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Fenómenos Geológicos Biostasia – entende-se como uma situação de equilíbrio biomorfológico, expresso principalmente por uma cobertura vegetal desenvolvida de longa duração e estável, desde que não variem as condições ambientais sob as quais se desenvolveu. Resistasia - define-se como sendo a situação de ruptura do equilíbrio biomorfológico da cobertura vegetal (Biostasia). As causas desta ruptura estão associadas a mudanças climáticas acentuadas e bruscas, tanto no sentido do arrefecimento como do aquecimento, acompanhada de secura. Como é o caso da desertificação. Formação do Solo Solo - Considera-se solo, quando a capa superficial resultante da meteorização adquiriu um estado de desagregação e decomposição permitindo a ocupação pela vegetação. Os componentes principais do solo são: Matéria sólida de origem mineral, matéria orgânica, água e ar. Horizonte A Horizontes de solo Horizonte B Horizonte C Horizonte A – è o nível mais superficial, mais escuro devido á grande concentração de Húmus (matéria orgânica). Corresponde ao nível de grande actividade bioquímica, onde se fixam as raízes das plantas e coexistem diversos tipos de animais. As argilas são o constituinte mineral mais importante a que se associam outros minerais residuais como o quartzo e as micas. Horizonte B - situa-se abaixo do horizonte A, é pobre em matéria orgânica, aparece muitas vezes enriquecido em óxidos e hidróxidos de ferro daí as suas tonalidades amareladas, avermelhadas e acastanhadas. Horizonte C - corresponde á zona mais profunda e é caracterizado pela presença de rocha-mãe mais ou menos alterada e fragmentada que faz a transição para a rocha sã em profundidade. Agentes Modeladores do relevo Sistemas morfoclimaticos Acções da gravidade Águas pluviais/ escorrência/Subterrâneas Cursos de água Agentes modeladores do relevo Lagos Glaciares Vento Litoral Seres Vivos Sistema Morfoclimático glaciário de latitude Domínios Frio Sistema Morfoclimático glaciário de altitude Sistema Morfoclimático periglaciário Sistema Morfoclimático temperado húmido Domínios temperados Sistema Morfoclimático mediterrânico Sistema Morfoclimático hiperárido Sistemas Morfoclimático Domínios áridos Sistema Morfoclimático árido Sistema Morfoclimático sub-árido Sistema Morfoclimático floresta quente e Húmida Domínios intertropicais Sistema Morfoclimático Sub húmido Domínios frios Sistema Morfoclimático glaciário de latitude - Ocupa as regiões situadas a latitudes elevadas, muito frias com acumulação abundante e persistente de neve, em virtude de intensa precipitação e curta duração estival. Zonas: Grandes calotes glaciares/Gronelândia/Alasca/Ilhas das regiões Polares. Sistema Morfoclimático glaciário de altitude – próprio das regiões de muito alta montanha, onde por efeitos da altitude, são regiões muito frias com acumulação abundante e persistente de neve, em virtude de intensa precipitação e curta duração estival. Zonas: Himalaias/Alpes/Andes Sistema Morfoclimático periglaciário - caracteriza as regiões frias de precipitação muito fraca ou nula onde não há cobertura de neve, tornando escassa a vegetação e o solo. Zona setentrional do Continente Americano e Euro-Asiático, confinando com a Tundra, Taiga e Turfeiras Boreais. No Hemisfério Sul este sistema encontra-se na Terra do Fogo na Argentina e em algumas ilhas na periferia da Austrália Domínios temperados Sistema Morfoclimático temperado húmido – Intercalado entre dois domínios climáticos extremos, muito frios e muito quentes. Os respectivos sistemas morfoclimaticos ocorrem com características intermédias de transição entre os sistemas limítrofes. Sistema Morfoclimático mediterrânico – caracteriza-se por ser um sub-sistema do domínio temperado na transição para as regiões sub-áridas com características particulares e bem definidas próprias das áreas envolventes da grande bacia do Mediterrâneo, e de outras noutros continentes Zonas: Califórnia/África do Sul Domínios áridos Sistema Morfoclimático hiperárido – Caracterizado por estrema secura e grandes amplitudes térmicas, próprias