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Diversidade da Vida

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Diversidade da Vida 
 
1.CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS 
Devido à grande variedade de seres vivos os cientistas os organizaram para facilitar o seu estudo e para 
estabelecer a filogênese (do grego phylon = raça, grupo; génos= origem) ou filogenia, isto é, a possível sequência em 
que os seres vivos surgiram tentando mostrar a história evolutiva de cada grupo. 
Em vista disso, é possível descobrir o grau de parentesco evolutivo entre os diversos grupos de seres vivos. 
Para isso, os cientistas analisam semelhanças e diferenças no desenvolvimento embrionário, na estrutura celular e 
bioquímica, na anatomia e na fisiologia de seres vivos atuais ou extintos (por meio de seus fósseis). Em princípio, 
quanto maior seu grau de parentesco, isto é, mais próxima sua origem evolutiva ou menor o tempo em que ambos 
divergiram de um ancestral comum. 
 
2-SISTEMÁTICA 
A sistemática é a ciência dedicada a inventariar e descrever a biodiversidade e compreender as relações 
filogenéticas entre os organismos. 
Inclui a taxonomia (ciência da descoberta, descrição e classificação das espécies e grupo de espécies, com 
suas normas e princípios) e também a filogenia (relações evolutivas entre os organismos). Em geral, diz-se que 
compreende a classificação dos diversos organismos vivos. Em biologia, os sistematas são os cientistas que 
classificam as espécies em outros táxons a fim de definir o modo como eles se relacionam evolutivamente. 
O objetivo da classificação dos seres vivos, chamada taxonomia, foi inicialmente o de organizar as plantas e 
animais conhecidos em categorias que pudessem ser referidas. Posteriormente a classificação passou a respeitar as 
relações evolutivas entre organismos, organização mais natural do que a baseada apenas em características 
externas. Para isso se utilizam também características ecológicas, fisiológicas, e todas as outras que estiverem 
disponíveis para os táxons em questão. Nos últimos anos têm sido tentadas classificações baseadas na semelhança 
entre genomas, com grandes avanços em algumas áreas, especialmente quando se juntam a essas informações 
aquelas oriundas dos outros campos da Biologia. 
 A classificação dos seres vivos é parte da sistemática, ciência que estuda as relações entre organismos, e 
que inclui a coleta, preservação e estudo de espécimes, e a análise dos dados vindos de várias áreas de pesquisa 
biológica. 
 O primeiro sistema de classificação foi o de Aristóteles no século IV a.C., que classificou os animais em aéreos, 
terrestres e aquáticos, usando como critério o ambiente em que viviam. Considerava, ainda, os animais com sangue 
e sem sangue. O seu discípulo Teofrasto classificou as plantas por seu uso e forma de cultivo. Santo Agostinho 
(século IV - 354 - 430), teólogo e estudioso da natureza, separou os animais em úteis, nocivos e indiferentes ao 
homem. 
Nos séculos XVII e XVIII os botânicos e zoólogos começaram a delinear o atual sistema de categorias, ainda 
baseados em características anatômicas superficiais. No entanto, como a ancestralidade comum pode ser a causa de 
tais semelhanças, este sistema demonstrou aproximar-se da natureza, e continua sendo a base da classificação 
atual. Lineu fez o primeiro trabalho extenso de categorização, em 1758, criando a hierarquia atual. 
Lineu (1707 - 1778) publicou, em 1735 (século XVIII), o livro Systema Naturae, onde está a base classificatória 
que utilizamos até hoje. Sendo fixista, ele não levava em conta "aspectos evolutivos", considerando como principal 
critério a estrutura e a anatomia dos seres vivos. Dessa maneira, os animais foram agrupados de acordo com as 
semelhanças de sua estrutura corporal - raramente considerava o comportamento - e, as plantas, de acordo com sua 
anatomia e, principalmente, de acordo com a estrutura de suas flores e frutos. 
Embora conhecesse os fósseis, que são vestígios ou restos preservados de seres que viveram no passado, 
Lineu os considerava simplesmente evidências de espécies criadas no início dos tempos e que haviam se extinguido. 
Seu sistema, portanto, não procurava estabelecer relações de parentesco entre os fósseis e os seres vivos. 
Carolus Linnaeus (Lineu), foi um botânico, zoólogo e médico sueco, criador da nomenclatura binomial e da 
classificação científica, considerado o "pai da taxonomia moderna". Lineu propôs o nome científico que seria 
reconhecido e compreendido em qualquer parte do mundo: este deveria ser: escrito em latim, composto de duas 
palavras (binominal), aparecer destacado no texto, em itálico ou sublinhado, a 1ª palavra refere-se ao gênero, que 
inclui várias espécies, e deve ser iniciada com a letra maiúscula, a 2ª palavra inicia-se com letra minúscula e é 
diferente para cada ser vivo, a expressão formada por essas duas palavras representa o nome da espécie. 
A taxonomia de Lineu classifica as coisas vivas em uma hierarquia, começando com os Reinos. Reinos são 
divididos em Filos. Filos são divididos em classes, então em ordens, famílias, gêneros e espécies. Ex.:Ser humano: 
https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/biodiversidade.php
https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/classifiseresvivos.php
https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/classifiseresvivos.php
https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/bioclassifidosseresvivos2.php
https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/bioevolucao.php
https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/biogenoma.php
 
