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Sistema estomatognático

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Funcionamento do Sistema Estomatognático 
 O sistema mastigatório tem três funções: (1) 
mastigação, (2) deglutição e (3) fala. Existem 
também funções secundárias que ajudam na 
respiração e na expressão de emoções. 
 Mastigação: 
 É definida como o ato de mastigar alimentos. 
Representa o estágio inicial da digestão, quando 
o alimento é quebrado em partículas menores 
para facilitar a deglutição. Utiliza os sentidos do 
paladar, olfato e tato. A mastigação pode ter 
efeito muscular relaxante pela diminuição do 
tônus muscula e da inquietação. É uma função 
complexa, que lança mão não só dos músculos, 
dentes e estruturas de suporte periodontal, mas 
também dos lábio, bochechas, língua, palato e 
glândulas salivares. A mastigação voluntário (o 
indivíduo sabe o que está fazendo) 
 O ciclo mastigatório: 
 É constituída por movimentos de separação e 
oclusão dos dentes da maxila e da mandíbula, de 
forma rítmica e bem controlada. Cada 
movimento de abertura e fechamento da 
mandíbula representa um ciclo mastigatório. 
Pode ser dividido em fase de abertura e fase de 
fechamento. O movimento de fechamento pode 
ser subdividido em fase de esmagamento e fase 
de trituração. A primeira fase de fechamento, 
que prende o alimento entre os dentes, é 
chamada de fase de esmagação. Os dentes estão 
posicionados de uma forma que as cúspides 
vestibulares dos dentes inferiores estão quase 
diretamente sobre as cúspides vestibulares dos 
dentes superiores, do lado para o qual a 
mandíbula foi deslocada. Com o fechamento da 
mandíbula o bolo alimentar é preso entre os 
dentes. Isto inicia a fase de trituração, nessa fase 
a superfície de oclusão dos dentes volta para a 
´posição de intercuspidação, a cúspides dos 
dentes si cruzem, permitindo o corte e a 
trituração do bolo alimentar. Durante o corte a 
mandíbula de move para frente a uma distância 
razoável, dependendo do alinhamento e 
posicionamento dos incisivos opostos. Nos 
estágios finais da mastigação, os esmagamento 
do bolo alimentar é concentrado nos dentes 
posteriores e muito pouco movimento anterior 
ocorre; ainda assim, mesmo durante as últimas 
fases da mastigação, a fase de abertura é anterior 
à fase de fechamento. 
 Quando o alimento é inicialmente introduzido 
na boca, a quantidade de movimento lateral é 
grande; diminui, então à medida que o alimento 
é quebrado. A quantidade de movimento lateral 
também varia de acordo com a consistência do 
alimento. Quanto mais duro o alimento, mais 
lateral é o movimento de fechamento. A dureza 
também tem efeito sobre o número de 
movimentos mastigatórios necessários antes que 
a deglutição seja iniciada. 
 Apesar de a mastigação ocorrer bilateralmente, 
cerca de 78% dos indivíduos possuem um lado 
preferencial, onde a maioria da mastigação 
ocorre. Sendo este o lado com maior número de 
contato dentários durante o deslizamento lateral. 
 Movimentos dentários: 
 Dois tipos de contatos foram identificados: 
deslizamento, que ocorre quando as vertentes 
das cúspides se cruzam durante a fase de 
abertura e trituração da mastigação, e 
único/simples, que se dá na posição de máxima 
intercuspidação. 
 Forças da Mastigação: 
 A força aplicada aos dentes varia de indivíduo 
para indivíduo. Os homens podem morder com 
mais força que as mulheres. A mordida das 
mulheres varia entre 35,8kg a 44,9kg, enquanto 
a variação da carga de mordida dos homens é de 
53,6kg a 64,4kg. 
 A forma aplicada a uma molar é geralmente 
várias vezes maior que aquela que possa ser 
aplicada em um incisivo. 
 Papel dos tecidos moles na mastigação: 
