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UNIVERSIDADE UNICSUL CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE - CURSO DE PSICOLOGIA DISCIPLINA: TEORIAS DA PERSONALIDADE I TURMA: 3ºA São Miguel (Matutino) BIANCA APARECIDA ALVES SANTOS RGM: 23181281 DENISE ALVES DE OLIVEIRA RGM: 22973265 GEOVANA GABRIELA PEREIRA DA SILVA RGM: 23750634 INGRID GONZAGA DE JESU RGM: 22812857 JADE SOUZA SANTOS RGM: 23125870 WANDERSON GILVAN SOUZA DO NASCIMENTO RGM: 22672389 BING BONG O HÍBRIDO ROSA DO FILME DIVERTIDA MENTE NA VISÃO PSICANALÍTICA São Paulo 2021 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho propõe expor uma pequena análise de personalidade do personagem Bing Bong do filme Divertida Mente, tendo como base de referência a abordagem psicanalítica, exprimindo algumas teorias de Freud e Winnicott. O vigente personagem foi escolhido devido ele representar um importante papel no decorrer do filme, que faz com que toda a trajetória da narração seja salva, porém por ser um personagem tritagonista ele se torna mais difícil de ser mencionado pelos telespectadores, porém é tão importante quanto os outros. O filme Divertida Mente consiste em observar a vivência de uma garota de 11 anos chamada Riley, porém de uma perspectiva diferente do que o telespectador está acostumado, observar essa vivência sendo da perspectiva de como ela está acontecendo do lado de dentro do cérebro da mesma, tendo como foco inicial mostrar a sala de controle que é um lugar onde as emoções básicas da garota reside, sendo elas, a Alegria, a Tristeza, o Medo, a Nojinho, e a Raiva, e essas emoções controlam as ações e pensamentos da garota que a partir disso irão gerar memórias com as respectivas emoções, devido a uma mudança de cidade que gera situações diferentes e inusitadas que a garota está enfrentando, ela passa por várias emoções, porém é no decorrer de uma confusão na sala de controle que a Tristeza e a Alegria são expelidas da sala, e fazendo com que a narrativa do filme mude, sendo o filme em expor essa volta da Tristeza e da Alegria para a sala, e no meio dessa rota de retorno elas se deparam com Bing Bong perdido no depósito de memórias, que é um lugar onde as memórias que não são básicas ou principais ficam guardadas, e sendo Bing Bong um melhor amigo imaginário da infância de Riley. 2. CARACTERIZAÇÃO DO ASPECTO ESCOLHIDO O Bing Bong é um híbrido imaginário sendo aparentemente de estatura alta, tendo sua coloração rosa, e características corporais peculiares, pelo mesmo ser uma mistura de elefante, gato, e um golfinho, ou seja, um híbrido, e tendo sua pele de algodão doce, e que chora balas, a sua personalidade pode ser definida como, otimista, pois sempre tenta ver o lado bom das coisas e achar soluções do qual ele enxerga como positivas para os problemas que surgem, sonhador, porque o mesmo tem um “foguete espacial” que é um carrinho com asas de papelão, e com esse “foguete” acredita que levará a Riley sua criadora para o espaço, desastrado, no início de sua aparição ele sempre se encontra esbarrando nos objetos do qual encontra pelo caminho, ansioso, ele sempre está querendo chegar aos locais rapidamente e chegar imediatamente, sensível, quando o mesmo esbarra nos objetos, ele prontificadamente sua primeira reação é pôr-se a chorar, e ele sente muita falta de ser lembrado pela sua criadora, assim gerando muitas emoções no mesmo e não se preocupando muito em reprimi-las, extrovertido, ele sempre que pode se encontra alegre, bastante brincalhão, e é super comunicativo e super sociável, e por fim, um dos traços mais importantes da sua personalidade seria o corajoso, pois ele em um ato de extrema bravura e heroísmo, ele ajuda a Alegria a sair do poço das memórias esquecidas, trazendo assim seu triste fim, porém mudando todo o trajeto do filme e salvando a narrativa. 3. ABORDAGEM DO ESTUDO DA PERSONALIDADE Freud em relação a estrutura da personalidade ele referencia que o ser humano tem três estruturas básicas da psique, sendo elas, id, que de acordo com nosso artigo é “um conjunto de conteúdos de natureza pulsional e de ordem inconsciente, constituindo o polo psicobiológico da personalidade” (LIMA, 2009, p.2), ou seja, o id é onde está reservado todas as coisas que regem prazer, desprazer, desejos ou impulsos do ser humano de forma inconscientemente, o segundo sendo o ego, descrito como “diferenciação das capacidades psíquicas em contato com a realidade exterior. Sua atividade é, em parte, consciente (percepção e processos intelectuais) e, em parte, pré-consciente e também inconsciente” (LIMA, 2009, p.2), ou seja, o ego é aquele neutral que ajusta e remedeia o indivíduo em relação ao ambiente, situações, e problemas que advirem em sua realidade, podendo ser de forma consciente, inconsciente e pré-consciente, e por último o super ego, “desenvolve-se a partir do ego[...],o superego atua como um juiz ou um censor relativamente ao ego” (LIMA, 2009, p.2), ou seja, ele é um determinante de limitações ou proibições para cada indivíduo a