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Pâncreas Endócrino

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Pâncreas Endócrino 
Referências: 
1. Aires. MM. Fisiologia. 4° ed. RJ, 2012 
2. Kumar. V et al. Robbins e Cotran – Patologia 
médica. 13 ed. RJ 2017. 
PÂNCREAS 
glândula considerada mista por secretar enzimas 
digestivas (pâncreas exócrino) e hormônios 
(pâncreas endócrino) que são secretados no 
interstício e levados à corrente sanguínea. 
 
A unidade funcional são as ilhotas pancreáticas, ou 
ilhotas de Langerhans, composta por 4 tipos 
celulares: 
 
A ou alfa (25%) - produzem glucagon 
B ou beta (60%) – produzem insulina 
D ou delta (10%) – produzem somatostatina 
F ou PP (5%) – produzem polipeptídio pancreático 
 
 
INSULINA 
Tem como precursor um pré-próhormõnio, um pró-hormônio e depois a insulina. 
A pré-proinsulina tem um peptídeo de sinalização, e a pró-insulina perde esse 
peptídeo de sinalização e ganha um peptídeo de conexão, que é a proteína c. 
S ÍNTESE 
Contém duas cadeias de resíduos de aminoácidos 
ligadas por 3 pontes dissulfetos, a síntese inicia no 
retículo endoplasmático rugoso, formando 
essencialmente a pré-próinsulina (cadeia única). 
Passam ao Complexo de golgi, onde dá origem à 
insulina e ao peptídeo conector (Proteína C). nos 
grânulos secretores há a montagem do exâmero 
estabilizado e permanece armazenado até que 
haja um estímulo de exocitose. 
 
SECREÇÃO 
É um processo complexo e tem por estímulo mais 
importante o aumento da concentração de glicose 
no interstício que varia em relação à concentração 
plasmática. 
 
 
A glicose é transportada pela membrana das 
células B pelo GLUT-2, que tem baixa afinidade 
pela glicose, mas alta capacidade de transporte e 
promovem o influxo de glicose proporcional a 
concentração plasmática na faixa fisiológica. 
 
 
Dentro da célula é rapidamente fosforilada em 
glicose-6-fosfato, por ação da glicocinase, 
funcionando como um sensor para a concentração 
de glicose na célula B, regulando a secreção de 
insulina de acordo com a demanda. Há a formação 
de ATP que inibe os canais de potássio sensíveis 
ao ATP, despolariza a célula e promove abertura 
dos canais de cálcio, que estimula as vesículas que 
contém insulina a se fundirem com a membrana e 
serem secretadas ao meio extracelular. 
 
A insulina circula de maneira livre na corrente 
sanguínea, é secretada e passa pela circulação 
êntero-hepática para o fígado, onde cerca de 50% 
e degradada, e o rim retira cerca de 40% de 
insulina que passa pelo órgão em uma primeira 
circulação. 
REGULAÇÃO 
O aumento da glicemia gera aumento da secreção 
de insulina, que age nos tecidos, facilitando o 
transporte de glicose para dentro desses tecidos, 
reduzindo a glicemia e reduzindo o estímulo da 
insulina. 
 
O sistema nervoso autônomo ativamente modula 
a secreção da insulina, como exemplo a chamada 
fase cefálica da secreção de insulina, que ocorre 
antes do início de uma alimentação. O aroma de 
um determinado alimento provoca um reflexo 
condicionado que determina intensa estimulação 
vagal. A acetilcolina secretada pelas terminações 
nervosas parassimpáticas nas ilhotas induz, como 
já descrito, à formação de PKC, que neste caso 
“sensibiliza” as células B para uma resposta 
secretória mais eficiente quando provindos da 
“suposta” alimentação. 
 
A estimulação adrenérgica que ocorre em estados 
de alerta: neste caso, a norepinefrina secretada 
pelos nervos simpáticos age nas células B 
causando inibição da secreção de insulina, 
propiciando assim aumento da glicose plasmática 
necessária para a reação do indivíduo, 
envolvendo sempre maior atividade muscular e 
nervosa. 
 
 
Alguns hormônios atuam diretamente na célula B, 
como o glucagon e a somatostatina. O cortisol e o 
Gh atuam aumentando a resposta periférica à 
insulina, o que aumenta o nível de glicose no 
sangue e estimula a produção de insulina. 
 
Existem alguns hormônios gastrintestinais que 
atuam diretamente na liberação de insulina, como 
GLP-1 (glucagon-like peptide 1), secretina, 
colecistoquinina, gastrina e GIP (gastrointestinal 
peptide). 
 
ATUAÇÃO NA CÉLULA ALVO 
A insulina ativa um receptor proteico de 
membrana, com quatro subunidades, 2 alfa 
extracelulares e duas beta intramembrana. 
Quando a insulina se liga à região alfa, as 
subunidades b se autofosforilam e causam 
ativação de uma tirosina cinase que fosforila 
diversas ouras enzimas, como os substratos 
receptores de insulina (IRS). Nessa etapa ocorrem 
diversas vias de metabolização que tem função 
específica em cada órgão. 
 
