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❖ Capítulo 1: Fundamentos do ECG – PARTE 2 o Ondas elétricas e eletrodos - Eletrodos registram a atividade elétrica do coração na superfície do corpo e podem ser colocados em qualquer região - Uma onda de despolarização se movendo: - Em direção ao eletrodo positivo: causa deflexão positiva no ECG. - Para longe de um eletrodo positivo: causa uma deflexão negativa no ECG. - Perpendicularmente a um eletrodo positivo: onda bifásica. - Uma onda de repolarização se movendo: - Em direção ao eletrodo positivo: deflexão negativa no ECG - Para longe do eletrodo positivo: deflexão positiva no ECG - Perpendicular ao eletrodo positivo: onda bifásica - A deflexão negativa da onda bifásica precede a deflexão positiva. Se uma onda de despolarização que passa pelo coração estiver se movendo em direção um eletrodo de superfície, o eletrodo irá registrar uma deflexão positiva (eletrodo A). Se a onda de despolarização estiver se movendo para longe do eletrodo, ele irá registrar uma deflexão negativa (eletrodo B). Se a onda de despolarização estiver se movendo perpendicularmente ao eletrodo, ele irá registrar uma onda bifásica (eletrodo C). Os efeitos da repolarização são precisamente o oposto dos da despolarização, como esperado. 12 FORMAS DE VER O CORAÇÃO - Coração tridimensional → Atividade elétrica também compreendida em 3 dimensões - ECG padrão → 12 derivações – Cada uma determinada pela colocação e orientação de vários eletrodos no corpo - Cada derivação vê o coração de um ângulo único → Aumenta-se a sensibilidade para uma região particular do coração (à custa de outras) - Mais derivações → Mais informações - Preparando o paciente para o ECG: - 2 eletrodos nos braços - 2 eletrodos nas pernas - Eles fornecem as bases para as 6 derivações dos membros - 3 derivações padrão - 3 derivações aumentadas - 6 eletrodos no tórax (6 derivações precordiais) As 6 derivações dos membros - Veem o coração no seu plano frontal (plano vertical), como um grande círculo marcado em graus e sobreposto ao corpo do paciente - A derivação dos membros vê as forças elétricas (ondas de despolarização e repolarização) se movendo para CIMA e para BAIXO, para a ESQUERDA e para a DIREITA nesse círculo - Para produzir as 6 derivações no plano frontal, cada um dos eletrodos é designado variavelmente como positivo ou negativo (automático nos circuitos dentro da máquina de ECG) - Cada derivação tem sua visão específica do coração (ângulo de orientação) - O ângulo de cada derivação pode ser determinado desenhando-se uma linha do eletrodo negativo ao eletrodo positivo - O ângulo resultante é expresso em graus pela sua sobreposição no círculo de 360º do plano frontal - 3 derivações regulares dos membros: - Derivação I: braço esquerdo POSITIVO e braço direito NEGATIVO → ângulo de orientação = 0º - Derivação II: pernas positivas e braço direito negativo → ângulo de orientação = 60º - Derivação III: pernas positivas e braço esquerdo negativo → ângulo de orientação = 120º - Critério de criação das 3 derivações aumentadas (nomeadas assim porque a máquina de ECG precisa amplificar o traçado para obter um registro adequado) dos membros: - 1 única derivação é escolhida como positiva - Todas as outras são tornadas negativas - Sua média serve como o eletrodo negativo (base comum) - Derivação aVL: braço esquerdo positivo e outros membros negativos → ângulo de orientação = -30º - Derivação aVR: braço direito positivo e outros membros negativos → ângulo de orientação = -150º - Derivação aVF: pernas positivas e outros membros negativos → ângulo de orientação = +90º - Derivações II, III e aVF: Derivações inferiores - Veem de maneira mais eficaz a superfície inferior do coração/parede inferior - Parte de baixo → Porção que se apoia sobre o diafragma - Derivações I e aVL: Derivações laterais esquerdas - Melhor vista da parede lateral esquerda do coração - Derivação aVR: Única verdadeira derivação do lado direito As 6 derivações precordiais ou derivações torácicas - Dispostas no tórax em um plano horizontal - Registram forças se movendo anterior e posteriormente - Como as derivações de membros, também tem sua própria linha de visão e região do coração que vê melhor - Cada eletrodo torácico é tornado positivo, um de cada vez, e todo o corpo é tido como um campo comum - 6 eletrodos positivos → V1 a V6 - V1: IV espaço intercostal à direita do esterno - V2: IV espaço intercostal à esquerda do esterno - V3: colocado entre V2 e V4 - V4: colocado no V espaço intercostal, na linha mesoclavicular - V5: colocado entre V4 e V6 - V6: colocado no V espaço intercostal, na linha axilar média - O ventrículo direito se posiciona anterior e medialmente dentro da cavidade corporal - O ventrículo esquerdo se posiciona posterior e lateralmente Sendo assim: - Derivação V1: Diretamente sobre o ventrículo direito - Derivações V2 e V3: Sobre o septo interventricular - Derivação V4: Sobre o ápice do ventrículo esquerdo - Derivações V5 e V6: Sobre a lateral do ventrículo esquerdo Derivações V2, V3 e V4: Derivações anteriores Derivações V5, V6, DI e aVL: Derivações laterais esquerdas Derivações V1 aVR: Derivações do ventrículo direito Conclusão sobre as derivações e seus vetores • Cada eletrodo (derivação) registra o fluxo médio de corrente → Média instantânea de várias forças em várias direções (“movimento médio” – como um vetor resultante de vários outros) • Esse vetor é o que nossos eletrodos do ECG registram medindo o fluxo elétrico do coração – O ângulo de orientação do vetor representa a direção média do fluxo de corrente e seu comprimento representa a voltagem (amplitude) alcançada) • A qualquer momento, diversas forças elétricas do coração podem ser representadas por um único vetor Vetor dos vetores – Descreve a direção e magnitude médias do fluxo de corrente durante o momento analisado • 12 derivações: 6 no plano frontal e 6 no plano horizontal
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