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A patologia ou processo patológico estuda as doenças e alterações que ocorrem no nosso organismo após agressões externas ou internas, es- sas alterações podem ser: › Morfológicas: Alteram a forma, estrutura e tamanho da célula; › Bioquímicas: Alteram a estru- tura, organização e transforma- ção das moléculas; › Genéticas: Alteram mutações em células somáticas e sexuais; › Moleculares: Alteram compo- nentes como íons inorgânicos e moléculas orgânicas; › Funcionais: Alteram o funciona- mento normal da célula; TODAS ESSAS ALTERAÇÕES INDI- CAM SINAIS E SINTOMAS DE DOENÇAS Nosso corpo através dos mecanis- mos de regulação e proteção conseguem responder e se adaptar a agressões ou variações externas; por exemplo estimular a salivação para digestão, contrair pupilas em ambi- entes muito claros etc. buscando sempre a homeostase = equilíbrio fi- siológico. FATORES ETIÓLOGIOS Podem ser externos ao corpo (exó- genos) são adquiridos como: fatores nutricionais, infecciosos, químicos e físicos ou internos ao corpo (endó- genos) que são: genéticos relaciona- dos a resposta imunológica, muta- ções herdadas, polimorfismos e fato- res emocionais. E estes fatores po- dem estar associados e causadores externos podem influenciar no nosso corpo. » Sistemas e órgãos do nosso corpo estão envolvidos na resposta às agressões Os órgãos estão envolvidos na mi- crocirculação, inervação, células produtoras de matriz extracelular e células sentinelas (macrófagos, mas- tócitos e células dendríticas) - estas células são capazes de reconhecer moléculas denunciadoras de agres- sões – E no sangue o plasma, leucó- citos e as plaquetas estão en- volvidos na geração de res- posta contra agressões. O que acontece no nosso corpo quando sofremos uma agressão? Primeiramente ocorre a identifica- ção através dos receptores das célu- las sentinelas de moléculas agressi- vas aos organismos então estas célu- las induzem a liberação de mediado- res de alterações que sinalizam e alertam as células e sistemas do nosso corpo sobre o perigo para que possam gerar a resposta inflamató- ria apropriada. As células sentinelas induzem a liberação de mediadores das alterações vasculares através de moléculas que podem ser: › Produzidas pelo metabolismo das células; › Fragmento de células mortas; › Componentes da matriz extra- celular; › Substâncias pré-formadas e ar- mazenadas na célula; Os sistemas e mediadores envolvi- dos na resposta a agressões são: › Mediadores de natureza lipí- dica; › Sistema proteolítico de con- tato (sangue); › Adesão de leucócitos e diape- dese (endotélio vascular) › Terminações nervosas › Tônus vascular (endotélio vas- cular) › Coagulação sanguínea (endo- télio vascular) › Citocinas e quimiocinas; As células endoteliais possuem a função de: • Reconhecer diferentes agres- sões; • Receptores para mediadores de inflamação; • Sintetizam e liberam media- dores da resposta inflamató- ria estimulando a saída do sangue para os determinados tecidos para realizarem suas funções; Estágios das respostas celulares ao estresse e estímulos nocivos As células sofrem agressões e quando não suportam mais o es- tresse causado chegam a um ponto de não retorno ao estagio normal, por que não consegue mais se adaptar e começam a sofrer com outros estagio de le- são celular ou são levadas a morte celular – irreversíveis – entretanto se a lesão é leve e transitória as células passam por lesões reversíveis. ADAPTAÇOES CELULARES RE- VERSIVÉIS Alterações reversíveis em tamanho, número, fenótipo, atividade meta- bólica ou função celular. Podem ser ocasionadas por fatores: › Fisiológicos: em resposta a estimulação normal de hor- mônios ou mediadores endó- genos; › Patológicos: em resposta ao estresse que permitem as cé- lulas modularem a sua estru- tura e função escapando da lesão; TIPOS DE RESPOSTAS ADAPTATI- VAS Aumento do tamanho e quantidade dos componentes das células que re- sulta em aumento do órgão » Não resulta em células novas » Aumento