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AULA 4 - ART NOUVEAU_20182

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Art
no Brasil
DEPARTAMENTO DE TEORIA E HISTÓRIA DA 
ARQUITETURA – THA
DISCIPLINA ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO
PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
Nouveau 
Sumário 
1. Contextualização
2. Características da arquitetura 
3. O movimento no Brasil
4. Arquitetura do Ferro
5. Considerações finais 
6. Referências 
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
01Contextualização 
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
Contextualização 
1889 1895 1904 1906 1908 1909
Edison inventa 
a luz elétrica
1879
Produção em 
larga escala 
de aço 
laminado
1885
Arranha-céus 
em estrutura 
metálica -
Tacoma, 
Chicago
1886
Lei Áurea, 
abolição da
escravidão no 
Brasil.
1888
Brasil: 
Proclamação 
da República
Inauguração 
da Torre 
Eiffel.
Casa Tassel
de Victor 
Horta, em 
Bruxelas
1893
Gaudí
constrói a 
casa Millá
em 
Barcelona
Wright 
inventa 
as Prairie 
House
O modelo T 
da Ford vai 
para o 
mercado
Villa Karma, 
de Adolf Loos
na Suiça
Wilhelm 
Röntgen
descobre 
o raio X
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
Contextualização 
Século XIX
• Revolução industrial
• busca por um novo estilo
• “divórcio” entre as artes aplicadas: arquitetura, pintura e escultura
• A arte em finais do século XIX, estava permeada pelo revivalismos e acessível 
somente a uma sociedade endinheirada, mas sem cultura.
• Os produtos produzidos (mobiliário e objetos domésticos, p. ex.) eram de baixa 
qualidade e copias ruins daqueles utilizados pela aristocracia.
• A Exposição Mundial de 1851, em Londres, exibiu esse estado caótico.
• Movimento Arts and Crafts
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
Contextualização 
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
Contextualização 
Belle époque 
• Segundo Bassalo (2008), a expressão usada para designar o período da história 
da França compreendido entre os anos 1880 e a Primeira Guerra Mundial, tendo 
seu apogeu em 1889, quando foi inaugurada a torre Eiffel, construída para a 
Exposição Universal. 
• O termo celebrava o clima que então se vivia, marcado pela efervescência 
cultural, pela paz entre os países vizinhos e por grandes inovações tecnológicas, 
como a invenção do telefone, do cinema, do automóvel e do avião. 
• Nas artes, os movimentos que expressaram esse clima, notadamente o 
impressionismo e o art nouveau, por vezes são caracterizados como estilo belle 
époque.
• O termo é usado para as cidades brasileiras que passaram por períodos de 
embelezamento nesse estilo francês.
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02
Características
da Arquitetura 
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
Características da Arquitetura 
Art Nouveau
movimento internacional desenvolvido
em países da Europa e nos Estados
Unidos entre o final da década de
1880 e a Primeira Guerra Mundial,
com o objetivo de criar uma arte
moderna em resposta ao revivalismo
histórico exaltado pela era vitoriana, e
eliminar as distinções entre as belas-
artes e as artes aplicadas.
“A Art Nouveau adorava a leveza, a 
sutileza, a transparência e, 
naturalmente, a sinuosidade.”
(PEVSNER, Nikolaus.)
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
Características da Arquitetura 
Art Nouveau
Em cada país o Art Nouveau recebeu um
nome ou versão diferente(DEMPSEY,
2003; HEYL, 2009):
 Alemanha: Jugendstil (“estilo da
juventude”);
 Catalunha: Modernisme;
 Áustria: Se-zessionstil (referência à
Secessão Vienense);
 Bélgica: Paling Stijl (“estilo enguia”) e Style
des Vingt (de Os Vinte);
 Portugal: Arte Nova;
 Rússia: Stil’ Modern;
 Itália: Stile Nouille (“estilo macarrão”),
 Londres: Stile Liberty (alusão à loja de
departamentos Liberty, de Londres, que
vendia tecidos estampados neste estilo) e
Stile Floreale (ou estilo dos lírios ou estilo
das ondas)
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
Características da Arquitetura 
“Além dos vários nomes, a nova estética, já de si bastante variável e diversificada, 
assumiu características próprias de acordo com o país a que estava vinculada, e se 
manifestava, de modo geral, em quase todas as artes.” (BASSALO, 2008, p. 17)
René Lalique (1860 -1945) -Broche - Museu Calouste Gulbenkian
Louis Comfort Tiffany(1848-1933) 
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
Características da Arquitetura 
• O lema da Art Nouveau era: À cada época, sua
arte; à arte, sua liberdade.
• A ideia era romper com estilos artísticos que visaram
imitar a arte antiga, como o neoclássico e o neogótico e
trazer uma expressão que atendesse ao anseio das
sociedades industrializadas e modernas que resultaram
da Revolução Industrial.
• Por isto, os artistas que lideraram a art nouveau usaram
muito o ferro – já não mais escondido, mas
extravagantemente exposto, retorcido, curvilíneo – e o
vidro.
• O foco era principalmente na “arte aplicada”, ou seja,
arquitetura e decoração de interiores, com grande ênfase
nas residências e objetos decorativos.