 Quando o alimento é introduzido na boca, os 
lábios guiam e controlam a ingestão ao mentos 
tempo, selando a cavidade oral. Os lábios são de 
grande importância quando realiza a introdução 
de um liquido. A língua desempenha um papel 
importante não apenas no paladar (papilas 
gustativas), mas também no movimento do 
alimento dentro da cavidade oral para uma 
mastigação suficiente. A língua inicia o 
processo de rompimento, pressionando-o contra 
o palato duro. Em seguida, empurra o alimento 
para as superfícies oclusais dos dentes, onde 
podem ser esmagados durante o movimento de 
mastigação. Além disso, é eficaz na divisão de 
porções que estão prontas para serem engolidas 
e as que necessitam de mais mastigação. Ao 
final a língua ainda varre os dentes para remover 
qualquer resíduo de alimento aprisionado na 
cavidade oral. 
 Deglutição: 
 Constitui uma série de contrações musculares 
coordenadas que movimentam um bolo 
alimentar da cavidade oral, através do esôfago, 
para o estômago. 
 Possui atividade muscular reflexa, voluntária e 
involuntária. 
 A decisão de engolir depende de diversos 
fatores: o grau de consistência do alimento, a 
intensidade do saber e o grau de lubrificação do 
bolo. 
 Durante a deglutição os lábios estão fechados, 
vedando a cavidade oral. Os dentes são levados 
para sua posição máxima de intercuspidação, 
assim estabilizando a mandíbula. 
 A estabilização da mandíbula é uma parte 
importante da deglutição. Esta deve estar fixa 
para que a contração do supra-hióideo e infra-
hióideo possa controlar adequadamente o 
movimento do osso hióide, necessário para a 
deglutição. 
 No adulto, a deglutição normal que utiliza os 
dentes para estabilizar a mandíbula é chamada 
de deglutição somática. Quando os dentes não 
estão presentes, como na criança, a mandíbula 
deve ser fixada por outros meios. Na deglutição 
infantil, ou deglutição visceral, a mandíbula é 
apoiada pela colocação da língua para frente e 
entre as arcadas dentárias ou rodetes gengivais. 
Esse tipo de deglutição ocorre até a erupção dos 
dentes posteriores. Quando a deglutição infantil 
é prolongada pode resultar em vestibularização 
dos dentes anteriores devido ao potente músculo 
da língua. Isso pode se apresentar clinicamente 
como uma mordida aberta anterior. 
 Primeiro estágio: 
 Voluntário e começa com uma separação 
seletiva do alimento mastigado em uma massa 
ou bolo (realizada pela língua). O bolo é 
colocado na língua e pressionado contra o palato 
duro. A ponta da língua repousa no palato duro, 
logo atrás dos dentes incisivos. Os lábio são 
selados e os dentes se juntam. A presença do 
bolo na mucosa do palato inicia uma onde 
reflexa de contração na língua que pressiona o 
bolo para trás. À medida que o bolo atinge a 
parte posterior da língua, ele é transferido para a 
faringe. 
 Segundo estágio: 
 Uma vez que o bolo atinge a faringe, uma onda 
peristáltica causada pela contração dos 
músculos constritores da faringe o carrega até o 
esôfago. O pato mole sobre para tocar a parede 
posterior da faringe selando as passagens nasais. 
A epiglote bloqueia as vias respiratórias da 
faringe para a traqueia e mantém o alimento no 
esôfago. Estima-se que o primeiro e o segundo 
estágios, juntos, duram cerca de segundo. 
 Terceiro estágio: 
 Consiste na passagem do bolo através do 
comprimento do esôfago para dentro estômago. 
Ondas peristálticas levam de seis a sete segundo 
para transportar o bolo pelo esôfago. Na porção 
superior do esôfago, os músculos são 
principalmente voluntários e podem ser 
utilizados para retornar o alimento a baco, 
quando necessário para uma mais completa 
mastigação. Na porção inferior, os músculos são 
inteiramente involuntários. 
 