dos grandes desertos interiores, onde a ausência de chuva é total durante anos consecutivo. Pode chover ocasionalmente em intervalos de tempo muito espaçados. Este tipo de precipitação curta corresponde a precipitações abundantes e muito rápidas, quase sempre com efeitos catastróficos. Zonas: Sahara Central e Ocidental Sistema Morfoclimático árido – caracteriza-se por ter precipitação menos rara mas escassa. Zonas: Sahara Setentrional e Meridional/ Arábia /Irão/ Ásia Central Sistema Morfoclimático sub-árido – Zonas marginais do sistema árido na transição com os adjacentes, tropicais sub-húmido e temperados. Zonas: Regiões periféricas do Sahara (savana) /Kalahari/Cazaquistão/Mongólia Domínios intertropicais Sistema Morfoclimático floresta quente e Húmida – Regiões de clima quente e húmido próprio das latitudes equatoriais com precipitação persistente e abundante ao longo do ano. Zonas: Grandes bacias do Amazonas/Congo/Guianas/Ásia (monções) /Ilhas do Pacifico Sistema Morfoclimático Sub húmido – Sistemas semi-áridos, caracterizados por temperaturas relativamente elevadas, existência de uma alternância bem marcada de estações seca e húmida, fazendo a transição entre a floresta húmida e o deserto. Zonas: Savana Africana/Austrália/Índia /América do Sul Acções da Gravidade Escorregamentos Acções da gravidade Avalanches Creeping ou Reptação Escorregamentos – representam deslocamentos lentos de grandes massas de terreno, por vezes catastróficas. Avalanches - representam deslocamentos bruscos de grandes massas de terreno, por vezes catastróficas. Creeping ou reptação – estes deslocamentos dão-se suavemente ao longo das vertentes, as partículas movem-se grão a grão. Este processo é tão lento só se observam os seus efeitos através dos postes telegráficos inclinados pelas árvores tombadas e pelos muros rachados. Depósitos de vertente – Parte dos materiais que descem por acção da gravidade, podem permanecer em equilíbrio instável, em troços menos íngremes das vertentes, por períodos mais ou menos longos. Podem manter a reptação, alimentar os escorregamentos ou as avalanches. Depósitos de sopé - são depósitos acumulados na base das vertentes. Cones de detritos ou talude – São depósitos que se podem encontrar individualizados, ou formar taludes. Quebradas – São movimentações de massas de terra que ocorrem em vales fluviais ou em arribas litorais. Zonas: Vulgar na Ilha da Madeira Fajãs - Movimentações de massa de terra que ocorrem nas arribas litorais. Zonas: Vulgar nas Ilhas dos Açores Águas Pluviais Balanço Hídrico – Fator que depende do valor da precipitação atmosférica sendo definido pela relação entre a infiltração no terreno, a escorrência em superfície e a evapo-transpiração. È diretamente determinante nos efeitos de erosão e pode influenciar os efeitos de transporte Águas pluviais - são águas da chuva formadas pela água do solo que ascendem até determinados níveis da atmosfera devido á evaporação originada pela acção da energia solar. Estas águas tendem depois a cair devido á acção da gravidade. A energia que possuem utilizam-na para realizar o trabalho de erosão e de transporte. O impacto das gotas de chuva nas rochas, se estas apresentarem um certo grau de desagregação e se a cobertura vegetal não as proteger, origina erosão apreciável á vista. Águas de escorrência – correm em toalhas superficiaisdifusas e de pequena extensão, até se tornarem fios delgados que se vão fundindo em Arroios de hierarquia sucessivamente crescente. Estas águas vão- se juntando em unidades cada vez mais importantes formando cursos de traçado mais ou menos fixo. Águas selvagens Águas de escorrência Águas bravas Águas de arroiamento Morfologia do terreno – è o aspecto que o solo apresenta devido á erosão e ao transporte de sedimentos pelas águas de escorrência, tomando certas formas curiosas. Barrancos /Abarracamentos Ravinas Formas Caos de blocos Saliências rochosas Chaminés de fada Barrancos – Designação do efeito da erosão das águas de escorrência, por escavamento de sulcos no terreno. Que de região para região variam de nome: Boqueirão/Barroca. Estas águas são mais activas nas terras altas, instalam-se facilmente nas rochas friáveis e na capa de alteração das rochas (rególito). Ravinas – paisagem sem vegetação, desolada, caracterizada por diversos e profundos barrancos. Caos de blocos – As rochas graníticas apresentam-se fissuradas pelas redes de diáclases, que as dividem em blocos de maior ou menor dimensão, fazendo com que a meteorização seja mais intensa. Nessas fissuras a circulação das águas de infiltração é mais acentuada, aumentando o efeito da erosão. Os blocos de forma paralelepipédica, vão ficando cada vez mais arredondados e afastados uns dos outros, originando disjunção em blocos de maior ou menor dimensão, que acabam por ser removidos pelas águas de escorrência. Estes blocos deslocam-se descendo da parte culminante do afloramento principal e imobilizam-se quando o terreno perde inclinação. Estes maciços originam concentrações residuais desordenadas, salientes na topografia, daí a designação de caos de blocos Pedra Bolideira - São blocos de granito de maior dimensão separados da rocha- mãe, por acção da erosão. Esta designação foi dada pelo facto destes blocos de grandes dimensões aparecerem apoiados numa pedra de base de muito menor dimensão, tornando-os oscilantes. Saliências rochosas - resultam da erosão provocada pela s águas bravas. São saliências ou afloramentos que sobressaem do nível do solo. São porções da rocha do substrato que por várias razões, constituem núcleos mais resistentes á meteorização e á erosão provocada pelas água selvagens. Chaminé de Fada – São colunas encimadas por um fragmento de rocha. Formam-se a partir de um depósito detrítico areno-argiloso pouco coerente que encerra clastos maiores, dispersos na sua massa. Cursos de Água Cursos de água – são agentes isolados que se vão organizando em conjuntos maiores, definindo as bacias fluviais. Arreicas- Regiões sem rede fluvial, como acontece nos desertos de areia. Endorreicas – Redes fluviais que convergem para uma zona interior, não são drenadas para o mar. Exemplo: Lago Tchad em África/Eive na Austrália/Baical na Sibéria Exorreicas – São regiões drenadas por bacias fluviais que desaguam no mar. Bacia de recepção Temporários – Torrentes canais de torrente Canal de escoamento Cone de Dejecção Córregos Riachos Cursos de água Permanentes Ribeiros Ribeiras Rios TORRENTES Torrentes – pequenos cursos de água temporários que funcionam como locais de convergência e escoamento das águas de escorrência, existentes no seu raio de acção. Actividades dos troços das torrentes - Estas possuem nos 3 troços que as compõem, actividade erosiva, actividade de transporte e de sedimentação Erosão regressiva – Resulta da actividade de erosão nos troços a montante ou cabeceiras, fazendo com que estas recuem. Perfil de equilíbrio – A torrente atinge o seu perfil de equilíbrio quando o leito se regulariza. A Nível de base da Torrente – é o ponto mais baixo em função do qual se dá a regularização do seu perfil de equilíbrio. A actividade erosiva vai diminuindo e aumentando a actividade de sedimentação. A vegetação volta a instalar-se e a torrente atinge assim o seu perfil de equilíbrio. Canais de torrente: Bacia de recepção Canal de escoamento Cone de Dejecção Bacia de recepção – situa-se na parte mais elevada, constitui uma zona mais ou menos extensa alargada e escavada e sem vegetação para onde convergem as águas de escorrência. Canal de escoamento – Marcado por um entalhe profundo pouco sinuoso ou rectilíneo de perfil em U. Pejado de detritos de todos os calibres. Escoa as águas acumuladas na bacia de recepção, transporta os materiais erodidos e aprofunda-se ou escava-se ao longo do leito, num tipo de erosão linear ou vertical. Cone de dejecção – é formado pelos materiais drenados pelo canal de escoamento, que perderam velocidade, depositando-se neste cone em forma de leque. RIOS Rios /Ribeiros/Ribeiras – Representam cursos de água, geralmente mais extensos do que as torrentes. A distinção entre rios e ribeiros faz-se pelo grau de importância relativa. Os rios são mais caudalosos do que os