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Posição dentária e movimentos mandibulares básicos. O alinhamento da dentição é resultado de forças multidirecionais complexas atuando nos dentes durante e após a erupção As principais forças opostas que influenciam a posição dentária originam-se da musculatura circundante. Vestibularmente aos dentes estão os lábios e as bochechas, que proporcionam forças linguais relativamente leves, mas constantes. Do lado oposto dos arcos dentários está a língua, responsável por forças vestibulares sobre a superfície lingual dos dente. Ambas forças na vestibular e lingual, são leves, porém constante. E com o tempo podem mover os dentes dentro dos arcos dentários. Há uma posição dentária na cavidade oral na qual as forças vestibulolinguais (ou bucolinguais) se igualam. É a chamada posição neutra ou espaço, onde a estabilidade dentária é alcançada. Caso um dente vera a erupcionar exageradamente na posição vestibular ou ligual, a força dominantes (língua, se em linguoversão; lábio e bochechas, se em vestibuloversão) irá forçar aquele dente para posição neutra. Isso corre que existe espaço suficiente na arca. Caso não haja espaço suficiente, as forças musculares circundantes, não serão suficientes para posicionar o dente, levando ao apinhamento. Dessa forma, sendo necessário forças extremas para correção, que é a ortodontia . Caso o paciente tenha uma língua muito grande, as forças linguais serão maiores que a vestibular. O espaço neutro não se perde, mas é simplesmente deslocado para a posição vestibular. Isso geralmente faz com que os dentes anteriores se abram em direção vestibular até que cheguem a uma posição em que as forças labiais e linguais estejam em equilíbrio. Isso é chamado de mordia aberta anterior. Forças que não são originadas pela musculatura ora, mas associadas a hábitos orais, podem influenciar na posição dos dentes. Como morder cachimbo, instrumentos musicais entre os dentes superiores e inferiores (forças vestibulares nas superfícies linguais dos dentes superiores anteriores, resultando numa abertura labial). É importante alerta o paciente sobre os tipos de hábitos, pois a correção pode falhar caso a etiologia não seja eliminada. O deslocamento mesial torna-se mais evidente quando a superfície de um dente posterior é destruída por cáries ou quando um dente é extraído. Com a perda do contato proximal, o dente distal ao local da extração desloca-se mesialmente para o espaço, o que (especialmente em área de molar) em geral leva o dente a se inclinar para o espaço. O contato proximal estabiliza o dente, com a perda, o dente tende a mesialisar. Outro fator importante que ajuda a estabilizar o alinhamento dentário é o contato oclusal, que impede a extrusão ou a sobre-erupção dos dentes e, assim, mantém a estabilidade do arco. Cada vez que, a mandíbula de fecha, o padrão único de contato oclusal reforça e mantém a posição dentária. Casa exista um perda de superfície oclusal, a dinâmica de suporte é alterada. Dentes antagonistas provavelmente erupcionarão além do normal até que o contato oclusal seja restabelecido. Dessa forma, quando um dente é perdido, não somente o dente distal poderá se mover mesialmente, como o dente antagônico poderá erupcionar à procura de contato oclusal. Fica evidente, portanto, que os contatos proximais e oclusais são importantes para manter o alinhamento dentário e integridade dos arcos. A (alinhamento normal na arcada) B (perda de um único dente 36, onde o segundo molar mesialisa, e o segundo pré distalisa, e o antangonista 26 hiperupciona). Alinhamento dentário intra-arco Refere-se à relação dos dentes entre si dentro do arco dentário. O plano oclusal é aquele que seria estabelecido se uma linha traçada em todas as pontas de cúspides bucais e bordas incisais dos dentes inferiores ou mandibulares; em seguida, ele se abriria para incluir as pontas das cúspides vestibular e lingual do lado oposto. Para permitir um contato funcional simultâneo em mais de uma área do arcos, os planos oclusais dos arcos dentários são curvados de maneira a permitir a máxima utilização dos contatos dentários durante função. A curvatura do plano oclusal é basicamente o resultado de os dentes estarem posicionados nos arcos com variados graus de inclinação. Curva de Speen. Quando examinados do ponto de vista lateral, pode ser observado a relação axial mesiodistal. No arco mandibular, tanto os dentes anteriores quanto os posteriores estão mesialmente inclinados. O segundo e o terceiro molares são mais inclinados que os pré-molares. No arco maxilar, existe um padrão diferente de inclinação. Os dentes anteriores geralmente estão inclinados mesialmente, com os molares mais posteriores ficando distalmente inclinados. Se