 
 Fala: 
 Uma vez que o tom é alcançado, a forma precisa 
assumida pela boca determina a ressonância e 
articulação exata do som. 
 Articulação do som: 
 Pela variação das relações entre os lábio e a 
língua no palato e dentes, pode-se produzir uma 
variedades de sons. 
 Importantes sons formados pelos lábios são as 
letras “M”, “B” e “P”. Ao emitir esses sons, os 
lábios se juntam e se tocam. Os dentes são 
importantes para o som do “S”. As bordas 
incisais dos incisivos superiores e inferiores seaproximas, mas não se tocam. O ar é passado 
entre os dentes e o som de “S” é produzido. A 
língua e o palato são especialmente importantes 
na formação do som de “D”. A ponta da língua 
se eleva para tocar no palato diretamente atrás 
dos incisivos. 
 Muitos sons são formados por meio de uma 
combinação dessas estruturas anatômicas. Por 
exemplo: a língua tocas os incisivos superiores 
para formar o som de “T”. O lábio inferior toca 
as bordas incisais dos dentes superiores para 
formar som de “F” e “V”. Para os sons como o 
“K” e o “G” a porção posterior da língua se eleva 
para tocar o palato mole. 
 
 
 OS MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO: 
 A musculatura da mastigação é composta por 
quatro pares: masseter, temporal, pterigoideo 
medial e pterigoideo lateral. 
 
 Masseter: 
 Músculo retangular que se origina do arco 
zigomático e se estende para baixo até o aspecto 
lateral da borda inferior do ramo da mandíbula. 
Sua inserção na mandíbula se estende da região 
do segundo molar, na borda inferior, 
posteriormente, até incluir o ângulo. É composto 
por duas porções: superficial consiste em fibras 
que correm para baixo e ligeiramente para trás; 
a porção profunda consiste em fibras que correm 
num direção predominantemente vertical. 
 Quando as fibras do masseter se contraem, a 
mandíbula é elevada e os dente entra em 
contato. É um músculo que proporciona a força 
necessária para uma mastigação eficiente. Sua 
porção superficial também auxilia na protrusão 
da mandíbula. Quando a mandíbula é protruída 
e a força da mastigação é aplicada, as fibras da 
porção profunda estabilizam o côndilo contra a 
eminência articular. 
 
 Temporal: 
 É um músculo grande, em forma de leque, que 
se origina da fossa temporal e da superfície 
lateral do crânio. 
 Ele pode ser dividido em três áreas distintas, de 
acordo com a direção das fibras e função 
primordial. 
 A porção anterior consiste em fibras que correm 
obliquamente através do aspecto lateral do 
crânio (um pouco para frente, quando se dirigem 
para baixo). A porção posterior é composta 
fibras alinhadas quase horizontalmente, vindo 
para frente, sobre a orelha, para se juntarem as 
outras fibras temporais quando passam sob o 
arco zigomático. 
 Quando se contrai, ele eleva a mandíbula e os 
dentes entram em contato. Se somente uma 
porção se contrair, a mandíbula se move com a 
direção das fibras que são ativadas. Quando a 
porção anterior se contrai, a mandíbula se eleva 
verticalmente. A contração da porção média irá 
elevar e retruir a mandíbula. O funcionamento 
da porção posterior é um tanto controverso. 
Apesar de parecer que a contração dessa porção 
irá retrair a mandíbula. 
 Como a angulação de suas fibras varia, o 
temporal é capaz de coordenar os movimento de 
fechamento. Dessa forma, ele é um importante 
músculo posicionador da mandíbula. 
 
 Pterigoideo medial: 
 Se origina da fossa pterigoidea e se estende para 
baixo, para trás e para fora, para se inserir ao 
longo da superfície medial do ângulo 
mandibular. Ele forma juntamente como 
masseter, um suspensório muscular que suporta 
a mandíbula na altura do ângulo mandibular. 
Quando suas fibras se contraem, a mandíbula é 
elevada e os dente entram com contato. Também 
é ativo na protrusão mandibular. A contração 
unilateral produzirá um movimento 
mediotrusivo (lateralidade) da mandíbula. 
 
 Pterigoideo Lateral: 
 Possui duas porções ou ventres distintos: um 
inferior e outro superior. Apresentam funções 
diferentes. 
 Pterigoideo lateral inferior: 
 Se origina na superfície extrema da lâmina 
pterigoidea lateral e se estende para trás, para 
cima e para forma, até sua inserção 
primariamente no colo do côndilo (cabeça da 
mandíbula). Quando o esquerdo e o direito se 
contraem, os côndilos são puxados para frete e 
para baixo nas eminências articulares e 
mandíbula é protruída. A contração unilateral 
cria um movimento mediotrusivo dos côndilos e 
causa um movimento lateral da mandíbula para 
o lado oposto. No momento em que o 
pterigoideo lateral inferior atua juntamente com 
os depressores mandibulares, a mandíbula é 
abaixada e os côndilos deslizam para frente e 
para baixo nas eminências articulares. 
 Pterigoideo lateral superior: 
 É menor que o inferior e se origina na superfície 
infratemporal da asa maior do esfenoide, 
estendendo-se quase horizontalmente, para trás 
e para fora, para se inserir na cápsula articular, 
no disco e no colo do côndilo. 
 Enquanto o lateral inferior fica ativo durante a 
abertura, o pterigoideo lateral superior 
permanece inativo, tornando-se ativo somente 
em conjunto com os músculos elevadores. 
Sendo ativo especialmente quando há forma de 
resistência e quando os dentes são mantidos 
juntos. O termo força de resistência refere-se 
aos movimentos que envolvem o fechamento da 
mandíbula com resistência, como na mastigação 
ou ao se cerrarem os dente. 
 