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ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
Características da Arquitetura 
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ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
Características da Arquitetura 
Segundo BASSALO, 2008 entre os objetivos 
mais evidentes do art nouveau:
1o – romper com o estilo “histórico”, repetitivo; 
não mais perpetuar um passado já extinto, a 
exemplo do que desejavam fazer os 
academicistas;
2o – viver, valorizar artisticamente o presente, 
vinculando o útil (funcional) ao belo 
(ornamento), uma vez que estes representam o 
espelho no qual a sociedade burguesa vê 
refletida sua própria imagem;
3o – criar um estilo jovem, novo, prospectivo na 
sua modernidade inovadora e racionalista em 
alguns de seus aspectos
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ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
Características da Arquitetura 
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
Características da Arquitetura 
Art Nouveau
algumas características chaves segundo ARGAN (1992):
1. Temática naturalista (flores e animais);
2. Motivos icônicos, estilísticos e tipológicos derivados da 
arte nipônica;
3. Arabescos lineares e cromáticos; preferência pelos ritmos 
baseados na curva e variantes; a cor, tons frios, pálidos, 
transparentes, formados por zonas planas, ou esfumadas;
4. Recusa da proporção e equilíbrio simétrico, a busca de 
ritmos musicais, em elementos ondulados e sinuosos;
5. Propósito de comunicar por empatia um sentido de 
agilidade, elasticidade, leveza, juventude, otimismo.
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
Características da Arquitetura 
Art Nouveau
• A fonte de inspiração primeira dos artistas desse
movimento é a natureza, as linhas sinuosas e
assimétricas das flores e animais.
• Também se influenciaram por modelos de outras
culturas, como a arte e a decoração japonesa,
iluminuras e ourivesaria céltica e saxônica.
• O movimento da linha assume o primeiro plano
dos trabalhos, ditando os contornos das formas e o
sentido da construção.
• Os arabescos e as curvas, complementados pelos
tons frios, invadem as ilustrações, o mundo da
moda, as fachadas e os interiores (DEMPSEY,
2003: 35).
Hôtel Tassel (1892-1893), Victor Horta
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
Características da Arquitetura 
03O movimento no 
Brasil
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª. ANA PAULAGURGEL
O movimento no Brasil
A adaptação dos trópicos
• Enquanto na Europa o estilo preconizava uma renovação das artes frente à revolução
industrial, no Brasil desaparece o equilíbrio entre o aspecto técnico e formal:
“a indústria local era praticamente inexistente e tudo, ou quase
tudo, era importado da Europa; os problemas fundamentais que deram origem
às novas pesquisas não podiam ser sentidos de modo acentuado e o art
nouveau era visto como a última moda em matéria de decoração, que era de
bom tom imitar, na medida em que fazia furor nos países tradicionalmente de
grande prestigio econômico e cultural” (BRUAND, 1981, p. 44)
• Tal como o eclético era o exotismo que interessava – uma burguesia que queria 
ser europeia. 
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
O movimento no Brasil
São Paulo
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
O movimento no Brasil
São Paulo
• Riqueza das famílias 
cafeeiras em contato 
com a Europa;
• Arquitetos e artistas 
imigrantes europeus;
• Aura de 
desenvolvimento 
industrial (ainda 
insipiente) advindo da 
Rede ferroviária e do 
crescimento da cidade
Colonos italianos chegando na Hospedaria de Imigrantes, no Brás, São Paulo, 
final do século XIX.
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
O movimento no Brasil
São Paulo
Karl Ekman (1866 - 1940) 
• Muda-se para São Paulo em 1894.
• Inicia sua vida profissional em sociedade 
com Augusto Fried na firma de projetos e 
construções Fried & Ekman, que realiza obras 
particulares e públicas, como os projetos 
para o viaduto Santa Ifigênia e o Theatro
Municipal, ambos não realizados.
• Considerado pelo crítico e historiador da 
arte Flávio Motta o primeiro estilo a romper 
com o ecletismo dominante no país através do 
art nouveau sob forte influência da Sezession
vienense;
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
O movimento no Brasil
São Paulo
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• Em 1895, na sequência da sua 
atividade como professor na 
Academia de Viena, publica 
Moderne Architekture.
• 1898: 1ª EXPOSIÇÃO DA 
SEZESSION VIENENSE 
• A ornamentação plástica é, em 
grande parte, substituída por uma 
decoração geométrica, linear e 
sóbria. Mas Wagner jamais renúncia 
à ornamentação, que faz parte 
integrante do seu conceito de 
Arquitetura.
Sezession vienense e Otto Wagner
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O movimento no Brasil
São Paulo
Karl Ekman (1866 - 1940) 
Vila Penteado
• Residência encomendada pelo fazendeiro e 
industrial Antônio Álvares Penteado para a 
família, em 1902, atual sede da pós-
graduação da FAU/USP.
• Externamente o edifício é caracterizado por 
fachadas de desenho geométrico marcadas 
por "paredes lisas vazadas por estreitas 
janelas retangulares, dispostas próximas 
umas às outras, a fim de equilibrar por sua 
acentuada verticalidade a horizontalidade 
do volume do edifício” (BRUAND, p.46)
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O movimento no Brasil
São Paulo
Karl Ekman (1866 - 1940) 
Vila Penteado
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O movimento no Brasil
São Paulo
No início da década de 
1880 o centro da cidade 
de São Paulo era 
rodeado por chácaras, 
as quais pertenciam a 
uma elite que desfrutava 
de local longe do 
agitado centro.
Essa paisagem começa a 
mudar, quando em 
1895, Victor Nothmann e 
Martinho Burchard
lançam o 
empreendimento 
Boulevard Burchard
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O movimento no Brasil
São Paulo
Karl Ekman (1866 - 1940) 
Vila Penteado
Ortogonalidade 
da composição é 
quebrada pelos 
alpendres curvos 
dos acessos 
principais e pela 
ornamentação 
curvilínea com 
motivos florais e 
abstratos, os quais 
se repetem 
internamente
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O movimento no Brasil
São Paulo
Karl Ekman (1866 - 1940) 
Vila Penteado
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O movimento no Brasil
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Karl Ekman (1866 - 1940) 
Vila Penteado
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Karl Ekman (1866 - 1940) 
Vila Penteado
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O movimento no Brasil
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Vila Penteado
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O movimento no Brasil
São Paulo
Karl Ekman (1866 - 1940) 
Vila Penteado
• No interior, o elemento de maior destaque, em que se concentram "todos os efeitos 
estéticos, decorativos e espaciais", é o vestíbulo. 
