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Resumo PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE

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Gisele Nunes 
Resumo de Processo Civil 
Por: Gisele Nunes 
 
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE 
➢ Está-se diante da inercia do credor ao iniciar ou continuar a fase de execução, o 
que acarreta a remessa dos autos do processo a um arquivo e aguarda-se que o 
legitimado dê andamento à execução. 
➢ A prescrição intercorrente ocorre no transcorrer do processo, durante o curso dele. 
➢ Ocorre na hipótese do inciso III. 
 
Art. 921, III - quando o executado não possuir bens penhoráveis; 
 
➢ Caso o devedor não possua bens penhorados, a execução será suspensa por 1 ano, 
sem que ocorra a prescrição intercorrente. 
 
Art. 921 § 1º Na hipótese do inciso III, o juiz suspenderá a execução pelo prazo de 1 (um) 
ano, durante o qual se suspenderá a prescrição. 
 
➢ Após o lapso temporal, caso não seja localizado o executado ou não encontrem 
bens penhoráveis o juiz arquiva o processo, e o prazo de prescrição intercorrente 
começa a correr. O juiz poderá reconhecer a prescrição de ofício e extinguir o 
processo. 
Art. 921, § 2º Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano sem que seja localizado o 
executado ou que sejam encontrados bens penhoráveis, o juiz ordenará o arquivamento 
dos autos. 
Art. 921, § 4º Decorrido o prazo de que trata o § 1º sem manifestação do exequente, 
começa a correr o prazo de prescrição intercorrente. 
Art. 921, § 5º O juiz, depois de ouvidas as partes, no prazo de 15 (quinze) dias, poderá, 
de ofício, reconhecer a prescrição de que trata o § 4º e extinguir o processo. 
 
➢ Caso sejam encontrados bens do executado, o processo será desarquivado. 
 
Art. 921, § 3º Os autos serão desarquivados para prosseguimento da execução se a 
qualquer tempo forem encontrados bens penhoráveis. 
 
➢ Caso as partes convenham acerca do prazo para o cumprimento da obrigação, o 
juiz suspenderá o prazo para a execução, e aguardará o cumprimento da obrigação 
por parte do executado. Caso a obrigação não seja implementada, o processo 
continua. 
 
 Gisele Nunes 
Art. 922. Convindo as partes, o juiz declarará suspensa a execução durante o prazo 
concedido pelo exequente para que o executado cumpra voluntariamente a obrigação. 
Parágrafo único. Findo o prazo sem cumprimento da obrigação, o processo retomará o 
seu curso. 
 
➢ Os atos processuais não poderão ser praticados enquanto estiver suspensão a 
execução, exceto em casos de providencias consideradas urgentes e arguição de 
impedimento ou suspeição. 
 
 Art. 923. Suspensa a execução, não serão praticados atos processuais, podendo o juiz, 
entretanto, salvo no caso de arguição de impedimento ou de suspeição, ordenar 
providências urgentes. 
 
 
EXTINÇÃO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
➢ Art. 924 e 925, CPC 
 
HIPÓTESES DE EXTINÇÃO 
 
➢ Art. 924. Extingue-se a execução quando: 
I - a petição inicial for indeferida; 
o Hipóteses de indeferimento da peça prevista no art. 330 do CPC. 
▪ Art. 330. A petição inicial será indeferida quando: 
I - for inepta; 
II - a parte for manifestamente ilegítima; 
III - o autor carecer de interesse processual; 
IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321 
 
➢ II - a obrigação for satisfeita; 
o Nesse caso, o implemento da obrigação conduz a extinção do processo de 
execução, com a satisfação da pretensão do credor. 
 
➢ III - o executado obtiver, por qualquer outro meio, a extinção total da dívida; 
o Ocorre, a título ilustrativo, quando o executado adimplir a dívida por meio 
de transação, novação ou pagamento, dentre outras formas de extinção. 
 
➢ IV - o exequente renunciar ao crédito; 
o Nesse caso, o exequente renúncia (deixa pra lá o débito), o que acarreta a 
extinção do processo. 
 
➢ V - ocorrer a prescrição intercorrente. 
o Ocorrendo a prescrição intercorrente, o juiz poderá de ofício reconhecer a 
prescrição e extinguir o processo. Previsto no art. 921, §5. 
 Gisele Nunes 
▪ Art. 921, § 5º O juiz, depois de ouvidas as partes, no prazo de 15 
(quinze) dias, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição de que 
trata o § 4º e extinguir o processo. 
 
 
➢ A extinção somente produzirá efeitos quando for declarada por sentença proferida 
pelo Juiz. 
Art. 925. A extinção só produz efeito quando declarada por sentença. 
 
 
MEIOS DE DEFESA 
 
➢ Espécies: 
o Embargos à execução 
o Impugnação 
o Exceção de pré-executividade 
 
 
 
DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO 
 
➢ Os embargos a execução consistem em ação de conhecimento autônoma, ou seja, 
não tem natureza de recurso nem de contestação. 
➢ É um meio de defesa nas execuções lastreadas em títulos executivos extrajudiciais 
 
Natureza Jurídica 
➢ Ação desconstitutiva 
➢ há uma oscilação de posicionamento da doutrina a estes respeitos. 
 