 Digástrico: 
 Embora não seja considerado um músculo da 
mastigação, ele exerce uma importante 
influência na função da mandíbula. É divido em 
porções ou ventre. O ventre posterior se origina 
na incisura mastoidea, justamente medial ao 
processo mastoide; suas fibras correm para 
frente, para baixo e para dentro, até o tensão 
intermediário inserido no osso hioide. O ventre 
anterior se origina em uma fossa na superfície 
lingual da mandíbula, bem acima da borda 
inferior e próximo à linha média; suas fibras se 
estendem para baixo e para trás para se 
inserirem no mesmo tendão intermediário, como 
faz o ventre posterior. 
 Quando os digástricos direito e esquerdo se 
contraem e o osso hioide é fixado pelos 
músculos supra-hioideos e infra-hioidees, a 
mandíbula é abaixada e puxada para trás e os 
dentes são desocluidos. Quando a mandíbula é 
estabilizada, os músculos digástricos, 
juntamente com os músculos supra-hioideos e 
infra-hioideos, elevam o osso hioide, o que é um 
procedimento necessário para a deglutição. 
 É um musculo depressor da mandíbula e que 
elevam o osso hioide. 
 
 
 ARTICULAÇÃO 
TEMPORAMANDIBULAR 
 Área onde a mandíbula se articula com o osso 
temporal do crânio é chamado de ATM. Ela 
proporciona um movimento de dobradiça em 
um plano e, dessa forma, pode ser considerada 
uma articulação ginglimoidal. Ela pode 
proporcionar movimentos de deslizamento, o 
que a classifica como uma articulação 
artrodial. Portanto, tecnicamente, pode ser tida 
como uma articulação ginglimoartrodial. 
 É formada pelo côndilo e pela fossa mandibular 
do osso temporal da articulação direta (fossa 
articular). 
 ATM é classificada como uma articulação 
composta. Sendo esses, côndilo, fossa 
mandibular e disco articular (age como osso não 
calcificado, o que permite movimentos 
complexos da articulação). 
 O disco articular é composto por tecido 
conjuntivo fibroso denso, na maior parte 
desprovido de vasos sanguíneos e fibras 
nervosas. A periferia extrema do disco, 
entretanto, é ligeiramente inervada. No plano 
sagital pode ser divido em três regiões, de 
acordo com sua espessura. A área central é mais 
fina e denominada zona intermediária. Vai se 
tornar mais espesso a partir da zona 
intermediária para anterior e posterior. A borda 
posterior é um pouco mais espessa que a borda 
anterior. 
 Na articulação normal, a superfície articular do 
côndilo está localizada na zona intermediária, 
circundada pelas regiões anteriores e posteriores 
mais espessas. 
 Durante os movimento, o disco é, de certa 
forma, flexível e pode se adaptar às demandas 
funcionais das superfícies articulares. O disco 
mantém a sua morfologia, a menos que forças 
destrutivas ou alterações estruturais ocorram na 
articulação. Casos ocorra alterações a 
morfologia do disco poderá ser 
irreversivelmente modificada, produzindo 
mudanças biomecâncias durante a função. 
 O discoestá posteriormente inserido em uma 
região de tecido conjuntivo frouxo, altamente 
vascularizado e inervada. Esse tecido é 
conhecido como tecido retrodiscal ou ligamento 
posterior. Superiormente, ele é delimitado por 
uma lâmina de tecido conjuntivo que contém 
muitas fibras elásticas, a lâmina restrodical 
superior. A parte remanescente do tecido 
retrodiscal está ligada posteriormente a um 
grande plexo venoso, que se enche de sangue 
quando o côndilo se move para frente. 
 O disco articular se insere no ligamento capsular 
não somente anteriormente e posteriormente, 
mas também medial e lateralmente. Isto devido 
a articulação entre as duas cavidades distintas. A 
cavidade de cima ou superior é delimitada pela 
fossa mandibular e pela superfície inferior do 
disco. As superfícies internas das cavidades 
estão rodeadas por células endoteliais especiais 
que forma o revestimento sinovial. ATM é 
referida como uma articulação sinovial. 
 O liquido sinovial possui duas finalidades. Uma 
vez que as superfícies articulares não possuem 
vascularização, ele age como um meio para 
promover as necessidades metabólicas para 
esses tecidos. Além disso, atua como um 
lubrificante entre as superfícies articulares 
durante a função. Possibilitando a diminuição 
do atrito entre as estruturas. Essa lubrificação 
ocorre por meio de dois mecanismos. O 
primeiro é chamado de lubrificação divisória, 
que ocorre quando a articulação se move e o 
liquido sinovial é forçado de uma área da 
cavidade para outra. O líquido localizado nas 
regiões da margem é forçado contra a superfície 
articular, possibilitando, assim, a lubrificação. 
Ela evita fricção no movimento articular e é o 
principal mecanismo de lubrificação da 
articulação. 
 O segundo mecanismo de lubrificação é 
conhecido como lubrificação exsudativa. 
Refere-se a capacidade de as superfícies 
articulares absorverem uma pequena quantidade 
de líquido sinovial. As forças da articulação 
empurram uma pequena quantidade de liquido 
sinovial para dentro e para fora dos tecidos 
articulares. 
 