 
Reino: Animalia //Filo: Cordado// Classe: Mamífero// Ordem: Primata// Família: Hominidae // Gênero: Homo// 
Espécie: Homo sapiens. 
A partir de Darwin a evolução passou a ser considerada como paradigma central da Biologia, e com isso 
evidências da paleontologia sobre formas ancestrais, e da embriologia sobre semelhanças nos primeiros estágios de 
vida. No século XX, a genética e a fisiologia tornaram-se importantes na classificação, como o uso recente da 
genética molecular na comparação de códigos genéticos. Programas de computador específicos são usados na 
análise matemática dos dados. 
 
3-FILOGENIA 
A filogenia ou filogênese consiste em definir hipóteses sobre as histórias evolutivas das espécies, desde os 
seus ancestrais até os seres recentes. A Filogenia nasceu em 1966, a partir dos estudos de Willi Henning. 
Com os princípios da teoria da evolução de Darwin, a determinação da história de vida dos descendentes e a 
elaboração de cladogramas são fundamentais para elaborar um sistema de classificação dos seres vivos. Daí a 
importância da filogenia. 
A filogenia é a história genealógica de uma espécie e de suas hipotéticas relações de ancestrais e 
descendentes. Baseia-se em estudos morfológicos, comportamentais e moleculares. 
 
 Figura1: Cladograma 
 
A primeira pessoa a tentar desenvolver a ideia de um cladograma foi Charles Darwin, o pai da evolução. 
Darwin, conforme seus estudos avançavam, imaginou que as espécies não seguiam uma tendência linear, que 
possuíam relações mais complexas do que simplesmente atingir o ápice da perfeição, logo imaginou que as espécies 
se desenvolviam em vários ramos, em “várias direções”. Sendo assim, idealizou a ideia de um gráfico que explicasse 
essa situação, dando origem ao que hoje chamamos de “A árvore da vida” de Darwin. 
No modelo de filogenia representado abaixo (figura 2), há um ancestral (A) que é comum a todos os grupos 
de animais. Dele surgiram os peixes e o ancestral (B) que é comum a todos os demais grupos de vertebrados (menos 
os peixes). Da mesma maneira, desse novo ancestral, surgem os anfíbios e o ancestral dos demais grupos de animais 
(C). Dele surgem as tartarugas e também o ancestral dos animais restantes (D), que dará origem ao grupo dos 
mamíferos e ao ancestral (E) comum ao grupo que dará origem aos lagartos e serpentes e também ao grupo que 
dará origem aos crocodilos e as aves. 
 
