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1 FACULDADE EDUCA MAIS – UNIMAIS CURSO GESTÃO DE PESSOAS ALLYF FERREIRA DO NASCIMENTO A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS EM MEIO A PANDEMIA RECIFE – PE 2021 2 ALLYF FERREIRA DO NASCIMENTO A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS EM MEIO A PANDEMIA Artigo cientifico apresentado ao Curso de Pós-Graduação em Gestão de Pessoas ofertado pela Faculdade Educa Mais – UNIMAIS como requisito parcial para a obtenção do título de especialista em gestão de pessoas. RECIFE – PE 2021 3 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS EM MEIO A PANDEMIA NASCIMENTO, Allyf Ferreira do 1 Orientador 2 RESUMO A gestão estratégica de pessoas é uma ferramenta de grande importância para as organizações, porém é a elaboração de vários planos operacionais usado em qualquer porte de uma empresa desde a de pequeno até a de grande porte, que tem por finalidade alcançar os objetivos traçados, essas metas podem ser consideradas de um processo duradouro, ou seja, de longo, médio e curto prazo dependendo do investimento que for feito. Atualmente as organizações não fazem o uso adequado das várias ferramentas que existem no planejamento estratégico, pois o principal objetivo e auxiliar nas tomadas de decisões, além de analisar os ambientes internos e externos quando por exemplo forem montar seu próprio negócio, para que possam analisar onde sua empresa será inserida, o que foi bastante evidenciado no cenário pandêmico de 2020. Porém as empresas que utilizam as ferramentas corretas e conseguem acertar na estratégia, podem levar grandes vantagens competitivas, podendo estar um passo à frente de seus concorrentes. Portanto entende-se sobre a gestão estratégica de pessoas nada mais do que uma visão do futuro. Palavras-Chaves: Gestão de pessoas; Organização; Estratégia. ABSTRACT Strategic people management is a tool of great importance for organizations, however it is the elaboration of several operational plans used in any size of a company, from small to large, which aims to achieve the objectives set, these goals can be considered as a long-term process, that is, long, medium, and short-term depending on the investment that is made. Currently, organizations do not make adequate use of the various tools that exist in strategic planning, as the main objective is to assist in decision making, in addition to analyzing the internal and external environments when, for example, they are going to set up their own business, so that they can analyze where your company will be inserted, which was quite evident in the pandemic scenario of 2020. However, companies that use the right tools and manage to get the strategy right, can take great competitive advantages, being able to be one step ahead of their competitors. Therefore, it is understood about the strategic management of people nothing more than a vision of the future. Keywords: People management; Organization; Strategy. 1 Graduado em Superior em Tecnologia em Logística pela Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), Pós-graduado em Logística e Suply Chain Managment pela Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), Pós-Graduando em Gestão de pessoas pela Faculdade Educa Mais (UNIMAIS). Email: allyf.ferreira@hotmail.com 2 mailto:allyf.ferreira@hotmail.com 4 1 INTRODUÇÃO O mercado tem exigido cada vez mais dos gestores de empresas que eles estejam preparados para enfrentar novas barreiras e desafios que surgem no cotidiano da função de gerenciar organizações e pessoas. Novos concorrentes aparecem, trazendo serviços e produtos novos, atraindo os consumidores, tornam- se assim, ameaças. Em um mercado tão disputado e cada vez mais competitivo, os gestores buscam formas para que a empresa possa oferecer ou produzir um serviço/produto com qualidade e com o menor custo possível, buscando ter vantagem competitiva no mercado. Neste sentido, quando se fala em melhorar a qualidade do produto ou serviço oferecido, muitos pensam imediatamente em investimentos, em novos equipamentos e tecnologias, porém, a forma como o trabalho do funcionário é executada tem ganhado grande destaque nas empresas, as quais buscam ter um clima organizacional positivo, contribuindo para o desempenho e êxito das tarefas dos colaboradores, tendo mais produtividade, qualidade e comprometimento em sua função. O presente estudo justifica-se, pois, uma gestão