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Mutações cromossômicas

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Camila Blumetti – MEDFACS/2º Semestre 2019.1 
 
 
RESUMINHO AULA 3 – PB II 
As mutações cromossômicas são mutações, como o próprio nome diz, associada ao cromossomo, 
representadas por alterações na estrutura ou pelo número. As mutações numéricas são subdivididas em Euploidias 
ou Aneuploidias. 
As anomalias numéricas do tipo euploidias, ocorrem quando temos um cariótipo e o lote inteiro é atingido. 
Ao invés de termos uma célula 2n, temos 3n, 4n... Os casos de triploidia, tetraploidia, são os casos de abortos no 
primeiro trimestre gestacional. 
Já as anomalias do tipo aneuploidias, corresponde a um defeito em um ou, no máximo, dois pares de 
cromossomos. As aneuploidias pode se dividir em: nulissomia (2n-2), significa que foi perdido um par cromossômico 
inteiro, esse caso é letal e não consegue acontecer nem mesmo pós concepção, monossomia (2n-1), que é quando 
temos um cromossomo a menos no cariótipo, isto é, ao invés de ter dois cromossomos, só teremos 1. Na espécie 
humana temos a Monossomia do X, Síndrome de Turner, onde se tem apenas um único cromossomo X (44 + X). E por 
fim, temos também a trissomia (2n+1), que é mais compatível com a vida. 
Essas mutações podem ocorrer por diversos fatores, seja por agentes (químicos, físicos, biológicos) ou por 
forma espontânea e, até mesmo fatores ainda não identificados. Temos também alguns eventos que fazem com que 
cromossomopatias existam, que é pode ser através de uma não disjunção, ou seja, uma divisão celular errada ou uma 
perda anafásica, por exemplo. 
As heranças das alterações cromossômicas podem ser em dois padrões: Herança universal, quando se está 
presente em todas as células, ou uma herança mosaico, quando há células alteradas e células normais, sendo que, o 
que vai medir as alterações fenotípicas e clínicas é a quantidade de células alteradas. 
Temos os seguintes casos de Aneuploidia: 
• Síndrome de Down – Trissomia do 21 (Aneuploidia cromossômica mais comum em 
nativivos) 
Teremos três bases genéticas para a manifestação da Síndrome de Down: 
1- Trissomia livre do cromossomo 21 (47, XY/XX + 21), esse caso é o que vai expressar 
todas as características de um Down Clássico: baixa estatura, orelhas de implantação baixa, presença 
da linha simiesca nas duas mãos, deficiência mental, nariz e boca curtos, língua protusa ou saliente, 
impressões digitais específicas e podem apresentar malformações cardíacas. 
Classificação: Mutação Cromossômica Numérica por Aneuploidia/ Expressão: 47, XX ou XY 
+ 21/ Diagnóstico: Síndrome de Down 
 
2- Down de herança por mosaicismo, esse caso é aquele tipo de herança que irá 
apresentar tanto células normais, quanto células anormais, são as mesmas características do Down 
Clássico, porém de maneira mais suave. O seu cariótipo irá apresentar duas linhagens celulares, uma 
linhagem alterada e uma outra que apresentará o cariótipo normal (ex: 47, XX +21 e 46, XX). 
 
3- Pseudo-trissomia do 21, é o caso da translocação do cromossomo 14 com o 21. 
 
Camila Blumetti – MEDFACS/2º Semestre 2019.1 
 
 
 