4- OS TRÊS DOMÍNIOS 
 Alguns organismos vivos apresentam característicasmuito marcantes que permitem classificá-los em grupos 
bem definidos. Outros, no entanto, apresentam algumas peculiaridades que tornam uma classificação exata 
impossível. Diante dessa problemática, é constante a busca por maneiras mais fieis de classificação. 
Um cladograma básico (figura1) é formado pela raiz, ramos e nós. 
Veja a figura ao lado, cada ramo (traço) representa uma linhagem evolutiva 
e as intersecções entre esses ramos, ou nós, representam o momento em 
que as linhagens se dividiram resultando em táxons (unidades taxonômicas, 
podem ser famílias, reinos, gêneros, espécies, depende da escala e nível que 
está utilizando) diferentes. Os pontos de intersecção podem ser 
interpretados como o ancestral comum entre as espécies, ou seja, a espécie 
de onde todos os ramos subsequentes originaram-se. A raiz representa um 
provável grupo ou espécie ancestral. 
 
 
Raiz Raiz 
 
 
 Em 1977, Carl Woese propôs um modelo baseado em aspectos evolutivos a partir da comparação de 
sequências de rRNA. A partir desses estudos, ficou claro que os eucariontes apresentam muitas relações entre si e 
que os procariontes poderiam ser organizados em dois grupos. Os seres vivos passaram, então, a ser classificados em 
três subdivisões principais, denominadas de domínios, uma categoria acima de Reino. Os três domínios existentes 
são: Archaea, Bacteria e Eukarya. 
 Domínio Bactéria – inclui as bactérias, seres procariontes. Nesse grupo, estão as bactérias já bastante 
conhecidas pelo homem: as causadoras de doenças, aquelas que vivem no solo e na água e as cianobactérias. 
 Domínio Archaea – inclui outros organismos procariontes, como os chamados metanogênicos (vivem em 
ambientes ricos em gás metano), os halófilos (que vivem em ambientes ricos em sal) e alguns termófilos (vivem em 
ambientes com altas temperaturas, por volta dos 100 °C). 
 Domínio Eukarya – inclui todos os seres vivos eucariontes. Assim sendo, nesse grupo, existem protozoários, 
algas, fungos, plantas e animais, portanto, são organismos unicelulares ou pluricelulares e com nutrição autotrófica 
ou heterotrófica. 
 
5- O SISTEMA DE CINCO REINOS 
De acordo com a classificação vigente as espécies descritas são agrupadas em gêneros. Os gêneros são 
reunidos, se tiverem algumas características em comum, formando uma família. Famílias, por sua vez, são agrupadas 
em uma ordem. Ordens são reunidas em uma classe. Classes de seres vivos são reunidas em filos. E os filos são, 
finalmente, componentes de alguns dos cinco reinos (Monera, Protista, Fungi, Plantae e Animalia). 
Em 1969 o cientista Robert Whittaker agrupou os seres vivos em cinco reinos, com base na organização 
celular e no tipo de nutrição. Vejamos algumas características de cada um abaixo: 
 
 
REINO MONERA 
 O Reino Monera é formado pelas bactérias e cianobactérias (popularmente conhecidas como algas azuis). 
São seres caracterizados por serem unicelulares e procariontes (não possuem membrana nuclear, sendo assim todo 
seu material genético está disperso no citoplasma). 
a) Bactérias 
 São organismos encontrados em todos os ambientes de nosso planeta, além de figurarem entre os menores 
e mais simples seres vivos existentes. São classificadas quanto a sua forma em: cocos (redondas), bacilos (alongadas, 
bastões), espirilos (espiral) e vibriões (formato de vírgula). 
→ Reino Monera: Esse reino engloba todos os organismos procariontes 
existentes, ou seja, todos os organismos que não apresentam núcleo delimitado 
por membrana nuclear. São unicelulares (formados por uma única célula) e o 
modo de nutrição pode ser autotrófico ou heterotrófico. Como exemplo de 
representantes do Reino Monera, podemos citar as bactérias e as cianobactérias. 
→ Reino Protista: Esse reino engloba seres unicelulares e pluricelulares, 
eucariontes (organismos que apresentam núcleo delimitado por membrana 
nuclear), autotróficos ou heterotróficos. Como exemplo de representantes desse 
reino, podemos citar algas uni e multicelulares e protozoários. 
→ Reino Fungi: Esse reino engloba organismos unicelulares e multicelulares, 
eucariontes e heterotróficos. Como exemplo, podemos citar os bolores, 
cogumelos e levedos. 
→ Reino Plantae ou Metaphyta: Esse reino inclui organismos multicelulares, 
eucariontes e autotróficos. Todos os vegetais fazem parte desse grupo de seres 
vivos. 
→ Reino Animalia ou Metazoa: Nesse reino estão organismos multicelulares, 
eucariontes e heterotróficos. Nesse grupo, são encontradas várias espécies de 
organismos distintos, desde invertebrados, como as esponjas, até vertebrados 
como os seres humanos. 
 