 TR: tecidos retrodiscais; LRS: lâmina 
retrodiscal superior (elástica); LRI: lâmina 
restrodiscal inferior (colagenosa); LCA: 
ligamento capsular anterior (colagenoso); PLS: 
músculo pterigoideo lateral superior; PLI: 
músculo pterigoideo lateral inferior; SA: 
superfície articular; CS: cavidade articular 
superior: CI: cavidade articular inferior. 
 Inervação da articulação temporomandibular: 
 Como toda articulação a ATM é inervada pelo 
mesmo nervo que fornece inervação motora e 
sensitiva aos que a controlam (nervo trigêmeo). 
Ramos do nervo mandibular fornecem a 
inervação aferente. Sendo a maior parte pelo 
nervo auriculotemporal, assim que ele deixa o 
nervo mandibular atrás da articulação e ascende 
lateral e superior, contornando a região posterior 
da articulação. Uma inervação adicional é 
propiciada pelos nervos temporais profundo e 
massetérico. 
 Vascularização da ATM: 
 Os vasos predominantes são a artéria temporal 
superficial para a porção posterior, a artéria 
meníngea média para porção anterior e a artéria 
maxilar interna para a porção inferior. Outras 
artérias importantes são a auricular profunda, a 
timpânica anterior e a faríngea ascendente. O 
côndilo recebe seu suprimento vascular, através 
de seus espaços medulares, por meio da artéria 
alveolar inferior e também por “vasos 
alimentadores”, que entram diretamente na 
cabeça do côndilo, tanto anterior quanto 
posteriormente, a parte de vasos mais largos. 
 
 
 OS LIGAMENTOS: 
 Papel de proteção das estruturas. 
 São construídos por fibras colágenas de tecido 
conjuntivo. Eles não se esticam. No entanto, se 
forças exacerbadas forem aplicadas ao 
ligamento, ou inesperadamente, ou por um 
período de tempo prolongado, o ligamento pode 
ser alongado. Quando isso ocorre, a função do 
ligamento fica comprometida, alterando, desse 
modo, a função articular. 
 Não atuam ativamente na função de articulação, 
mas, ao invés disso, agem passivamente como 
agente restringente para limitar ou restringir 
movimentos limítrofes. 
 Três ligamentos funcionais sustentam a ATM: 1 
– ligamentos colaterais, 2 – ligamento capsular 
e 3 – ligamento temporomandibular (LTM). 
Existem dois ligamentos acessórios: 4 – 
esfenomandibular e 5 – estilomandibular. 
 
 Os ligamentos colaterais (discais): 
 Eles prendem as bordas medial e lateral do disco 
articular aos polos do côndilo. São comumente 
chamados de ligamentos discais e existem dois 
deles. O ligamento discal medial prende a 
extremidade medial do disco ao polo medial do 
côndilo. Já o ligamento discal lateral prende a 
extremidade latera do disco ao polo lateral do 
côndilo. 
 Esses ligamentos são responsáveis por dividir a 
articulação mediolateralmente em cavidades 
articulares superior e inferior. 
 São ligamento verdadeiros, compostos por 
fibras de tecido conjuntivo colagenoso; 
portanto, eles não se esticam. Eles atuam 
restringindo o movimento do disco para fora do 
côndilo. Permitem que o disco se mova 
passivamente como o côndilo quando este 
desliza anterior ou posteriormente. 
 As inserções dos ligamentos discais permitem 
que o disco seja rotacionado anterior e 
posteriormente sobre a superfície articular do 
côndilo. 
 Dessa forma, estes ligamentos são responsáveis 
pelo movimento de dobradiça da ATM, que 
corre entre o côndilo e o disco articular. 
 Possuem suprimento vascular e são inervados. 
A inervação proporciona informação sobre a 
posição e movimento da articulação. O esforço 
sobre esses ligamentos causa dor. 
 
