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Sinais de irritação meníngea

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HAM V- Manobras das síndromes meníngeas 
- Síndrome meníngea: estão associadas a sinais e sintomas que dependem do grau de 
intensidade do processo infeccioso ou da hemorragia no espaço subaracnoide. Uma vez que, 
anatomicamente, as leptomeninges formam uma dupla membrana que envolve o cérebro, 
medula espinhal, nervos periféricos e ópticos, fazendo com que qualquer corpo estranho que 
penetre no espaço subaracnóideo tenha livre acesso a outros espaços que contenham líquor 
- Sinais meníngeos: são provocados frequentemente por inflamação das meninges ou presença 
de corpo estranho (por exemplo: sangue, artefatos cirúrgicos) no espaço subaracnoide. 
Menigimus é o termo atribuído aos sinais de rigidez de nuca e de outros sinais de irritação 
meníngea. 
- Manifestações clínicas: são variadas e dependem do grau agressão do tecido, do agente 
etiológico e da resposta imunológica do hospedeiro. Entretanto, a maioria cursa com cefaleia, 
febre, náuseas, vômitos, rigidez de nunca, irritabilidade, fotofobia, dor. Dessa forma, as 
manobras disponíveis submetem as estruturas envolvidas a uma pressão adicional, o que pode 
limitar a execução da manobra, contrações musculares de proteção e expressão de fáceis 
dolorosa. 
OBS: Estudos revelaram que a ausência da tríade: febre, cefaleia e rigidez de nuca, apresenta 
sensibilidade de 99-100% para descartar a meningite. Dessa forma, as manobras clínicas 
apresentam boa sensibilidade e especificidade do diagnóstico patológico, o que permite adoção 
de medidas profiláticas imprescindíveis para melhor prognóstico do paciente, mesmo não sendo 
identificado o agente etiológico. 
- Manobras: A rigidez da nuca é o sinal mais importante de irritação meníngea e deve ser 
pesquisada rotineiramente. Entretanto, deve-se abster de sua pesquisa nos politraumatizados, 
pelo risco de lesões raquimedulares, e nos processos expansivos da fossa craniana posterior, 
pela possibilidade de propiciar insinuação das amígdalas cerebelares no forame occipital, com 
morte súbita. 
OBS: Entre os outros sinais de irritação meníngea, o de Kernig é, habitualmente, muito doloroso 
para o paciente e, por isto, a opção de alguns especialistas é a pesquisa do sinal de Lasègue, pois 
informa com maior precisão e sem aquele sofrimento. Dessa forma, as manifestações descritas 
nesses e em outros exames propedêuticos (e.g. Brudzinski, Lewinson), são em geral 
interpretadas como reações de defesa antálgicas, condicionadas pelo estiramento dos nervos 
periféricos e raízes nervosas. 
Rigidez de Nuca: é o sinal mais frequente nas irritações meníngeas, sobretudo nas meningites 
sendo raro o diagnóstico dessa patologia com ausência do sinal. É caracterizada por rigidez e 
espasmos dos músculos cervicais, dificultando o movimento voluntário ou passivo contra 
pequena resistência, acompanhado de dor. Afeta principalmente os músculos extensores, sendo 
a dificuldade a resistência à flexão do pescoço o achado mais precoce de irritação meníngea. 
Por outro lado, os movimentos de hiperextensão e rotatório podem estar preservados. 
OBS: A rigidez extrema pode causar retração do pescoço em posição opistótono (pescoço para 
trás e corpo para frente formando uma espécie de ponte). Além disso, esse sinal poderá estar 
ausente em crianças, lactantes e em pacientes com doença terminal fulminante. 
OBS: A inflexibilidade do pescoço se faz presente em outros distúrbios como osteoartrite cervical 
e espondilite anquilosante. Uma forma de distinguir esses distúrbios é realizar os movimentos 
em todos os planos e correlacionar com os sintomas constitucionais que o paciente apresenta. 
Por exemplo, nas osteoartrite os movimentos de flexão lateral e rotação são limitados, enquanto 
nas meningius estão preservados. Outro distúrbio que pode provocar rigidez são as paralisias do 
núcleo supranuclear doenças do sistema extrapiramidal. 
 
 
 
 
Dor a compressão do globo ocular como sinal de irritação meníngea: foi observado 
anteriormente que pacientes com irritação das meninges apresentavam dor ou alguma reação 
à digito-pressão do globo ocular, motivando a investigação. Tal achado pode estar associado as 
relações topográficas entre o nervo óptico envolvido pelas meninges e o globo ocular, 
resultando em um aumento da pressão intracraniana capaz de gerar compressão no trajeto do 
nervo e, consequentemente, diminuir o limiar da dor para aquele seguimento. 
 Semiotécnica: 1) colocar o paciente em decúbito dorsal; 2) quando em alerta, solicitar 
que feche os olhos; 3) a face palmar dos polegares do examinador faz a dígito-pressão 
suave sobre os dois globos oculares do paciente, de forma concomitante; 4) observar a 
presença e grau de reação dolorosa após aquele estímulo bilateral. O sinal é considerado 
positivo quando o paciente apresenta mímica de dor ou reação antálgica. 
 
Outros sinais neurológicos de irritação meníngea: 
 
OBS: Ao se compararem os casos de síndrome de 
meningite asséptica aos casos de meningite purulenta, a 
distribuição dos sinais clássicos, mostrada na Tabela 1 
com os respectivos escores, foi semelhante entre os dois 
grupos. 
OBS: O estudo revelou que o sinal de dor a compressão 
ocular foi positivo em 97,5% dos pacientes com 
síndromes meníngeas, apresentando sensibilidade de 
97% e especificidade 98%. Até nos pacientes que não 
apresentaram nenhum sinal clínico (9 pacientes), 8 
positivaram para o teste. 
OBS: Em conclusão, apesar do sinal de dor à compressão 
do globo ocular ter apresentado elevados valores 
preditivo positivo e preditivo negativo, há necessidade 
de avaliação dos fatores fisiopatológicos envolvidos, bem 
como das patologias associadas (edema de papila).

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