ribeiros/ribeiras. Curso superior Troços de um rio Curso médio Curso inferior Curso superior – onde predomina o trabalho de erosão Curso médio – onde o transporte de sedimentos é o principal agente actuante. Curso inferior – caracterizado pelo predomínio da sedimentação bem visível nos depósitos aluviais ou aluviões. Gargantas – são paredes verticais e profundas escavadas nos terrenos calcário, dispostos em camadas horizontais. Nível de Base - De um rio aberto ao mar tem o nível médio das aguas oceânicas como o seu nível de base Erosão regressiva – A acção erosiva de um troço a montante ou na cabeceira, faz com que esta recue constantemente Meandros – De traçado amplo, incluindo as sinuosidades maiores ou menores, mais ou menos profundas existentes nos troços dos rios. Tipos de meandros: Meandros encaixados ou de vale – De traçado amplo incluem a forma do vale, assim o traçado sinuoso do leito resulta do mesmo traçado do vale. Meandros divagantes – São amplos e encontram-se instalados nas grandes planícies aluviais. Aí podem divagar alterando o seu traçado, podem exagerar as curvas que descrevem e abandonar outras Braço morto - Os meandros têm tendência a acentuarem-se resultando geralmente no seu abandono. A margem côncava devido á forte intensidade da corrente é mais erodida do que a convexa onde vai depositar a carga sólida e exagerando a sua curvatura até os dois troços se tocarem e ficarem em comunicação. Dá-se então o abandono de parte do antigo meandro que fica seco. Estes braços funcionam como zonas de águas paradas. Fases de um Rio: Fase Juventude ou Juvenil – Predomina a erosão o seu perfil é longitudinal, o declive é acentuado e irregular Fase Maturidade – Predomina a capacidade de transporte, o declive é menor, os vales são profundos e apertados. O perfil longitudinal é mais regular. Fase Senil – Caracteriza-se por vales amplos, vertentes muito afastadas e degradadas. Predomina a sedimentação, originando extensas superfícies muito planas resultantes do assoreamento originado pelos depósitos fluviais que se espraiam nesta zona devido á perda de competência das águas. Carga Sólida dos Rios – Corresponde á quantidade de detritos transportados por unidade de volume do fluido Leito maior Tipos de leito de rio Leito menor Leito do rio – Espaço ocupado pelas águas. Leito maior – corresponde a todo o espaço do vale inundável no período de cheias. Leito menor – corresponde a uma estreita faixa de água geralmente sinuosa e mutável que persiste no interior do leito maior. Representa a menor drenagem do rio e normalmente ocorre no verão. Bacia hidrográfica- Áreas cujas águas pluviais drenam para cursos de água que confluem no rio principal. Competência – característica de um rio, avaliada pela dimensão dos sedimentos transportados. Terraço fluvial - zona de depósito de materiais na margem do rio, formada pelo abaixamento do nível de base. Ressalto – Desnivelamento pouco acentuado no leito do rio. Transporte e sedimentação – Os cursos de água transportam grandes quantidades de materiais sólidos e em solução na água. As modalidades de transporte de detritos são: Rolamento para os balastros Saltação para as areias Suspensão para os elementos mais finos, silte e argilas Placers - Concentrados aluvionares resultante da selecção granulométrica e mineralógica. Tem alguma importância comercial, pois permitem a exploração de um produto inicialmente disperso, que devido a um processo de selecção natural, se encontra agora concentrado Exemplo: Placers Auríficos e diamantíferos Lagos Lagos ou bacias Limnicas – São receptáculos ou locais de sedimentação. Constituem pontos de convergência de drenagem, recebem parte da carga detrítica dos cursos de água que nele convergem. Como são águas paradas os detritos mais grosseiros ficam retidos na periferia. Apenas os detritos passíveis de permanecer em suspensão (argilas)vão tombar no fundo da parte central do lago. Glaciares Glaciares - Conjuntos de regiões afectadas nos seus aspectos morfológicos e biológicos pelos efeitos de um tipo particular de clima no qual a presença de importantes