) é neogótica, 
 a casa de Arnaldo Guinle em Teresópolis(1924) é normanda.
 nas casas Daudt de Oliveira no Cosme Velho (1928) entre outras possui 
formas hispânicas (mexicano, californiano, Mission style) 
 a casa Raul Pedrosa (1925-6), em Santa Tereza, é neocolonial.
• Sua planta/ volumetria apresenta zoneamento funcional e 
hierarquia entre as partes
• Evita a simetria 
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03. Principais nomes e obras
3.4 Lucio Costa
Residência de Rodolfo 
Chambelland
Avenida Paulo de Frontin, 
Rio de Janeiro/RJ - 1922
Esse foi o primeiro projeto 
assinado por Lucio Costa, uma 
casa em estilo inglês.
Lucio estava em seu segundo 
emprego na firma Escriptorio
Technico Heitor de Mello que 
ficava na Rua da Quitanda 10.
Junto a ele, na fiscalização da 
obra estava Evaristo Juliano de 
Sá.
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3.4 Lucio Costa
Residência de Rodolfo Chambelland
Avenida Paulo de Frontin, Rio de Janeiro/RJ - 1922
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3.4 Lucio Costa
Residência de Rodolfo Chambelland
Avenida Paulo de Frontin, Rio de Janeiro/RJ - 1922
“Sempre que, no viaduto, 
passava por lá, via a ponta 
da sua empena aflorando da 
copa das árvores – até que 
um dia sumiu.”
(in Lucio Costa – Registro de uma 
Vivência, p.15)
http://www.jobim.org/lucio/handle/2010.3/39
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03. Principais nomes e obras
3.4 Lucio Costa
Nesta entrevista - publicada no jornal A Noite em 19/03/1924 e sugestivamente intitulada “A alma 
dos nossos lares” - Lucio condenava o ideal de perfeição doméstica então vigente, em que 
imperava o apreço pelo “novinho”, “pintadinho”, “bonitinho”, afirmando:
O ideal em arquitetura doméstica não 
é essa casa de aspecto eternamente 
novo, reluzente, lustrada, polida, que 
parece gritar-nos:”Cuidado, não me 
toquem! Cuidado com a tinta!‟ Não... 
longe disso. 
A verdadeira casa é aquela que se 
harmoniza com o ambiente onde 
situada está, que tem cor local; 
aquela que nos convida, que nos atrai, 
e parece dizer-nos: Seja benvindo!
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3.4 Lucio Costa
Conjunto de duas residências – D. Adelaide e Dr. João Daudt de Oliveira.
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3.4 Lucio Costa
Conjunto de duas residências – D. Adelaide e Dr. João Daudt de Oliveira.
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03. Principais nomes e obras
3.4 Lucio Costa
Conjunto de duas residências – D. Adelaide e Dr. João Daudt de Oliveira.
Publicado na revista 
Arquitetura e Urbanismo, Rio 
de Janeiro, Setembro e 
outubro de 1938.
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3.4 Lucio Costa
Conjunto de duas residências – D. Adelaide e Dr. João Daudt de Oliveira.
Vista Interior Casa Sra Adelaide Daudt.
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3.4 Lucio Costa
Castelo para Jayme Smith 
de Vasconcelos – Itaipava
Localiza-se o Castelo no centro 
de um terreno de 360 hectares, 
uma piscina de 230 m², quadras 
de tênis e cocheiras. Nos jardins 
existe uma estátua feita em 
mármore de carrara, cópia de 
uma existente em Florença, seu 
escultor veio também da Itália 
para a execução da obra de 
arte.
A construção do Castelo deu aos arquitetos o prêmio da grande medalha deprata do salão de Belas Artes de 1924, Rio de Janeiro.
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3.4 Lucio Costa
Castelo para Jayme Smith 
de Vasconcelos – Itaipava
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3.4 Lucio Costa
Castelo para Jayme Smith 
de Vasconcelos – Itaipava
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3.4 Lucio Costa
Castelo para Jayme Smith 
de Vasconcelos
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3.4 Lucio Costa
Residência Raul Pedrosa, Rio de Janeiro, 1924
já se mostra como um autêntico exemplar do neocolonial, ainda no ano de 
1924, ou seja, contemporânea às primeiras
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Residência Raul Pedrosa, Rio de Janeiro, 1924
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3.4 Lucio Costa
Casa Ernesto Fontes, 1930
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3.4 Lucio Costa
Pavilhão do Brasil na Exposição Internacional de 1926, Filadélfia, EUA
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3.4 Lucio Costa
Pavilhão do Brasil na Exposição Internacional de 1926, Filadélfia, EUA
“O Dr. Miguel Calmon, ministro da 
agricultura, tomando em 
consideração as representações que 
lhe foram dirigidas pelo Dr. José 
Marianno Filho, como presidente da 
Sociedade Brasileira de Bellas Artes, e 
Dr. Nerêo de Sampaio, como 
presidente do Instituto Central de 
Architectos, relativamente à nossa 
representação na Exposição de 
Philadelphia e construção do nosso 
pavilhão, decidiu autorizar o Instituto 
Central de Architectos a abrir, pelo 
prazo improrrogável de 40 dias, a 
contar de 23 do mês corrente, entre 
arquitetos brasileiros, um concurso de 
ante projetos […]”
A abertura do concurso se deu dia vinte e dois de 
setembro de 1925, tendo os arquitetos quarenta 
dias para entregarem os anteprojetos na sede do 
Instituto Central de Architectos do Rio de Janeiro. 