• Nele, conforme o historiador Yves Bruand, Ekman desenha escadarias, tribunas e 
aberturas de tipos, formas e dimensões variadas que interligam horizontal e 
verticalmente os espaços da residência, numa solução que a aproxima dos edifícios 
concebidos pelo arquiteto belga Victor Horta (1861 - 1947). 
• É nesse espaço central com pé-direito duplo que o arquiteto empreende uma 
modificação significativa no modelo de distribuição francês então adotado nas 
residências da elite paulistana do período.
o saguão de 
entrada, com a 
escadaria de 
madeira e as 
pinturas das 
paredes com 
motivos art-
nouveau e que 
contam a história 
da produção 
cafeeira.
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Karl Ekman (1866 - 1940) 
Vila Penteado
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Karl Ekman (1866 - 1940) 
Vila Penteado
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O movimento no Brasil
São Paulo
Karl Ekman (1866 - 1940) 
Vila Penteado
• Nota-se o discreto emprego de arabescos e 
formas florais. 
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O movimento no Brasil
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Karl Ekman (1866 - 1940) 
Vila Penteado
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O movimento no Brasil
São Paulo
Karl Ekman (1866 - 1940) 
Vila Penteado
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O movimento no Brasil
São Paulo
Karl Ekman (1866 - 1940) 
Poucos exemplares da 
arquitetura art nouveau 
sobrevivem à transformação 
por que passa a cidade nos 
anos 1950, a Vila 
Penteado é um dos poucos 
remanescentes tombados 
pelo Conselho de Defesa do 
Patrimônio Histórico, Artístico, 
Arqueológico e Turístico do 
Estado de São Paulo -
Condephaat, em fevereiro 
de 1978.
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
O movimento no Brasil
São Paulo
Victor Dubugras (1868 - 1933) 
• Em 1891Dubugras muda-se para São Paulo.
• Trabalha até 1894 na carteira imobiliária do 
Banco União, dirigida por Ramos de Azevedo 
(1851-1928), e, em 1894, 1895 e 1897, no 
Departamento de Obras Públicas de São Paulo -
DOP. 
• Sua atividade como arquiteto autônomo na cidade 
data de 1896, mas é apenas entre 1897 e 1898que abre o próprio escritório. 
• Em 1894 é convidado a ministrar a disciplina de 
desenho sobre trabalhos gráficos na Escola 
Politécnica de São Paulo - Poli. http://www.itaucultural.org.br/
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
O movimento no Brasil
São Paulo
Victor Dubugras (1868 - 1933) 
• É considerado um dos precursores da arquitetura 
moderna na América Latina
• Dos anos 1890, quando chega a São Paulo, até a 
década de 1930, quando encerra sua produção, 
Dubugras acompanha o desenrolar da história da 
arquitetura latino-americana, transitando entre o 
ecletismo, art nouveau, neocolonial e modernismo. 
• Esse trânsito, realizado de modo inconsistente pela 
maioria dos arquitetos e engenheiros da época, em 
Dubugras é orientado pela preocupação constante 
com a racionalidade dos processos construtivos e o 
esforço permanente de experimentação de soluções 
plásticas e técnicas inovadoras. http://www.itaucultural.org.br/
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
O movimento no Brasil
São Paulo
Victor Dubugras (1868 - 1933) 
http://www.itaucultural.org.br/
destacam-se da “fase” 
Art Nouveau as 
residências paulistanas 
Numa de Oliveira, 1903 
(demolida), Horácio 
Sabino, 1903 (demolida), 
Vila Nenê, 1903/1910 
(demolida) e o projeto 
que obteve o segundo 
lugar no concurso do 
Teatro Municipal, 1904 
(não construído) do Rio 
de Janeiro
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
O movimento no Brasil
São Paulo
Victor Dubugras (1868 - 1933) 
[...] o movimento das 
escadarias, o desenho 
sinuoso da abóbada, a 
decoração floral estilizada do 
piso, contrastando com as 
linhas geométricas, porém 
dinâmicas, dos corrimões e 
balaustradas de ferro 
forjado, finalmente a 
original idéia de agrupar 
todos esses elementos 
combinados teriam criado 
um conjunto sem 
precedentes, homogêneo, 
moderno, muito avançado 
para a época. (BRUAND, 
2003, p. 48)
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
O movimento no Brasil
São Paulo
Victor Dubugras (1868 - 1933) 
Vila Uchoa (perspectiva), 1902 -
o palacete fora construído para abrigar 
a família Uchôa
Entretanto, apenas quatro anos mais 
tarde, o conjunto acabou vendido para 
as religiosas de Nossa Senhora das 
Cônegas de Santo Agostinho.
As irmãs queriam transformar o local em 
colégio tradicional para moças, espécie 
de filial paulistana do parisiense 
Colégio Notre-Dame Des Oiseaux. O 
prédio foi ampliado e adaptado para o 
uso escolar.
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
O movimento no Brasil
São Paulo
Victor Dubugras (1868 - 1933) 
Colégio Des Oiseaux
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O movimento no Brasil
São Paulo
Victor Dubugras (1868 - 1933) 
Residência 
Horácio Sabino. 
Trecho entre as 
ruas Augusta e 
Peixoto 
Gomide(1903). 
Demolido nos 
anos 1950 para 
construção do 
Conjunto 
Nacional
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
O movimento no Brasil
São Paulo
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
O movimento no Brasil
São Paulo
Casarão JC – Rua Caio Prado, 79
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
O movimento no Brasil
São Paulo
Casarão JC – Rua Caio Prado, 79
http://www.saopauloantiga.com.br/casarao-jc/
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O movimento no Brasil
São Paulo
Casarão – Rua Caio Prado, 225
http://www.saopauloantiga.com.br/rua-caio-prado-225/
Este casarão é um dos poucos 
remanescentes de um período em que a Rua 
Caio Prado era repleta de residências de 
alto padrão. Atualmente restam apenas 4 
casarões nesta rua e este é o que apresenta 
maior estado de abandono
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
O movimento no Brasil
São Paulo
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
O movimento no Brasil
Rio de Janeiro
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
O movimento no Brasil
Rio de Janeiro
• Não houve um grande desenvolvimento
como em São Paulo
• Tem destaque as obras residências de Silva
Costa em Copacabana, porém que não
existem mais.