coberturas de gelo é característica fundamental. Regiões polares Regiões montanhosas Tipos de glaciares Calotes glaciárias de montanha Glaciares de circo Glaciares de vale ou línguas glaciárias Regiões polares - situam-se na periferia dos continentes. E formam as línguas de gelo ou glaciares de vale. Algumas destas línguas atingem o mar, vão -se fragmentando em massa de gelo por vezes de grandes dimensões “Icebergs”, que flutuam no oceano á deriva, até que se fundem ao atingir latitudes mais quentes. Regiões montanhosas – com o aumento da latitude a temperatura vai diminuindo aumentando a precipitação de neve. Esta vai-se acumulando e formando uma cobertura mais ou menos contínua. Calotes Glaciares de montanha – designam-se assim as massas de gelo que devido ao seu peso divergem para a periferia que acabam por se fundirem ao atingir altitudes mais baixas. Glaciares de circo – glaciares mais pequenos localizados em pequenas reentrâncias da montanha entre paredes rochosas a pique. Glaciares de vale ou línguas glaciárias – tipo de acumulação glaciária com maior acção modeladora do relevo devido á sua capacidade erosiva e de transporte. Corresponde a massas de gelo em movimento canalizadas em vales e constantemente alimentadas pelas calotes glaciares de montanha e pelos glaciares de circo acumulações de detritos. Moreias – Corresponde á superfície da língua glaciária que devido á fusão ser mais forte nos bordos encontra-se intensamente fendilhada, segundo linhas arqueadas, transversais e convexas no sentido do movimento. São constituídas por alinhamentos de pedras e detritos que se designam pela posição que ocupam no glaciar Moreia lateral Moreia mediana Tipos de Moreias Moreia interna Moreia de fundo Moreia frontal ou terminal Moreia lateral - Localiza-se e alonga-se junto aos bordos do glaciar. Moreia mediana – encontra-se alinhada ao meio do alongamento e resulta da união de duas moreias laterais, uma de cada margem dos troços montantes. Moreia interna – corresponde á carga de detritos transportados no seio da massa de gelo. Moreia de fundo – conjunto de blocos e materiais triturados sob a massa de gelo do glaciar ficando em contacto com o fundo rochoso do vale. Moreia frontal ou terminal – é constituída por materiais transportados pela língua glaciária. Vento Vento - Ar em movimento que tem a capacidade de transportar detritos com determinadas dimensões. Esta capacidade varia consoante a sua velocidade. Loess – Materiais ligados á erosão e transporte eólico formado por materiais detríticos d dimensão do silte e essencialmente constituído por poeiras de quartzo, calcário e argila. Formações originadas pelo vento: 1.1. Desertos – Regiões onde a vegetação é inexistente ou rara. O solo desnudado é frequentemente desagregado perdendo coerência por falta de humidade e estar á mercê do vento. 1.2. Dunas – são formadas devido á velocidade conferida pelo vento e em função do diâmetro das partículas. Estes factores em conjugação com a acção da gravidade têm como resultado imprimir aos grãos de areia trajectórias parabólicas mais ou menos longas. A areia tomba e volta a saltar até o vento perder velocidade, depositam-se formando acumulações designadas por DUNAS. 1.1.1. Desérticas i. Ergs ii. Barkhanes 1.1.2. Litorais i. Consolidadas ii. Fixadas Ergs- São dunas mais ou menos complexas, longitudinais, com formas alongadas mais ou menos paralelas, orientadas na direcção do vento. Podem atingir 500 metros de altura. Barkhanes – são dunas simples em forma de crescente, deslocam-se sobre uma superfície nua. Têm forma convexa orientada para o lado onde sopra o vento. Os dois lados são agudos e progridem mais rapidamente do que o centro da duna. Dunas litorais – São edificações eólicas, existem sempre que a extensão do areal da praia o permita. A areia deve ficar a seco e sem obstáculos. Os ventos dominantes do mar aumentam constantemente estas acumulações dunares e fazem-nas progredir para o interior. Fixam-se por efeito da vegetação que se lhe impõe natural ou artificialmente Duna fixada – São dunas litorais fixadas pelo efeito da vegetação