O edital do certame era bastante específico sobre 
as questões técnicas do programa, especificando 
os ambientes e a metragem deles, assim como o 
estilo em que as propostas deveriam estar. 
De acordo com o segundo parágrafo do edital: “o 
estilo da construção será exclusivamente o 
tradicional brasileiro (neocolonial).”
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03. Principais nomes e obras
3.4 Lucio Costa
Pavilhão do Brasil na Exposição Internacional de 1926, Filadélfia, EUA
Quando Lucio Costa realizou o premiado projeto era 
apenas um jovem de 23 anos que ainda frequentava o 
último ano do Curso Especial de Arquitetura da Escola 
Nacional de Belas Artes (ENBA).
Mas apesar da aparente inexperiência, Lucio 
trabalhava há três anos em escritório próprio, em 
sociedade com seu antigo colega do curso geral da 
ENBA, Fernando Valentim, quem o havia convidado 
para a sociedade em 1922, quando este recém se 
formara arquiteto.
De fato, um ano antes desta sua participação no 
concurso para o pavilhão de 1925, Lucio Costa havia 
permanecido aproximadamente um mês em 
Diamantina, realizando uma viagem de estudos do 
autêntico colonial.
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3.4 Lucio Costa
Pavilhão do Brasil na Exposição Internacional de 1926, Filadélfia, EUA
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Pavilhão do Brasil na Exposição Internacional de 1926, Filadélfia, EUA
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3.4 Lucio Costa
Pavilhão do Brasil na Exposição Internacional de 1926, Filadélfia, EUA
O projeto de Lucio Costa foi o 
vencedor do concurso para o 
pavilhão.
Nele, tanto a fachada quanto o 
desenho das plantas baixas são 
definidas por eixo simétrico, 
característica da linguagem 
clássica para destacar 
monumentalidade. O uso da 
simetria para este fim não fazia 
parte obrigatória da sintaxe 
neocolonial, mas era aconselhado 
em edifícios que possuíam função 
comemorativa, ou de 
representação nacional. 
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3.4 Lucio Costa
Pavilhão do Brasil na Exposição Internacional de 1926, Filadélfia, EUA
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Pavilhão do Brasil na Exposição Internacional de 1926, Filadélfia, EUA
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03. Principais nomes e obras
3.4 Lucio Costa
• O período neocolonial de Costa foi 
marcado por uma fase conturbada da 
vida pessoal do arquiteto, fase que, 
curiosamente, parece querer excluir de 
seu currículo.
• entre 1926 e 1927, viaja para a Europa por 
motivos sentimentais (estava dividido 
entre dois amores) e ao retornar casa-se e 
muda-se para Correias, perto de 
Petrópolis. 
• O fato é que, ao voltar da Europa e antes 
de retornar ao Rio e se casar, Costa visita 
as cidades coloniais mineiras (Caraça, 
Sabará, Mariana e Ouro Preto) onde, 
além de se curar de problemas de saúde. 
ESTILO NEOCOLONIAL- DISCIPLINA ARQ&URB NO BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª ANA PAULA GURGEL
03. Principais nomes e obras
3.4 Lucio Costa
• Em seu texto de 1951, Depoimento de um arquiteto carioca, Lucio Costa 
descarta o neocolonial como uma experiência válida para a aparição 
da modernidade no Brasil. 
• De acordo com ele, a ascendência válida da vanguarda moderna remonta 
diretamente à arquitetura neoclássica trazida pelos artistas da missão 
francesa, já que esta, como a vanguarda moderna das décadas de 1930 e 
1940, integrou a arquitetura brasileira ao “espírito moderno da época”.
• Por sua vez, o neocolonial era considerando um hiato, um período nulo na 
escalada de contribuições históricas para o surgimento da modernidade.
O neocolonial seria uma transição para o modernismo, 
um momento pré-moderno fundamental para a 
definição de uma arquitetura tipicamente brasileira ???
Ou....