Partes 
➢ Embargante = executado, aquele que propõe o embargo 
➢ Embargado = exequente, autor da execução, pessoa que o embargo contraria 
 
Garantia do Juizo 
➢ É desnecessária a garantia do juízo, ou seja, o devedor não precisa penhorar ou 
depositar bens para apresentar embargos. 
➢ Ou seja, não é obrigatória. O embargo poderá ser interposto sem necessidade de 
penhora, deposito ou caução. 
➢ SALVO no caso de execução fiscal, onde a garantia será exigida para suspender 
os efeitos da execução evitando os atos de cobrança. 
 Gisele Nunes 
Art. 914. O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá se 
opor à execução por meio de embargos. 
 
Competência 
➢ Será proposto onde está tramitando a execução, pois não pode ser autônomo, tem 
que haver uma execução (dependência) 
➢ Processo será distribuído por dependência e autuados partados 
o Os embargos marcham em apartado, as copias das peças relevantes 
instruirão o processo, as quais podem ser autenticadas pelos advogados 
que se responsabilizam pelo ato praticado. 
§ 1º Os embargos à execução serão distribuídos por dependência, autuados em apartado 
e instruídos com cópias das peças processuais relevantes, que poderão ser declaradas 
autênticas pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal. 
 
➢ Há a possibilidade de execuções por carta, quando houver envolvimento de dois 
juízos no processo. 
o Nesse caso, os embargos podem ser endereçados ao juízo deprecante ou 
deprecado. 
Deprecante = aquele que emitiu a comunicação. Juizo onde se tramita o processo e que 
emite carta precatória para outro juízo solicitando-lhe a execução de atos. Tais como: 
intimação, penhora, etc. Será onde tramita a execução. 
Deprecado = aquele que recebe a comunicação. Juizo que recebe a carta precatória e fará 
os atos solicitados pelo deprecante. No caso da execução será onde se localiza os bens a 
penhora. 
o Vale destacar que a competência para o julgamento dos embargos é do juiz 
deprecante. 
o Somente será competente para o julgamento o deprecado, quando 
existirem vícios ou defeitos na penhora, avaliação ou alienação de bens 
realizados pelo juízo que recebeu a carta. 
§ 2º Na execução por carta, os embargos serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo 
deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem 
unicamente sobre vícios ou defeitos da penhora, da avaliação ou da alienação dos bens 
efetuadas no juízo deprecado. 
 
Prazo 
➢ O prazo para oferecer os embargos é de 15 dias, cujo inicio será contado com base 
no art. 231 da Lei de Ritos 
Art. 915. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contado, conforme 
o caso, na forma do art. 231 .Gisele Nunes 
➢ Quando tem mais um executado: a contagem do prazo é a partir da juntada de 
cada um dos mandados 
➢ Em caso de executados cônjuges ou companheiros: será contado a partir da 
juntada do último mandado. 
§ 1º Quando houver mais de um executado, o prazo para cada um deles embargar conta-
se a partir da juntada do respectivo comprovante da citação, salvo no caso de cônjuges ou 
de companheiros, quando será contado a partir da juntada do último. 
 
➢ Contagem de prazo nas execuções por carta: 
o Da juntada da carta 
o Da juntada aos autos da comunicação do cumprimento da carta precatória 
§ 2º Nas execuções por carta, o prazo para embargos será contado: 
I - da juntada, na carta, da certificação da citação, quando versarem unicamente sobre 
vícios ou defeitos da penhora, da avaliação ou da alienação dos bens; 
II - da juntada, nos autos de origem, do comunicado de que trata o § 4º deste artigo ou, 
não havendo este, da juntada da carta devidamente cumprida, quando versarem sobre 
questões diversas da prevista no inciso I deste parágrafo. 
 
➢ Não se aplica os prazos descritos no art. 229 
§ 3º Em relação ao prazo para oferecimento dos embargos à execução, não se aplica o 
disposto no art. 229 . 
 
§ 4º Nos atos de comunicação por carta precatória, rogatória ou de ordem, a realização 
da citação será imediatamente informada, por meio eletrônico, pelo juiz deprecado ao 
juiz deprecante. 
 
Moratória legal (parcelamento) 
➢ Quando o portador de titulo executivo extrajudicial vai ao judiciário para cobrar 
seu titulo executivo contra determinado devedor, ao ser intimado este devedor 
poderá: 
o REALIZAR O PAGAMENTO INTEGRAL 
▪ O executado paga ao exequente todo o montante devido. 
 