que se lhe impõe natural ou artificialmente. Quando a velocidade do vento abranda a sua capacidade de transporte diminui, a vegetação começa a fixar-se impedindo a deflação e fixando a duna. Dunas consolidadas – São dunas antigas em que os bioclastos trazidos pela areia (geralmente quatzoza) de natureza calcária, são dissolvidos pelas águas da chuva, precipitando-os. Em conjunto com outros fatores vai favorecer a cimentação dos grãos de areia, que ficam assim colados uns aos outros através de uma película calcária que os envolve conservando a sua porosidade. Os grãos de areia encontram-se colados uns aos outros através de uma película calcária que os envolve conservando uma acentuada porosidade. Ação Erosiva do Vento Deflação – é a remoção das areias e poeiras soltas, sopradas e varridas pelo vento. Corrasão – é o efeito da abrasão exercida pelos materiais arrastados pelo vento. Areias eólicas – adquirem formas arredondadas geralmente muito perfeitas. A sua superfície fica despolida devido a múltiplos ferimentos microscópicos resultantes dos choques entre si e com outros obstáculos da superfície. Formação do Litoral Litoral – A erosão e transporte litorais fazem-se essencialmente sob a acção das vagas. Estas desencadeadas pela acção do vento transmitem até ao litoral a energia acumulada e exercem aí a erosão e transporte. Abrasão marinha – resulta da ação erosiva das vagas que formam ou intensificam as arribas. Estas vão recuando á medida que aumenta a extensão da plataforma litoral. Arribas Fosseis – Originadas quando o litoral recua, a arriba liberta-se da ação marinha e degrada-se até atingir um equilíbrio compatível com a sua natureza e com as condições ambientais. Estes abruptos definida pelo areal da praia e por dunas associadas delimitam pelo lado interior as superfícies litorais actuais alongadas segundo a linha de costa. Tipo de deposição Litoral: Praias Cordões litorais Restingas ou Tômbolos Praias – São acumulações de areia ás vezes de cascalho em situação de equilíbrio face á morfologia da costa e á dinâmica das vagas. Cordões litorais – São barras oulombas de areia paralelas á linha geral do litoral. Estes cordões podem fechar lagunas que acabam por assorear. Ex: Ria de Aveiro Restingas ou Tômbolos - Línguas de areia que ligam uma ilha ao continente transformando-a numa península. Ex: Peniche Ambientes Fluvio-marinhos Frequentes no litoral fazem a transição entre o continente e o marinho Os principais são: Lagunas ou bacias parálicas Deltas Estuários Lagunas ou Bacias parálicas – Zonas frequentemente invadidas pelo mar, aumentando consideravelmente a sua salinidade. Se a temperatura e secura destes ambientes forem de molde á rápida evaporação desta águas e não houver alimentação fluvial este fenómeno transforma estas lagunas em gigantescas salinas naturais. Os sedimentos gerados nestas lagunas, por precipitação dos sais anteriormente dissolvidos na água, são essencialmente constituídos por sulfatos (Gesso, Sulfato de cálcio) e cloretos (cloreto de sódio). Deltas - Embocadura de um rio no mar ou lago, formado por vários braços de água, devido á grande acumulação de sedimentos. Estuários - Ambiente litoral Zona de costa limitada pelas marés Principais tipos: Ambiente Nerítico - corresponde ao domínio da plataforma continental Ambiente Batial – corresponde ao talude ou vertente continental Ambiente Abissal – corresponde aos grandes fundos ou bacias oceânicas Tipo de sedimentos Sedimento do Ambiente Nerítico: Bentónico – Seres que vivem da dependência do fundo Nectónico – representados por esqueletos de animais que nadam (peixes) Plantónico – Restos de organismos arrastados ao sabor das correntes Sedimentos do Ambiente Batial – predominam os sedimentos detríticos finos e argilosos Sedimentos do Ambiente Abissal – A influência terrígena continental praticamente não existem, ficando assim limitada a sedimentos muito finos tipo argilas vermelhas e a certas vasas organogénicas que resultaram da acumulação de restos plantónicos de natureza calcária e siliciosa
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