de pessoas estratégica pode conectar as resoluções do setor com as adversidades de curto, médio e longo prazo da organização, além de mensurar e expor os efeitos dessas determinações e como auxiliam para o progresso do negócio. A organização que reflete de forma estratégica acerca da gestão de pessoas possibilita uma ligação eficiente entre elas e as consequências. A gestão pode ser a diferença na empresa que possui como prioridade a evolução dos funcionários e para isso assume maneiras de trabalho que os mantenha motivados. Desta feita, uma gestão estratégica de pessoas precisa fazer parte das prioridades das lideranças e dos gestores. Nota-se que nas organizações existem funcionários com diferentes habilidades, capacidades e competências, que acabam refletindo nas suas ações e postura dentro da empresa, por isso, é preciso que os gestores saibam guiar seus colaboradores, proporcionando um bom ambiente de trabalho, alocando cada um na função em que mais se encaixe com seu perfil, fazendo com que suas capacidades sejam utilizadas e possam realizar seus trabalhos sentindo-se bem no ambiente da organização, sobretudo em um momento tão delicado como a pandemia de 2020. 5 Frente ao exposto, busca-se responder: Qual o papel da gestão estratégicas de pessoas em meio a pandemia? Tendo em vista a grande importância das pessoas nas organizações e de se saber qual a visão delas sobre a empresa, este trabalho tem como objetivo identificar a importância da gestão estratégica de gestão de pessoas para as empresas, para isso, os objetivos específicos são: Analisar a Gestão de Empresas; Apontar a importância da gestão de pessoas; Descrever a gestão estratégica de pessoas em meio a pandemia. Para a elaboração do trabalho utilizar-se-á a uma pesquisa bibliográfica baseada principalmente em livros de diversos autores da área de Gestão e de Gestão de Pessoas, como por exemplo, Griffin (2017), Tavares (2015), entre outros. Será realizado também levantamento de informações sobre o tema em revistas, artigos, periódicos e outras fontes de dados. O arcabouço de informações será pesquisado em artigos publicados nos últimos 05 anos. Como descritores apresenta-se organizações, importância da gestão estratégica, gestão de pessoas, gestão. 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 GESTÃO Por natureza o ser humano é um ser social, vive em comunidade, se articula e se organiza por meio de inúmeras instituições, as quais são chamadas de empresas. Porque as atividades sejam de prestação de serviços ou produção de bens, são executadas dentro de empresas. Os processos de trabalho desenvolvidos nas organizações, instituições ou empresas, transformam objetos por intermédio de instrumentos e meios, procurando alcançar os objetivos. Antigamente, as empresas eram pequenas e de fácil controle. Contudo, cresceram devido ao constante avanço da sociedade e atingiu uma dimensão que foi criada uma disciplina para pensar, discutir e viabilizar a sua estruturação (GRECO, 2019). As empresas necessitam da Gestão de seus recursos e pessoas, para trabalharem em conjunto, por meio do planejamento, de objetivos, da condução dos recursos e da estruturação do processo produtivo e das atividades. A gestão é uma 6 área de relevância nacondução de um negócio. Porque sem que haja uma gestão eficiente, fica praticamente impossível das empresas se manterem no mercado. É por meio da gestão que as empresas são conduzidas. Sendo assim, gestão é o ato de trabalhar com e por meio de pessoas para realizar os objetivos tanto das empresas quanto de seus membros (MONTANA, CHARNOV, 2015). Gerir é o processo de tomar e colocar em prática decisões sobre objetivos e utilização de recursos (MAXIMIANO, 2015). A gestão é relevante, porque trabalha as questões estratégicas das empresas, impulsionando-a a ser competitiva e ao crescimento. Sua importância está no fato de buscar soluções, estrategicamente, mesmo não existindo problemas. Procurando levar aos clientes o que realmente querem, conforme Herrera (2015 p. 5): A gestão de forma estratégica se ocupa com o futuro da organização assumindo uma filosofia da adaptação, buscando como resultado a efetividade por meio da inovação ou diversificação visando o desenvolvimento sustentado com atitudes proativas (autoestimulação) com posturas de desenvolvimento (conjuntura de oportunidades x fraquezas) ou de crescimento (conjuntura de oportunidades x forças) e, tudo