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Princípios Biomecânicos – parte II FATORES PRIMORDIAIS DA PPR: Atender aos fatores biológicos: Correta dissipação das forças (nenhum pilar seja sobrecarregado); Permitir a saúde gengival e da mucosa circundante (não seja abalado) Função (manter a mastigação, as forças sejam dissipadas de forma correta) Retenção: Permanência da peça protética dentro da cavidade oral Permitir uma mastigação e fala eficiente (dentes) Suporte: Sustentação da peça protética (não faça os movimentos horizontais) Estabilidade: Acomodação da peça Ausência de injúrias aos tecidos moles e dentários Fixação da peça no arco dentário SISTEMA DE SUPORTE São estruturas responsáveis por sustentar a peça protética Apresentam íntima ligação com a peça protética Responsáveis pela transmissão de forças (p/ os dentes) Temos como elementos: Dentes remanescentes Tecidos periodontais Fibromucosa Tecido ósseo alveolar Dentes remanescentes: Devem apresentar higidez e integridade Saúde periapical Raízes hígidas e sem grandes inclinações Estar participando do arco dentário – correta transmissão das forças Tecidos periodontais e suporte ósseo: Apresentar saúde periodontal Ausência de reabsorções ósseas patológica Dentes com bom suporte ósseo Não apresentar mobilidade Fibromucosa: Evitar compressão traumática (reabsorção óssea) SISTEMA DE RETENÇÃO E ESTABILIZAÇÃO: Responsável pela manutenção da prótese às estruturas de suporte Evita movimentos de luxação das estruturas de suporte Possibilita a função normal do sistema: mastigação, fala, deglutição e sucção com a peça em posição Tem como elementos: Grampos Apoios Conectores maiores Grampos: Mantém a prótese no arco A força retentiva não deve impossibilitar a remoção da peça desejada Servem de apoio para os dente retentores São constituídos de: Braço de retenção: retenção da peça (flexível); Brado de oposição: estabilizar os dentes retentores durante a inserção e remoção da peça (mais rígido); Apoio: dissipa as forças mastigatórias na direção ocluso-apical; Corpo do grampo: une todas as parte do grampo TIPOS DE GRAMPOS Grampos circunferenciais: Retenção: fricção de toda a área do braço de retenção com a superfície dentária vestibular ou lingual; Grampo de ação de ponta: Retenção: fricção da ponta do braço de retenção sobre uma região pontual da superfície dentária; Segundo a função: Retenção direta: localizados diretamente ao lado do espaço protético Retenção indireta: localizados distante do espaço protético Oposição: estabelece o princípio de reciprocidade Retenção indireta ativa: Neutraliza as forças no sentido vertical aplicadas sobre a prótese = deslocamento da peça por remoção. Proporcionada por: Grampos indiretos Conectores menores Retenção indireta passiva: Neutraliza forças no sentido horizontal Impede o movimento de fulcro da prótese = rotação da peça (nos movimentos de lateralidade) Proporcionada por: Grampos retentores indiretos LINHA DE FULCRO E POSICIONAMENTO DOS RETENTORES INDIRETROS Linha de fulcro: Linha imaginária Passa pelos retentores diretos do espaço desdentado Em classe II, passa pelo último do dente de uma arco ao retentor direto do outro lado Os grampos indiretos devem estar nos dentes mais distantes da linha imaginária (linha de fulcro) Não deve comprometer a estética da peça protética SISTEMA DE RETENÇÃO E ESTABILIZAÇÃO Apoios: Propiciam estabilidade do assentamento da peça ao arco dentário Transmitem as forças mastigatórias em direção ocluso-apical Barras ou conectores maiores: Responsáveis por unir todos os componentes da prótese em um único corpo Auxiliam na transmissão de forças ao tecido ósseo Auxiliam na estabilidade da prótese TIPOS DE CONECTORES MAIORES SUPERIORES Barras platina simples: Indicação: classe III de Kennedy com espaços protéticos curtos (1 ou 2 elementos) Barra platina dupla: Possui duas barras de união: 1 – posterior – mais espessa e mais estreita 1 – anterior – mais achatada e mais larga Indicação: ausência de dentes anteriores e posteriores (classe IV; classe III, 1; classe I com grampos indiretos anteriores, classe II extensas). Barra platina em forma de “U”: Formato de ferradura Possui propriedades mecânicas ruins (fácil deformação) Atrapalha a posição lingual durante a fala Indicações: presença de tórus e todas as classes Chapeado Palatino: Recobrem completamente a abóbada palatina Proporcionam maior dissipação de forças para a fibromucosa Indicação: classe I e II extensas com poucos remanescentes dentários; dentes remanescentes com comprometimento periodontal. TIPOS DE CONECTORES MAIORES INFERIORES: Barra simples lingual Barra dupla lingual (barra de Kennedy) Chapeado lingual Barra lingual: Forma de ferradura Apresenta espessura mais grossa (evita deformações) Área de secção transversal: meia pêra Deve apresentar-se distante da mucosa (lesionar) Limite superior: limite entre gengiva inserida e gengiva marginal livre Limite inferior: soalho bucal e freio lingual Não deve haver a invasão do soalho bucal e freio lingual Indicações: todas as classes; quando não houver presença de tórus mandibular Barra dupla lingual (barra de Kennedy) Proporciona uma maior estabilidade e reforço à barra simples Composta por: Barra dentária: tangencia as superfícies linguais e incisivos inferiores Barra lingual: distante 2 a 3 mm da gengiva marginal livre. Deve estar afastada 1 a 2mm da gengiva Delineador: faz o delineamento, como se fosse uma estudo da arcada. Indicações: classe I de Kenney; espaço reduzido entre gengiva e soalho bucal; presença de tórus mandibular (pequeno) Contraindicações: dentes com diastemas anteriores. Chapeado Lingual: Modificação da barra lingual Proporciona maior rigidez e estabilidade à peça Recobre toda a região de terço cervical e gengiva inserida Limites: Superior: nível de cíngulo Inferior: 2 a 3 mm do soalho bucal Indicações: classe I e classe II com poucos remanescentes dentários; presença de tórus mandibular (pequeno); freio lingual alto (altura reduzida entre o soalho e dentes); dentes remanescentes com comprometimento periodontal Contraindicações: dentes com diastema anterior
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