 
– Nutrição: Podem ser heterotróficas (por absorção) ou autotróficas (fotossíntese ou quimiossíntese). As 
heterotróficas podem ser saprofitismo (degradação de matéria orgânica morta), mutualismo, comensalismo ou 
parasitismo (de seres, inclusive os humanos). 
– Respiração: O oxigênio é dos fatores que condiciona a vida das bactérias, podendo ter sua respiração classificada 
em: aeróbios obrigatórios (precisam do O2), aeróbios facultativos (na ausência de O2 realizam fermentação) e 
anaeróbios obrigatórios (não sobrevivem se houver O2). 
– Reprodução: Em sua maioria assexuada (por bipartição ou divisão binária), mas há também sexuada (por 
transdução, conjugação ou transformação). 
– Exemplos: Clostridium tetani (causadora do tétano no homem), Lactobacillus e Streptococcus (usadas na produção 
de derivados do leite), Micrococcus aceti (usada na produção de Vinagre). 
b)Cianobactérias ou Cianofíceas ou Algas Azuis 
 São seres encontrados em boa parte de nosso globo terrestre, sendo muito comuns em água doce, terra e 
águas salgadas. Apesar de comumente viverem isoladas, podem se associar a colônias de até um metro de 
comprimento. Possuem clorofila e pigmentos acessórios que definem sua cor característica (nem sempre são azuis, 
como no Mar Vermelho, que leva este nome devido a grande quantidade de cianofíceas com pigmentação vermelha 
em sua superfície). 
– Nutrição e Respiração: São organismos autótrofos por fotossíntese. Sobrevivem em ambientes que possuam 
apenas gás carbônico, nitrogênio, água, alguns minerais e luminosidade. Existem ainda, espécies que conseguem 
fixar nitrogênio da atmosfera para produção de suas proteínas. 
– Reprodução: Apenas assexuada, por cissiparidade, divisão binária, esporos ou por fragmentação. 
– Exemplos: Coloração azul (Anabaena, Aphamothece, Aphanizomeno) e coloração verde (Cosmarium, Actinastrum, 
Batrochospermum). 
 