isto sem traumas ou conflitos, promovendo a mudança de maneira amigável e serena. O gestor que age estrategicamente tem uma mentalidade diferenciada dos demais empreendedores, denominada, consciência estratégica ou o pensamento sistêmico, que segundo Andrade, et al (2015) engloba fatores não só relacionados às atividades e processos, mas também humanos, de mercado, financeiros, tecnológicos, estruturais, entre vários outros. De acordo com os autores, o pensamento sistêmico é a capacidade de perceber, modelar e avaliar as consequências das ações de maneira expandida no tempo e espaço é uma forma de pensar e construir conhecimento, no sentido cognitivo, em que o processamento deste conhecimento é influenciado por uma linguagem de base sistêmica. 2.1 EVOLUÇÃO DA GESTÃO O processo histórico da gestão segundo Sousa (2015), surgiu há muitos séculos, na Suméria em 5.000 a.C., seus habitantes precisavam de uma forma para melhorar a resolução de problemas práticos, surge assim o exercício de administrar. 7 Ptolomeu, no Egito, foi o responsável pelo planejamento de um sistema econômico, o qual sem a devida gestão pública sistêmica não teria sido operacionalizado. Na China de 500 a.C, a Constituição de Chow exemplifica a tentativa de se definir regras e princípios de gestão, por meio das 8 (oito) Regras de Gestão Pública de Confúcio. Duas instituições destacam-se na história da gestão, sendo a Igreja Católica Romana e as Organizações Militares. Considera-se a Igreja uma empresa formal, eficiente da civilização Ocidental, que no decorrer dos séculos demonstra sua força e a eficácia das técnicas administrativas, exercendo inclusive influência sobre o comportamento de seus seguidores. Ainda para o autor, por outro lado, as Organizações Militares, evoluíram a partir de ordens vindas dos cavaleiros medievais e dos exércitos mercenários até a modernidade com hierarquia de poder muito rígida e a adoção de princípios e práticas administrativas comuns a todas as empresas atuais. A gestão moderna surgiu por meio de um movimento, o qual se desencadeou no final do século XVIII estendendo-se ao longo do século XIX, chegando ao limiar do século XX, tal fenômeno trouxe consigo profundas mudanças econômicas, sociais e políticas, sendo conhecido como Revolução Industrial (SOUSA, 2015). A Revolução Industrial iniciou na Inglaterra, por meio da invenção da máquina a vapor, sua aplicação no processo produtivo provocou um avanço enorme de industrialização, o qual se estendeu rapidamente pela Europa e Estados Unidos. A moderna gestão nasceu como consequência da Revolução Industrial, ou seja, crescimento acelerado das empresas e a necessidade de mais eficiência e produtividade (PERIARD, 2015). O autor complementa que no século XX, surge Taylor, que apresenta os princípios da Gestão Cientifica e o estudo da Gestão como Ciência. Taylor ficou conhecido como o precursor da Teoria da Gestão Científica, que preconizava a prática da divisão do trabalho, com ênfase nos tempos e métodos, buscando garantir os objetivos “de máxima produção e mínimo custo”. Para o autor Taylor compara a empresa com uma máquina, que possui e segue um projeto já definido, o salário apesar de importante, não é fundamental, e é vista como forma fechada, não vinculada ao seu mercado, à qualificação do 8 funcionário é supérflua, a gestão cientifica explora os funcionários em benefício próprio. 2.1.1 Processo de gestão O processo de gestão para os autores visa efetuar um planejamento estratégico de suas ações, controlando as atividades necessárias, organizando as tarefas de modo que essas sejam realizadas com eficácia e direcionando todo o contexto do processo por meio da motivação dos profissionais que irão realizar as atividades propostas, buscando atender as metas e objetivos iniciais. Os gestores realizam tarefas identificadas para atingir os objetivos traçados pela empresa, o processo de gestão, considerando Peci e Sobral, (2018) está demonstrado na Figura 01: Figura 01: Processo de gestão. 