Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Renata Guimarães, Medicina- Unifacs. Hipersensibilidade Distúrbios causados por respostas imunológicas exacerbadas ou inadequadamente direcionadas (quando direcionada a um antígeno próprio: auto-imune ; ou a um antígeno do ambiente: alérgicos.) causando inflamação e lesão dos tecidos envolvidos. Pode haver reação exagerada a um microorganismo, o que leva a lesão dos tecidos ao redor , além de atingir os microorganismos e células infectadas. É o que ocorre nas hepatites por exemplo. O sistema imune reage as células hepáticas contaminadas com vírus, mas acaba destruindo todo o fígado, podendo levar a insuficiência hepática fulminante. O mesmo ocorre na tuberculose; na tentativa de acabar com o microorganismo, o sistema imune forma granulomas compostos por cél. T, macrófagos e cél. Epitelioides. Lesão por IgE (tipo I) Lesão por anticorpo (tipo II) Lesão por imunocomplexos (tipo III) Lesão celular (tipo IV) A prevalência da resposta pode ser Th1 ou Th2. Na hipersensibilidade do tipo I temos resposta Th2, enquanto no tipo II e tipo III a resposta é Th1. Já na hipersensibilidade tipo IV, temos resposta Th1 e Th2. Reação de hipersensibilidade tipo I tem quadro clínico de urticária (placas vermelhas hiperemiadas, diferente de dermatite atópica), prurido, angioedema, rinite, broncoespasmo, vômitos, diarreia, síncope e hipotensão. Alérgenos desencadeantes podem ser por alimentos, veneno de inseto, medicamento, alérgeno respiratório como ácaro, fungos, pólens, pelos. Ex: ácaro adentra o ep. Resp. (não é normal ele quebrar essa barreira), vai encontrar cél. dendrítica que apresenta antígeno antivando TCD4 que reconhece moléculas MHC classe II. Quando cél. Recebe impriting do antígeno , passa a atuar contra o antígeno, pode apresentar resposta Th1 ou Th2. No caso da hipersensibilidade tipo I, existe ativação da resp. Th2 Renata Guimarães, Medicina- Unifacs. com transcrição de genes para produzir interleucinas específicas, neste caso: IL4, IL5, IL13. Essas interleucinas vão ativas os linf. B a produzir anticorpo IgE. O complexo antígeno-anticorpo se liga ao mastócito , faz cascata de reações para liberar histamina. Quando indivíduo é sensibilizado novamente, o antígeno já encontra o anticorpo na membrana da célula, se liga, há liberação de grânulos de histamina (degranulação de mastócito). Também há ativação de enzimas que pegam fosfolipídeos de membrana convertendo em ácido araquidônico, depois leucotrienos e prostaglandinas. As histaminas, leucotrienos e prostaglandinas fazem vasodilatação , o que leva a urticária e angioedema, além de broncoconstricção e broncoespasmo. Há transcrição de citocinas especificas nos mastócitos que vão atrair cél. Inflamatórias , principalmente eosinófilos. (passa a envolver reação tipo IV, infiltração por célula). Nos grânulos além de histamina encontram-se proteases . Se a lesão for contínua, as proteases liberadas vão causar destruição tecidual e fibrose, o que pode ocorrer na renite e asma por ex. Em fosfolipídeos da membrana, há enzima fosfolipase A2, que também é ativada na cascata de reações do mastócito ativado. Transforma o acido aracdônico da membrana em leucotrienos, prostaglandinas e tromboxanos. Reação imediata: liberação de histaminas. Reação de fase tardia: ação dos eosinófilos. Na hipersensibilidade do tipo IV, as células estão hiper-reativas e lesionando tecidos. Exantema máculo papular :infiltrado de células. APC apresenta antígenos para linfócito TCD4 que diferencia na linhagem Th1, ativam células TCD8 que vão lesar tecidos ,ativam neutrófilos e macrófagos através de citocinas. Renata Guimarães, Medicina- Unifacs. A reação de hipersensibilidade tipo IV se dá por macrófagos, neutrófilos, TCD8 e eosinófilos. Doenças Antígeno envolvido Diabete mellitus tipo 1 Ag. das ilhotas de langerhans do pâncreas Artrite reumatoide Ag. da sinóvia Esclerose múltipla Proteína básica da mielina Síndrome de Guillain Barré Proteína da mielina dos nervos periféricos Miocardite autoimune Proteínas miocárdicas Doença intestinal inflamatória Pouco conhecida Dermatite de contato Ag. ambiental de contato Proctocolite Leite Alergia medicamentosa Penicilina , anticonvulsivante Tuberculose M. Tuberculosis Hepatite Vírus hepatite B e C Renata Guimarães, Medicina- Unifacs. Na hipersensibilidade tipo II há produção de anticorpo IgG e IgM contra antígeno celular. Anemia hemolítica é um exemplo comum. Pode ativar complexo do sistema complemento que causa lise direta ou o próprio sistema complemento serve como ativador de neutrófilos e macrófagos, gerando inflamação tecidual. Doença Antígeno alvo Anemia hemolítica autoimune Proteínas de memb. do eritrócito Púrpura trombocítica autoimune Proteína memb. plaquetas Pênfigo Vulgar Proteínas de junção das cél. epidérmicas Sínd. de goodpasture Proteínas das memb. de glomérulos e alvéolos Vasculite anca Proteínas dos grânulos de neutrófilos Febre reumática aguda Ag. do streptococo Anemia perniciosa Neutraliza fator intrísseco das cél parietais Diabetes insipidus Receptor de insulina Miastenia gravis Receptor de acetilcolina Doença de graves Receptor de TSH Renata Guimarães, Medicina- Unifacs. Na hipersensibilidade tipo III, há presença de imunocomplexos circulantes, acúmulo e deposição principalmente no rim, causando inflamação. Doença Antígeno envolvido Doença do soro Várias proteínas após transfusão Reação de Arthur Injeção de Ag. em pessoa previamente imunizada LUPUS DNA e nucleoproteínas Glomerulonefrite pós-estreptocóccica Ag. do streptococo
Compartilhar