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@estudosdidi dblyra@hotmail.com COMENTÁRIOS - AVALIAÇÃO - PÓS EM ADVOCACIA EXTRAJUDICIAL LEGALE 01. O processo de homologação de acordo extrajudicial, na Justiça do Trabalho, terá início por petição conjunta, sendo obrigatória a representação das partes por advogado, quanto a prescrição questiona-se: a) A petição de homologação de acordo extrajudicial suspenderá o prazo prescricional da ação quanto aos direitos nela especificados. Art. 855-E. A petição de homologação de acordo extrajudicial suspende o prazo prescricional da ação quanto aos direitos nela especificados. b) A petição de homologação de acordo extrajudicial interromperá o prazo prescricional da ação quanto aos direitos nela especificados. c) A petição de homologação de acordo extrajudicial suspenderá o prazo prescricional da ação referente a todas as parcelas decorrentes do contrato de trabalho. d) A petição de homologação de acordo extrajudicial interromperá o prazo prescricional da ação referente a todas as parcelas decorrentes do contrato de trabalho. 02. Assinale a alternativa que está errada, dentre as seguintes afirmações: a) O INSS é Autarquia Federal, entidade vinculada ao Ministério da Economia, que compõe a Secretaria Especial do Ministério do Trabalho e Previdência; b) É o INSS responsável pela concessão, manutenção e revisão de benefícios previdenciários do Regime Geral de Previdência Social, que cobre diversos riscos: incapacidade para o trabalho, proteção do trabalhador em situação desemprego involuntário, à gestante, salário-família, auxílio-reclusão para os dependentes de baixa renda; c) A Previdência Social é organizada sob a forma do Regime Geral de Previdência Social, de caráter contributivo e de filiação facultativa; A filiação é obrigatória e não facultativa. Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral de Previdência Social, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, na forma da lei, a: (Redação dada pela Emenda 1 @estudosdidi dblyra@hotmail.com Constitucional nº 103, de 2019) Art 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar d) Podem fazer jus a benefício previdenciário os segurados obrigatórios (empregado, empregado doméstico, trabalhador avulso, segurado especial, contribuinte individual), os segurados facultativos e os dependentes do segurado; e) A Previdência Social faz parte da Seguridade Social. A seguridade social é um sistema integrado formada por Previdência, Saúde e Assistência Social. 03. Com relação à sistemática dos juros bancários, é CORRETO afirmar que: a) juros moratórios e juros remuneratórios são sinônimos; Os juros remuneratórios/compensatórios consistem em rendimento remuneratório do capital. Já os juros moratórios, constituem a pena imposta ao devedor pelo atraso no cumprimento da obrigação b) juros compostos não ensejam capitalização; Capitalização dos juros significa juros compostos, sendo também chamada de “anatocismo”, “juros sobre juros” Trata-se da incorporação dos juros referentes a um determinado período (mensal, semestral, anual) ao valor principal da dívida, sobre a qual incidem novos encargos de juros. Já os juros simples são aqueles que incidem apenas sobre o principal corrigido monetariamente. No nosso direito, a capitalização de juros é vedada pelo art. 4º Decreto n. 22.626/33 (Lei de Usura) [Art. 4º. E proibido contar juros dos juros: esta proibição não compreende a acumulação de juros vencidos aos saldos líquidos em conta corrente de ano a ano.] Entretanto, nos contratos bancários celebrados após a Medida Provisória n. 1.963-17/2000 (que foi reeditada e atualmente se encontra em vigor sob o n. 2.170-36/2001), a capitalização mensal de juros passou a ser permitida em seu artigo 5º, verbis: “Nas operações realizadas pelas instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional, é admissível a capitalização de juros com periodicidade inferior a um ano”. Nesse sentido foi publicada a Súmula 529 do 2 @estudosdidi dblyra@hotmail.com STJ. Vale dizer: é permitida a capitalização de juros com periodicidade inferior a um ano em contratos bancários celebrados após 31 de março de 2000, data da publicação da MP 1.963-17/2000 (atual MP 2.170-36/2001), desde que expressamente pactuada. c) juros simples ensejam capitalização; Não enseja, isto pois, “o que basicamente diferencia uma modalidade da outra é que no caso de juros simples teremos a incidência de um índice simples sobre o principal, enquanto nos juros compostos este mesmo índice, ou taxa, simples incidirá sobre o principal mais os juros vencidos” Pilão e Hummel. d) instituição financeira sempre poderá capitalizar juros nas operações de crédito; Não, apenas é admissível a capitalização de juros quando a periodicidade for inferior a um ano. e) juros compostos representam a idéia de juros sobre juros, também conhecido como anatocismo 04. A procuração lavrada em Tabelionato de Notas: a) Jamais poderá conter outorga de poderes para o representante celebrar negócio jurídico consigo, que seria negócio nulo. É possível sim o representante, no seu interesse, por exemplo, realizar negócio consigo mesmo, desde que a lei ou o representado o permita: Art. 117CC. Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico que o representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo.Parágrafo único. Para esse efeito, tem-se como celebrado pelo representante o negócio realizado por aquele em quem os poderes houverem sido substabelecidos. b) Dispensa a prova dos poderes outorgados ao representante, uma vez que lavrada em instrumento público, o que leva à presunção absoluta de conhecimento de poderes. O representante deverá sim fazer prova da sua qualidade de representante e da extensão de seus poderes. Art. 118CC. O representante é obrigado a provar às pessoas, com quem tratar em nome do representado, a sua qualidade e a extensão de seus poderes, sob pena de, não o fazendo, responder pelos atos que a estes excederem. 3 @estudosdidi dblyra@hotmail.com c) tem por efeito que as declarações do representante, ainda que excedam os poderes outorgados, vincularão o representado, pois o terceiro terá sempre condições de extrair certidão da procuração pública. O representante só pode atuar nos limites dos poderes a ele outorgado, e somente quanto aos atos praticados sob tais condições o representado se vincula. Art. 116CC. A manifestação de vontade pelo representante, nos limites de seus poderes, produz efeitos em relação ao representado. d) poderá levar à anulação do negócio jurídico celebrado pelo representante, caso se prove que ele agiu em conflito de interesses com o outorgante, se tal fato era ou deveria ser do conhecimento de terceiro que com aquele contratou. Art. 119CC. É anulável o negócio concluído pelo representante em conflito de interesses com o representado, se tal fato era ou devia ser do conhecimento de quem com aquele tratou. Parágrafo único. É de cento e oitenta dias, a contar da conclusão do negócio ou da cessação da incapacidade, o prazo de decadência para pleitear-se a anulação prevista neste artigo e) nenhuma das anteriores. 05. São considerados princípios contratuais: a) Autonomia da vontade, relatividade das convenções, força vinculante, boa-fé; No slide da aula 03: princípios fundamentais contratos: a. autonomia da vontade; b. relatividade; c. força vinculante; d. boa-fé. b) Relatividade das convenções, bilateralidade, força vinculante, boa-fé; c) Autonomia da vontade, relatividade das convenções, aleatoriedade, boa-fé; d) Força vinculante, boa-fé, anatocismo, supremacia do interesse público; e) Autonomia da vontade, boa-fé, exceção de contratonão cumprido, paridade. 06. João é locatário de um mesmo imóvel há 10 anos. Mensalmente realiza o pagamento do valor locatício em favor da imobiliária que administra o contrato. Reza o contrato de locação que o valor do IPTU deverá ser pago pelo locatário em favor da mesma 4 @estudosdidi dblyra@hotmail.com imobiliária que, inclusive, encaminha boleto bancário somando os valores do IPTU mensal e do valor da locação. João realiza todos os pagamentos rigorosamente em dia. Porém, foi surpreendido ao receber, hoje, uma notificação emitida pela Prefeitura da cidade onde está localizado o imóvel cobrando dele, João, o IPTU dos últimos três anos. Ao verificar junto à Prefeitura, João constatou que realmente os valores não foram pagos à prefeitura, mesmo ele tendo realizado o pagamento mensalmente à Imobiliária. Diante desse contexto, o que pode ser feito na esfera extrajudicial para defender os interesses de João em relação ao esse lançamento do imposto municipal: a) João deverá notificar o Locador na pessoa da Imobiliária, sustentando que não é responsável pelo pagamento do IPTU já que realizou mensalmente o pagamento desde o início do contrato, conforme recibos que possui guardado. b) João deverá solicitar o parcelamento do débito e abater os valores dos alugueres mensais. c) João deverá ingressar com impugnação/defesa administrativa buscando o cancelamento da cobrança realizada em seu desfavor, sustentando que não é proprietário do imóvel e, portanto, não pratica o Fato Gerador do IPTU não podendo ser responsabilizado. Segundo a Lei nº 8.245/1991, também conhecida como Lei do Inquilinato, o