o SOLICITAR PARCELAMENTO 
▪ O exequente pode pedir para realizar o pagamento de forma 
parcelada. 
▪ Trata-se de um direito potestativo/exclusivo do devedor, 
independente da concordância do credor, PORÉM obedece a 
requisitos: 
▪ Requisitos para ser concedido o parcelamento: 
 Gisele Nunes 
• O requerimento do executado dentro do prazo para oferecer 
embargo à execução, ou seja, dentro dos 15 dias. 
• Depósito de 30% do valor da execução somado as custas e 
aos honorários de advogado. O restante deverá ser pago em 
6 parcelas com juros de 1% ao mês. 
• Ao optar pelo parcelamento, automaticamente desiste do 
direito de opor embargos, já que ao pedir parcelamento o 
executado concorda que deve, assim não poderá querer 
embargar depois para mudar essa posição. 
• O parcelamento só é possível em execução fundada em 
titulo executivo extrajudicial. E segundo Didier Jr, o 
parcelamento também é compatível com a execução fiscal. 
Art. 916. No prazo para embargos, reconhecendo o crédito do exequente e comprovando 
o depósito de trinta por cento do valor em execução, acrescido de custas e de honorários 
de advogado, o executado poderá requerer que lhe seja permitido pagar o restante em até 
6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e de juros de um por cento ao 
mês. 
§ 6º A opção pelo parcelamento de que trata este artigo importa renúncia ao direito de 
opor embargos 
 
o OFERECER DEFESA 
▪ Que poderá ser o embargos à execução 
▪ Interposto o embargo e sendo este recebido, segue o artigo 920 
• O exequente será ouvido no prazo de 15 dias 
• O juiz julgará imediatamente o pedido ou designará a 
audiência 
• Encerrada a instrução o juiz proferirá a sentença 
Art. 920. Recebidos os embargos: 
I - o exequente será ouvido no prazo de 15 (quinze) dias; 
II - a seguir, o juiz julgará imediatamente o pedido ou designará audiência; 
III - encerrada a instrução, o juiz proferirá sentença. 
o INERTE 
▪ Não oferecer pagamento voluntário nem defesa, apenas deixar a 
execução correr. 
 
Obs.: Não se aplica ao cumprimento de sentença. 
 
Matérias aplicáveis aos embargos (art. 917) 
➢ inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação 
o Inciso I, art. 917 
➢ penhora incorreta ou avaliação errônea; 
o Inciso II, art. 917 
 Gisele Nunes 
o Poderá ser impugnada por simples petição no prazo de 15 dias 
§ 1º A incorreção da penhora ou da avaliação poderá ser impugnada por simples 
petição, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da ciência do ato. 
 
➢ excesso de execução ou cumulação indevida de execuções; 
o Inciso III, art. 917 
o Há excesso de execução quando: §2 
§ 2º Há excesso de execução quando: 
I - o exequente pleiteia quantia superior à do título; 
O embargante, nesse caso, declarará na petição inicial o valor que entende correto, 
apresentando demonstrativo discriminado e atualizado de seu cálculo. (art.917, 
§3) 
 
Caso, não aponte o valor correto e nem apresente o demonstrativo, os embargos: 
se tiver só o excesso de execução como único fundamento – será rejeitado 
liminarmente, sem resolução de mérito; se tiver outros fundamentos, estes serão 
processados, mas o juiz não examina a alegação do excesso de execução. (art.917, 
§4) 
II - ela recai sobre coisa diversa daquela declarada no título; 
III - ela se processa de modo diferente do que foi determinado no título; 
IV - o exequente, sem cumprir a prestação que lhe corresponde, exige o adimplemento da 
prestação do executado; 
V - o exequente não prova que a condição se realizou. 
 
➢ retenção por benfeitorias necessárias ou úteis, nos casos de execução para entrega 
de coisa certa; 
o inciso IV, art. 917 
o O exequente pode requerer a compensação de ser valor com o dos frutos 
ou dos danos. O juiz pode nomear um perito para apuração dos valores. 
§ 5º Nos embargos de retenção por benfeitorias, o exequente poderá requerer a 
compensação de seu valor com o dos frutos ou dos danos considerados devidos pelo 
executado, cumprindo ao juiz, para a apuração dos respectivos valores, nomear perito, 
observando-se, então, o art. 464 . 
 
➢ incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução; 
o Inciso V, art. 917 
 
➢ qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de 
conhecimento. 
o Inciso VI, art. 917 
 
Obs.: extras 
 Gisele Nunes 
§ 6º O exequente poderá a qualquer tempo ser imitido na posse da coisa, prestando caução 
ou depositando o valor devido pelas benfeitorias ou resultante da compensação. 
§ 7º A arguição de impedimento e suspeição observará o disposto nos arts. 146 e 148 . 
 
Rejeição liminar 
➢ O juiz rejeitará liminarmente os embargos: 
Art. 918. O juiz rejeitará liminarmente os embargos: 
I - quando intempestivos; 
II - nos casos de indeferimento da petição inicial e de improcedência liminar do pedido; 
III - manifestamente protelatórios. 
Parágrafo único. Considera-se conduta atentatória à dignidade da justiça o oferecimento 
de embargos manifestamente protelatórios 
o Embargos meramente protelatórios 
o Embargo protelatório é o nome dado aos embargos propostos sem 
necessidade, apenas para ganhar tempo, e são considerados atos 
atentatórios a dignidade da justiça. 
o O embargo interposto com o objetivo apenas de protelar a execução ou 
dificultar que a prestação seja adimplida será punido quando o juiz assim 
o identificar.

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