• Outro arquiteto de destaque é o italiano
Antonio Virzi (1882-1954)
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
O movimento no Brasil
Rio de Janeiro
Antonio Virzi (1882-1954)
Casa de Smith de Vasconcelos 
• Construído em 1915, foi o prédio mais 
alto da Avenida Altântica até a 
construção do Hotel Copcabana Palace
• O palacete em estilo eclético que mistura 
Art Noveau ao Medieval ganhou logo o 
apelido de “máquina de escrever” por 
causa da curiosa forma de seu telhado. 
• Foi demolido na época da ditadura 
militar quando a especulação que 
engatinhava nas décadas de 1940-50 
deu passos largos em direção à 
destruição de um sem número de 
construções históricas
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
O movimento no Brasil
Rio de Janeiro
Antonio Virzi (1882-1954)
Casa de Smith de Vasconcelos 
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O movimento no Brasil
Rio de Janeiro
Antonio Virzi (1882-1954)
Casa de Smith de Vasconcelos 
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
O movimento no Brasil
Rio de Janeiro
Antonio Virzi (1882-1954)
Casa de Smith de Vasconcelos 
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O movimento no Brasil
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Antonio Virzi (1882-1954)
Casa de Smith de Vasconcelos 
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O movimento no Brasil
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Antonio Virzi (1882-1954)
Casa de Smith de Vasconcelos 
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Rio de Janeiro
Antonio Virzi (1882-1954)
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Antonio Virzi (1882-1954)
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O movimento no Brasil
Rio de Janeiro
Antonio Virzi (1882-1954)
“Construído em 1916 na Rua da Glória o edifício 
do Elixir de Nogueira não permitia a indiferença 
dos passantes persuadidos pela forte presença do 
elemento antropomorfo com feições conturbadas e 
corpos em posições contorcidas associadas a 
ornamentos diversos, destacando e ilustrando 
estórias sobre os males e as fraquezas daqueles 
que não recorreram ao milagroso remédio a partir 
de uma forte e atlética figura alegórica feminina 
centralizada, disposta entre as duas escadas de 
acesso que parece trazer sob sua proteção ao 
menos três pessoas enquanto seu pé esmaga a 
cabeça de um animal fantástico que não parece 
mais resistir nem assustar ninguém.” (HERMES, 
2011)
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O movimento no Brasil
Rio de Janeiro
Antonio Virzi (1882-1954)
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O movimento no Brasil
Rio de Janeiro
Antonio Virzi (1882-1954)
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O movimento no Brasil
Rio de Janeiro
Antonio Virzi (1882-1954)
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O movimento no Brasil
Rio de Janeiro
Antonio Virzi (1882-1954)
edifício do Elixir de Nogueira 
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O movimento no Brasil
Rio de Janeiro
Antonio Virzi (1882-1954)
edifício do Elixir de Nogueira 
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O movimento no Brasil
Rio de Janeiro
Antonio Virzi (1882-1954)
edifício do Elixir de Nogueira 
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O movimento no Brasil
Rio de Janeiro
Antonio Virzi (1882-1954)
Palacete Martinelli
• A casa construída anos antes seguindo projeto do 
arquiteto alemão Driendl para o banqueiro 
Custódio D’Almeida Magalhães, foi reformada a 
fundo por Virzi a mando do seu novo proprietário 
o Comendador Martinelli em 1919.
• Da casa original pouco sobrou, sendo coberta por 
uma casca de que alterou completamente todo o 
estilo original da construção, num monumento a 
volúpia.
• Infelizmente a Casa Martinelli foi ao chão na 
segunda metade dos anos 70, como outras 
construções do arquiteto, com o Elixir Nogueira 
menos de 3 anos antes, mesmo sob protestos.
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O movimento no Brasil
Rio de Janeiro
Antonio Virzi (1882-1954)
Palacete Martinelli
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O movimento no Brasil
Rio de Janeiro
Antonio Virzi (1882-1954)
Casa da praia do Russel (c.1920)
• Construído em 1915, projetado pelo 
arquiteto Antonio Virzi (1882-1954) para 
servir de residência ao fabricante do Elixir 
de Nogueira, o Sr. Gervásio Renault da 
Silveira e sua família.
• É um dos remanescentes da Art Nouveau, 
um belo exemplar que retrata o espírito 
da Belle Epoque.
• As ferragens são do italiano Pagani, um 
mestre do “ferro batido”; um dos 
destaques é o portão.
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O movimento no Brasil
Rio de Janeiro
Antonio Virzi (1882-1954)
Casa da praia do Russel (c.1920)
“é uma habitação cujo traço 
claramente visível é a 
verticalidade; a inspiração 
medieval é claramente visível 
nessa verdadeira torre que 
lembra claramente as soluções 
adotadas em certas cidades 
italianas; [....] as formas 
originais, estranhas e não raro 
irregulares, adotadas 
principalmente no traçado dos 
arcos, a fantasia total que 
reinou na justaposição de 
volumes....” (BRUAND, P.50-51)
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O movimento no Brasil
Rio de Janeiro
Confeitaria 
Colombo 
A decoração é 
art nouveau, de 
l9l3 e nos 
espelhos Belgas, 
molduras e 
vitrinas em 
jacarandá, 
bancadas de 
mármore italiano 
e belíssimo 
mobiliário 
compõem ainda 
o ambiente de 
uma sofisticada 
beleza.