dono de um imóvel pode incluir no contrato de locação uma cláusula dizendo que o locatário deverá pagar o IPTU junto a outras despesas, como aluguel e condomínio. Contudo, o Código Tributário Nacional diz que o IPTU é um imposto que se refere a propriedades. Portanto, o responsável final pelo pagamento é o dono da propriedade e não quem aluga. "O contribuinte do IPTU é sempre o proprietário. A lei prevê que ele é o principal devedor do imposto, ainda que tenha ficado estabelecido no contrato de locação que o inquilino pagaria". Ainda: EMENTA: APELAÇÃO - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL E MORAL - ILEGITIMIDADE PASSIVA - PRELIMINAR REJEITADA - CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS IMOBILIÁRIOS - RELAÇÃO DE CONSUMO - IPTU PAGO PELO INQUILINO E RECEBIDO PELA ADMINISTRADORA DE IMÓVEIS, MAS NÃO PAGO AO MUNICÍPIO - DANO MATERIAL - PROTESTO - DANO MORAL - VALOR. A administradora de imóveis tem legitimidade para figurar no polo passivo da ação ajuizada por locador com dívida junto ao Município, por IPTU não recolhido pela administradora, enquanto acertada a sua responsabilidade para tanto. Em razão da ausência de pagamento do IPTU, a dívida foi inscrita pela administradora pública e o nome da locadora 5 @estudosdidi dblyra@hotmail.com foi protestado, impondo a esta o pagamento do IPTU e das despesas com o Cartório de Protesto, o que implica em dano material. A ação irresponsável da imobiliária, ao deixar de efetuar o pagamento do IPTU mediante repasse do valor pago pelo locatário, o que levou ao protesto do nome da locadora, provocou, sem qualquer dúvida, um abalo à sua margem. Assim, restou configurado o dano moral, que consiste na lesão sofrida pela parte, atingida em sua honra e dignidade pessoal, pois é inegável que o protesto provoca sofrimento, vexame e constrangimento a qualquer ser humano. O ressarcimento pelo dano moral decorrente de ato ilícito é uma forma de compensar o mal causado e não deve ser usado como fonte de enriquecimento ou abusos. Dessa forma, a sua fixação deve levar em conta o estado de quem o recebe e as condições de quem paga. (TJ-MG - AC: 10000180953549001 MG, Relator: Mota e Silva, Data de Julgamento: 04/12/2018, Data de Publicação: 04/12/2018) d) João nada pode fazer, posto que a Prefeitura tem a ciência de que o contrato firmado entre as partes transmite a João a responsabilidade pelo pagamento. e) João deverá entregar à Prefeitura o comprovante de que realizou o pagamento da parte do imposto à imobiliária a fim de demonstrar que não possui, em razão desses pagamentos, nenhuma responsabilidade sobre esse IPTU. 07. Quando a coisa expropriada para fins de necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, não tiver o destino para que se desapropriou, ou não for utilizada em obras ou serviços públicos, estaremos diante de uma: a) Retrovenda b) Reconveção c) Tredestinação Art. 519CC. Se a coisa expropriada para fins de necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, não tiver o destino para que se desapropriou, ou não for utilizada em obras ou serviços públicos, caberá ao expropriado direito de preferência, pelo preço atual da coisa. O art. 519 cuida da matéria pertencente ao Direito Administrativo e que já não deveria mais ser regulada pelo Código Civil: o direito de retrocessão que toca ao desapropriado em caso de não-utilização do bem pelo expropriante (tredestinação). Tredestinação = destinação contrária com plano inicialmente previsto, ocorre quando o ente estatal procede uma desapropriação declarando a necessidade ou utilidade pública de um bem 6 @estudosdidi dblyra@hotmail.com particular, porém, prática destino diverso do que planejou no início, podendo ser caracterizada como lícita ou ilícita. d) Desapropriação e) Outorga oneros 08. O que atina ao Direito de Família, aponte a alternativa correta: a) no regime da comunhão parcial de bens é perfeitamente possível a partilha desigual, sendo certo que esta cisão desequilibrada não gera nenhum reflexo tributário para as partes; “Da partilha desigual de bens na separação ou divórcio. Incidência de ITBI ou ITCMD? – Gustavo Casagrande Canheu: [...] Questão tormentosa se apresenta na partilha desigual de patrimônio comum ou naquela em que há a transmissão de propriedade de um cônjuge ao outro, uma vez que em ambos os casos deve incidir o respectivo imposto de transmissão. E é justamente aí que reside o problema: qual é o imposto que incide? O ITBI (municipal) ou o ITCMD (estadual)? Como se sabe, o ITBI é o imposto que incide sobre as transmissões onerosas de propriedade de bens imóveis, enquanto o ITCMD é a exação