REINO PROTISTA 
 O Reino Protista inclui os protozoários, propriamente ditos, e algumas algas. 
a)Protozoários 
 São, em sua grande maioria, microscópicos seres eucariontes (possuem carioteca) e heterotróficos que 
vivem em ambientes aquáticos e úmidos. Eles podem viver sozinhos ou formar colônias tendo nestes uma 
diferenciação das células especializadas de reprodução. 
-Digestão: A digestão desses seres é intracelular. Eles lançam pseudópodes (projeção da membrana celular) para 
englobar o alimento. Dentro dessa bolsa, fagossomo, onde fica o alimento são lançadas enzimas para digestão. 
Quando o fagossomo está com enzimas passa a ser chamado de fagolisossomo, lançando o que não foi digerido para 
fora da célula. Além do vacúolo (bolsa) para digestão, os protozoários também têm um vacúolo que regula a entrada 
e saída de água (vacúolo contrátil), uma vez que eles não têm proteção física contra perda de água. Esse controle é 
chamado de osmorregulação. 
-Reprodução: Eles se reproduzem de forma assexuada pelo processo chamado de bipartição (cissiparidade ou 
divisão binária), quando um indivíduo se divide em dois. Há também os que se reproduzem sexuadamente. Nesse 
caso os indivíduos ficam lado a lado para trocar o material genético, guardam e depois de se separarem, se dividem 
formando novos indivíduos. 
-Classificação: Os protozoários são classificados conforme o movimento usado para a locomoção. Os Sarcodina se 
locomovem por pseudópodes, os Mastigophorapor flagelos (filamentos longos), os Ciliophora por cílios (filamentos 
curtos) e Sporozoa que não tem nenhuma estrutura para se locomover. 
- Doenças: Esses seres são responsáveis por diversas doenças nos seres humanos, como por exemplo, a doença de 
Chagas (causada pelo Trypanosoma cruzi e transmitida pelo inseto barbeiro), a leishmaniose (causada pelo 
Leishmania brasiliensis e transmitida pelo mosquito palha), a malária (causada pelo Plasmodium sp. e transmitida 
pelo mosquito Anopheles). 
b)Algas 
Dentro dos protistas classificados como algas estão seres que formaram endossimbiose. Este processo 
ocorre quando um ser engloba outro e este passa a viver lá dentro em uma relação na qual os dois seres saem 
ganhando. As algas desse reino são seres uni e pluricelulares que vivem em ambientes aquáticos e fazem 
fotossíntese e por causa da endossimbiose podem ter os mais diversos tipos de clorofila. Elas formam seis filos: 
Dinophyta, Euglenophyta, Haptophyta, Rysophyta, Rhodophyta e Chlorophyta. 
 
 
REINO FUNGI 
 
 
 O Reino Fungi compreende os organismos eucariontes, heterotróficos que se alimentam de nutrientes 
absorvidos do meio, com espécies unicelulares e multicelulares formadas por filamentos denominados hifas. São 
conhecidos popularmente por: leveduras (fermento), bolores, mofos, cogumelos e orelha-de-pau. 
 Existem espécies de vida livre ou associadas (em simbiose) com outros organismos, como, por exemplo, os 
liquens, uma relação harmônica interespecífica de fungos e algas. Contudo, algumas espécies são parasitas, 
mantendo relações desarmônicas com plantas e animais. A maioria é saprofágica, alimentando-se da decomposição 
de cadáveres. 
 A classificação dos quatro Filos obedece a critérios reprodutivos (diferença entre as estruturas reprodutivas), 
com ciclo de vida em duas fases: uma assexuada e outra sexuada. 
 Na assexuada formam-se esporos por divisões mitóticas, podendo essa fase se prolongar por indeterminado 
período em resposta às alterações ambientais, aguardando estímulo para desencadear o início da fase sexuada, por 
divisão meiótica. 
 Dessa forma, o Reino Fungi se subdivide nos 4 Filos: 
a)Ascomycetes (ascomicetos) → assim chamados em razão do processo de reprodução sexuada formando sacos, 
conhecidos cientificamente como ascos (daí a origem do nome), que posteriormente se transformam em esporos. 
b)Phycomycetes (ficomicetos) → são os fungos mais simples, semelhantes a uma alga, contendo esporos dotados de 
flagelos. 
c)Basidiomycetes (basidiomicetes) → formam estruturas reprodutivas denominadas basídios, cuja base encontra-se 
fixa ao corpo de frutificação (eixo de sustentação), ficando com extremidades livres formando os basidiósporos, 
estrutura que aloja os esporos (exemplo: cogumelos). 
d)Deuteromycetes (deuteromicetes) → ou fungos imperfeitos, com estrutura reprodutora pouco detalhada e 
conhecida, sendo a grande maioria parasita causadores de doenças. 
 