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O movimento no Brasil
Rio de Janeiro
Confeitaria 
Colombo 
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O movimento no Brasil
Rio de Janeiro
Confeitaria 
Colombo 
Detalhe da 
clarabóia
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O movimento no Brasil
Belém
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O movimento no Brasil
Belém
• Em curto período entre os anos de 1870 a 1912, o 
ciclo da Borracha, segundo Coimbra (2014, p.25) 
―promoveu a inserção de algumas regiões no 
mercado internacional, facilitando intercâmbios 
diversos. 
• Em decorrência deste ciclo, mas precisamente entre 
os anos de 1897 a 1912, conhecido como período 
da Belle Epoque, ocorreu à expansão da riqueza de 
uma parcela da população, avanços na 
infraestrutura de transporte, modificações dos 
padrões construtivos e aumento da urbanização do 
espaço urbano de Belém (SARGES, 2002; DERENJI, 
1987).
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O movimento no Brasil
Belém
• Comércio da borracha – desenvolvimento intenso, 
mas efêmero 
“Porto internacional de escoamento da importante 
matéria-prima, Belém estava pronta para 
absorver as últimas novidades europeias. As 
concepções de urbanismo e de paisagismo, os 
modismos e as tendências literárias e estéticas que 
chegavam da Europa passaram a preencher as 
necessidades mundanas e intelectuais da elite 
local.” (BASSALO, 2008, P. 45)
• os novos matérias eram trazidos nos navios para 
ornamentar a cidade das suas praças às residências 
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O movimento no Brasil
Belém
• Os lucros decorrentes da exportação do 
látex possibilitaram maior atuação dos 
governos, especialmente nos governos das 
administrações municipal de Antonio José 
de Lemos (1897 a 1911) e estadual de 
Augusto Montenegro (1901 a 1909.) 
• Estes governantes destinaram parte desses 
lucros para a instalação de uma 
infraestrutura urbana em Belém, com 
pavimentação de ruas e calçadas, 
instalação de iluminação elétrica, 
serviços de bonde, rede parcial de 
água e esgoto, cabo submarino de 
telégrafos, rede de telefonia e 
mobiliários urbanos (SARGES, 2002).
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O movimento no Brasil
Belém
Moda 
europeia 
entre as 
damas 
da elite 
seringalis
ta -
Belém 
1916
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O movimento no Brasil
Belém
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O movimento no Brasil
Belém
Foto: Luisa Rodrigues, 2017 (Pé Na Estrada)
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Belém
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O movimento no Brasil
Belém
Casa de Zaira Passarinho.
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O movimento no Brasil
Belém
“Inspirado em Paris e seus boulevards, o 
projeto de reurbanização da cidade mostra o 
quanto era importante para a elite regional 
seguir os passos das grandes nações européias. 
Belém estava conectada diretamente a tudo o 
que acontecia na capital francesa e fazia de 
Paris o seu espelho civilizado, dela 
transportando desde o “último grito” da moda 
até “comportamentos” considerados chics.”
(BASSALO, 2008, P. 51)
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O movimento no Brasil
Belém
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Belém
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O movimento no Brasil
Belém
Theatro da paz
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O movimento no Brasil
Belém
Theatro da paz
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O movimento no Brasil
Belém
Theatro da paz
Foto: Luisa Rodrigues, 2017 (Pé Na Estrada)
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O movimento no Brasil
Belém
Ver-o-peso
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O movimento no Brasil
Belém
Ver-o-peso
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Belém
Mercado da Carne
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O movimento no Brasil
Belém
Mercado da Carne
• decoração floral e nas linhas de parte da 
estrutura de ferro,
• Escada helicoidal cuja sinuosidade
• Azulejos art nouveau (poucos restaram)
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Belém
Mercado da CarneARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
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Belém
Palacete Pinho
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Belém
Palacete Pinho
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Belém
Palacete Pinho
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Palacete Bolonha
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Palacete Bolonha
Na fachada principal se observam nas janelas 
e algumas grades as iniciais de seu proprietário
Francisco Bolonha. 
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O movimento no Brasil
Belém
Palacete Bolonha
• O engenheiro paraense Francisco Bolonha era 
filho do coronel de mesmo nome e de Henriqueta 
Bolonha, nasceu em Belém no ano de 1872. 
• Passou sua infância na residência dos seus pais, 
localizada na antiga estrada de Nazaré
• Em 1890, Bolonha fora matriculado na escola 
politécnica do Rio de Janeiro, graduando-se por 
esta no ano de 1894
• A atuação profissional do engenheiro Francisco 
Bolonha em Belém inicia-se em 1895, indo até 
1938, no ano de seu falecimento
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O movimento no Brasil
Belém
Palacete Bolonha
A sua construção iniciou em 1905, sendo finalizado em 
1908
Para executar a construção, foram utilizados materiais 
como o ferro fundido, estuque, ardósias coloridas na 
cobertura, azulejos brancos com iniciais FB pintados a ouro, 
além de todo um complexo sistema hidráulico que 
possibilitava o escoamento e o bombeamento de água 
quente para os banheiros, uma coifa (exaustor) que 
retirava o ar quente da cozinha, levando-o diretamente 
por uma tubulação em ferro até a chaminé que existia na 
cobertura, sistema considerado bastante moderno para os 
padrões da época 
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O movimento no Brasil
Belém
Palacete Bolonha
O 1o pavimento é todo voltado para a 
função social do palacete e é sua 
área de maior prestígio. Sua decoração 
é rebuscada e onde estão: pátio social 
de acesso coberto com chegadas por 
escada pela Av. Gov. José Malcher e 
pela Passagem Bolonha; sala de 
visitas/música (onde havia um piano de 
4º de cauda). Escada social (arranques 
ou entradas em mármore esculpidas com 
figuras de leões), sala de estar, sala de 
jantar, sala de almoço, sala de 
lavatórios, escada helicoidal para 
empregados, elevador de carga para a 
cozinha, sala de banhos.