9 Fonte: Elaborado pelo autor, adaptado de Peci e Sobral (2018, p. 8). Toda empresa precisa ser dirigida, e para que seus objetivos possam ser alcançados se faz necessário o uso de ferramentas da Gestão. Quanto aos Gestores, na opinião de Silva (2017, p. 12) “são pessoas importantes em qualquer empresa ou entidade. São encarregados de fazer planos, organizar, dirigir e controlar as operações, por meio do esforço conjunto de empregados”. Concordando com o autor, Maximiano (2015) exclama que administrar é um processo de aplicação de recursos visando o alcance dos objetivos, os quais são obtidos por meio das seguintes etapas: Planejar é definir objetivos, atividades e recursos; Organizar é definir responsabilidades para a execução do que foi planejado; Dirigir é mobilizar e acionar os recursos para a realização das atividades que conduzirão aos objetivos; Controlar é o processo de assegurar a realização dos objetivos e de identificar a necessidade de modificá-los. As funções organizacionais são as tarefas executadas por pessoas e grupos, para que as organizações alcancem seus objetivos. 3 PROCESSOS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Planejamento Estratégico caracteriza-se por objetivos e metas, ou seja, considera-se os objetivos como propósitos de onde quer chegar e as metas são os caminhos que poderá traçar até chegar nesses objetivos ou fins. Pois somente com os objetivos em mente que a organização consegue realizar-se, pois só assim a mesma conseguirá definir qual será a melhor estratégia. O termo “estratégia” voltado para as organizações surgiu na 2° Revolução Industrial, onde por volta da década de 60 existiam duas grandes empresas que marcaram um senário muito grande nos Estados unidos. A empresa General Motors de 1923 a 1946 representado por Alfred Sloan executivo chefe, elaborou uma estratégia de sucesso de seu principal concorrente a Ford Motor Company, visto que a Ford era conhecida por produzir veículos anualmente somente na cor preta a GM 10 enxergou aquilo como uma oportunidade, devido os clientes quererem veículos mais coloridos e com variedade de modelos, feito isso fez com que a mesma crescesse no mercado levando uma grande vantagem competitiva sobre seu principal concorrente (CHIAVIENATO, 2015). Figura 02: Vantagem Competitiva. Fonte: O autor, adaptado de Chiavienato, 2015. Conforme mostra a figura acima a vantagem competitiva é definida como algo de melhor e inovador quanto ao seu cliente, sejam eles em produtos, qualidade de atendimento ou algum ponto positivo que a organização se destaca para estar a um passoà frente de seus concorrentes. Contudo a organização cria um valor maior no mercado tanto para os consumidores e os acionistas, lembrando que quanto melhor atender os desejos e as necessidades de seus consumidores, mais à frente de seus concorrentes irá ficar. O Planejamento Estratégico caracteriza-se a longo prazo, ou seja, para muitas organizações chegam a durar aproximadamente 20 anos, certamente dependendo do investimento que for feito. Portanto é necessário que contenha a participação agregada de todos os níveis da organização, além do institucional devem evolver-se os níveis intermediário e operacional, para que assim todos os setores estejam envolvidos e participativos quanto ao cumprimento das metas propostas, além de todos estarem acompanhando o andamento da empresa. Por isso e tão importante ter pessoas qualificadas e experientes no mercado (CHIAVIENATO, 2015). 11 Portanto quando as organizações começam a construir um planejamento elas conseguem ter a visibilidade de quais são suas competências e potencialidades, para que assim as ferramentas existentes dentro do planejamento estratégico sirvam para o auxílio e ajuda a tomar tal decisão, ou por exemplo se pode ou não fazer um investimento naquele determinado momento, ou o que poderá causar se certas decisões não forem tomadas de imediato. Isso não significa que estes planejamentos não poderão ser renovados, é totalmente ao contrário, todos os planos ter que ser pensados e repensados por inúmeras vezes, pois por exemplo atualmente a tecnologia está muito avançada, portanto deve-se sempre estar informado e atualizado. As organizações planejam para o futuro, certamente com uma incerteza de que este plano irá ser cumprido no tempo determinado, ou se irá antecipar alguma decisão que não estava programada para aquele momento. De acordo com Chiavenato (2015, p.172) destaca que: Corre-se o risco, de, chegando no futuro estratégico, o ambiente já não ser o mesmo que é hoje. E certamente ele será bem diferente. A solução? Elaborar cenários para descortinar como seria o ambiente geral e o ambiente de tarefa no futuro estratégico a partir daquilo que é hoje. Projetar a situação atual no futuro estratégico. Portanto isso acontece devido ao mundo ter muitas mudanças, como foi dito existem planejamento que chegam a durar 20 anos, portanto 20 anos atrás o mundo era enxergado de uma forma, mas com o decorrer do tempo este plano pode ser renovado com as atuais modernidades e tecnologias do mundo. 