a partir de uma vista lateral, for traçada uma linha imaginária através das pontas das cúspides vestibulares dos dentes posteriores (molares e pré-molares), será estabelecida uma linha curva que acompanha o plano oclusal, que é convexa para o arco superior e côncava para o arco inferior. Essas linhas convexa e côncava se encaixam perfeitamente quando os arcos ocluem. Curva de Speen. Quando os arcos dentais são observados a partir de uma vista frontal, pode ser visto o relacionamento axial bucolingual. Geralmente os dentes posteriores do arco superior têm uma inclinação ligeiramente vestibular. No arco mandibular, os dentes posteriores têm uma ligeira inclinação lingual. Se uma linha é traçada através das pontas de cúspides vestibulares e linguais de ambos os lados dos dentes posteriores, será observado um plano oclusal curvado. A curvatura é convexa no arco superior e côncava no arco inferior. Novamente, se levarmos as arcadas a se ocluírem, as curvatura dos dentes de encaixarão perfeitamente. Curva de Wilson. Anatomina Oclusal: São compostas por numerosas cúspides, fossas e sulcos. Função: permitem a quebra eficiente do alimento e a mistura com a saliva para formar um bolo facilmente deglutido. A área do dente entre as pontas das cúspides vestibular e lingual dos dentes posteriores é chamada de mesa oclusal. É nessa área que a maioria das forças de mastigação é aplicada. A mesa oculsal representa aproximadamente 50% a 60% da dimensão vestibulolingual total dos dentes posteriores e está posicionada sobre o longo eixo da estrutura radicular. É considerada o aspecto interno do dente, uma vez que se situa entre as pontas de cúspides. Da mesma forma, a área oclusal fora das pontas das cúspides é chamada de aspecto externo. Além disso, da ponta de cúspide até a fossa central são chamadas de vertentes. Sendo denominadas de vertentes internas e externas. São identificadas pelas cúspides que pertencem (vertente interna da cúspide vestibular do primeiro pré-molar)e podem ser identificadas também a respeito à superfície a qual se dirigem (mesial ou distal). Superfícies inclinadas mesialmente são aquelas que se voltam para a porção mesial do dente e superfície distalmente inclinadas são as que se voltam para a porção dista. Alinhamento dentário intrarco: Refere-se à relação dos dentes de uma arco com aqueles de outro arco. Quando as duas arcadas se encontram, como no fechamento mandibular, a relação oclusal dos dentes é estabelecida. Os dentes maxilares e mandibulares ocluem de maneira precisa e exta. As duas arcadas têm, aproximadamente, o mesmo comprimento, sendo a arcada mandibular ligeiramente menor. Essa ligeira diferença é resultado da distância mesiodistal mais estreira dos incisivos inferiores, quando comparadas aos incisivos superiores. A largura do arco é a distância que atravessa a arcada. A largura do arco mandibular éligeiramente menor que a do arco maxilar. Uma vez que os dentes superiores estão posicionados mais para a vestibular (ou, pelo menos, apresentam maior inclinação vestibular), a relação oclusal normal dos dentes posteriores permite que as cúspides vestibulares inferiores ocluam nas áreas da FC dos dentes superiores. Da mesma forma, as cúspides palatinas superiores ocluem nas áreas da FC dos dentes inferiores. As cúspides vestibulares dos dentes superiores evitam que a mucosa vestibular da bochecha e dos lábios se interponha entre a superfície oclusal dos dent4es durante a função. Da mesma forma, as cúspides linguais dos dentes inferiores ajudam a evitar que a língua se coloque entre os dentes superiores e inferiores. O papel da língua, bochechas e lábios é evidentemente importante durante a função, uma vez que eles continuamente recolocam o alimento nas superfícies oclusais dos dentes para uma divisão mais eficiente. A relação vestibulolingual normal ajuda a maximizar a eficiência da musculatura, enquando minimiza qualquer trauma ao tecido mole (mordida na bochecha ou na língua). Ocasionalmente, devido às discrepâncias no tamanho esquelético da arcada ou do padrão de erupção, os dentes ocluem de tal forma que as cúspides vestibulares maxilares contatam a fossa central dos dentes. Em relação é denominada morda cruzada. As cúspides dos dentes vestibulares dos dentes posteriores inferiores e as cúspides dos dentes posteriores superiores ocluem com a fossa central posta. Essa cúspides são chamadas de suporte ou cêntricas e são responsáveis, principalmente, por manterem a distância entre a maxila e a mandíbula. Tal distância sustenta a altura vertical da face e é chamada como dimensão vertical de oclusão. As cúspides cêntricas são amplas e arredondadas. Quando observadas a partir do aspecto oclusal, suas pontas estão localizadas a aproximadamente