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O movimento no Brasil
Belém
Palacete Bolonha
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Belém
Palacete Bolonha
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Belém
Palacete Bolonha
Foto: Luisa Rodrigues, 2017 (Pé Na Estrada)
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Belém
Palacete Bolonha
Foto: Luisa Rodrigues, 2017 (Pé Na Estrada)
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Belém
Palacete Bolonha
Foto: Luisa Rodrigues, 2017 (Pé Na Estrada)
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Belém
Palacete Bolonha
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Belém
Palacete Bibi Costa
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Belém
Palacete Bibi Costa
• Francisco Bolonha foi contratado pelo major 
Carlos Brício da Costa para construir sua 
residência particular em Belém, executando para 
este major, um Palacete entre os anos de 1904 a 
1906
• Símbolo da introdução do palacete de estilo 
eclético na arquitetura de Belém e considerado 
como uma das modernas construções da cidade 
no início do século XX 
• A implantação deste palacete possui pequenos 
recuos frontais e laterais no lote, podendo ser 
observado em sua cobertura, telhado com águas 
combinadas, a inexistência de uma platibanda e 
a presença de duas torres que lembram torreões 
de castelos medievais e uma mansarda. 
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O movimento no Brasil
Belém
Palacete Bibi Costa
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Belém
Palacete Bibi Costa
Os jornais locais na época divulgaram nota descrevendo esta construção:
O elegante edifício ergue-se bizarro[...] Cercado todo por um gradil de ferro pintado com
o mais apurado gosto [...] O acesso áquella linda vivenda e por uma escada em
alvenaria[...] Subindo aquella escada, enfrenta-se a larga e rica porta de madeira de lei,
feita a talhe, tendo ao centro florões de bronze. Abrindo-a, penetramos o peristylo,
passando d‘ahi á sala de conferencias e d‘esta á de espera. Começa-se logo a notar a
riqueza do soalho de magnificas madeiras paraenses, do tecto, todo de ferro estampado
americano [...] Continuando para os fundos, encontra-se a despensa, uma segunda sala de
copa, e ao lado espaçoso e magnifico banheiro, todo forrado de azulejo claro, com
banhos de ducha circular [...] Depois de tudo isso, a vasta cozinha, toda de mosaico [...]
Todos esses compartimentos estão banhados de bastante luz, que penetra pelas
numerosas janelas com varandas, que dão para o terreno ao lado [...] Andando para o
interior, a esquerda a escada da torre trazeira, e pela qual se pode descer ao pavimento
terreo: em frente á varanda com inumeras janellas, d‘essa varanda sae-se para o amplo
terraço, todo calçado de mosaico, com balaustradas fingindo tijolos
A Provincia do Pará. 20 de junho 1906.
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O movimento no Brasil
Belém
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O movimento no Brasil
Belém
Loja Paris n’América
Embora em Belém existissem muitas obras 
guarnecidos com motivos e peças Art Nouveau, 
na sua estrutura geral, refletiam o ecletismo 
então vigente, o qual se estendia, também, 
para as casas comerciais
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Belém
Loja Paris n’América
o edifício que chama 
atenção pelo seu 
interior, que possui 
uma bela escada de 
ferro, importada da 
Europa
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Salvador
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Salvador - Corredor da Vitória nos Anos 1920
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O movimento no Brasil
Salvador - Corredor da Vitória nos Anos 1920
A reforma urbana implantada pelo prefeito José Joaquim Seabra (1910-1914) valorizou ainda 
mais o espaço urbano. 
• abertura da avenida Sete de Setembro, a partir do alargamento de ruas e becos existentes e 
demolições de parte de edificações 
• reformas e novas construções deviam obedecer algumas recomendações estabelecidas pelo 
“Plano de Melhoramentos para a Cidade”, como o acréscimo de segundo pavimentos e 
remodelação da fachada, que eram decoradas ao gosto do ecletismo
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O movimento no Brasil
Salvador - Corredor da Vitória nos Anos 1920
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Salvador - Corredor da Vitória nos Anos 1920
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O movimento no Brasil
Antiga Villa Catharino, hoje Palacete das Artes, 
construção de 1912, predominantemente 
eclética, com elementos Art Nouveau, no bairro 
da Graça, em Salvador.
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Porto Alegre
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Casa Godoy - Porto Alegre
• A solução construtiva tem tecnologia 
importada. 
• Utiliza a estrutura e demais elementos 
construtivos em alvenaria e ferro de forma 
ornamental, conforme os pressupostos do 
movimento. 
• O projeto é assinado pelo arquiteto 
Hermann Menchen, nascido no Palatinado, 
próximo a Estrasburgo e emigrou para o 
Brasil em 1903 e trabalhou com Rudolph 
Ahrons, chefiando o setor de projetos do 
escritório até 1907.
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O movimento no Brasil
Casa Godoy - Porto Alegre
possui três pavimentos: o térreo, o segundo 
pavimento e o sótão. 
• No térreo, antigo porão, ficam o 
conjunto de salas do consultório médico 
do Dr. Jacintho Godoy, interligado por 
área aberta à parte de trás da 
residência, onde se encontram a 
cozinha, sala anexa, banheiro e pátio 
dos fundos. 
• No pavimento térreo, um corredor de 
distribuição liga os antigos 4 
dormitórios, com um banheiro construído 
entre dois destes dormitórios; o 
gabinete e sala de visitas com frente 
para a Av. Independência
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O movimento no Brasil
Casa Godoy - Porto Alegre
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Casa Godoy - Porto Alegre
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Farmácia Carvalho - Porto Alegre
04Arquitetura do 
Ferro
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Arquitetura do Ferro
Expansão mercantil da 
Europa: imperialismo e 
da disseminação das 
ideias burguesas, nos 
países em estágio pré-
industrial, como o Brasil. 