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03. Principais nomes e obras
3.4 Lucio Costa
• Pesquisadores colocam a fase neocolonial de Costa num momento em que ele 
ainda não estava totalmente convencido das propostas vanguardistas europeias 
e em que o arquiteto visita as cidades coloniais mineiras. 
• Após visita às cidades históricas mineiras
“Comecei ai a perceber o equívoco do chamado neocolonial, lamentável 
mistura de arquitetura religiosa e civil, de pormenores próprios de épocas e 
técnicas diferentes, quando teria sido tão fácil aproveitar a experiência 
tradicional no que ela tem de válido para hoje e para sempre”
COSTA, Lucio - Registro de uma vivência 
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03. Principais nomes e obras
3.5 Neocolonial pelo Brasil
DIFUSÃO: 
UM VERNÁCULO 
BRASILEIRO?
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03. Principais nomes e obras
3.5 Neocolonial pelo Brasil
reconhece-se uma casa neocolonial:
• área frontal em forma de arco quase sempre com a presença deaduelas 
salientes de pedra; 
• paredes com superfícies irregulares; 
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03. Principais nomes e obras
3.5 Neocolonial pelo Brasil
reconhece-se uma casa neocolonial:
• frontões em arco ou triangulares cobertos por telhas; 
• pequenos painéis de azulejos ou então isolados; 
• chaminés com pequenos arcos. 
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03. Principais nomes e obras
3.5 Neocolonial pelo Brasil
Casa estilo 
neocolonial 
Novo 
Hamburgo 
(RS)
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03. Principais nomes e obras
3.5 Neocolonial pelo Brasil
bairro 
Moinhos de 
Vento, em 
Porto Alegre 
(RS)
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03. Principais nomes e obras
3.5 Neocolonial pelo Brasil
Casinha 
neocolonial 
"esmagada" 
entre 
prédios em 
Torres (RS)
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03. Principais nomes e obras
3.5 Neocolonial pelo Brasil
Garibaldi/RS
Cachoeira 
do Sul (RS)
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03. Principais nomes e obras
3.5 Neocolonial pelo Brasil
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03. Principais nomes e obras
3.5 Neocolonial pelo Brasil
Coromandel, MG
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03. Principais nomes e obras
3.5 Neocolonial pelo Brasil
Escola Estadual Dom Pedro II, em Belo 
Horizonte.
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Palacete Numa de Oliveira (1916 – Ricardo Severo)
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04. CRÍTICAS AO ESTILO
Seria o neocolonial uma adaptação do ecletismo?
No artigo “El estilo que nunca existió”, publicado 
no livro Arquitectura neocolonial: América 
Latina, Caribe, Estados Unidos (1994), Carlos 
Lemos reduz o neocolonial a um “historicismo”, 
termo por ele usado pejorativamente, sua 
honestidade de pesquisador o obriga a apontar 
que:
“Sem dúvida, o mais interessante de toda a 
variante eclética historicista lançada por Severo 
ao sugerir o “estilo colonial” agradou a todos os 
gostos e se popularizou, inclusive no âmbito da 
arquitetura sem arquitetos”
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04. CRÍTICAS AO ESTILO
O sopro de renovação que, por força 
das convicções conservadoras de seu 
patrono, esgrimidas freqüentemente 
na imprensa, assumiu cores 
preponderantemente aristocráticas 
e até racistas, coincide 
cronologicamente com outros 
movimentos similares em países das 
Américas, onde, da Califórnia ao 
Chile, passando pelo México e pelo 
Peru, surgiram manifestações que se 
referenciavam na tradição construtiva 
hispânica e nos adornos pré-
colombianos para se contrapor ao 
ecletismo de matriz européia 
(AMARAL, 1984, p. 11). 
Arco maia em homenagem a Porfirio Díaz (1906). Mérida, Yucatán
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04. CRÍTICAS AO ESTILO
Seria o neocolonial uma adaptação do ecletismo?
“Os partidários das duas terias não percebiam as profundas modificações que a 
revolução industrial havia causado na vida contemporânea, nem os novos 
problemas que os arquitetos seriam chamados a resolver, a fim de dar uma 
resposta adequada às necessidades do homem do século XX.
Ora, a arquitetura jamais foi e jamais será uma arte pela arte; ela está intimamente 
ligada as necessidades materiais da civilização que a faz nascer e da qual é um 
dos signos mais evidentes; ela não pode ignorar essas necessidades sob a pena de 
perder toda sua autencidade e qualquer valor duradouro. 
Por conseguinte, o debate puramente formal que tinha se instaurado era 
totalmente acadêmico e não abria qualquer perspectiva nova.