3.1. ETAPAS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Foi abordado um pouco da história e surgimento do Planejamento Estratégico, conceituado a diferença entre objetivos e metas e por fim uma análise das vantagens competitivas. No planejamento estratégico existem várias etapas, o primeiro passo e a análise do ambiente pois considera-se que esta análise e um controle dos fatores internos e externos à organização, que poderá prejudicar no alcance dos objetivos. Na análise do ambiente externo e dividida em análise geral e setorial, a geral conceitua por elementos indiretos na qual as organizações não 12 possuem controle, no ambiente setorial em compensação é complexa por elementos diretos (MAXIMIANO, 2015). Figura 03: Etapas do processo de Planejamento Estratégico. Fonte: Pinto (2016, p.7). Na figura 03 acima pode ser observado que são compostos por cinco etapas nas quais são: análise do ambiente, estabelecimento da diretriz organizacional, formulação da estratégia, implementação da estratégia e controle estratégico. Na primeira etapa a análise do ambiente geral tem por finalidade antecipar a organização de quaisquer fatores que possam afetar ou que já pode estar afetando as organizações como um todo, pois é uma análise tanto do ambiente interno e externo. Na segunda etapa conforme está na figura 04 logo abaixo e a definição da missão, visão e valores da organização, onde a determinação da visão é olhar para o futuro e explicar aonde e quando quer chegar lá, já na missão e a descrição de quem é, para quem fazer, o que e como fazer, em valores e a junção do que foi determinado na visão e na missão tornando-as assim como uma motivação para a organização. Continuando na terceira etapa onde as formulações das estratégias são divididas em quatro estratégias, primeiro na estratégia genérica e competitiva de acordo com Porter (2016, p.45) “É o conjunto de ações defensivas ou ofensivas para criar uma posição defensável em uma indústria, para enfrentar com sucesso as 13 cinco forças competitivas, e assim, obter um retorno sobre o investimento maior para a empresa”. A estratégia de inovação trata-se de um novo produto ou pegar o que já foi inventado e renovar este produto com a característica da empresa. Na quarta etapa fala-se da implementação da estratégia onde a estrutura e cultural organizacional, pode ser definida como o modo de agir, comportar-se, atuar dentro da organização, os componentes que compõem a estrutura são por exemplo padrões de serviço e de como e a prática do trabalho, isso é muito importante todos conhecerem para que assim possam implantar as políticas da empresa. E por fim na última etapa onde vem o controle estratégico, depois de tudo planejado, os objetivos traçados e a implantação da estratégia precisam-se controlar tudo o que foi implantado, no mais acompanhar os resultados. Nesta etapa existem duas ferramentas que pode ser utilizado o Balanced ScoreCard e o Mapa Estratégico que também faz parte do BSC, ambas ferramentas é essencial para serem utilizadas nas estratégias (CHIAVIENATO, 2015). Portanto os objetivos sempre são distantes da realidade da empresa, por isso e tão importante a divisão dos mesmos em departamentos operacionais. De acordo com Chiavenato (2015, p. 161) cita como exemplo “Aumentar a fatia de participação no mercado consumidor, e a produção com os mesmos recursos disponíveis, diminuir custos operacionais, manter os custos operacionais de liquidez da empresa”. Pois quanto mais a empresa for clara e objetiva no seu planejamento para os colaboradores, terá uma maior colaboração de seus funcionários. Para que haja um acompanhamento das atividades propostas e verificar se todos os planos estão sendo cumpridos corretamente. Esse acompanhamento e muito significativo, visto que certos planos traçados não deram certo, portanto terão que revisar o planejamento e tomar certa decisão naquele momento. Sendo assim Chiavenato (2015, p.180) evidencia: Participação das pessoas no sentido de que elas sejam atores e protagonistas da ação estratégica e não simplesmente expectadores ou observadoras. A execução estratégica deve fazer com que a estratégia passe a ser a atividade cotidiana das pessoas. Transformar