partir de uma auto análise sobre os valores, tradições, condutas e outros. Donald Woods Winnicott, pediatra e psicanalista, ele expôs a ideia dos objetos transicionais, “a retratar o uso de certos objetos pela criança, dando expressão para a área intermediária entre o subjetivo e o objetivo. No processo de crescimento e desenvolvimento do bebê, o surgimento do objeto transicional está relacionado à conformação do vínculo mãe-filho. A utilização de objetos transicionais possibilita criar suportes que vão permitindo ao bebê ultrapassar fases, continuar o caminho em direção à mãe e à satisfação ou então esperar o regresso dela, sem se desesperar” (LIMA e Mello, 2010, p. 3-4), essa teoria basicamente consiste em, para a criança conseguir se tornar uma unidade individual, e se relacionar com seu espaço interno e externo, ela cria ou dá significação a objetos inanimados, podendo ser esses objetos um paninho, ursinho, chupeta, e outros, e a partir dessa significação ela talvez terá a capacidade de desvinculação da mãe para se tornar um indivíduo de identidade única, é dessa ideia que pode vir um amigo imaginário. 4. RELACIONANDO A FICÇÃO À TEORIA Bing Bong é um híbrido repleto de id, na perspectiva de Freud na fase do infanto somos abundantemente carregados de id, e como esse personagem vem da criação mental e imaginária de uma criança, obviamente ele teria a personalidade e seria como se fosse um espelho da própria criança que o criou, e bem aparente em várias cenas do filme ele exprimi a “alma” de uma criança, tanto que dificilmente ele tem noção dos limites e do perigo sobre tal situação em que ele se encontra ou que o mesmo propõe, por exemplo, quando ele sugere que ele, a Alegria e a tristeza entre por uma passagem do qual ele alega ser mais rápido para chegar ao trem que irá levar as duas de volta a sala de comando, porém essa passagem é extremamente perigosa colocando em risco a continuidade de existência dos três dentro do cérebro da garota, em relação ao ego e o super ego não se encontram nada aparente no mesmo, não se pode afirmar que ele não possua, porém pode-se afirmar que não se demonstra nítido no mesmo, e talvez o âmbito que ele possa estar vivendo seja nessa dualidade entre o inconsciente e o consciente de Riley, que seja essa representação de estar perdido no depósito de memórias, pois as emoções da garota tem total ciência de quem é Bing Bong quando o encontram novamente, porém a própria garota não se lembra mais do amigo, mas ele ainda se encontra vivo e transitando dentre as memórias da garota. Na perspectiva Winnicottiana o Bing Bong seria a representação do objeto transicional da garota, a primeira aparição do mesmo se dá na infância da garota quando ela está desenhando ele na parede, e cantando a música “Meu amigo pra brincar,Bing Bong, Bing Bong [...]”, várias cenas mostradas no filme ele aparece brincando com a garota em um mundo somente deles, e a explicação de sua aparência tão diferente é pelo fato da garota gostar de tais respectivos animais, e no momento em que ela cresce ele é desvanecido para a garota, pois assim como um objeto transicional ele cumpriu o seu papel que é apoiar e alentar a garota na infância, assim como se fosse um ursinho de pelúcia ou outro objeto. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LIMA, Andréa Pereira de. O modelo estrutural de Freud e o cérebro: uma proposta de integração entre a psicanálise e a neurofisiologia. Rev. psiquiatr. clín. São Paulo, v. 37, n. 6, p. 280-287, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101- 60832010000600005&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 03 Mai 2021. http://dx.doi.org/10.1590/S0101-60832010000600005. MELLO, Débora Falleiros de; LIMA, Regina Aparecida Garcia de. O cuidado de enfermagem e a abordagem winnicottiana. Texto contexto – enferm. Florianópolis, v. 19, n. 3, p. 563-569, Setem, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104- 07072010000300019&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 03 Mai 2021. https://doi.org/10.1590/S0104-07072010000300019. SANTOS, Manoel Antônio dos. A constituição do mundo psíquico na concepção winnicottiana: uma contribuição à clínica das psicoses. Psicol. Reflex. Crit. Porto Alegre, v. 12, n. 3, p.00, 1999. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102- 79721999000300005&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 03 May 2021. https://doi.org/10.1590/S0102-79721999000300005. CHRISTIAN DUNKER. A psicanálise sobre o amigo imaginário | Christian Dunker | Falando nIsso 148. 2017. (06min06s). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=z1nmbHCaiso>. Acesso em: 03 Mai. 2021. FERNANDES, Cléa Alves F. ASPECTOS EMOCIONAIS DÁ CRIANÇA. Rev. Bras. Enferm. Brasília, v. 32, n. 3, p. 251-254, 1979. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034- 71671979000300251&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 03 May 2021. https://doi.org/10.1590/0034-716719790003000003.
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