 
REINO PLANTAE 
 Também chamado de Reino Vegetal, o Reino Plantae nada mais é do que a classificação a que pertencem as 
plantas. Os seres do Reino Plantae são considerados, na teoria evolutiva, os primeiros colonizadores de nosso 
planeta. 
 Os vegetais que fazem parte do Reino Plantae são organismos eucariontes, multicelulares, autotróficos e 
fotossintetizantes. Isso quer dizer que eles apresentam mudanças no ciclo de vida conforme passam as gerações e 
que têm autossuficiência alimentar. 
 A chamada fotossíntese é o processo pelo qual os vegetais realizam a sua sobrevivência. Nesse método, os 
seres vivos clorofilados utilizam água e dióxido de carbono para obter glicose por meio da energia da luz. 
 A glicose produzida funciona como alimento para as plantas e garante a sua sobrevivência. Porém, a 
fotossíntese só ocorre quando há a presença de água. É por esse motivo que se faz necessário regar as plantas que 
são cultivadas dentro de casas ou apartamentos, pois elas não recebem a água da chuva. 
Uma das maneiras de classificar os vegetais é quanto à presença ou ausência de flores. Nesse caso, as 
plantas que têm flores são chamadas de fanerógamas, enquanto as que não têm recebem o nome de criptógamas. 
As plantas também podem ser classificadas quanto à presença ou à ausência de vasos condutores. Assim, as plantas 
avasculares são aquelas que não têm vasos de seiva. Já as plantas vasculares, que também podem receber o nome 
de traqueófitas, são as que têm vasos condutores de seiva em sua estrutura. Nessa especificação, há ainda os 
vegetais que têm sementes e os que não têm. Os filos de plantas vasculares com sementes recebem o nome de 
angiospermas e gimnospermas. 
As classificações do Reino Plantae levam em consideração uma série de fatores, permitindo a formação de 
agrupamentos. A seguir, veja as características de cada um desses grupos. 
a)Briófitas 
As briófitas, popularmente conhecidas como musgos, são plantas com poucos centímetros de altura e que 
geralmente se adaptam e vivem melhor em locais úmidos e com sombra. O corpo das briófitas é formado por três 
estruturas: rizoides (filamentos que fazem com que a planta se fixe nos ambientes e absorva água e sais minerais); 
cauloides (hastes, nas quais se iniciam os filoides) e filoides (estruturas de clorofila, responsáveis pela fotossíntese). 
 Como as briófitas não têm vasos condutores, a água é absorvida e transportada de célula para célula, 
permitindo assim a realização da fotossíntese. 
b)Pteridófitas 
As pteridófitas, assim como as briófitas, são plantas criptógamas, ou seja, que não têm sementes. Entre os 
exemplos mais comuns desse tipo de vegetal estão as samambaias, os xaxins e as avencas. Esse tipo de planta tem 
 
 
um sistema de vasos de condutores de nutrientes, que servem para que a água absorvida do ambiente seja 
distribuída para as demais áreas do corpo. Assim, se realiza a fotossíntese. 
O corpo das plantas pteridófitas é formado por raiz, caule e folha. O caule, porém, na maioria dos casos, é 
subterrâneo e tem um desenvolvimento horizontal. 
c)Gimnospermas 
As gimnospermas são plantas que vivem em ambientes terrestres, de preferência de clima temperado ou 
frio. Os pinheiros, as sequoias e os ciprestes são exemplos desse tipo de vegetal. O corpo dessas plantas é formado 
por raízes, caule e folhas. Elas ainda têm ramos reprodutivos com folhas diferenciadas, que recebem o nome de 
estróbilos. Em alguns tipos dessa classificação de plantas, os estróbilos são muito desenvolvidos e recebem o nome 
de cones. 
d)Angiospermas 
Do total de 350 mil espécies de plantas conhecidas, mais de 250 mil são angiospermas. O corpo das 
angiospermas é formado por raízes, caule, folhas, flores, sementes e frutos. Assim, os frutos presentes nas 
angiospermas possuem várias funções e são provenientes do desenvolvimento do ovário da flor após a fecundação 
ser realizada. O fruto ajuda na dispersão dessas plantas e também protege a semente. Mangueira, morangueiro, 
roseira, orquídea, chuchuzeiro, amoreira e palmeira, são alguns exemplos de plantas angiospermas. 
As angiospermas são plantas vasculares, ou seja, apresentam xilema e floema como tecidos condutores de 
substâncias, e possuem sementes. 
As flores são estruturas da planta onde são produzidos os gametas masculinos e os gametas femininos. Por essa 
característica, a flor é uma estrutura relacionada com a reprodução desses vegetais. Algumas flores têm aparência e 
cheiro bastante agradáveis como forma de atrair agentes polinizadores, que levam o grão de pólen até a parte 
feminina da flor e proporcionam, assim, a fecundação. 
 
