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Asma: Definição, Epidemiologia e Fisiopatologia

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Definição Diretrizes 2012:
“Asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, na qual muitas células e 
elementos celulares têm participação. A inflamação crônica está associada à hiper-
responsividade das vias aéreas, que leva a episódios recorrentes de sibilos, dispneia, 
opressão torácica e tosse, particularmente à noite ou no início da manhã. Esses 
episódios são uma consequência da obstrução ao fluxo aéreo intrapulmonar 
generalizada e variável, reversível espontaneamente ou com tratamento”.
-
Paciente que tem asma não tem cura, não tem remissão da doença, mas, tem 
remissão dos sintomas, podendo ter períodos de acalmia. Cada criança pode ter 
asma induzida por um fator, e, respondem a diferentes tipos de medicamento. 
Essa resposta diferente a terapêuticas diferentes, alguns autores pensam que 
pode ser que tenha doenças diferenças de genótipos diferentes, com o mesmo 
fenótipo, mas isso ainda não está muito esclarecido. O grande problema do 
asmático é a alta sensibilidade, ele vai ter respostas exageradas, mesmo a coisas 
corriqueiras, e essa resposta exagerada vai levar a episódios recorrentes de sibilos, 
dispneia, opressão torácica e tosse, tudo junto ou separado. Os episódios de asma 
acontecem principalmente à noite ou no início da manhã, por conta do ciclo 
circadiano e isso pode diferenciar da tosse do asmático da tosse da sinusite 
(tosse devido a mudança de decúbito que mobiliza a secreção) por exemplo, que, 
quando a criança tosse durante o dia e quando ela dorme a tosse passa, na 
asma, no meio da noite (3/4horas da manhã), por conta da diminuição do 
corticoide ela começa com os sintomas, e esses sintomas podem progredir até de 
manhã quando começa a aumentar a dosagem de corticoide no organismo. Essa 
obstrução ao fluxo aéreo intrapulmonar é generalizada e variável, por isso que o 
asmático as vezes vai ter crises mais ou menos graves. 
Epidemiologia:
Doença crônica mais comum na infância;-
Prevalência: 20% na infância no Brasil em estudos isolados através do ISAAC;-
Mortalidade baixa mas com evidências de aumento em vários países;-
Alta morbidade, ou seja, atrapalha muito a vida do paciente, e, muitos dos 
pacientes que evoluem para óbito são pacientes que estão fora de controle.
-
Fisiopatologia:
Resulta de uma interação entre genética, e junto a essa genética tem que ter
exposição ambiental a alérgenos e irritantes, e outros fatores específicos que 
levam ao desenvolvimento e manutenção dos sintomas.
-
Infecções respiratórias - a criança que teve bronquiolite tem mais chance de 
ser uma criança asmática;
•
Alérgenos domiciliares: ácaros da poeira doméstica (é o principal alérgeno no 
brasil), mofo, alérgenos de cães e gatos (principalmente os gatos), baratas;
•
Fatores genéticos X fatores ambientais: - a parte genética é pouco conhecida-
Raissa Novelli T.67
Asma
domingo, 31 de maio de 2020 13:50
 Página 1 de PED 
brasil), mofo, alérgenos de cães e gatos (principalmente os gatos), baratas;
Poluentes intra e extra-domiciliares (fumaça de cigarro - ela não faz a 
criança ter a asma, mas se a criança tem asma ela vai ter mais crise de 
asma, porque a fumaça do cigarro é um irritante). 
•
TH1 (importante nas infecções);•
TH2 (estimula a produção de IgE). •
Alérgeno inalável + linfócito:-
Quando se entra em contato pela primeira vez com o alérgeno inalado, por 
exemplo o ácaro da poeira doméstica, ele vai sensibilizar inicialmente o linfócito 
que é o TH0, e de acordo com as citocinas produzidas ele vai se transformar em 
TH1 (que é importante na proteção das infecções) ou TH2 (que estimula a 
produção de IgE). Teoria sobre o "excesso de cuidado/higiene estimula a ter 
alergia": falou uns tem sobre o muro de berlin...Existem certas doenças 
infecciosas que tem uma certa proteção contra a alergia (crianças que tem 
sarampo tem menos alergia), porém ai existe a questão do risco e benefício. Mas 
se sabe que a medida que se diminui as doenças infecciosas, aumenta a incidencia 
de alergias. A asma é uma reação de hipersensibilidade tipo I, então a 
imunoglobulina que está envolvida na asma é a IgE.