 Ligamento capsular: 
 A ATM é circundada e envolvida pelo 
ligamento capsular. As fibras estão inseridas 
superiormente ao osso temporal, ao longo das 
bordas das superfícies articulares da fossa 
mandibular e eminência articular. 
Inferiormente, as fibras do ligamento capsular se 
inserem no colo do côndilo. 
 Age para resistir a qualquer força medial, lateral 
ou inferior que tende a separar ou deslocar as 
superfícies articulares. 
 Uma função significativa é envolver a 
articulação, retendo, assim o liquido sinovial. 
 É bem inervado e proporciona estímulo 
proprioceptivo sobre a posição e o movimento a 
articulação. 
 
 Ligamento temporomandibular: 
 É composto por duas partes: uma porção externa 
oblíqua e uma porção interna horizontal. 
 A porção externa se estende da superfície 
externa do tubérculo articular e do processo 
zigomático, posterior e inferiormente, até a 
superfície externa do colo do côndilo. Já a 
porção interna horizontal se estende da 
superfície externa do tubérculo articular e 
processo zigomático, posterior e 
horizontalmente, até o polo lateral do côndilo e 
parte posterior do disco articular. 
 
 A sua porção obliqua impede a queda excessiva 
do côndilo, limitando, portanto, a extensão de 
abertura da boca. Essa porção influência o 
movimento de abertura normal da mandíbula. 
Durante a fase inicial de abertura, o côndilo 
pode girar ao redor de um ponto fixo até o 
ligamento se tornar rígido. Quando o ligamento 
está esticado, o colo do côndilo não pode mais 
girar. Caso o indivíduo tenda a abrir a boca mais 
que o necessário pode ocasionar estiramento do 
ligamento TM. 
 A porção interna horizontal do ligamento TM 
limita o movimento posterior do côndilo e do 
disco. Quando uma força aplicada à mandíbula 
desloca o côndilo posteriormente, essa porção 
do ligamento torna-se rígida e impede o côndilo 
de se movimentar para dentro da região 
posterior da fossa mandibular. 
 Por tanto, o ligamento TM protege os tecidos 
retrodiscais do trauma causado pelo 
deslocamento posterior do côndilo. 
 A porção interna também protege o músculo 
pterigoideo lateral de estiramento ou distensão. 
 A efetividade desse ligamento é demonstrada 
durante casos de traumaextremo à mandíbula. 
Nesses casos, o colo do côndilo sofrerá fratura 
antes que os tecidos retrodiscais sejam rompidos 
ou que o côndilo entre na fossa craniana média. 
 
 Efeito da porção obliqua externa do ligamento TM. À 
medida que a boca se abre, os dentes pode ser separados 
cerca de 20 a 25 mm (de A para B) sem que os côndilos 
se desloquem a partir das fossas. Em B, os ligamentos TM 
ficam completamente estendidos. Quando a boca de abre 
ainda mais, eles forçam o côndilo a se mover para baixo e 
para frente, fora da fossa. Isto cria um segundo arco de 
abertura (de B para C). 
 Ligamento esfenomandibular: 
 É um dos ligamentos acessórios da ATM. Ele 
parte da espinha do osso esfenoide e estende-se 
para baixo, até uma pequena proeminência óssea 
na superfície medial do ramo da mandíbula, 
chamada de língula. Ele não tem qualquer efeito 
limitador significante no movimento 
mandibular. 
 Ligamento estilomandibular: 
 Ligamento acessório. Ele parte do processo 
estiloide e estend-se para baixo e para frente, até 
o ângulo e a borda posterior do ramo 
mandibular. Ele se torna rígido quando a 
mandíbula está protruída, mas fica relaxado 
quando a mandíbula é aberta. Esse ligamento 
portanto, limita o movimento de protrusão 
excessivo da mandíbula. 
 