na produção de proteínas estruturais Ocorre quando as células são inca- pazes de se dividir. Ex: Aumento da mama e do útero na gestação (fisiológico) e aumento cardíaco na doença de chagas (pa- tológico) Aumento no número de células hipertro- fia hiperpla- sia • Fisiológica Hormonal – aumento da capaci- dade funcional quando necessário. Ex: Aumento da mama na puber- dade e gestação. Compensatória – aumento na massa de tecido após lesão ou res- secção parcial. Ex: Transplante de fí- gado e regeneração. • Patológica Estimulação hormonal excessiva ou por fatores de crescimento. Ex: En- dométrio no ciclo menstrual causa de sangramento excessivo e anor- mal. Também ocorre nas células do te- cido conjuntivo na cicatrização de fe- ridas onde os fibroblastos e vasos sanguíneos proliferam ajudando no reparo tecidual. Diminuição do tamanho, volume e número de células além da diminui- ção de componentes estruturais das funções celulares e dos órgãos que possuem suas atividades diminuídas porem não estão mortos. A atrofia é resultado da atividade metabólica e síntese proteica dimi- nuída e do aumento da degradação de proteínas via ubiquitina – prote- ossomo. ALGUNS CASOS DE HIPOTROFIA SÃO ACOMPANHADOS DE AUTOFAGIA • Patológica » Atrofia por insuficiência de nu- trientes Ex: Caquexia - doenças debilitantes, desnutrição » Atrofia por desuso/diminuição de carga de trabalho Ex: Mem- bro imobilizado por fratura ou paralisia » Atrofia Senil: nos idosos » Atrofia por compressão Ex: Le- sões expansivas - compressão por fluidos ou neoplasias » Atrofia por diminuição do su- primento sanguíneo » Atrofia cerebral, renal - obstru- ções vasculares incompletas » Atrofia por interrupção de si- nais tróficos/perda da inerva- ção Ex: Traumas com lesão de nervos • Atrofia hormonal/perda da es- timulação endócrina Ex: Ação sistêmica (tireoidianos) e local (andrógenos: próstata; estró- genos: mamas, útero) • Atrofia tóxica Ex: Bloqueio en- zimático celular – músculos (neuropatia diabética+ vascu- lopatia diabética) saturnismo (contaminação por chumbo) • Fisiológica Atrofia ou hipotro- fia Ex: Redução do útero pós parto Tentativa do organismo de substituir um tipo celular por outro mais apto a suportar o ambiente hostil e es- tressante. Ex: Alteração do epitélio colunar que reveste os brônquios pulmonares por um epitélio estratificado esca- moso devido ao tabagismo e altera- ção das células estratificadas esca- mosas da parede do esôfago por cé- lulas epiteliais colunares devido ao refluxo gástrico. Resumindo • Hipertrofia • Hiperplasia • Atrofia Respostas sub- celulares a lesões Mas por que as células não conseguem se recuperar de al- gumas agressões? Alguns insultos/agressões alteram funções morfológicas e bioquímicas da célula, como distúrbio na mem- brana celular e de organelas além da disfunção mitocondrial impedindo a fosforilação oxidativa e síntese de ATP levam a incapacidade da célula de responder a esse insulto. A TU- MEFAÇÃO É A 1º MANIFESTAÇÃO DE QUASE TODAS AS LESOES • Principais causas de lesão celular: » Agentes químicos: álcool, medicamentos, drogas ilíci- tas; » Agentes infecciosos: fungos, bactérias, vírus; » Agentes físicos: queimadu- ras, choques térmicos, radia- ção solar; METAPLA- SIA + Síntese de componentes estrutu- rais + Atividade funcional - Atividade metabólica » Privação de oxigênio: hipóxia, asfixia, altitudes extremas; » Reações imunológicas: doen- ças autoimunes reações infla- matórias; » Alterações nutricionais: obe-sidade, má nutrição » Isquemia: obstrução arterial, redução da drenagem ve- nosa; » Defeitos genéticos: anemia falciforme; » Envelhecimento celular Os mecanismos celulares a res- posta das lesões são interconec- tados com as vias metabólicas intracelulares, as alterações bio- químicas e funcionais depen- dem da intensidade, duração e tipo da agressão. Estas lesões causam alterações em um ou mais compartimentos celulares sendo eles: • Respiração aeróbia • Membrana celular • Síntese proteica • Citoesqueleto • Aparato genético