incidente sobre as transmissões gratuitas de quaisquer tipos de bens (doação e causa mortis). Parte da doutrina e da jurisprudência tem entendido que ainda que a divisão do patrimônio total do casal seja igualitária, se houver diferença na divisão dos bens imóveis, haverá incidência do ITBI, sobre o valor que exceder a meação do cônjuge beneficiado sobre o patrimônio imobiliário do casal (Nesse sentido: Conselho Superior da Magistratura do Estado de São Paulo, Apelação Cível 372-6/9, Patrocínio Paulista; 6ª Câmara do TJSP, j. 05.05.1983, RJTJSP 85/257). E se entende pela incidência do ITBI e não do ITCMD, pois a compensação da diferença recebida em bens imóveis, feita através de outros bens (móveis, títulos de crédito, etc.), caracterizaria onerosidade na diferença de transmissão, ou seja, pagamento de um cônjuge ao outro pelo valor maior recebido em bens imóveis. Não é esse, no entanto, o nosso entendimento. Não acreditamos que seja necessária a análise do patrimônio do casal separando-se os bens imóveis dos demais. Em nosso sentir, o patrimônio do casal é uno, e a natureza dos bens que o compõe (móveis ou imóveis) não altera o direito de cada um à meação, que é do todo, e não de cada bem. Em outras palavras, cada cônjuge tem direito à meação do patrimônio amealhado pelo casal durante o matrimônio (no caso da regra geral do regime da comunhão parcial de bens, aqui usada como parâmetro), e não a 50% de cada bem. Não é possível 7 @estudosdidi dblyra@hotmail.com definir, antes de eventual partilha, que percentual cada um terá em cada bem, móvel ou imóvel. O que se quer dizer é que ambos os cônjuges possuem, na constância do matrimônio, a propriedade total dos bens e direitos que integram a união, sendo estesconsiderados como uma só universalidade. Assim, ambos são proprietários do mesmo todo, que somente será individualizado por meio da partilha, se e quando houver dissolução da sociedade conjugal, de modo que nada impede que, para evitar a criação de condomínio necessário em cada um dos bens no momento da separação ou do divórcio, os mesmos os dividam entre si todos os bens, respeitado o valor total da meação de cada um, independentemente da natureza dos bens que venham a receber. Assim, não haverá incidência de qualquer imposto pelo simples fato de ter sido desigual a partilha dos bens imóveis, se a partilha do patrimônio total respeitou a meação devida a cada uma das partes. Já no caso de transmissão de propriedade particular de um cônjuge ao outro, ou no caso de partilha desigual do valor total do patrimônio comum, evidente a incidência de tributo sobre a parte que excedeu àquela que o cônjuge beneficiado normalmente teria direito. Nesse caso, será necessário informar no texto da escritura a que título se deu referida transmissão, se gratuita ou se onerosa. No primeiro caso, incidirá o imposto estadual (ITCMD), e no segundo, via de regra o mais utilizado, o imposto municipal (ITBI), ambos também só incidentes sobre a parte que exceder àquela que o cônjuge beneficiado efetivamente teria direito, sendo este último somente incidente sobre a diferença observada em relação aos bens imóveis. É bom lembrar que os Tabeliães são pessoalmente responsáveis pelos tributos devidos pelas partes nos atos que praticam, nos termos dos arts. 134 e 135, I, do CTN (substituição tributária), de sorte que os mesmos devem condicionar a lavratura das escrituras de separação e divórcio à apresentação das guias pagas dos impostos devidos, quando for o caso, ou de certidões de inexistência de débito e/ou concessivas de isenções.” b) nunca será possível fazer divórcio por via extrajudicial diante da existência de interesse de incapazes, mesmo que tais interesses tenham sido alvo de análise prévia por parte do judiciário. “há ainda o entendimento de que, apenas a lavratura do divórcio de forma extrajudicial, deixando claro na escritura pública que as questões quanto aos menores serão tratadas judicialmente, não trazem qualquer prejuízo aos direitos indisponíveis dos filhos menores ou incapazes advindos desta união, uma vez que, serão resolvidos posteriormente. Por este motivo, ao menos aqui em São Paulo há um certo impasse para que o divórcio com a 8 @estudosdidi dblyra@hotmail.com existência de filhos menores ou incapazes se concretize extrajudicialmente. Destaca-se ainda que, há a possibilidade de regulamentar todas das questões relacionadas aos filhos menores judicialmente, e, com a decisão judicial ir até o Cartório de Notas e proceder com a realização do divórcio e partilha extrajudicial. Assim, também é o que diz o provimento 40/2012, Capítulo XIV, item 86.1 da