 
 BIOMECÂNICA DO SISTEMA 
ESTOMATOGNÁTICO: 
 A ATM é uma articulação composta. Sua 
estrutura e função podem ser divididas em dois 
sistemas distintos. 
 1 – o primeiro sistema articular compreende os 
tecidos que envolvem a cavidade sinovial 
inferior (o côndilo e o disco articular). Uma vez 
que o disco esteja firmemente ligado ao côndilo 
pelos ligamentos discais lateral e medial, o 
único movimento fisiológico que pode ocorrer 
entre essas superfícies será a rotação do disco 
na superfície articular do côndilo. O disco e 
sua ligação ao côndilo são chamadas complexo 
côndilo-disco; esse sistema articular é 
responsável pelo movimento de rotação na 
ATM. 
 2 – O segundo sistema é composto pelo 
complexo côndilo-disco que trabalha contra a 
superfície da fossa articular. Uma vez que o 
disco não está firmemente preso à fossa 
articular, o movimento de deslizamento livre é 
possível entre essas superfícies na cavidade 
superior. Esse movimento ocorre quando a 
mandíbula se move para frente chamado de 
translação. A translação ocorre na cavidade 
articular superior, entre a superfície superior do 
disco articular e fossa articular. Dessa forma, o 
disco articular age como um osso não 
calcificado, contribuindo para ambos os 
sistemas articulares; portanto, a função do disco 
justifica a classificação da ATM como uma 
articulação composta verdadeira. 
 
 
 