Um desses produtos de 
exportação foi o ferro, 
amplamente utilizado 
desde a primeira metade 
do século XIX, na Europa. 
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Arquitetura do Ferro
O ferro foi aplicado na 
construção de edifícios, 
comprados através de 
catálogos, fornecidos pelos 
fabricantes. 
Esses edifícios poderiam ser 
montados de acordo com as 
necessidades do consumidor, 
e seguiam para seus locais de 
destino com amplas 
instruções, o que facilitava 
muito a sua construção.
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Arquitetura do Ferro
No Brasil, algumas cidades destacaram-
se pela importação de prédios em ferro, 
como: Recife, Manaus, Fortaleza e Belém. 
Pelas suas qualidades, o ferro teve boa 
aceitação nessas capitais, que possuíam 
pouca mão-de-obra especializada e 
administrações ávidas por realizações 
que mudassem a feição urbana e 
criassem um cenário adequado para a 
burguesia local. 
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Arquitetura do Ferro
PALÁCIO DE CRISTAL DE PETRÓPOLIS/RJ
Foi inaugurado em 1884. A 
estrutura pré-montada foi 
encomendada pelo Conde d'Eu, 
sendo construída nas oficinas da 
Sociedade Anônima Saint-Souver
Lês Arras, na França. A estrutura é 
inspirada no Palácio de Cristal de 
Londres, e no Palácio de Cristal do 
Porto. A intenção do Conde e da 
Princesa Isabel era utilizar o local 
como espaço para exposições de 
flores, frutos e pássaros. Em 1957 o 
palácio foi tombado pelo IPHAN. 
Hoje é utilizado para exposições e 
eventos.
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Arquitetura do Ferro
PALÁCIO DE CRISTAL DE PETRÓPOLIS/RJ
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Arquitetura do Ferro
Mercado de São José – Recife 
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Arquitetura do Ferro
Mercado de São José – Recife 
O primeiro mercado 
público construído em 
ferro e vidro no Brasil foi 
o Mercado de São José, 
no Recife. Erguido em 
1875 no local onde antes 
existira a Ribeira de 
Peixes, seu projeto foi 
norteado por questões 
higienistas, utilizando-se 
de extensas clarabóias e 
venezianas, que 
propiciaram grande 
iluminação e ventilação 
aos seus interiores.
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Arquitetura do Ferro
Mercado de São José – Recife O projeto era uma cópia quase fiel do projeto 
do Mercado de Grenelle em Paris, de autoria 
do arquiteto A. Normand
A estrutura de 
ferro, pré-
fabricada na 
França para 
abrigar o Mercado 
da Carne, 
inaugurado em 
1987, é portátil e 
pode ser 
desmontada e 
montada em 
lugares diferentes. 
Seu primeiro 
endereço foi a 
Praça Carolina, 
hoje chamada de 
Waldemar Falcão. 
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Arquitetura do Ferro
Mercado dos Pinhões – Fortaleza 
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Arquitetura do Ferro
Mercado dos Pinhões – Fortaleza 
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Arquitetura do Ferro
Mercado dos Pinhões – Fortaleza 
Em 1938, a estrutura 
foi desmembrada. Uma 
de suas metades 
tornou-se a estrutura do 
Mercado dos Pinhões; a 
outra está na 
Aerolândia. Após a 
reforma, o Mercado 
dos Pinhões, chamado 
de Mercado das Artes 
e Mercado da Carne, 
tornou-se um palco 
para a cultura. Sua 
programação inclui 
manifestações afro-
brasileiras, dança, 
música, literatura e 
fotografia.
ARQUITETURA E URBANISMO - ARQ&URB BRASIL CONTEMPORÂNEO- PROFª DRª. ANA PAULA GURGEL
Arquitetura do Ferro
CAIXA D’ÁGUA PIRATININO DE ALMEIDA
Foi comprada de uma 
empresa escocesa, em 1875, 
para a cidade de Pelotas. Sua 
planta é em coroa circular, de 
forma cilíndrica, com a caixa 
elevada sobre quarenta e 
cinco elegantes colunas. Tem 
capacidade para 1500 m³ de 
água. No centro superior 
destaca-se uma cúpula, 
rodeada de colunas, que 
destinava-se ao passeio 
público da época, com acesso 
através de um escada 
helicoidal, sob vigilância de 
um guarda. A caixa d’água é 
ornada com consoles, grades, 
molduras e arcos em ferro 
fundido.
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Arquitetura do Ferro
CAIXA D’ÁGUA DE BELÉM/PA
O conjunto de três caixas d´água foi 
construído em ferro no início do século XX 
com a missão de abastecer de água os 
bairros da Campina e da Cidade Velha. 
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Arquitetura do Ferro
Teatro josé de Alencar - Fortaleza
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Arquitetura do Ferro
Teatro José de Alencar - Fortaleza
• O conjunto original do Teatro é de autoria do 
engenheiro militar Bernardo José de Melo e foi 
construído entre os anos 1908 – 1910
• O conjunto é formado por duas construções: a 
primeira trata-se de de um "foyer" com dois 
pavimentos, construído em alvenaria e pedra. 
• A construção localizada na parte posterior é 
formada pela sala de espetáculos propriamente, 
dita. Trata-se de uma construção que concilia a 
utilização da alvenaria (paredes laterais, posterior 
e teto), com a estrutura de ferro decorado,formando as frisas, camarotes e varandas externas, 
bem como a fachada principal. 
• A estrutura foi confeccionada en Glasgow, pela 
empresa Walter Macfarlane & Co. 
• A fachada principal é em estilo "art noveau", sendo 
o frontão formado por um arco vedado em vidro.
