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Definição Diretrizes 2012: “Asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, na qual muitas células e elementos celulares têm participação. A inflamação crônica está associada à hiper- responsividade das vias aéreas, que leva a episódios recorrentes de sibilos, dispneia, opressão torácica e tosse, particularmente à noite ou no início da manhã. Esses episódios são uma consequência da obstrução ao fluxo aéreo intrapulmonar generalizada e variável, reversível espontaneamente ou com tratamento”. - Paciente que tem asma não tem cura, não tem remissão da doença, mas, tem remissão dos sintomas, podendo ter períodos de acalmia. Cada criança pode ter asma induzida por um fator, e, respondem a diferentes tipos de medicamento. Essa resposta diferente a terapêuticas diferentes, alguns autores pensam que pode ser que tenha doenças diferenças de genótipos diferentes, com o mesmo fenótipo, mas isso ainda não está muito esclarecido. O grande problema do asmático é a alta sensibilidade, ele vai ter respostas exageradas, mesmo a coisas corriqueiras, e essa resposta exagerada vai levar a episódios recorrentes de sibilos, dispneia, opressão torácica e tosse, tudo junto ou separado. Os episódios de asma acontecem principalmente à noite ou no início da manhã, por conta do ciclo circadiano e isso pode diferenciar da tosse do asmático da tosse da sinusite (tosse devido a mudança de decúbito que mobiliza a secreção) por exemplo, que, quando a criança tosse durante o dia e quando ela dorme a tosse passa, na asma, no meio da noite (3/4horas da manhã), por conta da diminuição do corticoide ela começa com os sintomas, e esses sintomas podem progredir até de manhã quando começa a aumentar a dosagem de corticoide no organismo. Essa obstrução ao fluxo aéreo intrapulmonar é generalizada e variável, por isso que o asmático as vezes vai ter crises mais ou menos graves. Epidemiologia: Doença crônica mais comum na infância;- Prevalência: 20% na infância no Brasil em estudos isolados através do ISAAC;- Mortalidade baixa mas com evidências de aumento em vários países;- Alta morbidade, ou seja, atrapalha muito a vida do paciente, e, muitos dos pacientes que evoluem para óbito são pacientes que estão fora de controle. - Fisiopatologia: Resulta de uma interação entre genética, e junto a essa genética tem que ter exposição ambiental a alérgenos e irritantes, e outros fatores específicos que levam ao desenvolvimento e manutenção dos sintomas. - Infecções respiratórias - a criança que teve bronquiolite tem mais chance de ser uma criança asmática; • Alérgenos domiciliares: ácaros da poeira doméstica (é o principal alérgeno no brasil), mofo, alérgenos de cães e gatos (principalmente os gatos), baratas; • Fatores genéticos X fatores ambientais: - a parte genética é pouco conhecida- Raissa Novelli T.67 Asma domingo, 31 de maio de 2020 13:50 Página 1 de PED brasil), mofo, alérgenos de cães e gatos (principalmente os gatos), baratas; Poluentes intra e extra-domiciliares (fumaça de cigarro - ela não faz a criança ter a asma, mas se a criança tem asma ela vai ter mais crise de asma, porque a fumaça do cigarro é um irritante). • TH1 (importante nas infecções);• TH2 (estimula a produção de IgE). • Alérgeno inalável + linfócito:- Quando se entra em contato pela primeira vez com o alérgeno inalado, por exemplo o ácaro da poeira doméstica, ele vai sensibilizar inicialmente o linfócito que é o TH0, e de acordo com as citocinas produzidas ele vai se transformar em TH1 (que é importante na proteção das infecções) ou TH2 (que estimula a produção de IgE). Teoria sobre o "excesso de cuidado/higiene estimula a ter alergia": falou uns tem sobre o muro de berlin...Existem certas doenças infecciosas que tem uma certa proteção contra a alergia (crianças que tem sarampo tem menos alergia), porém ai existe a questão do risco e benefício. Mas se sabe