Seria um erro, porém desprezar o aspecto psicológico da questão e considerar a 
moda do neocolonial como uma episódio inconsequente. ”
BRUAND, 2008, P. 52
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04. CRÍTICAS AO ESTILO
“A construção de importantes edifícios públicos na linha neocolonial e sua 
promoção oficial terminam por vulgarizá-lo em elementos ornamentais, sem 
discriminação. 
O neocolonial defende uma ruptura com o fechado sistema Beaux-Arts, mas é 
preconceituoso na aceitação do que poderia surgir do novo, prendendo-se numa 
crítica infundada, por exagerada. 
A inconsistência, destituída da carga ideológica original, e a superficialidade 
resultante estão no cerne da revolta de Lucio Costa – que ao entrar em contato 
com o verdadeiro colonial, reconhece o embuste.”
HECK, Márcia, 2005
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04. CRÍTICAS AO ESTILO
“A volta ao passado é, paradoxalmente, o índice da modernidade do homem 
eclético: os revivals sucessivos que propõe a si próprio não são nem conservadores 
nem reacionários, embora reajam contra a noção contemporânea de história. 
Não são conservadores porque são anti-tradicionalistas; 
não são reacionários porque não buscam princípios de autoridade absolutos 
e imutáveis. 
Não desejam restaurar nada porque a volta ao passado não implica uma 
recuperação de valores.”
FABRIS, Annateresa. Ecletismo na arquitetura brasileira. Nobel, Edusp: São Paulo, 
1987. p. 384. 
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04. CRÍTICAS AO ESTILO
“Ao menosprezarmos por preconceito estético os estilos neocoloniais, 
concomitantemente desqualificamos o imenso acervo de obras neles realizadas e 
não levamos em consideração a variedade de programas em que são 
empregados. 
E negligenciamos a riqueza de significados que essas edificações evocam, as suas 
qualidades construtivas, o seu valor artístico e a sua relevância ideológica e, não 
menos, o agrado que causavam e ainda causam.”
FICHER, Sylvia, 2012
Entretanto:
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05. A semana de Arte Moderna de 1922
O que foi?
Onde e Quando?
Quem?
Realizada entre 11 e 18 de fevereiro de 1922 no Teatro Municipal de São Paulo
Evento no qual participaram diversos artistas com o objetivo de renovar o ambiente 
artístico e cultural do país, quando foram realizados espetáculos de música, 
dança, conferências e leituras de poemas e prosa
1. Artes plásticas (pintura e desenho): Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Zina Aita, 
Vicente do Rego Monteiro, Ferrignac (Inácio da Costa Ferreira), Yan de Almeida 
Prado, John Graz, Alberto Martins Ribeiro e Oswaldo Goeldi; 
2. Artes Plásticas (escultura): Victor Brecheret, Hildegardo Leão Velloso e Wilhelm 
Haarberg; 
3. Projetos de arquitetura: Antônio Garcia Moya e Georg Przyrembel; 
4. Literatura (escritores): Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Menotti del
Picchia, Sérgio Milliet, Plínio Salgado, Ronald de Carvalho, Álvaro Moreira, Renato 
de Almeida, Ribeiro Couto e Guilherme de Almeida; 
5. Música: Villa-Lobos, Guiomar Novais, Ernâni Braga e Frutuoso Viana. 
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05. A semana de Arte Moderna de 1922
Antecedentes
1912 – marco simbólico do início do modernismo no Brasil, pois Oswald de Andrade
regressava da Europa trazendo informações sobre o Futurismo
movimento intelectualartístico italiano, 
chefiado pelo poeta 
Marinetti – uma arte 
ligada à nova 
civilização tecnológica 
que surgia;
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05. A semana de Arte Moderna de 1922
Antecedentes
Futurismo “Anárquicos e incendiários, os 
futuristas promoveram um verdadeiro 
espetáculo de pirotecnia gráfica. 
Letras e fragmentos de letras tratados, 
como nunca antes, em sua dimensão 
visual. 
Um verdadeiro caos de tipos e de 
corpos [tipográficos].
Em seu rastro, embora bem mais 
nítida e consistente, veio a vanguarda 
russa. 
A consolidação da aliança entre 
poeta e pintor e entre poeta e 
designer. 
A preocupação, explícita e 
programática, com a visualidade 
escrita."
(RISÉRIO,1998. p. 48)
GIACOMO BALLA
– Desenho sobre cartolina do Movimento 
Futurista.
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05. A semana de Arte Moderna de 1922
Antecedentes
Futurismo
Dinamismo de um Cão 
na Coleira, Giacomo
Balla (1912 )
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Antecedentes
Lasar Segall
• Nascido em Vilna, capital da Lituânia, na época sob 
o domínio do Império russo
• foi discípulo de Antokolski, um dos mais importantes 
escultores russos do século XIX. 