• Síndrome de Edwards – Trissomia do 18 (2ª Aneuploidia mais comum em nativivos) – 
47, XY/XX + 18 
Somente 5% das concepções chegam ao final e as crianças não apresentam tanta expectativa de 
vida depois que nascem. Apresentam um retardo mental mais acentuado quando comparado á Síndrome 
de Down. Apresenta malformações dos membros, queixo para dentro, esterno curto, cabeça pequena, 
inchaço abdominal, calcanhar proeminente, pé plano, pés em mata-borrão, olhos bem puxados, baixa 
implantação da orelha, malformações cardíacas (se torna mais intenso) ... E uma característica que justifica 
a alta taxa de mortalidade nos primeiros anos de vida, assim como os 95% dos abordos espontâneos, é o 
fato dos órgãos viscerais, ás vezes, nascerem acoplados, apresentando fígado, rim e baço em uma única 
estrutura, justificando o inchaço abdominal. 
Essa alteração é possível ser descoberta em diagnóstico pré-natal, pelos marcados de USG. No 
Brasil, não é possível optar pela interrupção da gravidez, mesmo sabendo que a taxa de sobrevivência é 
muito pequena e, que essa gestação, provavelmente, não chegará ao final. 
Classificação: Mutação Cromossômica Numérica por Aneuploidia/ Expressão: 47, XX ou XY +18/ 
Diagnóstico: Síndrome de Edwards 
• Síndrome de Patau – Trissomia do 13 (3ª Aneuploidia mais comum em nativivos) – 47, 
XX/XY + 13 
É ainda mais grave no ponto de vista da expectativa de vida, apenas 2% das concepções chegam ao fim e as 
crianças apresentam uma rara sobrevida no 1º ano. É considerada uma síndrome grave e letal. Apresenta 
malformações intensas do SNC, além fenda labial, malformações dos membros superiores e inferiores, da região 
urogenital, inchaço abdominal pelo mesmo motivo da Síndrome de Edwards, baixa implantação da orelha, 
malformações cardíacas e um quadro que se assemelha com uma malformação congênita, a Holoprosencefalia. 
Classificação: Mutação Cromossômica Numérica por Aneuploidia/ Expressão: 47, XX ou XY + 13/ 
Diagnóstico: Síndrome de Patau 
➔ Observe que baixa implantação da orelha, olhos puxados, malformações cardíacas, 
retardo mental são quadros sindrômicos das trissomias. 
Já as mutações estruturais são alterações que costumam ocorrer mais na prófase I: momento em que os 
cromossomos estão se descompactando e pode acabar existindo fragmentos de cromossomos quebrados e esses 
fragmentos não se reorganizam mais, podendo gerar essas alterações estruturais. 
As alterações cromossômicas estruturais podem ser por: 
1- Deleção: um determinado segmento do cromossomo foi deletado. A clínica depende do 
segmento deletado. A deleção pode ser terminal (segmento distal, havendo apenas 1 quebra 
cromossômica) ou intersticial (segmento intermediário, havendo 2 quebras cromossômicas). Na 
espécie humanas temos dois casos mais conhecidos: Paciente portador de deleção do braço curto do 
cromossomo 4, não há nome para essa doença, ou seja, há apenas classificação (Mutação 
Cromossômica Estrutural Deletiva) e Expressão (46 XX ou XY – 4p), não possui uma simetria facial, 
Camila Blumetti – MEDFACS/2º Semestre 2019.1 
 
 
apresentando face típica descrita como nariz em “elmo” e telecanto. Temos também a Síndrome de 
Chi Du Chat (ou do Miado do Gato), corresponde a deleção do braço curto do cromossomo 5, podem 
apresentar retardo mental, mas não sendo obrigatório. Apresentam microcefalia, olhos amendoados 
e hipertelorismo (afastamento dos olhos). Classificação: Mutação Cromossômica Estrutural Deletiva/ 
Expressão: 46, XX ou XY – 5p/ Diagnóstico: Síndrome de Chi Du Chat. 
Além dessas deleções, temos também as microdeleções, que é uma deleção bem pequena que pode 
acontecer em um par de cromossomo. Temos a microdeleção do par 15, se houve uma microdeleção do cromossomo 
15 que veio do pai, teremos uma microdeleção no cromossomo paterno, que terá uma expressão fenotípica diferente 
de uma microdelação do cromossomo materno. Isso é o que chamamos de imprinting genético, ou seja, os pares 
cromossômicos, os homólogos, sofrem processos mutacionais e cada um vai refletir, a nível fenotípico, de forma 
diferente. (Para saber de onde está vindo a microdelação (origem), se utiliza o método SKY). 
• Microdelação do cromossomo paterno – Síndrome de Prader-Willi: presença de face 
sindrômica, tendência a obesidade, próximo da adolescência apresenta distúrbios hormonais, valores 
muito estranhos de T3, T4, TSH, tendência ao hipotireoidismo e pode apresentar um leve retardo 
mental. Classificação: Mutação Cromossômica Estrutural Deletiva – imprinting genético (para indicar 
que pode ocorrer nos pares homólogos) / Expressão: 15q11-13 (mutação no braço longo do 
cromossomo 15, da banda 11 até a 13)/ Diagnóstico: Síndrome de Pradrer-Willi. 
• Microdelação do cromossomo materno – Síndrome de Agelman: do ponto de vista 
neurológico ela é mais severa que a síndrome de Prader Willi. Fenótipo bem sindrômico,retardo 
mental bem severo, problemas de psicomotricidade, podem ter convulsões, crisos de riso, não falam, 
hipotonia. 
 