que a medida que se diminui as doenças infecciosas, aumenta a incidencia de alergias. A asma é uma reação de hipersensibilidade tipo I, então a imunoglobulina que está envolvida na asma é a IgE. IgE se liga a mastócitos e eosinófilos tornando paciente sensibilizado. Quanto mais o paciente entra em contato com o alérgeno, mais células com IgE ela vai ter. Na hora que ela entrar em contato de novo com o alérgeno, o alérgeno se liga direto na IgE e começa a liberar mediadores inflamatórios. - Contatos posteriores com alérgeno -> ativação das células com liberação de mediadores inflamatórios; - Com o passar do tempo o sistema imunológico está evoluindo, e, paciente pode ter remissão da doença. Mas, antes dos 5 anos existem vários diagnósticos de asma de forma errada, sendo outra doença relacionada com alergia. Então, acima dos 7 anos tem noção de quem realmente tem asma, e, se as outras crianças que “melhoraram” não eram bebês chiadores. No paciente com asma, mesmo se ele ficar muito tempo sem sintomas, se fizer um lavado brônquico sempre vai ter um processo inflamatório onde não deveria. Histamina: vasodilatação, contração da musculatura lisa no pulmão– paciente começa a ter uma tosse seca. Se o paciente tiver rinite associada o nariz vai ficar escorrendo e fica entupido (pela vasodilatação), começar a coçar e junto tem a tosse seca. É o primeiro mediador a ser liberado em uma crise asmática. A histamina que deflagra todo o processo inflamatório. - Fatores quimiotáticos para neutrófilos, eosinófilos e monócitos;- Prostaglandinas - também fazem contração, piorando a tosse;- Leucotrienos: aumentam o edema de mucosa, aumentam mais ainda a contração do músculo liso brônquico e aumento da secreção de muco; - Interleucinas que promovem todo processo inflamatório.- Ou seja, o paciente asmático nas primeiras horas da crise vai ter uma tosse seca, e, se imediatamente começar o tratamento vai ter apenas a histamina e sibilo (pela vasoconstrição) e o tratamento é mais fácil. Mas, se demorar mais tempo, Página 2 de PED (pela vasoconstrição) e o tratamento é mais fácil. Mas, se demorar mais tempo, o processo inflamatório vai estar todo deflagrado, a tosse fica produtiva, estertor (pela grande produção de secreção), e outros sintomas, sendo um diagnóstico mais difícil. Diagnóstico: Clínico – em pediatria é quase que só ele, sendo o mais importante;- Provas funcionais – no adulto é importante, mas, na criança é muito difícil;- Diagnóstico de alergia - testes alérgicos.- Clínico: o mais importante na pediatria Dispneia, tosse crônica, sibilância (quando ri muito, começa a chiar ou tossir), aperto no peito ou desconforto torácico, principalmente se esses sintomas ocorrem a noite ou pela manhã. • Um ou mais dos seguintes sintomas: - Sintomas episódicos – paciente por exemplo relata que é só mudar o tempo que tem crise, mais comum de ser quando muda do tempo quente para o tempo frio (mudança rápida); - Melhora espontânea ou pelo uso de medicações para asma – mãe relata que tem tosse alérgica, que melhora os sintomas com nebulização; - 3 ou mais episódios de sibilância no último ano - a sibilância é mais sugestiva de asma, principalmente se não estiver associada a infecção de via aérea naquele momento; - História familiar positiva para asma ou atopia - existe um fator genético e é importante; - Sintomas com variação sazonal - na hora que muda a temperatura;- Diagnósticos alternativos excluídos – não tem tanta preocupação em fazer sintoma de exclusão porque a asma é o mais comum. Então, se tem o sintoma clínico muito sugestivo de asma, pode se iniciar o tratamento e só pensa nos diagnósticos alternativos se paciente não estiver melhorando (não responde ao tratamento). - Episódios frequentes de sibilância (principalmente se mais de uma vez por mês); ○ Tosse ou sibilos que ocorrem à noite ou cedo pela manhã, provocados por riso ou choro intensos ou exercício físico - o horário é muito importantepara diferenciar a tosse da asma de outras doenças; ○ Tosse sem relação evidente com viroses respiratórias;○ Presença de atopia, especialmente rinite alérgica ou dermatite atópica;○ História familiar de asma e atopia;○ Boa resposta clínica a beta2-agonistas inalatórios, associados ou não a corticoides orais ou inalatórios. ○ As manifestações clínicas mais sugestivas de asma são:• Asma abaixo de 5 anos:- Rinossinusite – o horário da tosse ajuda muito a diferenciar;• Doença pulmonar crônica do prematuro – bebê que nasceu prematuro e Diagnóstico Diferencial:- Página 3 de PED Doença pulmonar crônica do prematuro – bebê que nasceu prematuro e precisou de oxigênio. Pode desenvolver uma displasia no epitélio broncopulmonar, e, apesar de uma fisiopatologia muito diferente da asma, a clínica é parecida. Mas, na história clínica já é possível diferenciar; • Síndromes aspirativas (DRGE) – pode se manifestar como broncoespasmo;• Traqueomalácia – malformação mais comum de vias aéreas superiores. A cartilagem é flácida, então a cartilagem da traqueia é flácida. A criança pode nascer com a traqueomalácia e não se sabe o porquê, e, tende a melhorar até os 2 anos de idade. Em outras crianças a traqueomalácia se desenvolve porque a criança teve algum trauma, exemplo por alguma intubação. A traqueia que deveria ser rígida e manter seu lúmen aberto, vai fazer um certo colapso e a criança faz um estridor (ruído) ao respirar. Geralmente essa criança não tem dispneia, mas, quando tem qualquer infecção respiratória associada, essa criança pode ter mais dificuldade para passar o fluxo aéreo e ela pode sibilar, ficando parecida com a asma. Uma característica da traqueomalácia é que ela melhora quando coloca a criança em decúbito ventral (de barriga pra baixo). Não tem tratamento e tem melhora espontânea (normalmente até os 2 anos); • Tuberculose – importante verificar se as vacinas estão em dia;• Cardiopatias com hiperfluxo – CIV e CIA;• Imunodeficiências.• Provas Funcionais: Espirometria: como método isolado é o de melhor valor, principalmente quando comparados os valores antes e após uso de broncodilatador - não é muito utilizado em pediatria porque precisa da colaboração da criança, nçao tem muita credibilidade em ped; - Outros: teste de broncoprovocação com agentes broncoconstritores ou por exercício (quando espirometria normal) - dá um broncoconstritos e vê se o paciente entra em crise; - Pico de fluxo expiratório: medidas de qualidade pouco confiáveis. Esse pode ser o que tem maior facilidade de fazer em criança. - Diagnóstico de Alergia: Provas in vivo (provas cutâneas): puntura - para saber a o que o paciente é alérgico; - Provas in vitro (concentração sérica de IgE específica): complementa os testes alérgicos. Hipoteticamente um teste que deu alérgico para mofo, mas, não é um diagnóstico fechado de asma, o diagnóstico de alergia só aproxima do diagnóstico da asma. O mais importante é a clínica, e os critérios clínicos. - Os alérgenos inaláveis mais comuns são ácaros, fungos, polens, antígenos de cães, gatos e baratas. - Manejo da Asma: Controle das limitações atuais – avaliação visando modificações na terapêutica; é muito importante esclarecer que é uma doença que não tem • Objetivos:- Página 4 de PED terapêutica; é muito importante esclarecer que é uma doença que não tem cura, que é possível ele ficar um tempo sem crise, mas tem que ter um controle ambiental para ele não ter; Redução dos riscos futuros - alguns asmáticos com o tempo fazem o remodelamento da via aérea, e vai fazer uma obstrução crônica. Então o objetivo ao controlar o processo inflamatório, é melhorar a vida do paciente e prevenir as lesões futuras. • Tratamento: Educação do paciente ou responsável – saber tudo sobre a asma, saber o que pode e o que não, quando a doença está sendo exacerbada e o que ele tem que fazer; - Profilaxia ambiental;- β2 agonistas de