REINO ANIMAL 
 Animais são todos os organismos multicelulares, eucariontes (ou seja, suas células possuem uma membrana 
nuclear individualizada e diferentes tipos de organelas) e que têm nutrição heterotrófica (são incapazes de produzir 
o seu próprio alimento). Dentro dessas características essenciais, que incluem os seres humanos, há uma enorme 
variação anatômica, morfológica e fisiológica. 
Para organizar todos esses seres, o reino animal — chamadotambém de Animalia ou de Metazoa — é 
dividido em dois grupos principais: os vertebrados (aqueles que possuem vértebras, coluna dorsal e crânio) e os 
invertebrados (os que não possuem vértebras). Cada um desses dois grupos é, então, subdividido em grupos ou filos. 
Todos os animais vertebrados se reproduzem de forma sexuada, ou seja, quando uma nova vida pode ser 
originada a partir do encontro do gameta masculino (o espermatozoide) com o gameta feminino (o óvulo). Em 
alguns animais hermafroditas, é possível ocorrer a autofecundação. Enquanto isso, entre os invertebrados, há alguns 
animais que praticam a reprodução assexuada. 
A possibilidade de reproduzir-se, gerando uma nova vida, é uma característica compartilhada por todos os 
seres vivos. É isso o que possibilita que eles continuem existindo e, ao longo do tempo, evoluam. No reino animal, o 
desenvolvimento e nascimento pode acontecer também por meio de ovos (como é o caso dos animais ovíparos) ou 
dentro do corpo de um dos pais, mais comumente, o da fêmea — isso ocorre nos animais vivíparos. 
Podemos classificar a reprodução também pela maneira com que os filhotes crescem. Nos seres humanos e 
em todos os demais mamíferos, os filhos/filhotes são bastante parecidos com os adultos de suas respectivas 
espécies, mas em tamanho pequeno. Isso é chamado de desenvolvimento direto. 
Já no caso de alguns anfíbios e de alguns insetos, como as borboletas e mariposas, grandes mudanças 
corporais ocorrem desde o nascimento até o estágio adulto. As borboletas e mariposas, por exemplo, nascem como 
lagartas e, depois de uma série de transformações, tornam-se os insetos com asas que conhecemos. Esse tipo de 
desenvolvimento é o indireto. 
a) Vertebrados 
Presentes em praticamente todos os tipos de habitat do planeta, os vertebrados são caracterizados pela 
presença da coluna vertebral e da medula óssea. Todos os animais vertebrados pertencem ao mesmo filo, o 
Chordata — e, portanto, também podem ser chamados de cordados. Mas, como a variedade de animais vertebrados 
também é muito extensa e variada, eles são subdivididos em cinco classes, que são: 
-Anfíbios: Na fase larval, os anfíbios têm respiração branquial e, portanto, são dependentes da água. Entretanto, 
após a metamorfose que os leva à vida adulta, o corpo deles adquire a respiração pulmonar. Eles também são 
pecilotérmicos. Exemplos: sapo, salamandra e rã. 
 