Corregedoria de São Paulo: “86.1. Se comprovada a resolução prévia e judicial de todas as questões referentes aos filhos menores (guarda, visitas e alimentos), o tabelião de notas poderá lavrar escrituras públicas de separação e divórcio consensuais.” c) a cisão não igualitária de patrimônio em partilhas pode ensejar a incidência de ITBI ou ITCMD, tudo a depender da natureza do negócio que gerou o excesso de quinhão "Nesse caso, será necessário informar no texto da escritura a que título se deu referida transmissão, se gratuita ou se onerosa. No primeiro caso, incidirá o imposto estadual (ITCMD), e no segundo, via de regra o mais utilizado, o imposto municipal (ITBI), ambos também só incidentes sobre a parte que exceder àquela que o cônjuge beneficiado efetivamente teria direito, sendo este último somente incidente sobre a diferença observada em relação aos bens imóveis." d) não é admissível o uso da ata notarial como ferramenta probatória em direito de família e) o Conselho Nacional de Justiça veda, por resolução, o reconhecimento extrajudicial de filiação. 09. Indique qual é o prazo para a defesa prévia na sindicância administrativa no Conselho Regional de Medicina: a) 30 dias Resolução nº 2.145, de 17 de maio de 2016 - Código de Processo Ético-Profissional(CPEP) no âmbito do Conselho Federal de Medicina (CFM) e Conselhos Regionais de Medicina (CRMs). Art. 39. Na defesa prévia, o denunciado poderá arguir preliminares processuais e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar até 5 (cinco) testemunhas, que deverão ser qualificadas com nome, profissão e endereço completo. § 1º O prazo para apresentação da defesa prévia será de 30 (trinta) dias, contados a partir da juntada aos autos do comprovante da efetivação da citação. b) 15 dias c) 05 dias 9 @estudosdidi dblyra@hotmail.com d) 20 dias e) 45 dias 10. Em relação ao Inquérito Policial, assinale a alternativa correta. a) É absolutamente sigiloso, para todos, salvo Autoridade Policial e seus agentes, Ministério Público e Magistrado, de acordo com o artigo 20 do CPP; O sigilo não é absoluto, mas restrito às hipóteses em que seja necessária a investigação não revelada, sob pena de não se colher os elementos almejados, ou, quando o interesse social estiver presente, para preservar a intimidade de alguém em investigação de um crime sexual, por exemplo. O problema surge quando se indaga a respeito do acesso ao inquérito policial por aquele que é o sujeito das investigações – o próprio investigado. Deve-se permitir o livre acesso? Ou o interesse público na repressão ao crime deve prevalecer nesta fase? As respostas vêm sendo trazidas ao longo do tempo. Primeiramente cumpre trazer à tona a regra contida no art. 7º, XIV, da Lei nº 8.906/94 – Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil: “Art. 7º. São direitos do advogado: [...] XIV – examinar em qualquer repartição policial, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de inquérito, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos; [...]. b) É indispensável em se tratando de crime de ação pública incondicionada; O inquérito policial não é indispensável para a propositura da ação penal. Este será dispensável quando já se tiver a materialidade e indícios de autoria do crime. Entretanto, se não se tiver tais elementos, o IP será indispensável, conforme disposição do artigo 39, § 5º do Código de Processo Penal. c) Pode ser iniciado de ofício pela Autoridade Policial quando a ação penal correspondente for de modalidade pública; Na hipótese de crime apurável mediante ação penal pública incondicionada, a autoridade deverá instaurá-lo de ofício, assim que tenha notícia da prática da infração (art. 5º, I, do CPP). Já se for ação penal pública condicionada à representação do ofendido, só pode ser autor da notitia criminis o ofendido ou o seu representante legal (art. 5º, II, e §§ 4º e 5º) Na ação pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça (crimes praticados contra a honra do Presidente da República, ou chefe de governo estrangeiro, entre outros – art. 145, parágrafo 10 @estudosdidi dblyra@hotmail.com único/CP; art. 23, I c.c. art. 7º, § 3º/CP), a notitia criminis é faculdade do Ministro da Justiça. ... d) Pode ser objeto de nulidade, se o advogado, presente no interrogatório do investigado, não puder fazer perguntas ao mesmo. Art. 7º São direitos do advogado: [...] XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração: a) apresentar razões e quesitos; (Lei 8906/1944 - Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil - OAB) e) nenhuma das anteriores. 11
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