curta duração, brometo de ipratrópio, corticosteróides orais, sulfato de magnésio. ○ Medicamentos de alívio: • Corticosteroides inalatórios e sistêmicos, antagonistas de leucotrienos, β2 agonistas de longa duração, teofilina. ○ Medicamentos de manutenção: • Tratamento farmacológico:- Educação do paciente: Paciente deve ter plano terapêutico escrito para exacerbações - ex. se acordar durante a noite tossindo vai ter que usar a bombinha de β2 agonistas de curta duração; - A remissão dos sintomas não significa possibilidade de interrupção do tratamento - tem que ver realmente se dá para retirar, e, a maioria dos pacientes não é possível retirar o corticoide inalatório. - Profilaxia Ambiental: Ácaros: capa em colchão e travesseiro, retirar carpetes e cortinas, evitar livros, enfeites no quarto - ácaro se alimenta de restos celulares e de alimentos, por isso que os ácaros ficam mais perto da cama, o asmático deve evitar comer na cama. O ácaro é fotofóbico, quando se tem carpete ele vai lá para o fundo e fica eliminando as fezes, então não consegue tirar ele nem com aspirador de pó, então é melhor tirar o carpete; as cortinas acumulam a poeira, os livros e enfeites também. O quanto do asmático, deveria ser um quarto com móveis lisos, sem enfeites, sem cortinas; • Animais: retirar ou dar banho semanal;• Evitar exposição ao fumo;• Reduzir a exposição aos alérgenos domiciliares, pois quanto maior o tempo de exposição, mais células são sensibilizadas e maior a resposta de hipersensibilidade (maior quantidade de mediadores inflamatórios liberados). - Tratamento Farmacológico: Manejo no período de manutenção visando prevenir as exacerbações – deverá seguir etapas de acordo com o controle obtido. Período de manutenção é quando o paciente não está em crise. O paciente em manutenção é aquele que está na - Página 5 de PED o paciente não está em crise. O paciente em manutenção é aquele que está na ausência de sintomas. O objetivo é que o paciente não tenha exacerbações, que ele não entre em crise; Tratamento das exacerbações.- Avaliação do controle da Asma: Nenhuma limitação nas atividades - consegue correr e brincar sem sintomas; ○ Nenhum sintoma ou despertar noturno - não acorda de noite com tosse; ○ Necessidade de medicação de alívio menor ou igual a 2x/semana - por isso que é importante o paciente fazer uma agenda durante um mês com sintomas; ○ Sintomas diurnos: nenhum ou menor ou igual a 2x/semana;○ PFE normal - quando é feito, ele está normal.○ Asma Controlada:• É aquele paciente que está bem, é asmático mas não está sentindo nada. Qualquer sintoma/despertar noturno;○ Qualquer limitação de atividades;○ Sintomas diurnos 3 ou mais por semana;○ Uso de medicação de alívio 3 ou mais vezes por semana;○ PFE < 80% do previsto.○ Asma parcialmente controlada: - Um ou dois dos seguintes parâmetros: • 3 ou mais parâmetros da parcialmente controlada.○ Asma não controlada:• A presença ou não de sintomas deve ser observada preferencialmente nas últimas 4 semanas: - Manejo baseado nos níveis de controle: Asma controlada: manter o tratamento e identificar a menor dose para manter controle; - Parcialmente controlada: considerar aumentar a dose para atingir o controle;- Não controlada: aumentar as etapas até conseguir controle;- Exacerbação: tratar como exacerbação.- Etapas do tratamento: Em todas as etapas deve ser feito controle ambiental e educação do paciente com planejamento por escrito e individualizado; - As etapas vão de 1 a 5 de acordo com o controle dos sintomas;- O broncodilatador de curta duração está indicado nas exacerbações em todas as etapas. Até que controle o paciente e definir em qual etapa do tratamento ele se encaixa, o ideal é fazer um acompanhamento de pelo menos 1 vez por mês. - Controle ambiental e educação do paciente;• Broncodilatador de curta duração para alívio dos sintomas;• Etapa 1:- É o paciente que está com a asma controlada.Controle