Principais mecanismos de geração de lesão celular • Principal causa de depleção de ATP intracelular Pode ocorrer por redução de su- primento de oxigênio e nutriente, por isquemia ou por envenena- mento (ex: cianeto) causando fa- lha nas bombas de sódio e potás- sio acarretando um edema intra- celular. A diminuição da fosforila- ção consequentemente diminui a produção de ATP e a célula então inicia a glicólise anaeróbia, para a compensar a produção diminuída de ATP, o estoque de glicogênio então decai e a célula começa a acumular substâncias acidas como acido lático e fosfatos inor- gânicos fazendo com que o pH in- tracelular também decaia. Ocasi- ona também o desprendimento dos ribossomos do RER atrapa- lhando a síntese proteica e alte- rando as bombas de cálcio ge- rando acúmulo de cálcio no cito- plasma ativando enzimas que afe- tam componentes estruturais. • Lesão mitocondrial São frequentemente acompanhadas por alterações morfológicas cau- sando lesões por mecanismos como estresse oxidativo que ocorre quando o mecanismo de defesa (an- tioxidantes) – SOD, catalase...- são incapazes de deter os radicais livres – H2O2, NO – acarretando defeitos na permeabilidade, oxidação de proteí- nas e lesão no DNA podendo levar a morte celular devido extravasa- mento de proteínas pro- apoptóticas no citoplasma. • Influxo do Ca+ para o citoplasma e perda da homeostase O cálcio em excesso no citosol pro- movo a ativação de enzimas como fosfatases, proteases, fosfolipidases, ATPases e endonucleases que lisam proteínas essenciais e fragmentam a cromatina no núcleo. • Acúmulo de proteínas anormal- mente dobradas As chaperonas são as responsáveis por controlar o dobramento de pro- teínas recém – sintetizadas porem há a possibilidade de polipeptídios mal dobrados se acumularem no RE devido mutações herdadas indu- zindo o estresse ao RER que inicia uma resposta a proteínas mal dobra- das; Entretanto se esta resposta é in- capaz de competir com as proteínas formadas levam a ativação de capa- zes que iniciam o processo de morte celular programada. Este acúmulo de proteínas mau dobradas é atual- mente reconhecido como caracterís- tica de doenças como Diabetes Mie- lites tipo II, Alzheimer etc. • Lesão do DNA Alguns estímulos internos de es- tresse intracelular, como por exem- plo, a ação d desoxirribonucleases e radicais livres, podem levar a disfun- ção mitocondrial e consequente- mente a lesão ao DNA e a perda da integridade do genoma. Além disso, na presença de sinais de estresse in- tracelular ocorre a translocação de proteínas pró-apoptóticas do citosol para a mitocôndria. A translocação dessas proteínas resulta na liberação para o citosol do citocromo-C, pre- sente no espaço existente entre a membrana mitocondrial externa e interna. No citosol, o citocromo-C forma um complexo com o fator ati- vador da apoptose-1, levando à ati- vação da caspase-9, que ativa caspa- ses efetoras. Portanto, a ativação das caspases pode ser desencadeada via receptores da morte ou via dis- função mitocondrial, com liberação do citocromo-C. Citocinas inflamató- rias, tais como a interleucina-1 (IL-1), ou a presença de estresse oxidativo, que resulta na lesão de DNA e ativa- ção do p53, podem aumentar a ex- pressão dos receptores FAZ tor- nando as células mais suscetíveis a apoptose. Importância do citoesqueleto • Transporte intracelular de molé- culas • Fagocitose • Manutenção da estrutura celular básica • Transmissão de sinais para o nú- cleo • Manutenção da resistência mecâ- nica para a integridade do tecido • Mobilidade da célula Lesão reversível x Lesão irreversí- vel Lesão reversível: é decorrente de alterações bioquímicas e resulta no acúmulo de substâncias no in- terior da célula gerando degeneração celular/ acúmulo in- tracelular. O termo degeneração (alteração sub - letal refere-se a alterações celulares que não ma- tam a célula, deixando-as com as funções diminuídas. Estas altera- ções podem ser reversíveis ou evoluir para a morte celular. Pode ocorrer ou não