• Com 15 anos, porém, instala-se em Berlim e frequenta 
a rigorosa Academia Imperial de Belas Artes de 
Berlim, de onde seria afastado em 1909 por expor na 
Freie Sezession ( Secessão Livre ), onde ganhou o 
prêmio Max Lieberman em um período no qual sua 
obra esteve fortemente influenciada pelo 
impressionismo.
• A partir daí se transfere para Dresden, onde passa a 
frequentar a Academia de Belas Artes como aluno-
mestre, desfrutando de total liberdade de criação. É 
também aí que acontece sua primeira exposição 
individual.
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05. A semana de Arte Moderna de 1922
Antecedentes
Lasar Segall
• Em 1913, Segall vem pela primeira vez ao Brasil, 
expondo em São Paulo e Campinas, onde percebe-
se já em sua obra uma forte influência do 
expressionismo do grupo Die Brücke (A Ponte), de 
Dresden. 
- O nome do grupo, A Ponte, escolhido por Rottluff
com base numa passagem de Also sprach
Zarathustra (Assim Falou Zaratustra), de Nietzsche, 
é representativo dos seus objetivos artísticos no 
campo da pintura.
- Ernst Ludwig Kirchner (1880-1938), Erich Heckel
(1883-1970), Fritz Bleyl (1880-1966), Karl Schmidt-
Rottluff (1884-1976) foram os primeiros membros, 
quatro estudantes de arquitetura do Jugendstil, 
influenciados por Hermann Obrist ).
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Antecedentes
Duas amigas (1913)
Lasar Segall
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Antecedentes
Asilo de velhos, 1912
Lasar Segall
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Antecedentes
Expressionismo alemão
• Designa uma corrente de vanguarda
das três primeiras décadas do século 
XX, marcadamente alemã.
• Proclama como objetivo da arte a 
representação de emoções e insiste 
na escolha de temas fortes de índole 
psicológica e social.
• Uso de deformação ou exagero das 
figuras, em reação aos modelos 
dominantes nas artes europeias desde 
o Renascimento, particularmente nas 
ultrapassadas academias de Belas-
Artes.
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Antecedentes
Expressionismo alemão
Dance Around the Golden 
Calf, 1910 - Emil Nolde
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Antecedentes
Expressionismo alemão
“O Gabinete do 
Dr. Caligari”, 
feito em 1919 e 
dirigido por 
Robert Wiene.
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Antecedentes
1917
• exposição de pintura em São Paulo 
de Anita Malfatti que voltava da 
Alemanha também influenciada pelo 
expressionismo
• Revolução Socialista Russa, em plena 
Primeira Guerra Mundial, grandes 
greves em São Paulo
A Estudante Russa (c.1915)
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Antecedentes
1917: 
exposição de 
Anita Malfatti
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Antecedentes
1917: 
exposição de 
Anita Malfatti
Tropical , 1917 
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Antecedentes
1917: exposição de Anita Malfatti
O Farol de Monhegan (1915) O Barco (1915)
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Antecedentes
1917: exposição de Anita Malfatti
• As telas expressionistas apresentadas por 
Anita Malfatti na Exposição de Pintura 
Moderna representam um conjunto inédito 
para o público da época
• Monteiro Lobato publica uma crítica no 
jornal "O Estado de São Paulo“: não 
deixando de elogiar o talento e a técnica 
de Anita, mas deplorou de maneira 
sarcástica e impetuosa a vinculação da 
jovem pintora à "paranoia e mistificação" 
que atribuía aos movimentos modernistas 
de vanguarda. 
O Japonês (1915-1916)
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Antecedentes
1917: exposição de Anita Malfatti
• As palavras de desaprovação do crítico 
arregimentam jovens poetas e escritores -
como Mário de Andrade, Oswald de Andrade 
(1890-1954) e Menotti del Picchia (1892-1988) -
em torno de Anita Malfatti
• Talvez a exposição ficasse num quase 
anonimato, não fosse o movimento que se 
seguiu de solidariedade e de contestação, 
tendo como pano de fundo o conturbado e 
revolucionário momento social, político e 
econômico do país e notadamente de São 
Paulo, dentro de um processo intenso de 
crescimento urbano/industrial e acomodação 
de imensas ondas de ex-escravos e de 
imigrantes, das mais distintas etnias e culturas. 
A Mulher de Cabelos Verdes (1915-1916)
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Antecedentes
1917: exposição de Anita Malfatti
• Os modernistas, fundamentalmente formados por 
intelectuais oriundos da classe dominante e 
contando com um conhecimento prévio e 
substancioso do que ocorria na Europa e mesmo 
nos Estados Unidos, fizeram desse "arroubo 
juvenil" um estandarte para o lançamento de 
suas novas convicções estéticas, num 
afrontamento aos padrões acadêmicos da velha 
e tradicional província. 