ambiental: tenta retirar tudo que pode causar alergia na criança. Cada vez que tiver sintoma vai fazer a Página 6 de PED tudo que pode causar alergia na criança. Cada vez que tiver sintoma vai fazer a bombinha e vai anotar, e depois de um mês volta ao médico, para ver se o paciente ainda está com a asma controlada ou não, se o paciente passa para asma parcialmente controlada, passa para etapa 2. Etapa 1 associada a dose baixa de corticosteróides inalatórios ou antileucotrienos. • Etapa 2:- Depois de 1 mês, se o paciente ainda não melhorou passa para 3 etapa. Dose baixa de corticóide inalatório + beta agonista de longa duração (LABA) ou • Dose média ou alta de corticóide inalatório ou• Dose baixa de corticóide inalatório + teofilina de liberação lenta ou• Dose baixa de corticóide inalatório + antileucotrieno.• Etapa 3:- Lembrando que beta agonista não deve ser usado em crianças menores de 5/6 anos, então existem outras opções como dose média ou alta de corticóide inalatório, ou dose baixa de corticóide inalatório + teofilina de liberação lenta, ou dose baixa de corticóide inalatório + antileucotrieno. Dose moderada ou alta de corticoide inalatório + LABA ou• Dose moderada ou alta de corticoide inalatório + LABA + antileucotrienos• Dose moderada ou alta de corticoide inalatório + LABA + teofilina de liberação lenta. • Etapa 4:- A escolha pode ser feito por preferência da família antileucotrieno é um comprimido, pode ser mais fácil de dar, porém é caro; a teofilina de liberação lenta costuma ter no posto, e quando não tem é bem baratinho. Depende muito da criança. Se o paciente ao retornar estiver com a asma controlada, ele volta para etapa anterior. Acrescentar à etapa 4;• Corticóide oral na dose mais baixa possível- se trata de um paciente com asma mais grave; • Tratamento com anti IgE.• Etapa 5:- O corticoide inalatório é por toda vida, enquanto que o corticoide oral pode tentar retirar, normalmente se usa outros artifícios, como fisioterapia respiratória... Medicamentos: Broncodilatadores β2 Agonistas: Salbutamol e fenoterol. • Efeito: 4-6 horas. São utilizados para alívio dos sintomas - entrou em crise usa ele. • Curta duração:- Salmeterol e Formoterol. Longa duração (LABA):- Página 7 de PED Salmeterol e Formoterol. • Efeito até 12 horas - eles diminuem o brancoespasmo e tem algum efeito antiinflamatório; • Controle dos sintomas associados aos corticosteróides inalatórios (em crianças acima de 5 anos) • Taquicardia, tremor (muito comum), hipopotassemia.• Efeitos colaterais:- Crise usa b2 de curta duração, sendo que b2 de longa é para manutenção. Corticoide é usado para evitar a crise. Anticolinérgicos: Na exacerbação associado ao beta 2 agonista de curta duração. Eventualmente isolado em casos de arritmia com o uso de beta2. • Brometo de Ipratrópio (atrovent):- Xantinas: Teofilina e aminofilina (endovenosa em casos graves em que a crinaça não está melhorando); - Broncodilatadores de baixa potência e com algum efeito antiinflamatório;- Níveis sanguíneos variáveis - pode intoxicar, tem uma potencial toxicidade para o SNC, por isso não é tão utilizada mais; • Metabolismo hepático:- Náuseas, diarreia, vômito, cefaleia, irritabilidade e insônia;• Doses maiores: convulsões, encefalopatia tóxica, hipertermia, dano cerebral e morte. • Efeitos colaterais: - Corticosteróides: Existem diferenças de potência clínica e os dispositivos alteram eficácia.