acú- mulo de substâncias no cito- plasma. Acúmulos intracelulares É a retenção em quantidades anor- mais de: • Constituintes normais da célula: Água – Degeneração hidrópica Lipídeos – Degeneração gordu- rosa Proteínas – Degeneração hialina Carboidratos – Doenças de ar- mazenamento e glicogênio • Substância anormal: Exógena: mineral, produtos de agentes infecciosos Endógena: produtos da síntese ou metabolismo • Pigmentos: Exógenos (causadores de pneu- monicose): Partículas de carvão/carbono – Antracose Asbesto – Asbestose Silicone – Silicose Endógenos Melanina, tatuagem, bilirrubina, lipofuscina etc. Ocorre como uma das manifesta- ções de transtornos metabólicos nas células, sob situações de estresse ce- lular pode ser um evento transitório ou permanente. Substâncias podem ser inofensivas ou altamente tóxicas, causando vários graus de lesão. Os acúmulos intracelulares são geral- mente em compartimentos como: li- sossomos, núcleo, citoplasma de- vido a dois fatores principais 1º pro- dução exacerbada e 2º taxa metabó- lica inadequada ou insuficiente para remoção através de diferentes vias. A SUBSTÂNCIA ACUMULADA NO MEIO INTRACELULART PODE SER SINTETIZADA PELAS PROPRIAS CE- LULAS AFETADAS OU EM QUAL- QUER OUTRO LOCAL A composição química da célula possui água, eletrólitos, lipídios, car- boidratos e proteínas e as altera- ções degenerativas afetam 3 res- postas celulares básicas tais como: 1. Alteração no balanço hidroele- trolítico (edema celular) 2. Sobrecarga de produtos catabóli- cos (glicogênio, lipídeos e proteí- nas) 3. Acúmulo de produtos complexos não degradáveis (alterações no processamento/excreção celular); pigmentos, minerais e substâncias exógenas Principais vias/mecanismos de acúmulo intracelular anormal 1. Metabolismo anormal (anoma- lia metabólica): produção em níveis normais ou anormais com remoção e degradação inadequada. Ex: degeneração gordurosa (fígado), degenera- ção hidrópica. 2. Defeitos proteicos: substância endógena normal ou anormal se acumula em consequência e de- feitos adquiridos ou genéticos ou no dobramento, empacota- mento, transporte e secreção de proteínas. Ex: acúmulo de lípí- deos (colesterol, triglicerídeos etc.), acúmulo de proteínas anormais (Degeneração Hialina). 3. Deficiência de enzimas essen- ciais responsáveis pela degrada- ção de compostos: defeito e in- suficiência na maquinaria enzi- mática, para degradar substân- cias (metabólitos) ou transportá- la para outros locais, levando à acúmulos de substância endó- gena principalmente nos lisosso- mos. Ex: Doenças do Armazena- mento. 4. Incapacidade de degradar mate- rial exógeno anormal fagocitado e depositado nas células: falta de mecanismos enzimáticos para de- gradá-la ou habilidade de trans- portá-la para outros locais. Ex: acúmulo do pigmento de carbono (carvão) ou sílica. Degeneração hidrópica, edema, tu- mefação celular, inchavo turvo • Acúmulo de água e eletrólitos no citoplasma CAUSAS: Redução das oxidações nas mitocôndrias (causas variáveis), carência de energia na membrana celular, perdada capacidade de re- gular a permeabilidade celular, per- manência de sódio no interior da célula e tumefação. • Viroses • Infecções bacterianas • Substâncias toxicas • Isquemia e hipóxia • Temperaturas extremas Aparência: Aumento do volume e aspecto de citoplasma diluído, ór- gão pálido e com aumento de vo- lume e reversível desde que seja re- tirada de sua causa Tumefação celular: É resultado da falência das bombas de íons da membrana plasmática dependente de energia incapacitando a manutenção da homeostase hídrica e iônica. Degeneração gordurosa – Estea- tose Ácidos graxos livres e monogiceri- deos provenientes da alimentação e estocados no tecido adiposo são absorvidos pelo intestino delgado e transportados para o sangue pas- sam pelo fígado para serem trans- formados em triglicerídeos e meta- bolizados (esterificados), o acú- mulo se da pelo erro na entrada, utilização ou eliminação destas mo- léculas » Esteatose: Acúmulo de triglicerí- deos em