um terço de distância da largura vestibulolingual do dente. As cúspides vestibulares dos dentes posteriores superiores e as cúspides linguais dos dentes posteriores inferiores são denominadas cúspides-guia ou não cêntricas. Elas são relativamente pontiagudas, com pontas bem definidas que se localizam a cerca de um sexto de distância da largura total vestibulolingual do dente. Há uma pequena aspecto funcional externo em cada cúspide de suporte que pode funcionar contra a vertente interna da cúspide-guia. Como essa área ajuda na divisão do alimento durante a mastigação, as cúspides-guia também têm sido chamada de cúspides de cisalhamento. A função principal das cúspides-guia é minimizar o impacto tecidual, como já mencionado, e manter o bolo alimentar na mesa oclusal para mastigação. As cúspides-guia também dão estabilidade mandibular, de maneira que, quando os dentes estão totalmente ocluídos, ocorre uma relação oclusal estreita e definida. Essa relação dos dentes em sua máxima intercuspidação é chamada de posição de máxima intercuspidação ou apenas de posição de intercuspidação (PIC) Dimensão Vertical de Oclusão (DVO): Altura estabelecida entre a base do nariz a região inferior do mento. Os dentes devem estar me máxima intercuspidação habitual (MIH) Côndilos mandibulares em região central de cavidade articular. Dimensão vertical de Repousao (DVR): Altura estabelecida entre a base do nariz a região inferior do mento Mandíbula em posição habitual de respouso. Espaço livre funcional interarcadas: 2 a 4mm (EFL) Espaço fonético. Métodos de obtenção da DVR: Método de Lytle modificado por Tamaki: associação da deglutição com fonema “M”. Método de Pleasure: paciente em repouso; ausência de contato dentário; mensuração do vértice nasal à base do mento. Método de Willis (mais usado): mede-se da base do nariz até a base do mento (paciente relaxado), mede-se da comissura do olho até a comissura labial, soma dos dois deve dar mais ou menor 33, em seguida faz uma diminuição do EFL sendo por volta de 3, dessa forma dando uma medida de 30mm que é a medida da reabilitação, isso com os dentes. Método estético: método de verificação, ver as medidas com a prótese, após obtenção da dimensão vertical de oclusão. Métodos fonético: método de verificação – possibilita a verificação do espaço funcional de pronúncia; realizado através da pronúncia dos fonemas (S, F, V e P). o espaço funcional livre deve estar em uma tamanho correto para pronuncia dos fonemas Diminuição da DVO: Consequências: mudança na aparência facial; diminuído a função mastigatória (devido falha na oclusão); queilite angular (maior contato do lábio superior com o inferior levando a maior humidade e agregação de fungos); alteração fonética (devido diminuição do espaço funcional livre); adaptações dentro das articulações temporomandibulares. Aspectos faciais: intrusão dos lábio e queda do nariz. Método de obtenção da DVO: DVO = DVR – EFL. Contatos Oclusais Comuns dos Dentes Posteriores: Parte da atenção é direcionada ao primeiro molar. O primeiro molar inferior costuma situar- se ligeiramente para mesial em relação ao primeiro molar superio. Contudo, ele pode localizar-se em alguns pacientes numa posição distal em relação ao molar superior, enquanto em outros poderá estar situado mesialmente. Essa variação na relação molar foi descrita primeiramente por Angle e, por isso, tem sido chamada de relação molar de Angle classe I, II ou III. Classe I: é a mais comum entrada na dentição natural. 1 – a cúspide mesiovestibular do primeiro molar inferior oclui na área da ameia entre o segundo pré-molar superior e o primeiro molar. 2 – a cúspide mesiovestibular do primeiro molar superior alinha-se diretamente sobre o sulco vestibular do primeiro molar inferior. 3 – a cúspide mesiolingual do primeiro molar superior está situada na fossa central do primeiro molar inferior Neste relacionamento, casa dente inferior oclui com seu antagonista e com o dente mesial adjacente. (Por exemplo, o segundo pré-molar mandibular entra em contato tanto com o segundo pré-molar maxilar como o primeiro pré-molar maxilar). O contato entre molares ocorre nas pontas das cúspides e nas fossas, bem como nas cristas marginais. Classe II: em alguns pacientes, o arco maxilar é maior ou se projeta anteriormente ou, então, o arco mandibular é pequeno ou posicionado posteriormente. Essas condições irão resultar em um posicionamento do primeiro molar inferior distal à relação molar de classe I, descrita como relação molar de classe II. 1 – a cúspide mesiovestibular do primeiro molar inferior oclui na área da FC do primeiro molar superior. 