• Inalatórios:- Prednisona ou prednisolona. • Em asma persistente grave sem controle com outras medicações (etapa 5). Dose única e/ou dias alternados. Usados em curtos períodos nas exacerbações após alta do pronto atendimento (3-5 dias). • Sistêmicos: - Candidíase oral, rouquidão, tosse e irritação na garganta - corticóides inalatórios; ○ Locais:• Supressão do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (raro, normalmente não acontece com doses menores do que 400 mcg/dia em crianças), osteoporose 9não é tão comum na criança), desaceleração do crescimento. Geralmente em altas doses por tempo prolongado. Sem aumento de risco de infecções com prednisona < 10 mg/dia. ○ Sistêmicos:• Efeitos Adversos:- Antagonistas de Leucotrienos: Montelucaste e Zafirlucaste; Página 8 de PED Montelucaste e Zafirlucaste;- Efeito broncodilatador e antiinflamatório;- Podem ser utilizados como substituto do beta 2 de longa duração, e é utilizado associado a corticosteroide inalatório ou adicional. - Normalmente os leucotrienos ajudam naqueles pacientes que tem rinite associada. Tratamento da Crise: Frequência respiratória, frequência cardíaca, uso de musculatura acessória, dispneia, grau de alerta, cor, saturação de 02 (tem que estar acima de 95%) – oxigenioterapia em saturação menor ou igual a 95%, ou se o paciente estiver utilizando muito a musculatura acessória; • Avaliação inicial:- Nebulização com β2 agonista (0,15 mg/kg/dose – máx 5mg/dose) – fluxo de 02 6lt/min ou spray 1 jato/ 2kg até 10 jatos + brometo de ipratrópio – até 3 vezes. Independente da etapa de tratamento que o paciente está, se ele entrou em crise, tem que dar o beta 2 agonista (pode ser a nebulização ou a bombinha); - Reavaliação posterior.- ⇓ FR e FC, raros sibilos, sem dispneia;• Alta hospitalar com β2 agonista de cura durção a cada 4 ou 6 horas de 3 a 5 dias (considerar corticosteróide oral) e plano de acompanhamento (etapas). ○ Conduta: • Boa resposta:- Obs.: demora de 3 a 5 dias para tirar o paciente da crise. Dispneia moderada, FC e FR ⇑, sibilância leve a moderada;• Manter/adiciona prednisona oral ou similar (1-2 mg/kg – máx: 40 mg) e manter nebulização cada 20 min com β2 (vai ter feito 6 nebulizações). É uma criança que vai entrar na etapa 2. ○ Conduta: • Reavaliar em 1 hora -> boa resposta -> alta com prescrição de β2 + corticoide. • Resposta incompleta ou má resposta: - Dispneia intensa, ausculta com diminuição da entrada de ar, FR e FC ⇑;• Hospitalização.○ Conduta: • Sulfato de magnésio EV 25-75 mg/kg em 30 minutos - antagonista do cálcio, e o cálcio é um broncoconstritor; • Beta2agonista EV - em casos graves que tem indicação de internação em UTI, é feito apenas em ambiente de UTI porque ao fazer o salbutamol venoso a criança tem risco de fazer arritmia, e essa criança que precisa de uma b2 agonista venoso, geralmente é uma criança que pode evoluir com insuficiência respiratória; • Aminofilina EV. Má resposta:- Página 9 de PED Aminofilina EV.• Tratamento: Aerossol dosimetrado - bombinha;• Aerossol dosimetrado + espaçador - em criança utiliza o espaçador para ela não ter que fazer aquele sincronização (da inspiração com o apertar da bombinha); • Inaladores de pó: aerolizer, turbuhaler, diskus, pulvinal;• Nebulizador de jato: exacerbações graves e crianças menores de 3 anos.• Dispositivos para Administração de Medicação Inalatória:- Aerossol com Espaçador: Nebulizador de Jato: Página 10 de PED Nebulizador de Jato: Caso clínico: Criança de 3 anos com história de tosse e dispneia desde ontem. Ao exame encontra-se dispneica, com tiragens intercostais e subdiafragmáticas. AR: sibilos difusos. Peso estimado: 15 Kg. - Soro fisiológico – 3-5 ml Fenoterol ------------ 5 gotas - 1 gota = 0,25 mg (1 gota para cada 3 Kg = 0,08). Diluído no soro fisiológico. Nebulização com broncodilatador de curta duração:- 3 nebulizações com intervalo de 20 minutos entre elas. Na reavaliação: melhora do esforço respiratório e da ausculta;- Prescrever para casa: nebulização 4-6x ao dia por 3-5 dias;- Analisar a necessidade de corticoide oral;- Reavaliação posterior. Se paciente assintomático, a conduta deve ser iniciar com a etapa 1 -> reavaliar o paciente frequentemente para observar o controle da doença e fazer modificações necessárias na terapêutica - O controle ambiental faz parte de qualquer que seja o esquema terapêutico escolhido.- Página 11 de PED
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