IgE se liga a mastócitos e eosinófilos tornando paciente sensibilizado. Quanto 
mais o paciente entra em contato com o alérgeno, mais células com IgE ela vai 
ter. Na hora que ela entrar em contato de novo com o alérgeno, o alérgeno se 
liga direto na IgE e começa a liberar mediadores inflamatórios. 
-
Contatos posteriores com alérgeno -> ativação das células com liberação de 
mediadores inflamatórios; 
-
Com o passar do tempo o sistema imunológico está evoluindo, e, paciente pode 
ter remissão da doença. Mas, antes dos 5 anos existem vários diagnósticos de 
asma de forma errada, sendo outra doença relacionada com alergia. Então, acima 
dos 7 anos tem noção de quem realmente tem asma, e, se as outras crianças 
que “melhoraram” não eram bebês chiadores. No paciente com asma, mesmo se 
ele ficar muito tempo sem sintomas, se fizer um lavado brônquico sempre vai 
ter um processo inflamatório onde não deveria. 
Histamina: vasodilatação, contração da musculatura lisa no pulmão– paciente 
começa a ter uma tosse seca. Se o paciente tiver rinite associada o nariz vai 
ficar escorrendo e fica entupido (pela vasodilatação), começar a coçar e junto 
tem a tosse seca. É o primeiro mediador a ser liberado em uma crise asmática. 
A histamina que deflagra todo o processo inflamatório.
-
Fatores quimiotáticos para neutrófilos, eosinófilos e monócitos;-
Prostaglandinas - também fazem contração, piorando a tosse;-
Leucotrienos: aumentam o edema de mucosa, aumentam mais ainda a contração 
do músculo liso brônquico e aumento da secreção de muco;
-
Interleucinas que promovem todo processo inflamatório.-
Ou seja, o paciente asmático nas primeiras horas da crise vai ter uma tosse seca, 
e, se imediatamente começar o tratamento vai ter apenas a histamina e sibilo 
(pela vasoconstrição) e o tratamento é mais fácil. Mas, se demorar mais tempo, 
 Página 2 de PED 
(pela vasoconstrição) e o tratamento é mais fácil. Mas, se demorar mais tempo, 
o processo inflamatório vai estar todo deflagrado, a tosse fica produtiva, 
estertor (pela grande produção de secreção), e outros sintomas, sendo um 
diagnóstico mais difícil. 
Diagnóstico:
Clínico – em pediatria é quase que só ele, sendo o mais importante;-
Provas funcionais – no adulto é importante, mas, na criança é muito difícil;-
Diagnóstico de alergia - testes alérgicos.-
Clínico: o mais importante na pediatria
Dispneia, tosse crônica, sibilância (quando ri muito, começa a chiar ou 
tossir), aperto no peito ou desconforto torácico, principalmente se esses 
sintomas ocorrem a noite ou pela manhã.
•
Um ou mais dos seguintes sintomas: -
Sintomas episódicos – paciente por exemplo relata que é só mudar o tempo que 
tem crise, mais comum de ser quando muda do tempo quente para o tempo frio 
(mudança rápida);
-
Melhora espontânea ou pelo uso de medicações para asma – mãe relata que tem 
tosse alérgica, que melhora os sintomas com nebulização;
-
3 ou mais episódios de sibilância no último ano - a sibilância é mais sugestiva de 
asma, principalmente se não estiver associada a infecção de via aérea naquele 
momento;
-
História familiar positiva para asma ou atopia - existe um fator genético e é 
importante;
-
Sintomas com variação sazonal - na hora que muda a temperatura;-
Diagnósticos alternativos excluídos – não tem tanta preocupação em fazer 
sintoma de exclusão porque a asma é o mais comum. Então, se tem o sintoma 
clínico muito sugestivo de asma, pode se iniciar o tratamento e só pensa nos 
diagnósticos alternativos se paciente não estiver melhorando (não responde ao 
tratamento).
-
Episódios frequentes de sibilância (principalmente se mais de uma vez 
por mês);
○
Tosse ou sibilos que ocorrem à noite ou cedo pela manhã, provocados 
por riso ou choro intensos ou exercício físico - o horário é muito 
importantepara diferenciar a tosse da asma de outras doenças;
○
Tosse sem relação evidente com viroses respiratórias;○
Presença de atopia, especialmente rinite alérgica ou dermatite atópica;○
História familiar de asma e atopia;○
Boa resposta clínica a beta2-agonistas inalatórios, associados ou não a 
corticoides orais ou inalatórios.