a estratégica em ação diária é fundamental para seu sucesso. É importante destacar que muitas organizações possuem o planejamento no papel, mas tem a maior dificuldade para colocar em ação, ou existem as que 14 colocam em ação mais surge alguns fatores que estavam no plano e não conseguem tomar tal decisão. Por se tratar de um processo duradouro pode acontecer imprevistos que jamais poderiam ser observados, dessa maneira e de extrema importância que todos os colaboradores das organizações participem da construção desse plano, para que assim todos possam entender o que a empresa tem e onde quer chegar. Sendo assim, para que o plano tenha sucesso e seja cumprido devem ter a colaboração de todos. 4 PLANEJAMENTO NAS ORGANIZAÇÕES Para que sexista uma organização é necessária existir o planejamento, para que se entenda os objetivos de sua criação e suas metas a serem alcançadas, segundo Chiavenato: O planejamento figura como a primeira função administrativa, por ser aquela que serve de base para as demais funções. O planejamento é a função administrativa que determina antecipadamente quais sãoos objetivos a serem atingidos e como se deve fazer para alcançá-los (CHIAVENATO, 2003, p. 45). Segundo Lima, “planejamento define onde a organização deseja estar no futuro e como pretende chegar lá. Significa, portanto, definir os objetivos para o desempenho futuro da organização e decidir sobre as tarefas e os recursos necessários para atingi-los”, (20018, p. 165). O planejamento é a função primordial de um gestor, para que chegue ao sucesso de uma organização. Quadro 01: Planejamento. PLANEJAMENTO Definir missão; Formular objetivos; Definir os planos para alcançá-los; Programar as atividades. 15 ORGANIZAÇÃO Dividir o trabalho; Designar as atividades; Agrupar as atividades em órgãos e cargos; Alocar recursos; Definir autoridade e responsabilidade. DIREÇÃO Designar as pessoas; Coordenar os esforços; Comunicar; Motivar; Liderar; Orientar. CONTROLE Definir padrões; Monitorar o desempenho; Avaliar o desempenho; Realizar ação corretiva. Fonte: Chiavenato (2015, p. 168) É perceptível que cada uma das etapas do processo administrativo tem determinada relevância frente ao grupo gestor da organização, pois tanto a parte de planejamento quanto a parte de controle do que tem sido e será executado na empresa é visando obter resultados satisfatórios em termos de confiabilidade do cliente, bom desempenho competitivo e bom lucro. Oliveira (2018, p. 65) explica: O planejamento formal, é um processo, previamente calculado que estrutura a organização, para que esta consiga alcançar, através da utilização dos seus recursos, uma situação futura, também previamente determinada, do modo mais eficiente, eficaz e efetivo. O planejamento pode ser subdividido em três etapas, sendo elas: Planejamento estratégico; Planejamento tático; Planejamento operacional (OLIVEIRA, 2018). A etapa do planejamento estratégico visa propor a metodologia a ser empregada para se definir o melhor caminho a ser percorrido para alcançar as metas pré-determinadas, propondo a otimização dos fatores externos a organização. Sendo assim, é uma atribuição dos níveis de organização alcançar estes objetivos. Para se construir um planejamento assertivo e eficaz, deve-se verificar as oportunidades e as ameaças do meio em que a organização está inserida, e no que se refere aos fatores internos, deve-se identificar as forças e as fraquezas da 16 organização, visando propor melhorias nos aspectos negativos, e implementando estratégias para fortalecer ainda mais os aspectos positivos. Chiavenato (2015, p. 162) diz que: O planejamento abrange cada departamento ou unidade da organização, possuindo as seguintes características: • É projetado para o médio prazo, geralmente para o exercício anual; • Envolve cada departamento, abrange seus recursos específicos e preocupa-se em atingir os objetivos departamentais; • É definido no nível intermediário, em cada departamento da empresa. O planejamento operacional, por sua vez, consiste em elaborar planos de ação e metodologias para que cada área funcional da empresa atinja seus objetivos. Essas características evidenciadas, fazem com que o planejamento estratégico seja assertivo e eficaz, proporcionando o crescimento da organização como uma empresa de sucesso, contribuindo também para o clima organizacional da empresa, levando o setor produtivo a avanços além das expectativas. 