 Não é correto chamar a o disco da ATM de 
menisco, mas sim de disco articular, pois age 
como uma verdadeira superfície articular. 
 A estabilidade da articulação é mantida pela 
constante atividade dos músculos, 
principalmente os elevadores, que tracionam 
através da articulação. Mesmo no estado de 
repouso, esses músculos estão em um estado de 
contração moderada chamada de tônus. 
 À medida que a atividade muscular aumenta, o 
côndilo é forçado com maior intensidade contra 
o disco e o disco contra a fossa, resultando em 
um aumento da pressão intra-articular. Na 
ausência de pressão intra-articular, as 
superfícies articulares vão se separar e a 
articulação irá, tecnicamente, se deslocar. 
 A largura do espaço do disco articular varia com 
a pressão intra-articular. Quando a pressão é 
baixa, como na posição fechada de repouso, o 
espaço do disco de alarga. Quando a pressão é 
alta, como durante o apertamento dentário, o 
espaço do disco se estreita. 
 À medida que aumenta a pressão intra-articular, 
o côndilo se instala na zona intermediária mais 
fina do disco. Quando a pressão é reduzida e os 
espaço é ampliado, uma porção mais espessa do 
disco é rotacionada para preencher esse espaço. 
Uma vez que as bordas anterior e posterior do 
disco são mais amplas que a zona intermediária, 
tecnicamente o disco poderia rotacionar tanto 
anterior quando posteriormente para cumprir 
essa função. A direção de rotação do disco é 
determinada pelas estruturas que se prendem às 
bordas anteriores e posteriores do disco. 
 Na borda posterior do disco articular estão 
inseridos os tecidos retrodiscais, algumas vezes 
referidos como ligamento posterior. 
 A lâmina retrodiscal superior é composta de 
uma quantidade variada de tecido conjuntivo 
elástico. Uma vez que esse tecido possui 
propriedades elásticas e já que ele se apresenta 
de algum modo dobrado sobre si mesmo na 
posição de boca fechada, o côndilo pode se 
mover facilmente para fora da fossa, sem 
danificar a lâmina retrodiscal superior. Quando 
a boca está fechada, a tração elástica no disco é 
mínima ou nenhuma. No entanto, durante a 
abertura da mandíbula, quando o côndilo é 
puxado para frente e para baixo da eminência 
articular, a lâmina restrodisca superior torna-se 
cada mais esticada, gerando forças mais intensas 
para retrair o disco. 
 Quando a mandíbula se movimenta para uma 
posição totalmente para frente e durante o seu 
retorno, a força de retração da lâmina 
restrodiscal superior segura o disco em uma 
rotação tão posterior no côndilo quanto a largura 
do espaço do disco permitir. 
 A lâmina superior é a única estrutura capaz de 
retrair o disco posteriormente no côndilo, 
embora essa força de retração esteja presente 
somente durante movimentos de grande 
abertura. 
 Inserido na borda anterior do disco articular está 
o músculo PLS. Quando fica ativo, as fibras 
inseridas ao disco o tracionam anterior e 
medialmente. Por tanto, o PLS é tecnicamente 
um protrusor do disco. No entanto esse músculo 
também está ligado ao colo do côndilo. Esta 
inserção dual não permite que o músculo 
tracione o disco para o espaço distal. Quando o 
PLI está protruindo o côndilo para frente, o PLS 
está inativo e, por consequência, não carrega o 
disco para frente com o côndilo. O PLS é 
ativado somente em conjunto com a atividade 
dos músculo elevadores durante o fechamento 
mandibular ou durante um golpe de força. 
 Os ligamentos não participam ativamente da 
função articular normal; eles apenas restringem 
passivamente movimentos limítrofes externos. 
O mecanismo pelo qual o disco é mantido com 
o côndilo durante a translação depene da 
morfologia do disco e da pressão intra-articular. 
Na presença de um disso articular com forma 
normal, a superfície articular do côndilo se 
mantém na zona intermediária, entre as duas 
porções mais grossas À medida que a pressão 
intra-articular é aumentada, o espaço do disco se 
estreita, o que intensifica o assentamento do 
côndilo na zona intermediária. 
 Durante a translação, a combinação da 
morfologia do disco com a pressão intra-
articular mantém o côndilo na zona 
intermediária e o disco é forçado a transladar 
para frente com o côndilo. Uma morfologia 
apropriada, somada à pressão intra-articular, 
resulta em um importante recurso de 
autoposicionamento do disco. Quando a 
morfologia do disco tiver sido muito alterada é 
que a inserção de ligamentos do disco irá afetar 
o funcionamento do conjunto. Quando isso 
corre, começa os sinais de disfunção. 
 No repouso, com a boca fechada, o côndilo 
estará em posição de contato com as zonas 
intermediária e posterior do disco. 
 Quando o côndilo se movimenta o suficiente 
para frente para causar um força de retração da 
lâmina retrodiscal superior maior que a força do 
tônus muscular do PLS, o disco é rotacionado 
posteriormente na extensão permitida pela 
largura do espaço do disco articular. Quando o 
côndilo voltar para a posição articular fechada 
em repouso, novamente o tônus do PLS irá se 
tornar a força predominante e o disco será 
reposicionado para frente, tanto quanto o espaço 
do disco permitir. 
 Quando mordemosuma substância dura de um 
lado, as ATMs não recebem igualmente a 
mesma carga. Isto ocorre porque a força de 
fechamento não é aplicada sobre a articulação, 
mas sim sobre o alimento. A mandíbula é 
apoiada ao redor do alimento duro, o que leva a 
um aumento da pressão intra-articular na 
articulação ipsilateral do mesmo lado. Isso pode 
levar à separação das superfícies articulares, 
resultando num deslocamento da articulação 
ipsilateral. Para evitar tal deslocamento, o 
músculo PLS se torna ativo quando há força de 
resistência, rotacionando o disco para frente 
sobre o côndilo, de maneira que a borda 
posterior mais espessa do disco mantenha o 
contato articular. Dessa forma, a estabilidade 
articular é mantida durante o golpe de força da 
mastigação. 
 A medida que os dentes atravessam o alimento 
e se aproximam da intercuspidação, a pressão 
intra-articular é aumentada. À medida que a 
pressão intra-articular aumenta, o espaço do 
disco diminui e este é mecanicamente 
rotacionado em sua posição posterior; assim, a 
zona intermediária mais fina preenche o espaço. 
Quando a força de fechamento é interrompida, a 
posição articular fechada em repouso é 
reassumida. 
 O funcionamento biomecânico normal da ATM 
deve seguir os princípios ortopédicos 
apresentados. 
 1 – os ligamentos não participam ativamente do 
funcionamento normal da ATM. Eles agem 
como conectores-guia, restringindo certos 
movimentos articulares, enquanto permitem 
outros. Eles restringem os movimentos 
articulares tanto mecanicamente quanto pela 
atividade de reflexo neuromuscular. 
 2 – Os ligamentos não se esticam. Se for 
aplicada força de tração, eles poderão se 
alongar, aumentando, assim, a sua extensão. (A 
capacidade de esticar implica, por extensão, a 
capacidade de retornar ao tamanho original). 
Uma vez que os ligamentos tiverem sido 
alongados, a função articular normal ficará 
muitas vezes comprometida. 
 3 – As superfícies articulares das ATMs devem 
ser mantidas em contato constante. Esse contato 
é produzido pelos músculos que tracionam 
através das articulações (os elevadores: 
temporal, masseter e pterigoideo medial). 


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