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Arquitetura do Ferro
Teatro José de Alencar - Fortaleza
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Arquitetura do Ferro
Teatro José de Alencar - Fortaleza
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Arquitetura do Ferro
Teatro José de Alencar - Fortaleza
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Arquitetura do Ferro
Teatro José de Alencar - Fortaleza
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Arquitetura do Ferro
Teatro José de Alencar - Fortaleza
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Arquitetura do Ferro
Teatro José de Alencar - Fortaleza
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Arquitetura do Ferro
ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE BANANAL/SP
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Arquitetura do Ferro
ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE BANANAL/SP
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Arquitetura do Ferro
ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE BANANAL/SP
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ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE BANANAL/SP
Foi importada da Bélgica e começou a ser 
construída em 1882, com objetivo de facilitar o 
transporte da produção de café da região 
para o resto do país. Chapas metálicas 
galvanizadas almofadadas cobrem até o 
telhado. Técnicos responsáveis por sua 
restauração concluíram que o metal usado 
pelos belgas era de ótima qualidade, pois a 
ferrovia ficou abandonada e, quase 100 anos 
depois de sua construção poucas placas 
precisaram ser substituídas. As cores ocre e 
vinho, bem como o estilo da construção, tornam 
a estação de Bananal uma raridade no 
gênero. Hoje é uma unidade pública e 
patrimônio histórico.
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ESTAÇÃO DA LUZ – SÃO PAULO/SP
Foi edificada entre os anos de 1895 e 
1901. Os materiais para sua 
construção foram trazidos do Reino 
Unido. 
A estação ocupa uma área de 7.520 
m², é composta por dois blocos 
distintos, o primeiro com uma ampla 
edificação construída em alvenaria de 
tijolos, com dois pavimentos, abrigando 
os escritórios da superintendência, 
engenharia e contadoria, encimado por 
uma alta torre de relógio. O segundo 
bloco constitui-se de uma ampla gare 
envidraçada com 40m de vão e 150m 
de comprimento e altura de 25m.
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ESTAÇÃO DA LUZ
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ESTAÇÃO DA LUZ
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IGREJA PEQUENO GRANDE – FORTALEZA/CE
A estrutura metálica foi trazida da Bélgica, e 
a montagem esteve a cargo do mestre de 
obras Deodado Leite da Silva. É 
provavelmente a primeira obra de arquitetura 
do ferro do Ceará. 
O autor do projeto seria Isaac Correia de 
Amaral, cearense educado na Alemanha e 
amador de arquitetura e responsável por 
outros projetos fortalezenses do período. 
Amaral em outros projetos e neste fez parceria 
com o engenheiro escocês Robert Gow Blasby
radicado no Ceará. 
A planta da igreja consta de nave única, com 
pórticos de perfiles metálicos em forma de H 
que formam sua estrutura de coberta.
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IGREJA PEQUENO GRANDE – FORTALEZA/CE
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CHALÉ DE FERRO DA UFPA – BELÉM/PA 
Foi montado no período 
de 1890 a 1893. Se 
trata de um chalé 
construído pela empresa 
belga Forges d’Aiseau, 
segundo o sistema de 
chapas metálicas 
estampadas idealizado 
por Joseph Danly. Tem 
forma de bangalô anglo-
indiano, caracterizado 
pela presença das 
varandas dispostas ao 
longo de todas as 
fachadas da edificação
05Considerações 
finais
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FRAGMENTOS DE MODERNIDADE
• A art nouveau assumiu características particulares em cada região do Brasil, devido a 
personalidades dos arquitetos
• Só em raras vezes foi uma tentativa de renovação da arquitetura, como na Europa, foi 
uma moda como as outras
• Entretanto essa atitude servil, de cópia, vai ser superada pelo nascimento de uma arte 
brasileira: o neocolonial
06Referências 
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Referências 
ARGAN, Giulio Carlo. Arte Moderna. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
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BYARS, Mel. Enciclopédia do Design. São Leopoldo: editora Unisinos, 2007.
BRUAND, Yves Bruand. Arquitetura contemporânea no Brasil. Tradução Ana M. Goldberger. 3ª. ed. São Paulo: Perspectiva, 1981
CHAMPIGNEULLE, Bernard. A “Art Nouveau”. São Paulo: editora Verbo, 1976.
DEMPSEY, Amy. Estilos, Escolas e Movimentos. Tradução de Carlos Eugênio Marcondes de Moura. São Paulo: editora Cosac Naify,
2003.
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FIELL, Charlotte & Peter. Design Handbook – Conceitos, Materiais, Estilos. Tradução de João Bernardo Boléo. Colônia: editora
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GÜELL, Xavier. Antoni Gaudí. São Paulo: Martin Fontes,1994.
HEYL, Anke von. A Arte Nova. Coleção Art Pocket. Colônia: editora H. F. Ullmann, 2009.
HERMES, Maria Helena da Fonseca. Antonio Virzi, arquiteto. 19&20, Rio de Janeiro, v. VI, n. 1, jan./mar. 2011. Disponível em:
http://www.dezenovevinte.net/arte decorativa/virzi.htm
KÜHL, Beatriz Mugayar. Arquitetura do Ferro e Arquitetura Ferroviária em São Paulo: Reflexões sobre a sua Preservação. São 
Paulo, Ateliê/FAPESP/SEC, 1998.
LEMME, Arie Van de. Art Déco – Guía Ilustrada del Estilo Decorativo. Tradução de Gloria Mora. Madri: Editorial Ágata, 1997. 
MOLES, Abraham. O Kitsch: a arte da felicidade. Tradução de Sergio Miceli. São Paulo: Editora Perspectiva, 2001.
NASLAVSKY, Guillah. O estudo do protorracionalismo no Recife. Trabalho Final de Graduação. Recife, UFPE, 1992.
PEVSNER, Nikolaus. Os Pioneiros do Desenho Moderno: de William Morris a Walter Gropius. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes,
2002.
SILVA, Geraldo Gomes da. Arquitetura do Ferro no Brasil. São Paulo, Nobel, 1988, 2ª. ed.

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