• E Anita transformou-se - além de bandeira - até 
mesmo em "mártir" desse processo.
Auto retrato, Anita Malfatti
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“Não 
sabemos o 
que 
queremos. 
Mas sabemos 
o que não 
queremos.” 
OSWALD DE 
ANDRADE
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“O aparecimento de um novo espaço plástico 
no Brasil ocorre dentrode um conjunto de 
profundas modificações, pelas quais passava a 
sociedade brasileira. (...)
O Modernismo vai ser uma expressão desse novo 
Brasil. 
O objetivo de artistas e intelectuais será o de 
colocar a cultura brasileira coerente com a nova 
época, além de torná-la um instrumento de 
conhecimento efetivo de seu país. 
Momento formador de uma nova consciência 
cultural brasileira.”
Kenneth Frampton
A Querela do Brasil, p.38
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Artistas que participaram da Semana 
Artes Plásticas
- Anita Malfatti (pintora)
- Di Cavalcanti (pintor)
- Vicente do Rego Monteiro (pintor)
- Inácio da Costa Ferreira (pintor)
- John Graz (pintor)
- Alberto Martins Ribeiro (pintor)
- Oswaldo Goeldi (pintor)
- Victor Brecheret (escultor)
- Hidelgardo Leão Velloso (escultor)
- Wilhelm Haarberg (escultor)
Outras áreas
- Eugênia Álvaro Moreyra (atriz e diretora de 
teatro)
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Comissão 
Organizadora da 
Semana de Arte 
Moderna. 
Da esquerda para a 
direita: Manuel 
Bandeira é o segundo 
e Mário de Andrade, o 
terceiro; Oswald de 
Andrade aparece em 
primeiro plano.
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Artistas que participaram da Semana Literatura
- Mario de Andrade (escritor)
- Oswald de Andrade (escritor)
- Sérgio Milliet (escritor)
- Plínio Salgado (escritor)
- Menotti del Picchia (escritor)
- Ronald de Carvalho (poeta e político)
- Álvaro Moreira (escritor)
- Renato de Almeida (escritor)
- Guilherme de Almeida (escritor)
- Ribeiro Couto (escritor)
Música
- Heitor Villa-Lobos (músico)
- Guiomar Novais (músico)
- Frutuoso Viana (músico)
- Ernâni Braga (músico)
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Fotografia realizada no contexto da Exposição de Tarsila do Amaral no Rio de Janeiro, em 1929. Da esquerda para a 
direita: Pagu, Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Elsie Houston, Benjamin Péret e Eugênia Álvaro Moreyra
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Artistas que participaram da Semana 
Literatura
- Mario de Andrade (escritor)
- Oswald de Andrade (escritor)
- Sérgio Milliet (escritor)
- Plínio Salgado (escritor)
- Menotti del Picchia (escritor)
- Ronald de Carvalho (poeta e político)
- Álvaro Moreira (escritor)
- Renato de Almeida (escritor)
- Guilherme de Almeida (escritor)
- Ribeiro Couto (escritor)
Música
- Heitor Villa-Lobos (músico)
- Guiomar Novais (músico)
- Frutuoso Viana (músico)
- Ernâni Braga (músico)
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Artistas que participaram da Semana
Dia 15 de fevereiro
Mário de Andrade fez um discurso literário sobre o tema “A escrava não é Isaura”;
O principal objetivo desse ensaio, assim 
como o de sua outra obra “Paulicéia 
Desvairada”, era mostrar o que os 
modernistas pensavam da poesia, como 
ela deveria ser e o que deveria ser feito 
para alcançá-la, ou seja, Mario de Andrade 
objetivava divulgar o projeto literário do 
Modernismo.
O autor associa a poesia a fórmulas 
matemáticas, sendo a principal delas 
“Lirismo puro + Crítica + Palavra = Poesia”
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Artistas que participaram da Semana
Dia 15 de fevereiro
Ode ao Burguês
nono poema da obra Paulicéia desvairada, de 
Mário de Andrade. 
Foi lido durante a Semana de Arte Moderna de 
1922, para o espanto da plateia, alvo evidente 
dos versos:
Eu insulto o burguês! O burguês-níquel,
o burguês-burguês!
A digestão bem-feita de São Paulo!
O homem-curva! O homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!
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Artistas que participaram da Semana
Dia 15 de fevereiro –
Quando Ronald de 
Carvalho lê o poema 
intitulado Os Sapos de 
Manuel Bandeira, (poema 
criticando abertamente o 
parnasianismo e seus 
adeptos) o público faz 
coro atrapalhando a 
leitura do texto. A noite 
acaba em algazarra. 
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17 de fevereiro (Sexta-feira) 
O dia mais tranquilo da semana, apresentações 
musicais de Villa-Lobos, com participação de 
vários músicos. 