Diferentes tipos de IRSs são expressos em 
diferentes tecidos, e a ação global é inibir e ativar 
diferentes enzimas a fim de atuar no 
metabolismos de carboidratos, lipídeos e 
proteínas. 
 
Após atuar na célula, a insulina e seu receptor 
sofre endocitose, favorecendo o down regulation, 
degradando seu receptor e reduzindo a 
sensibilidade. 
 
AÇÕES DA INSULINA NO CORPO 
1- Aumenta a captação de glicose pelas 
células e a formação de glicogênio. A 
glicose transportada funciona como 
substrato para todas as funções 
metabólicas usuais dos carboidratos. Isso 
ocorre pela translocação de vesículas 
contendo GLUT´s para a membrana 
celular. 
2- Aumentam a síntese proteica (anabólica) e 
aumenta o transporte de aminoácidos para 
a célula, reduzindo os aminoácidos 
sanguíneos. 
3- Aumenta a deposição de gordura e reduz 
os ácidos graxos sanguíneos. 
4- Reduz a lipólise, para tentar armazenar na 
célula, e reduz os cetoácidos sanguíneos 
(cetoacidose diabética). 
5- Aumenta a captação de K+ pelas células 
 
 
Glucagon 
É um hormônio produzido pelas células alfa em 
resposta aos baixos níveis de glicose no sangue, 
assim como na refeição pobre em carboidratos e 
rica em proteínas. É um hormônio hiperglicêmico. 
SÍNTESE 
É um hormônio que possui um pró-hormônio que 
passa por uma clivagem proteica formando a 
substância ativa 
 
EFEITOS 
1. Quebra do glicogênio hepático 
(glicogenólise), o que aumenta a glicemia 
em poucos minutos. 
2. Aumento da gliconeogênese. 
 
 
Cada produto da reação e formado com uma 
concentração maior que seu precedente isso 
constitui uma amplificação na resposta e explica 
por que apenas uma pequena quantidade de 
glucagon consegue elevar enormemente a 
glicemia. 
 
Somatostatina 
É liberado em resposta a ingestão de alimentos e 
apresenta os seguintes efeitos: 
1. Inibe a insulina e o glucagon 
2. Diminui a motilidade intestinal, do 
estômago e da vesícula biliar. 
3. Diminui a secreção e absorção no TGI. 
 
Como consequência, a somatostatina prolonga o 
tempo dos alimentos no TGI e impede o consumo 
imediato dos nutrientes pelos tecidos. 
 
Peptídeo intestinal vasoativo produzido 
pelas células D1, regula a motilidade intestinal e 
aumenta a glicemia. 
 
Polipeptídio pancreático produzido pelas 
células PP, estimula as enzimas gástricas e diminui 
liberação de HCl 
 
REGULAÇÃO DA GLICEMIA 
É mantida sobre controle estrito, sempre dentro 
da faixa de 80-90 mg/100ml e pode aumentar para 
120-140 mg/100ml após a primeira refeição. Mas 
os sistemas de feedback controlam os níveis de 
glicose no sangue sempre dentro das duas 
primeiras horas pós refeição. 
 
1. Fígado funciona como tampão de glicose 
sanguínea: quando a glicemia aumenta, a 
insulina aumenta e ocorre deposição no 
fígado na forma de glicogênio. Quando as 
concentrações caem, o fígado libera no 
sangue. 
2. A insulina e o glucagon funcionam como 
feedback para sempre manter a glicemia 
adequada. Quando a glicemia aumenta, 
estimula a insulina. Quando a glicemia 
diminui, estimula o glucagon. 
3. Em hipoglicemia grave, há a liberação de 
epinefrina que aumenta a glicemia. 
4. O Gh e o cortisol também aumentam a 
glicemia, por favorecer o uso de outros 
macronutrientes como forma de energia. 
 
Por que é importante manter os níveis de glicemia 
no sangue se outros macros podem ser usados 
como fonte de energia? 
1. pois a glicose é a única que pode ser usado 
pelo encéfalo, retina e gônadas para 
manter a nutrição necessária. 
2. Como a glicose auxilia na manutençãoda 
pressão osmótica, caso haja hiperglicemia, 
pode haver desidratação celular. 
3. Prevenir a perda de glicose na urina e 
depleção de líquidos e eletrólitos 
4. Aumentos duradouros da glicose 
sanguínea podem causar lesões em 
diversos tecidos, especialmente nos vasos 
sanguíneos. A lesão vascular associada ao 
diabetes descontrolado leva a maior risco 
de ataques cardíacos, derrame, doença 
renal no estágio terminal e cegueira.

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