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Desenvolvimento dos Arcos Faríngeos

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Maria Luiza Peixoto – FMT LXII 
 
INTRODUÇÃO 
Os arcos faríngeos começam a se desenvolver no início da 
quarta semana quando as células da crista neural migram para 
a região da cabeça e do pescoço. 
Arcos faríngeos são derivados da parte cefálica do intestino 
anterior. 
 
 
O evento principal da 4ª semana é a INFLEXÃO (dobramento). 
O 1º par de arcos faríngeos já consegue ser visto na 24ª semana 
e possui 2 processos. 
 O primeiro formará a maxila e o segundo formará a mandíbula. 
Logo aparecem outros três arcos com cristas arredondadas, 
dispostos obliquamente a cada lado da futura cabeça e pescoço 
do embrião. 
 Ao final da 4ª semana são visíveis externamente quatro arcos 
faríngeos, sendo o 5º e 6º arcos rudimentares e não visíveis na 
superfície embrionária. 
FORMAÇÃO DOS ARCOS: 
1º arco (arco mandibular) forma duas saliências: A mandíbula e 
a maxila 
2º arco (arco hioide) contribui para a formação do osso hioide, 
assim como o 3º e 4º arcos. 
 
Todos esses arcos tem função de sustentação das paredes 
laterais da faringe primitiva 
 
 
 
COMPOSIÇÃO: 
• Eixo de mesênquima 
• Coberto externamente por ectoderma 
• Revestido internamente por endoderma. 
Durante a 4ª semana, a maior parte do mesênquima provém 
das células da crista neural que migraram para os arcos 
faríngeos. Essa migração formam as saliências do 1º arco 
faríngeo 
Os arcos faríngeos contribuem extensamente para a formação 
da face, das cavidades nasais, da boca, da laringe, da faringe e 
do pescoço. 
 
OBS.: Na 5ª semana o 2º arco faríngeo aumenta e recobre o 3º 
e 4º arco formando uma depressão ectodérmica (seio cervical). 
 
 
 
Maria Luiza Peixoto – FMT LXII 
 
APARELHO FARÍNGEO 
 
CARTILAGENS: 
1º ARCO DE MECKEL: 
Relacionada com o desenvolvimento da orelha e musculos da 
mastigação. 
- martelo e bigorna 
- ligamento anterior do martelo e esfeno-mandibular 
- molde para formação da mandíbula 
2º ARCO DE REICHERT: 
Relacionado com os músculos da mímica facial 
- Estribo,parte superior, corno menor do osso hioide e processo 
estiloide 
3º ARCO 
- parte inferior e corno maior do osso hioide. 
4º E 6º ARCO: 
Se fundem para formar as cartilagens laríngeas com exceção da 
epiglote (originada da saliência hipofaríngea) 
5º ARCO: 
“Inútil.” Se existente é muito rudimentar e não origina 
estruturas. 
 
 
DERIVADOS MUSCULARES DOS ARCOS 
- 1º arco: músculos da mastigação 
- 2º arco: músculos da expressão facial, estapédio, estiloide, 
ventre posterior do digástrico e auricular 
- 3º arco: estilofaríngeo 
- 4º arco: cricotireóideo, elevador do véu palatino e constritores 
da laringe 
- 6º arco: músculos intrínsecos da laringe. 
 
DERIVADOS DOS NERVOS DOS ARCOS 
 (cada arco suprido por 1 nervo craniano) 
- 1º arco: n. trigêmio (V par) 
- 2º arco: n. facial (VII par) 
- 3º arco: n. glossofaríngeo (IX par) 
- 4º arco: n. vago (X par) – laríngeo superior 
- 6º arcco: n. vago (X par) – laríngeo recorrente 
 
BOLSAS FARÍNGEAS 
- 1ª BOLSA: 
Origina cavidade timpânica, antro mastoideo e tuba 
faringotimpânica 
- 2ª BOLSA: 
Associada ao desenvolvimento da tonsila palatina 
- 3ª BOLSA: 
Origina o timo e paratireoide inferior 
- 4ª BOLSA: 
Origina paratireoide superior 
 
 
 
 
Maria Luiza Peixoto – FMT LXII 
 
SULCOS FARÍNGEOS 
Apenas 1 par de sulcos contribuem para o desenvolvimento: 1º 
par que forma o meato acústico externo 
 
MAL FORMAÇÕES ASSOCIADAS COM 
DESENVOLVIMENTO DOS ARCOS FARÍNGEOS 
• Atresia do ducto nasolacrimal – 6% 
• Seios e cistos auriculares congênitos 
• Fistulas e cistos cervicais e branquiais 
• Vestígios branquiais 
• Síndrome do primeiro arco 
• Síndrome de DiGeorge 
• Timo acessório 
• Paratireoides ectópicas e supranumerárias 
 
 
SÍNDROME DO PRIMEIRO ARCO 
• Anomalias congênitas dos olhos, 
orelhas,mandíbula e palato 
• Resulta da migração insuficiente de células da 
crista neural durante a quarta semana 
• Duas formas de manifestação: 
→ Síndrome deTreacher Collins 
→ Síndrome dePierre Robin 
SÍNDROME DE TREACHER COLLINS 
• Disostose mandibulofacial 
• Gene autossômico dominante 
• Subdesenvolvimentos dos ossos zigomáticos 
• Defeito das pálpebras inferiores 
• Orelhas externas deformadas 
• Anormalidades de orelhas média e interna 
 
SÍNDROME DE PIERRE ROBIN 
• Hipoplasia da mandíbula (micrognatia) 
• Fenda palatina bilateral 
• Defeitos do olho e da orelha 
• Deslocamento posterior da língua 
• Base genética rara

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