4.1 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO ESTRATÉGICA DOS GESTÃO DE PESSOAS EM MEIO A PANDEMIA Primordialmente ao estudo acerca das consequências da pandemia na gestão de pessoas, é importante ressaltar a colocação do gestor de pessoas em face do prognóstico adquirido com uma crise sanitária e epidemiológica, como a instaurada atualmente com a disseminação do COVID-19. Salienta-se que uma pandemia e uma crise dessa magnitude possui um reflexo intenso na gestão de uma empresa e na economia, mas a possibilidade de um colapso da economia só possui vigência e aplicabilidade dentro de uma sociedade que já se encontra adoecida, não podendo a pandemia ser a responsável única pelo colapso (COLOMBINI, 2020). Explica Colombini (2020, p. 04): As pandemias são frequentemente apresentadas como casualidades, como movimentos aleatórios que surgem da interação humana em sociedade e com a natureza. Isso no melhor dos casos, quando não são compreendidas como castigo divino ou como provação para o paraíso. Contudo, quando olhamos historicamente, nos damos conta de que as grandes pandemias se inserem em quadros de crise sistêmica que envolvem a insustentabilidade da própria reprodução social na sua forma vigente. A peste na grande crise do feudalismo no século XIV e a gripe espanhola no final da Primeira Guerra Mundial são grandes exemplos dessa crise sistêmica. A dimensão da gravidade do COVID-19 ainda está em aberto, mas o quadro de crise da forma atual da sociedade pode ser considerado como certo. Sociedades só 17 colapsam com epidemias, como o COVID-19, quando já estão muito doentes. Como exemplo desse entendimento, pode-se elencar a crise feudal no século XIV, onde a crise se instaurava na Europa, sendo normalmente ligada à peste bubônica, contudo, a crise observada não teve sua origem nesta, assim como não teve seu fim ao fim desta. A peste bubônica foi um fator colaborativo da crise anteriormente instaurada, mas não foi seu início, sendo apenas o marco final da era feudal então vigente na Europa e que veio a dar lugar aos regimes e governos absolutistas, elencando assim o fim da era feudal e dando início à era absolutista, com o terrível marco da peste instalada (COLOMBINI, 2020). Assim afirma Colombini (2020, p. 06): A crise do feudalismo no século XIV é normalmente associada ao desastre da proliferação da peste bubônica, nos fazendo esquecer de como essa pandemia estava inserida no próprio colapso das relações pessoais. Como apresentado pelo historiador Maurice Dobb, depois do enorme crescimento do feudalismo no século XIII, a manutenção das relações sociais passava a ser insustentável, dada a exploração crescente dos servos para a manutenção dos luxos da nobreza e das guerras constantes entre os reinados. Ao longo do século XIV, as grandes revoltas camponesas vão ganhar ímpeto (como em Flandres em 1310, na França em 1350 com a chamada Jacquerie, e na Inglaterra em 1381), todas acompanhadas do crescimento descontrolado das cidades medievais. Posteriormente, em meio à pandemia da gripe espanhola, situada historicamente no fim da primeira grande guerra mundial, se pode observar a crise econômica e política encontrada devido a guerra instaurada, sendo assim mais um sintoma da crise que já se mostrava latente. A pandemia da gripe espanhola levou a óbito cerca de 5% da população mundial da época, agravando a crise social, mas novamente não sendo a sua causa e o seu fim não sendo o fator que encerra a crise então vigente, podendo ser considerada somente um dos fatores responsáveis pela mesma (COLOMBINI, 2020). Dito isto, é observado o impacto demasiado encontrado na história causado pela gripe espanhola, tendo em consideração a fragilidade econômica e social decorrida da primeira grande guerra, há uma grande influência desta doença na 18 economia e na crise desencadeada na época. A alta taxa de mortalidade de trabalhadores associada a ausência de uma gestão de pessoas eficiente, trouxeram diversos prejuízos as empresas da época (MEDICI, 2020). Ainda para aqueles países que se mantiveram neutros na primeira guerra mundial como o próprio que deu origem ao nome da pandemia, a Espanha, a crise provocada pela pandemia da gripe espanhola gerou graves consequências. A mortalidade encontrada em pessoas em idade ativa abaixava a quantidade de pessoas com capacidade laborativa, fazendo com que os remanescentescustassem mais para aqueles que os