○
As manifestações clínicas mais sugestivas de asma são:•
Asma abaixo de 5 anos:-
Rinossinusite – o horário da tosse ajuda muito a diferenciar;•
Doença pulmonar crônica do prematuro – bebê que nasceu prematuro e 
Diagnóstico Diferencial:-
 Página 3 de PED 
Doença pulmonar crônica do prematuro – bebê que nasceu prematuro e 
precisou de oxigênio. Pode desenvolver uma displasia no epitélio 
broncopulmonar, e, apesar de uma fisiopatologia muito diferente da asma, a 
clínica é parecida. Mas, na história clínica já é possível diferenciar;
•
Síndromes aspirativas (DRGE) – pode se manifestar como broncoespasmo;•
Traqueomalácia – malformação mais comum de vias aéreas superiores. A 
cartilagem é flácida, então a cartilagem da traqueia é flácida. A criança 
pode nascer com a traqueomalácia e não se sabe o porquê, e, tende a 
melhorar até os 2 anos de idade. Em outras crianças a traqueomalácia se 
desenvolve porque a criança teve algum trauma, exemplo por alguma 
intubação. A traqueia que deveria ser rígida e manter seu lúmen aberto, vai 
fazer um certo colapso e a criança faz um estridor (ruído) ao respirar. 
Geralmente essa criança não tem dispneia, mas, quando tem qualquer 
infecção respiratória associada, essa criança pode ter mais dificuldade para 
passar o fluxo aéreo e ela pode sibilar, ficando parecida com a asma. Uma 
característica da traqueomalácia é que ela melhora quando coloca a criança 
em decúbito ventral (de barriga pra baixo). Não tem tratamento e tem 
melhora espontânea (normalmente até os 2 anos);
•
Tuberculose – importante verificar se as vacinas estão em dia;•
Cardiopatias com hiperfluxo – CIV e CIA;•
Imunodeficiências.•
Provas Funcionais:
Espirometria: como método isolado é o de melhor valor, principalmente quando 
comparados os valores antes e após uso de broncodilatador - não é muito 
utilizado em pediatria porque precisa da colaboração da criança, nçao tem muita 
credibilidade em ped;
-
Outros: teste de broncoprovocação com agentes broncoconstritores ou por 
exercício (quando espirometria normal) - dá um broncoconstritos e vê se o 
paciente entra em crise;
-
Pico de fluxo expiratório: medidas de qualidade pouco confiáveis. Esse pode ser o 
que tem maior facilidade de fazer em criança. 
-
Diagnóstico de Alergia:
Provas in vivo (provas cutâneas): puntura - para saber a o que o paciente é 
alérgico;
-
Provas in vitro (concentração sérica de IgE específica): complementa os testes 
alérgicos. Hipoteticamente um teste que deu alérgico para mofo, mas, não é um 
diagnóstico fechado de asma, o diagnóstico de alergia só aproxima do diagnóstico 
da asma. O mais importante é a clínica, e os critérios clínicos. 
-
Os alérgenos inaláveis mais comuns são ácaros, fungos, polens, antígenos de cães, 
gatos e baratas.
-
Manejo da Asma:
Controle das limitações atuais – avaliação visando modificações na 
terapêutica; é muito importante esclarecer que é uma doença que não tem 
•
Objetivos:-
 Página 4 de PED 
terapêutica; é muito importante esclarecer que é uma doença que não tem 
cura, que é possível ele ficar um tempo sem crise, mas tem que ter um 
controle ambiental para ele não ter;
Redução dos riscos futuros - alguns asmáticos com o tempo fazem o 
remodelamento da via aérea, e vai fazer uma obstrução crônica. Então o 
objetivo ao controlar o processo inflamatório, é melhorar a vida do paciente 
e prevenir as lesões futuras.
•
Tratamento:
Educação do paciente ou responsável – saber tudo sobre a asma, saber o que 
pode e o que não, quando a doença está sendo exacerbada e o que ele tem que 
fazer; 
-
Profilaxia ambiental;-
β2 agonistas de curta duração, brometo de ipratrópio, corticosteróides 
orais, sulfato de magnésio.
○
Medicamentos de alívio: •
Corticosteroides inalatórios e sistêmicos, antagonistas de leucotrienos, 
β2 agonistas de longa duração, teofilina.