2- Duplicação: presença de dois segmentos semelhantes em um mesmo cromossomo. 
Normalmente é menos nociva que a deleção. Exemplo de cariótipo: 46, XX dup (1) (p31-p22). Não 
temos nomes para essas síndromes. 
 
3- Cromossomo em anel: Forma-se quando um cromossomo perde as 2 extremidades e 
volta a se reunir numa estrutura circular. Acontece bastante com usuários de drogas ou com quem 
fuma bastante cigarro. Em alguns casos da Síndrome de Turner o cromossomo também fica assim. 
 
4- Isocromossomos: o braço curto (p) do cromossomo vai ser deletado e o que sobrou vai 
ser duplicado. Na espécie humana temos as seguintes síndromes: 
 
• Síndrome de Pallister-Killian – Mutação Cromossômica Estrutural Isocromossômica: 46 
ou 47 (os dois são aceitos na literatura), XX ou XY + I(12p): alguns artigos tratam como numéricas, 
porém é ESTRUTURAL. O indivíduo apresentará problemas no crescimento, deficiência mental 
profunda com desenvolvimento mínimo da linguagem, surdez, fissuras palpebrais direcionadas para 
cima, hipertelorismo ocular, mãos largas com os dedos curtos, faixas de hiper ou hipopigmentação, 
encurtamento desproporcional de braços e pernas. 
• Síndrome de Cornélia de Lange – Mutação Cromossômica Estrutural Isocromossômica: 
é considerada uma síndrome de causa espontânea e origina a partir de uma mutação do braço longo 
Camila Blumetti – MEDFACS/2º Semestre 2019.1 
 
 
do cromossomo 3 ou do curto do 5 ou X. O indivíduo apresenta baixo peso ao nascer, atraso no 
crescimento e desenvolvimento, mesmos amputados ou parte dos membros, microcefalia, defeitos 
cardíacos, etc. 
 
5- Inversão: Um único cromossomo sofre 2 quebras e é reconstituído com o segmento 
entre as quebras invertido. Pode ser paracêntrica, quando se dá em apenas um braço do cromossomo, 
e paricêntrica quando envolve o centrômero. 
6- Translocação: troca de segmento entre cromossomos não homólogos (semelhante ao 
crossing-over, a não ser pela parte do “não homólogo”). Nessa mutação que entra a terceira base 
genética para a Síndrome de Down, a translocação Robertsoniana (translocações que ocorrem entre 
os cromossomos acrocêntricos: 13, 14, 15, 21 e 22). No caso da Síndrome de Down, temos uma 
translocação que ocorre entre o cromossomo 14 com o 21. Classificação: Mutação Cromossômicas 
Estruturais do tipo Translocação Robertsoniana (14, 21) / Expressão: 46, XX ou XY -14, +t(14,21) / 
Diagnóstico: Síndrome de Down por translocação Robertsoniana. Não irá apresentar todas as 
características do Down, pessoais com mosaicismo (numérico) e translocação robertsoniana 
(estrutural) apresentam características mais suaves.

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