empregavam, elevando os encargos aos empresários. Contudo, quando elencado o resultado para os pequenos negócios, estes lograram êxito em seu crescimento, devido à sua baixa necessidade de mão-de-obra e sua capacidade de superação da crise (MEDICI, 2020). Neste sentido, destaca-se que os impactos da crise social decorrentes da pandemia da gripe espanhola não alcançaram de imediato políticas que visassem o cuidado com a gestão de pessoas. Ainda que se ressalte que a gripe espanhola não tenha sido a única catástrofe a assolar a humanidade neste período, os índices de falência em razão da incapacidade de lidar com a crise gerada tiveram altas em meio à crise e não se mantiveram relativamente estáveis em seu pior cenário, mostrando o despreparo e a necessidade da implementação de estudos e pesquisas que visassem propor melhores protocolos da gestão estratégica de pessoas (MEDICI, 2020). Diante do exposto acima, o ambiente organizacional da atualidade não permite mais que o planejamento estratégico seja somente uma ideia para o papel, a constante mudança e instabilidade econômica atual e com as constante mudança no cenário empresarial exigem que o departamento de gestão de pessoas deixe de ser um departamento isolado e com papel secundário dentro da organização, para se tornar parte das ferramentas estratégicas de crescimento e desenvolvimento da empresa, participando ativamente do processo de tomada de decisão (MINTZBERG; AHLSTRAND; LAMPEL 2015). A partir daí tem-se em nota que os colaboradores são parte integrante da empresa, parte do valor da mesma e não mais meros recursos, os colaboradores dentro do planejamento estratégico são vistos como responsáveis diretos pela manutenção e pelo crescimento da empresa, desse modo são parte do patrimônio intelectual da empresa, e por meio disso se é possível determinar os objetivos, as 19 metas, a visão, os valores, e a missão de uma organização, pois sem a participação dos colaboradores não é possível chegar ao sucesso e a melhores posições no mercado (MINTZBERG; AHLSTRAND; LAMPEL 2015). Os gestão de pessoas precisam ter uma abordagem assertiva e sistêmica, tendo sempre em mente os objetivos e os resultados, tendo por foco a elaboração das estratégias de crescimento da empresa, trabalhando de forma alinhada com a gestão da organização. Uma empresa que entende esse proposito tem setores bem divididos e definidos que trabalham de maneira uniforme (MINTZBERG; AHLSTRAND; LAMPEL 2015). Diante disso, todas as ações dos gestão de pessoas precisam ser bem planejadas e em conjunto com as decisões e desejos da equipe gestora, atendendo, portanto, a visão da organização. E isso somente é possível por meio do planejamento estratégico, com atitudes bem delineadas estrategicamente de maneira que consiga diagnosticas e prever as necessidades da empresa, objetivando junto a gestão de pessoas que é de fato seu papel principal, o ganho e o aumento da produtividade, dos lucros e da qualidade na produção de bens e serviços (MINTZBERG; AHLSTRAND; LAMPEL 2015). CONSIDERAÇÕES FINAIS Portanto conclui-se que, a gestão estratégica de pessoas é uma elaboração de vários planos operacionais usado em qualquer porte de uma organização desde a de pequeno até a de grande porte, que tem por finalidade alcançar os objetivos traçados, essas metas podem ser consideradas de longo, médio e curto prazo dependendo do investimento que for feito. O conhecimento para tal assunto, pode proporcionar grandes soluções para a sociedade dentro das organizações, pois o que não se é planejado hoje em dia, mesmo que este plano seja para daqui alguns anos, ou o que é planejado e não é cumprido, futuramente é possível evitar um terrível fracasso e consequentemente prejudicar a empresa em suas rotinas diárias. A gestão estratégica de pessoas é de suma importância para uma empresa, pois esta é a ferramenta responsável por identificar as possíveis falhas na administração da empresa, e corrigi-las, levando a empresa a outros níveis no 20 quesito produtivo e em termos de clima organizacional também, pois uma empresa que se planeja bem contribui não somente para o alcance de bons resultados em lucros, mas também na satisfação de seus funcionários. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CHIAVENATO, Idalberto. Administração: teoria, processo e prática. 5.ed. Barueri: Manole, 2015. 463 p. COLOMBINI, Iderley. 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