O público em número reduzido, portava-se com 
mais respeito, até que Villa-Lobos entra de casaca, 
mas com um pé calçado com um sapato, e outro 
com chinelo; o público interpreta a atitude como 
futurista e desrespeitosa e vaia o artista 
impiedosamente. 
Mais tarde, o maestro explicaria que não se tratava 
de modismo e, sim, de um calo inflamado.
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Algumas consequências e reminiscências 
Manifesto Pau Brasil
Nele se expressa que o Brasil passe a ser uma
cultura de exportação, à semelhança do que foi o
produto pau-brasil, que a sua poesia seja um
produto cultural que já não deve nada à cultura
europeia e que antes pelo contrário pode vir a
influenciar esta.
A poesia existe nos fatos. Os casebres de açafrão 
e de ocre nos verdes da Favela, sob o azul 
cabralino, são fatos estéticos. O Carnaval no Rio é 
o acontecimento religioso da raça. Pau-Brasil. 
Wagner submerge ante os cordões de Botafogo. 
Bárbaro e nosso. A formação étnica rica. Riqueza 
vegetal. O minério. A cozinha. O vatapá, o ouro e 
a dança. 
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05. A semana de Arte Moderna de 1922
Algumas consequências e reminiscências 
Manifesto Antropofágico
Só a ANTROPOFAGIA nos une. Socialmente.
Economicamente. Filosoficamente.
[...]
Queremos a Revolução Caraíba . Maior que a
revolução Francesa. A unificação de todas as
revoltas eficazes na direção do homem. Sem
nós a Europa não teria sequer a sua pobre
declaração dos direitos do homem.
[...]
Contra a Memória fonte do costume. A
experiência pessoal renovada.
[...]
A nossa independência ainda não foi
proclamada.
(ANDRADE, O. Revista de Antropofagia, Ano I, No. I, maio de 1928.) 
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05. A semana de Arte Moderna de 1922
Algumas consequências e reminiscências 
Manifesto Antropofágico
A antropofagia Tem a ver com o papel simbólico
do canibalismo nas sociedades tribais/tradicionais.
O canibal nunca come um ser humano por
nutrição, mas sim sempre para incluir em si as
qualidades do inimigo ou de alguém. Assim o
canibalismo é interpretado como uma forma de
veneração do inimigo. Se o inimigo tem valor,
então tem interesse para ser comido porque assim
o canibal torna-se mais forte.
Oswald atualiza este conceito no fundo,
expressando que a cultura brasileira é mais forte, é
colonizada pelo europeu, mas digere o europeu e
assim torna-se superior a ele.
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Algumas consequências e reminiscências 
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05. A semana de Arte Moderna de 1922
Artistas que participaram da Semana
E a arquitetura?
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05. A semana de Arte Moderna de 1922
ARQUITETURA
• É fato aceito pela crítica especializada que a Semana de Arte Moderna, ocorrida 
em São Paulo, de 11 a 18 de fevereiro de 1922, teve pouca influência no 
desenvolvimento de nossa arquitetura.
“Os arquitetos que dela participaram não tinham o mínimo conhecimento do 
que se fazia de moderno pelo mundo”
(LEMOS,1979. p. 133.)
• O evento contou com a participação de dois arquitetos:
 o espanhol Antonio Garcia Moya 
 o polonês Georg Przyrembel
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ARQUITETURA
Antonio Garcia Moya
Arquiteto, artista, renovador, Antonio Garcia Moya] inscreveu, no setor da arquitetura, 
seu nome na galeria da Renovação da Arte Brasileira, participando da Semana de Arte 
Moderna de 1922, como representante único da arte que deveria, depois, dar ao Brasil 
os nomes gloriosos de Warchavchik, Niemeyer, Artigas e outros consagrados 
modernistas.
… Ao seu espírito vanguardista se deve o primeiro grito de renovação da arquitetura 
brasileira….
De tal forma sua arte renovadora e variada se impõe à admiração de sua geração, 
feira de iluminados libertadores da Arte Brasileira, que foi denominado pelo maior 
crítico do seu tempo, Mario de Andrade, o Poeta da Pedra.
Menotti del Picchia, homenagem póstuma em 1949apud João de Deus Cardoso, Antonio Garcia Moya, o poeta da 
pedra: vida e obra, 1965, p. 10.
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ARQUITETURA
Antonio Garcia Moya
• Nascido em Atarfe, na Andaluzia, 
Espanha, a 21 de maio de 1891, e 
falecido em São Paulo, a 19 de 
junho de 1949.
• foi levado ao grupo pelo poeta 
Menotti deI Picchia, que o 
descreveu como “bizarro, original, 
cheio de talento, sonhando e 
realizando coisas enormes”. 