○
Medicamentos de manutenção: •
Tratamento farmacológico:-
Educação do paciente:
Paciente deve ter plano terapêutico escrito para exacerbações - ex. se acordar 
durante a noite tossindo vai ter que usar a bombinha de β2 agonistas de curta 
duração;
-
A remissão dos sintomas não significa possibilidade de interrupção do 
tratamento - tem que ver realmente se dá para retirar, e, a maioria dos 
pacientes não é possível retirar o corticoide inalatório. 
-
Profilaxia Ambiental:
Ácaros: capa em colchão e travesseiro, retirar carpetes e cortinas, evitar 
livros, enfeites no quarto - ácaro se alimenta de restos celulares e de 
alimentos, por isso que os ácaros ficam mais perto da cama, o asmático 
deve evitar comer na cama. O ácaro é fotofóbico, quando se tem carpete 
ele vai lá para o fundo e fica eliminando as fezes, então não consegue tirar 
ele nem com aspirador de pó, então é melhor tirar o carpete; as cortinas 
acumulam a poeira, os livros e enfeites também. O quanto do asmático, 
deveria ser um quarto com móveis lisos, sem enfeites, sem cortinas;
•
Animais: retirar ou dar banho semanal;•
Evitar exposição ao fumo;•
Reduzir a exposição aos alérgenos domiciliares, pois quanto maior o tempo de 
exposição, mais células são sensibilizadas e maior a resposta de hipersensibilidade 
(maior quantidade de mediadores inflamatórios liberados).
-
Tratamento Farmacológico:
Manejo no período de manutenção visando prevenir as exacerbações – deverá 
seguir etapas de acordo com o controle obtido. Período de manutenção é quando 
o paciente não está em crise. O paciente em manutenção é aquele que está na 
-
 Página 5 de PED 
o paciente não está em crise. O paciente em manutenção é aquele que está na 
ausência de sintomas. O objetivo é que o paciente não tenha exacerbações, que 
ele não entre em crise;
Tratamento das exacerbações.-
Avaliação do controle da Asma:
Nenhuma limitação nas atividades - consegue correr e brincar sem 
sintomas;
○
Nenhum sintoma ou despertar noturno - não acorda de noite com 
tosse;
○
Necessidade de medicação de alívio menor ou igual a 2x/semana - por 
isso que é importante o paciente fazer uma agenda durante um mês 
com sintomas;
○
Sintomas diurnos: nenhum ou menor ou igual a 2x/semana;○
PFE normal - quando é feito, ele está normal.○
Asma Controlada:•
É aquele paciente que está bem, é asmático mas não está sentindo nada.
Qualquer sintoma/despertar noturno;○
Qualquer limitação de atividades;○
Sintomas diurnos 3 ou mais por semana;○
Uso de medicação de alívio 3 ou mais vezes por semana;○
PFE < 80% do previsto.○
Asma parcialmente controlada: - Um ou dois dos seguintes parâmetros: •
3 ou mais parâmetros da parcialmente controlada.○
Asma não controlada:•
A presença ou não de sintomas deve ser observada preferencialmente nas últimas 
4 semanas:
-
Manejo baseado nos níveis de controle:
Asma controlada: manter o tratamento e identificar a menor dose para manter 
controle;
-
Parcialmente controlada: considerar aumentar a dose para atingir o controle;-
Não controlada: aumentar as etapas até conseguir controle;-
Exacerbação: tratar como exacerbação.-
Etapas do tratamento:
Em todas as etapas deve ser feito controle ambiental e educação do paciente 
com planejamento por escrito e individualizado;
-
As etapas vão de 1 a 5 de acordo com o controle dos sintomas;-
O broncodilatador de curta duração está indicado nas exacerbações em todas as 
etapas. Até que controle o paciente e definir em qual etapa do tratamento ele 
se encaixa, o ideal é fazer um acompanhamento de pelo menos 1 vez por mês. 
-
Controle ambiental e educação do paciente;•
Broncodilatador de curta duração para alívio dos sintomas;•
Etapa 1:-
É o paciente que está com a asma controlada.Controle ambiental: tenta retirar 
tudo que pode causar alergia na criança. Cada vez que tiver sintoma vai fazer a 
 Página 6 de PED 
tudo que pode causar alergia na criança. Cada vez que tiver sintoma vai fazer a 
bombinha e vai anotar, e depois de um mês volta ao médico, para ver se o 
paciente ainda está com a asma controlada ou não, se o paciente passa para 
asma parcialmente controlada, passa para etapa 2.