 
-Aves: Únicos animais viventes a terem o corpo coberto por penas, as aves também possuem asas, ainda que nem 
todas possam voar. Elas apresentam respiração pulmonar e a habilidade de regularizar a temperatura do corpo, ou 
seja, são homeotérmicas. Exemplos: águia, pinguim e papagaio. 
-Mamíferos: Caracterizados pelo fato de que as fêmeas da espécie alimentam os filhotes por meio de suas glândulas 
mamárias, os mamíferos são homeotérmicos e respiram pelos pulmões. É aqui que nós, seres humanos, nos 
encaixamos. Outros exemplos: gato, cachorro, morcego e golfinho. 
-Peixes: Com corpos cobertos por escamas e respiração branquial (ou seja, em que a retirada do oxigênio acontece 
na água), os peixes são animais pecilotérmicos, ou seja, incapazes de controlar a temperatura do corpo. Exemplos: 
tubarão, atum e arraia. 
-Répteis: Com respiração pulmonar e corpos cobertos por escamas ou por uma carapaça, os répteis podem viver 
tanto na água quanto na terra. Eles são pecilotérmicos. Exemplos: jacaré, serpente e tartaruga. 
b) Invertebrados 
 Todos os animais invertebrados são pluricelulares e não têm parede celular. A gigantesca diversidade entre 
eles faz com que sejam divididos, e são classificados como filos do reino animal, divididos em oito filos: 
-Anelídeos: Corpo segmentado e com anéis. Trata-se de um anelídeo, animais que vivem em habitats úmidos na 
terra ou, então, nas águas doces ou salgadas. Exemplos: minhocas e sanguessugas. 
-Artrópodes: Esse é, o maior e mais diversificado de todos os filos de invertebrados. Todos eles têm corpos 
segmentados e contam com um exoesqueleto de quitina. Os artrópodes são subdivididos nestes grupos: Aracnídeos 
(aranhas, escorpiões, carrapatos); Crustáceos (caranguejos, lagostas, camarões); Insetos (borboletas, moscas, 
mosquitos, abelhas); Miriápodes (lacraias, centopeias); 
-Cnidários: Ganham esse nome graças a uma característica exclusiva ao filo: um tipo de célula chamada de cnidócito. 
Esses animais vivem em água doce ou salgada. Alguns deles podem se locomover, outros não (estes são chamados 
de sésseis). Exemplos: águas-vivas e corais. 
-Equinodermos: Animais marinhos que contam com um exoesqueleto calcário e um sistema hidrovascular, os 
equinodermos possuem simetria pentarradial, ou seja, seus corpos possuem cinco lados iguais. Exemplos: estrelas-
do-mar e ouriços-do-mar. 
- Moluscos: A principal característica dos moluscos é seu corpo mole protegido por uma concha, que pode ser 
interna (como no caso dos polvos e das lulas) ou externa (por exemplo, a dos caramujos e mexilhões). Os moluscos 
habitam a água doce ou salgada e ambientes com terras úmidas. Outros exemplos: ostras e lesmas. 
-Nematelmintos: Também chamados de nematódeos, são invertebrados com corpo cilíndrico que têm vida livre ou 
atuam como parasitas, tanto em humanos quanto em plantas. Exemplo: lombrigas. 
-Platelmintos: Os platelmintos são animais com corpo achatado e que, assim como os nematelmintos, vivem como 
parasitas ou livremente. Exemplos: tênias e planárias. 
-Poríferos: Animais primitivos de água doce ou salgada, os poríferos não possuem órgãos e nem capacidade de 
locomoção. A reprodução pode ser assexuada ou sexuada. Exemplo: esponja. 
 
Re http://martanarcisociencias.blogspot.com/2015/03/sistematica-dos-seres-vivos.htmlferências: Biologia. Volume 
único. Sérgio Linhares e Fernando Gewandsznajder. Editora ática. 
Biologia. Volume 1. José Mariano Amabis e Gilberto Rodrigues Martho. Editora Moderna. 2010. 
Categorias taxonômicas. http://biologicamente20.blogspot.com/2018/03/categorias-taxonomicas.html 
Classificação dos seres vivos. Disponível em: https://escolaeducacao.com.br/classificacao-dos-seres-vivos/. 
 
 
https://escolaeducacao.com.br/classificacao-dos-seres-vivos/

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