células do parênquima he- pático e pode afetar outros órgãos como coração, rins etc. » Lipidoses: Acúmulo de triglicerí- deos, colesterol e seus ésteres em células fagocíticas » Xantomas ou hiperlipidemia: Acú- mulo de lípides em macrófagos da pele » Aterosclerose: Acúmulo de lípides nas artérias • Acúmulo de proteínas anormais CAUSAS: Dobramento anormal de uma proteína que normalmente se- ria solúvel, formando um polipeptí- dio beta amiloide que é insolúvel, mutações que causam alterações no dobramento e transporte da proteína, de modo que as molécu- las defeituosas se acumulam intra- celularmente, pode também ocor- rer por excesso a serem apresenta- dos as células ou estas sintetizarem em grandes quantidades. Ex: ema- ranhados neuro fibrilares deposita- dos no cérebro na doença de Al- zheimer. Degeneração Hialina – Hialinose Proteínas acumuladas podem ser intracelulares ou extracelulares, conferindo um aspecto translúcido, homogêneo e eosinofílico. As prin- cipais causas de acúmulos intrace- lulares são a reabsorção de proteí- nas pelo epitélio tubular renal, pro- dução excessiva de proteínas nor- mais e por defeitos no dobramento das proteínas. Degeneração Cérea de ZENKER (em músculos esqueléticos, principalmente no gastrocnêmico e diafragma) e de MAGARINOS-TOR- RES (no miocárdio). » Macro: Estrias e máculas amarelo- esbranquiçadas; chamada de "Cora- ção tigrado", quando afeta o miocár- dio. » Micro: Perda de estriação (desa- gregação dos mios filamentos à mi- croscopia eletrônica) e homogenei- zação vítrea eosinofílica das fibras. » Etiologia: Injúria tóxico-infecciosa subletal (febre tifoide, leptospirose, difteria, aftosa), traumatismos (inje- ção intramuscular, pancadas) e defi- ciência de vitamina E selênio ("Do- ença do músculo branco"). Corpús- culos de inclusão intracitoplasmáti- cos: » Corpúsculos de RUSSELL em Plas- mócitos (tipo 1): Agregação de glo- bulinas (tipo "colar de pérolas"), dis- tendendo as cisternas do RER. Visto com frequência na Salmonelose aguda, na osteomielite crônica. » Corpúsculos de CROOKE em Célu- las basófilas da adenohipófise, na Síndrome de CUSHING. » Corpúsculos de MALLORY em he- patócitos (tipo 1): Filamentos ou massa eosinofílica perinuclear (com- plexo insolúvel de fosfolípides e lipo- proteínas originando filamentos desordenados devido a alterações no citoesqueleto, a nível de microtú- bulos e microfilamentos). É visto no alcoolismo crônico (cirrose), na he- patite viral tipo A ou B, infecção por citomegalovírus e na intoxicação com griseofulvina. » Infecções Virais (tipo 1 e 2): Acú- mulo de nucleoproteínas virais e/ou de produtos da reação à infecção vi- ral no citoplasma (vírus RNA) ou no nucleoplasma (vírus DNA ou RNA). Exemplos: NEGRI (Raiva), GUARNI- ERI (Varíola), COUNCILMAN- ROCHA LIMA (Febre amarela), SINEGAGLIA- LENTZ (Cinomose). » "Gotículas de proteína" (Gotículas de reabsorção) nos túbulos contor- nados proximais (nas Glomerulopa- tias com proteinúria) e nas vilosida- des do intestino delgado do recém nascido alimentado com colostro. As proteínas reabsorvidas (pinocitadas) formam vesículas pinocitóticas que se fundem com os lisossomos for- mando as "Gotículas de Proteína". Degeneração por acúmulo de açuca- res – Carboidratos São doenças genéticas caracteriza- das pelo acúmulo de substâncias nos lisossomos, por erro metabólico he- reditário. • O glicogênio é uma reserva de energia prontamente disponível que está presente no citoplasma. As glicogenoses são doenças secun- dárias a um erro no metabolismo, hereditário, o qual resulta de con- centrações alteradas de glicogênio no organismo. Causa: Deficiência das enzimas que atua no processo de de- gradação de glicogênio em glicose. Ex: glicogênio no Diabetes melito e na doença de armazenamento do gli- cogênio. » Diabetes Mellitus: Com a falta do hormônio insulina, a glicose fica em alta concentração no sangue, mas com dificuldade para entrar na cé- lula, isso faz com que a célula acu- mule glicogênio. » Doença de Niemann-Pick (fígado, baço, medula