Etapa 1 associada a dose baixa de corticosteróides inalatórios ou 
antileucotrienos.
•
Etapa 2:-
Depois de 1 mês, se o paciente ainda não melhorou passa para 3 etapa.
Dose baixa de corticóide inalatório + beta agonista de longa duração (LABA) 
ou
•
Dose média ou alta de corticóide inalatório ou•
Dose baixa de corticóide inalatório + teofilina de liberação lenta ou•
Dose baixa de corticóide inalatório + antileucotrieno.•
Etapa 3:-
Lembrando que beta agonista não deve ser usado em crianças menores de 5/6 
anos, então existem outras opções como dose média ou alta de corticóide 
inalatório, ou dose baixa de corticóide inalatório + teofilina de liberação lenta, ou 
dose baixa de corticóide inalatório + antileucotrieno.
Dose moderada ou alta de corticoide inalatório + LABA ou•
Dose moderada ou alta de corticoide inalatório + LABA + antileucotrienos•
Dose moderada ou alta de corticoide inalatório + LABA + teofilina de 
liberação lenta.
•
Etapa 4:-
A escolha pode ser feito por preferência da família antileucotrieno é um 
comprimido, pode ser mais fácil de dar, porém é caro; a teofilina de liberação 
lenta costuma ter no posto, e quando não tem é bem baratinho. Depende muito 
da criança. Se o paciente ao retornar estiver com a asma controlada, ele volta 
para etapa anterior.
Acrescentar à etapa 4;•
Corticóide oral na dose mais baixa possível- se trata de um paciente com 
asma mais grave;
•
Tratamento com anti IgE.•
Etapa 5:-
O corticoide inalatório é por toda vida, enquanto que o corticoide oral pode 
tentar retirar, normalmente se usa outros artifícios, como fisioterapia 
respiratória...
Medicamentos:
Broncodilatadores β2 Agonistas:
Salbutamol e fenoterol. •
Efeito: 4-6 horas. São utilizados para alívio dos sintomas - entrou em crise 
usa ele.
•
Curta duração:-
Salmeterol e Formoterol. 
Longa duração (LABA):-
 Página 7 de PED 
Salmeterol e Formoterol. •
Efeito até 12 horas - eles diminuem o brancoespasmo e tem algum efeito 
antiinflamatório;
•
Controle dos sintomas associados aos corticosteróides inalatórios (em 
crianças acima de 5 anos)
•
Taquicardia, tremor (muito comum), hipopotassemia.•
Efeitos colaterais:-
Crise usa b2 de curta duração, sendo que b2 de longa é para manutenção. 
Corticoide é usado para evitar a crise. 
Anticolinérgicos:
Na exacerbação associado ao beta 2 agonista de curta duração. 
Eventualmente isolado em casos de arritmia com o uso de beta2.
•
Brometo de Ipratrópio (atrovent):-
Xantinas:
Teofilina e aminofilina (endovenosa em casos graves em que a crinaça não está 
melhorando);
-
Broncodilatadores de baixa potência e com algum efeito antiinflamatório;-
Níveis sanguíneos variáveis - pode intoxicar, tem uma potencial toxicidade 
para o SNC, por isso não é tão utilizada mais;
•
Metabolismo hepático:-
Náuseas, diarreia, vômito, cefaleia, irritabilidade e insônia;•
Doses maiores: convulsões, encefalopatia tóxica, hipertermia, dano cerebral e 
morte.
•
Efeitos colaterais: -
Corticosteróides:
Existem diferenças de potência clínica e os dispositivos alteram eficácia.•
Inalatórios:-
Prednisona ou prednisolona. •
Em asma persistente grave sem controle com outras medicações (etapa 5). 
Dose única e/ou dias alternados. Usados em curtos períodos nas 
exacerbações após alta do pronto atendimento (3-5 dias).
•
Sistêmicos: -
Candidíase oral, rouquidão, tosse e irritação na garganta - corticóides 
inalatórios;
○
Locais:•
Supressão do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (raro, normalmente não 
acontece com doses menores do que 400 mcg/dia em crianças), 
osteoporose 9não é tão comum na criança), desaceleração do 
crescimento. Geralmente em altas doses por tempo prolongado. Sem 
aumento de risco de infecções com prednisona < 10 mg/dia.