• Segundo Colin (2011) os trabalhos 
apresentados por Moya, nenhum 
deles construído, eram híbridos de 
influência, sem que em qualquer 
momento se pudesse vislumbrar 
algum traço da poética maquinista.
Túmulo
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ARQUITETURA
Antonio Garcia Moya
“[...] a inspiração pré-
colombiana, sobretudo 
como elemento 
decorativo, em outros 
trabalhos o seu 
“espanholismo” se 
acentua nas arcadas e 
pátios, na decoração 
bastante cenográfica, 
o elemento geométrico 
passando também a 
inspirar-se em 
estilizações de motivos 
indígenas.”
(AMARAL, 1979. P. 152.)
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ARQUITETURA
Antonio Garcia Moya
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ARQUITETURA
Antonio Garcia Moya
Residência (Palácio), s.d.
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ARQUITETURA
Antonio Garcia Moya
Mausoléu, 1920
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ARQUITETURA
Antonio Garcia Moya
Residência Remo Corsini, 
Moya & Malfatti, 1938.
Fonte: Acrópole, no 6, pp. 33-38, 
out. 1938.
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ARQUITETURA
Antonio Garcia Moya
Residência do Arquiteto 
ANTÔNIO GARCIA 
MOYA, á rua Dr. Fabricius
Vampré n.° 10 São Paulo 
Construção de Moya & 
Malíatti Arquitetos 
Fonte: Acrópole, Dec 1941 - ANO 
4 - N° 44, p. 63
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ARQUITETURA
Antonio Garcia Moya
Residência João Miguel 
Sanches, Moya & 
Malfatti, 1942.
Fonte: Acrópole, no 49, p. 25-28, 
maio 1942; 
http://www.acropole.fau.usp.br/
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ARQUITETURA
Antonio Garcia Moya
Residência João Miguel 
Sanches, Moya & 
Malfatti, 1942.
Fonte: Acrópole, no 49, p. 25-28, 
maio 1942; 
http://www.acropole.fau.usp.br/
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ARQUITETURA
Georg Przyrembel
• Nasce em1885: Alta Silésia, Polônia – morre em 1956, São Paulo, SP. 
• ca.1912 – Educado na Alemanha e já formado em arquitetura, mudou-se para o 
Brasil, onde se tornou um dos principais expoentes do estilo neocolonial. Recém-
chegado, dirigiu a construção do novo mosteiro de São Bento, na capital paulista, 
e projetou a igreja de São Francisco de Paula, em Curitiba, PR.
• 1916 – Viajou a Ouro Preto (MG), onde estudou a arquitetura colonial brasileira na 
companhia do pintor José Wasth Rodrigues. Projetou as residências de Odon
Cardoso, na capital paulista, e Heládio Capote Valente, em Praia Grande, SP
• 1920 – Projetou a igreja do Imaculado Coração de Maria, em Santos, SP.
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ARQUITETURA
Georg Przyrembel
• 1922 – Participou da Semana de Arte Moderna em São Paulo, expondo o projeto 
de residência de veraneio de sua família, conhecida como Taperinha da Praia 
Grande. 
• A maquete de seu projeto e os desenhos do espanhol Antonio Garcia Moya 
tiveram lugar de destaque na exposição dos modernistas, compondo os únicos 
trabalhos apresentados na seção de arquitetura. 
• No mesmo ano, fez o projeto da nova estação da São Paulo Railway em Santos 
(não executado).
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ARQUITETURA
Georg Przyrembel
• Segundo 
Colin (2011) 
apresenta 
“um colonial 
bastante 
afrancesado
” e que, 
após a 
Semana não 
manteria 
nenhuma 
relação com 
o grupo 
modernista.
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ARQUITETURA
Georg Przyrembel
Projeto para taperinha da Praia 
Grande, fevereiro , 1922
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ARQUITETURA
Georg Przyrembel
Projeto para 
taperinha da Praia 
Grande, fevereiro , 
1922
Fonte: Aracy Amaral, Artes 
plásticas na Semana de 22, 
1992, p. 153.
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ARQUITETURA
Georg Przyrembel
Projeto para a 
Estação de 
Santos, 1922
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ARQUITETURA
Georg Przyrembel
1938 – Projetou o 
Palácio Bom Vista, 
residência de 
inverno dos 
governadores de 
São Paulo na 
cidade de Campos 
do Jordão
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ARQUITETURA
Georg Przyrembel
Basílica de 
Nossa Senhora 
do Carmo, 
Bela Vista /SP –
1928 concluída 
em 1934
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ARQUITETURA
Georg Przyrembel
Basílica de 
Nossa Senhora 
do Carmo, 
Bela Vista /SP 
concluída 
em 1934
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