2 – a cúspide mesiovestibular do primeiro molar inferior alinha-se com o sulco vestibular do primeiro molar superior 3 – a cúspide distolingual do primeiro molar superior oclui na área da FC do primeiro molar inferior. Em comparação com a relação de classe I, cada par de contato oclusal situa-se na posição distal, a uma distância que corresponde, aproximadamente, à largura meisiodistal de um pré-molar. Classe III: geralmente corresponde a um crescimento predominante da mandíbula. Nessa o crescimento posiciona os molares inferiores mesialmente em relação aso molares superiores, como observado na classe I. 1 – a cúspide distovestibular do primeiro molar inferior está situada na ameia, entre o segundo pré-molar e primeiro molar superior. 2 – a cúspide mesiovestibular do primeiro molar superior está situada sobre a ameia, entre o primeiro e o segundo molar inferior. 3 – a cúspide mesiolingual do primeiro molar superior está situada na fossa mesial do segundo molar inferior. Novamente, casa par de contatooclusal está situado em uma posição bastante mesial em relação ao par de contato na relação de classe I, a uma distância próxima à largura de um pré- molar. A relação molar mais comumente encontrada é a classe I. Contatos Oclusais Comuns dos Dentes Anteriores: Os dentes superiores anteriores normalmente assumem um posicionamento labial, em relação aos dente anteriores inferiores. Os dentes anteriores (superiores e inferiores, inclinam-se para vestibular, variando de 12 a 28 graus partir de uma linha vertical de referência). A relação normal encontrará as bordas incisais dos incisivos inferiores em contato com as superfícies palatinas dos incisivos superiores (geralmente 4mm das bordas incisais). Observando pelo aspecto vestibular, 3 a 5mm dos dentes anteriores inferiores estão ocultos pelos dentes anteriores superiores. A inclinação vestibular dos dentes anteriores superiores e a maneira pela qual os dentes inferiores ocluem com eles não favorecem a resistência às forças oclusais. Durante o fechamento mandibular, forças intensas ocorrem sobre os dentes anteriores, a tendência será deslocar os dentes maxilares para uma posição vestibular. Desse modo, numa oclusão normal, os contatos dos dentes anteriores na posição de intercuspidação são mais leves que os dos dentes posteriores. A finalidade dos dentes anteriores não é manter a DVO, mas guiar a mandíbula durante os vários movimento laterais. Os contatos dentário anteriores que proporcionam orientação para a mandíbula são chamando de guia anterior. A guia anterior tem um papel importante na função do sistema mastigatório. Suas características são ditadas pela exata posição e relação dos dentes anteriores, o que pode ser examinado tanto horizontal como verticalmente. A distância horizontal pela qual os dentes anteriores maxilares sobrepõem dos dentes anteriores mandibulares, conhecida como trespasse horizontal/overjet, é a distância entre a borda incisal vestibular dos incisivos maxilares e a superfície vestibular dos incisivos mandibulares na posição de intercuspidação. A guia anterior também pode ser examinada no plano vertical, conhecido como trespasse vestical/overbite, entre as bordas incisais dos dentes anteriores opostos. Os dentes anteriores também possuem a função de iniciar o ato da mastigação. Eles incisam o alimento assim que ele é introduzido na cavidade oral. Uma vez incisados, ele é rapidamente levado aos dentes posteriores para uma divisão mais completa. Desempenha uma importante papel na fala, no suporte labial e na estética. Quando uma pessoa tem uma mandíbula subdesenvolvida (relação molar classe II), os dentes anteriores inferiores geralmente entram em contato com o terço gengival da superfície palatina dos dentes superiores. Tal relação é chamada de mordida profunda (transpasse vertical profundo). Se, em uma relação anterior de classe II, os maxilares centrais e laterais estiverem com um inclinação vestibular normal, ela é considerada uma divão 1. Já quando os incisivos maxilares ou superiores estiverem inclinados para lingual, a relação anterior será do tipo classe II, divisão 2. Uma mordida extremamente profunda poderá resultar em contato com o tecido gengival palatal para os incisivos inferiores. Em outros indivíduos, pode haver o crescimento mandibular acentuado, os dentes anteriores inferiores geralmente estão posicionados para frente e em contato com as bordas incisais dos dentes anteriores superiores (relação molar de classe III). Isso pode ser chamado de relação topo a topo. Pode ocorrer de estar tão pra frente que não há contado na posição intercuspidação. Outra relação dos dentes anteriores é aquela com um traspasse vertical negativo. Os dentes posteriores com máxima intercuspidação, os dentes anteriores opostos não se sobrepõem ou mesmo não se contatam. Essa relação anteriores é chamada de mordida aberta