óssea linfonodos): do- ença genética onde o indivíduo não produz as enzimas de degradação corretamente, resultando na acumu- lação de esfingomielina, um produto do metabolismo das gorduras. » Gangliosidose juvenil (neurônios do SNC): degeneração dos neurônios por doença genética que tem como característica o acúmulo de glicogê- nio no neurônio. Degeneração glicogênica: presença de hepatócitos vacuolizados. Acúmulo de materiais exógenos e endógenos Caracterizado pela incapacidade de degradar as partículas exógenas fa- gocitas por exemplo pigmento de carbono ou carvão, sílica ou asbesto ou pigmentos endógenos como por exemplo lipofuscina, melanina, he- mossiderina e bilirrunina. • Pigmentos exógenos É assimilado pelos macrófagos den- tro dos alvéolos transportado para linfonodos da região traqueobrôn- quica o seu acúmulo escurece os te- cidos pulmonares e os linfonodos envolvidos. A tatuagem é um tipo de pigmenta- ção exógena Outros tipos de pigmentação são: » Carbono/carvão (Antracnose): pig- mento negro, livre ou fagocitado por exposição/inalação ocupacional por em mineiros, populações de grandes centros urbanos ou de áreas poluí- das, além de fumantes. » Sílica/óxido de silício (Silicose): ex- posição/inalação ocupacional por mineiros, trabalhadores em pedrei- ras, marmorarias, cerâmicas. » Asbesto/amianto (Asbestose): É uma tentativa de cicatrização do te- cido pulmonar, com formação ex- tensa de tecido cicatricial nos pul- mões, causada pelas fibras minerais de silicatos do asbesto. • Pigmentos endógenos » Lipofuscina = Serve como sinal de alarme em lesões por radicais livres ou peroxidação lipídica. » Melanina = Pigmento preto-acas- tanhado, formado quando a enzima tirosinase catalisa a oxidação da tiro- sina nos melanócitos. » Hemossiderina = Pigmento ama- relo (castanho-dourado), derivado da hemoglobina, sendo a principal forma de armazenamento do ferro. Quando há excesso local ou sistê- mico de ferro, a ferritina forma grâ- nulos de hemossiderina. » Bilirrubina = Pigmento normal en- contrado na bile. É derivado da he- moglobina, mas não contém ferro. A icterícia é um distúrbio comum cau- sado por excessos desse pigmento dentro das células e tecidos. Calcificações Processo comum em uma ampla va- riedade de estados de doença decor- rente de deposito anormal de sais de cálcio + pequenas quantidades de ferro, magnésio e outros minerais em locais normalmente não calcifi- cados. As vias de calcificação patolo- gias são: distrófica, metastática e idi- opática. • Distrófica: Deposição de grandes quantidades de cálcio. em tecidos com alterações prévias (ex: necrose). Predominam fatores locais. quasesempre presentes nos ateromas da aterosclerose avançada com fre- quência causa uma disfunção no ór- gão acometido. Ex: cicatrizes, placas ateromatosas, cartilagens, trombos venosos, alguns tumores) • Metastática: Calcificação heterotó- pica: presença de tecido ósseo em locais onde normalmente não existe osso, pode ser devida à remoção de cálcio dos ossos (comum em situações de cânceres e inflamações ósseas, imobilidade, hiperparatireoi- dismo) ou à dieta excessivamente rica desse íon. Ocorre em tecidos normais quando há aumento da cal- cemia (hipercalcemia), ou seja, au- mento de cálcio no sangue. Não há necessidade de lesão tecidual pré- via. Cálcio é depositado em outros locais normalmente não calcificados. Predominância em órgãos como: es- tomago, pulmão, rins, córnea, arté- rias sistêmicas e veias pulmonares. › As principais causas da hipercalce- mia são: secreção aumentada do hormônio da paratireoide, destrui- ção óssea (Acometimento ósseo ex- tenso devido a neoplasias, causando rápida destruição óssea), imobiliza- ção prolongada ou remodelação ós- sea (doença de Paget), distúrbios re- lacionados com a vitamina D e insu- ficiência renal. • Idiopática: Depósitos de calcifica- ção cutâneos e frequentemente múltiplos sem lesão prévia e níveis séricos normais (cálcio e fosfato).
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