○
Sistêmicos:•
Efeitos Adversos:-
Antagonistas de Leucotrienos:
Montelucaste e Zafirlucaste;
 Página 8 de PED 
Montelucaste e Zafirlucaste;-
Efeito broncodilatador e antiinflamatório;-
Podem ser utilizados como substituto do beta 2 de longa duração, e é utilizado 
associado a corticosteroide inalatório ou adicional.
-
Normalmente os leucotrienos ajudam naqueles pacientes que tem rinite associada.
Tratamento da Crise:
Frequência respiratória, frequência cardíaca, uso de musculatura acessória, 
dispneia, grau de alerta, cor, saturação de 02 (tem que estar acima de 
95%) – oxigenioterapia em saturação menor ou igual a 95%, ou se o 
paciente estiver utilizando muito a musculatura acessória;
•
Avaliação inicial:-
Nebulização com β2 agonista (0,15 mg/kg/dose – máx 5mg/dose) – fluxo de 02 
6lt/min ou spray 1 jato/ 2kg até 10 jatos + brometo de ipratrópio – até 3 
vezes. Independente da etapa de tratamento que o paciente está, se ele entrou 
em crise, tem que dar o beta 2 agonista (pode ser a nebulização ou a 
bombinha);
-
Reavaliação posterior.-
⇓ FR e FC, raros sibilos, sem dispneia;•
Alta hospitalar com β2 agonista de cura durção a cada 4 ou 6 horas 
de 3 a 5 dias (considerar corticosteróide oral) e plano de 
acompanhamento (etapas).
○
Conduta: •
Boa resposta:-
Obs.: demora de 3 a 5 dias para tirar o paciente da crise. 
Dispneia moderada, FC e FR ⇑, sibilância leve a moderada;•
Manter/adiciona prednisona oral ou similar (1-2 mg/kg – máx: 40 mg) 
e manter nebulização cada 20 min com β2 (vai ter feito 6 
nebulizações). É uma criança que vai entrar na etapa 2.
○
Conduta: •
Reavaliar em 1 hora -> boa resposta -> alta com prescrição de β2 + 
corticoide.
•
Resposta incompleta ou má resposta: -
Dispneia intensa, ausculta com diminuição da entrada de ar, FR e FC ⇑;•
Hospitalização.○
Conduta: •
Sulfato de magnésio EV 25-75 mg/kg em 30 minutos - antagonista do 
cálcio, e o cálcio é um broncoconstritor;
•
Beta2agonista EV - em casos graves que tem indicação de internação em 
UTI, é feito apenas em ambiente de UTI porque ao fazer o salbutamol 
venoso a criança tem risco de fazer arritmia, e essa criança que precisa de 
uma b2 agonista venoso, geralmente é uma criança que pode evoluir com 
insuficiência respiratória;
•
Aminofilina EV.
Má resposta:-
 Página 9 de PED 
Aminofilina EV.•
Tratamento:
Aerossol dosimetrado - bombinha;•
Aerossol dosimetrado + espaçador - em criança utiliza o espaçador para ela 
não ter que fazer aquele sincronização (da inspiração com o apertar da 
bombinha);
•
Inaladores de pó: aerolizer, turbuhaler, diskus, pulvinal;•
Nebulizador de jato: exacerbações graves e crianças menores de 3 anos.•
Dispositivos para Administração de Medicação Inalatória:-
Aerossol com Espaçador: 
Nebulizador de Jato:
 Página 10 de PED 
Nebulizador de Jato:
Caso clínico:
Criança de 3 anos com história de tosse e dispneia desde ontem. Ao exame 
encontra-se dispneica, com tiragens intercostais e subdiafragmáticas. AR: sibilos 
difusos. Peso estimado: 15 Kg.
-
Soro fisiológico – 3-5 ml
Fenoterol ------------ 5 gotas - 1 gota = 0,25 mg (1 gota para cada 3 
Kg = 0,08). Diluído no soro fisiológico.
Nebulização com broncodilatador de curta duração:-
3 nebulizações com intervalo de 20 minutos entre elas.
Na reavaliação: melhora do esforço respiratório e da ausculta;-
Prescrever para casa: nebulização 4-6x ao dia por 3-5 dias;-
Analisar a necessidade de corticoide oral;-
Reavaliação posterior. Se paciente assintomático, a conduta deve ser iniciar com 
a etapa 1 -> reavaliar o paciente frequentemente para observar o controle da 
doença e fazer modificações necessárias na terapêutica
-
O controle ambiental faz parte de qualquer que seja o esquema terapêutico 
escolhido.-
 Página 11 de PED

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