anterior. Contatos Oclusais Durante o Movimento Mandibular: As articulações temporomandibulares e a musculatura associada permitem que a mandíbula se movimente em todos os três planos (sagital, horizontal e frontal). Juntamente com esses movimentos, aparecem os contatos dentais em potencial. É importante compreender os tipos e os locais dos contatos dentário que ocorrem durante os movimentos mandibulares básicos. O termo excêntrico tem sido usado para descrever qualquer movimento da mandíbula partindo da posição de intercuspidação que resulte em contato dentário. Três movimentos excêntricos básicos são abordados: protrusivo, leterotrusivo (lateralidade) e retrusivo. Movimento mandibular protrusivo: Um movimento mandibular protusivo ocorre quando a mandíbula se move para frente a partir da posição de intercuspidação. Qualquer área de um dente entre em contato com um dente oposto durante o movimento protrusivo representa um contato protrusivo. Numa relação normal de oclusção, os contatos protrusivos predominantes ocorrem nos dentes anteriores, entre as bordas incisais e vestibulares dos dentes incisivos interiores contra as áreas da fossa palatina e bordas incisais dos incisivos superiores. Nos dentes posteriores, o movimento protrusivo leva as cúspides cêntricas inferiores (vestibulares) a cruzar anteriormente as superfícies oclusais dos dentes superiores. Os contatos protusivos posteriores ocorrem entre as vertentes distais das cúspides palatinas superiores e as vertentes mesiais das fossas e cristas marginais opostas. O contato protrusivo posterior também pode ocorrer entre as vertentes mesiais das cúspides vestibulares inferiores e as vertentes distais das fossas e cristas marginais opostas. Movimento mandibular de lateralidade: Os dentes inferiores direito e esquerdo cruzam com seus antagonistas em diferentes direções. Se a mandíbula se move lateralmente para a esquerda os dentes posteriores inferiores esquerdos irão se movimentar lateralmente através de seus dentes opostos. No entanto, os dentes posteriores inferiores direitos se movimentarão medialmente em relação aos seus dentes opostos. As áreas potenciais de contato desses dentes estão em diferentes locais e, dessa forma, são designados por nomes diferentes. Num olhar mais atento aos dentes posteriores do lado esquerdo, durante um movimento lateral esquerdo, observa-se que os contatos podem ocorrer em duas áreas de vertente. Os contatos podem se dar entre as vertentes internas das cúspides vestibulares superiores e as vertentes externas das cúspides vestibulares inferiores ou, ainda, entre as vertentes externas das cúspides palatinas e as vertentes internas das cúspides linguais inferiores. Ambos os contatos são chamados de laterotrusivos. Para diferenciar os contatos entre cúspides linguais opostas daqueles que ocorrer entre cúspides vestibulares opostos, o termo contato laterotrusivo lingual para lingual é usado para descrever os primeiros. A expressão contato de trabalho também é comumente usada para ambos os contatos laterotrusivos. Durante o mesmo movimento lateral esquerdo, os dentes posteriores inferiores direitos cruzam os dente opostos num direção medial. Os locais potenciais de contato oclusal estão entre as vertentes internas das cúspides palatinas e as vertentes internas das cúspides vestibulares inferiores. Tais contatos são chamados de mediotrusivos. Durante um movimento lateral esquerdo, a maior parte das funções ocorre no lado esquerdo; dessa forma, o lado direito é designado como o lado de não trabalho. Os contatos mediotrusivos são também denominados de contatos de balanceio. Numa relação oclusal norma, os caninos maxilares e mandibulares ficam emcontato durante os movimentos laterais à direita e à esquerda e, portanto, têm contatos laterotrusivos. Estes ocorrem entre as superfícies vestibular e bordas incisais dos caninos inferiores e a fossa lingual e bordas incisais dos caninos superiores. Movimento mandibular retrusivo: Ocorre quando a mandíbula se desloca posteriormente a partir da posição de intercuspidação. Comprado com os outros movimentos, este é bem pequeno (1 a 2mm). Durante o movimento retrusivo, as cúspides vestibulares inferiores se móvel para distal sob a superfície oclusal dos dentes superiores opostos. As áreas de potencial contato ocorrem entre as vertentes ditais das cúspides vestibulares inferiores (cêntricas) e as vertentes mesiais das fossas e cristas marginais opostas. Na arcada superior, os contatos retrusivos ocorrem entre as vertentes mesiais da fossa central e as cristas marginais opostas. Os contatos restrusivos ocorrem nas vertentes opostas dos contatos protrusivos, uma vez que o movimento é exatamente oposto.
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