Buscar

ALTERAÇÕES GERAIS NO ORGANISMO MATERNO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

6 
As alterações endócrinas e metabólicas do organismo materno visam garantir o aporte nutricional para o 
desenvolvimento do feto. Para que isso ocorra, várias transformações funcionais das glândulas maternas coexistirão 
com a placenta – novo órgão que apresenta importante função endócrina. 
Hipófise 
• Aumento 135% 
• Sd Sheehan 
✓ FSH (ovários) 
✓ TSH (tireóide) 
✓ ACTH (supra renal) 
✓ ADH (rins) 
✓ GH 
✓ Prolactina 
Tireoide 
• Hiperplasia tecidual 
• Hipertrofia tecidual 
• ↑ Vascularização 
• Aumento TGB 
• Diminui iodo sanguíneo devido ↑ TFG 
• Investigar qualquer bóci
 
Com relação às demandas energéticas, o ganho de peso materno decorre, em grande parte, do acúmulo de 
componente hídrico intra e extravascular, e em menor proporção, do acúmulo de componentes energéticos e 
estruturais (carboidratos, lipídios e proteínas). O ganho de peso adequado varia conforme o peso da mulher no início 
da gestação de acordo com seu Índice de Massa Corporal (IMC) pré-gestacional. 
O hormônio lactogênio placentário é de suma importância para o feto porque ele aumenta a biodisponibilidade de 
glicose para ele auxiliando no desenvolvimento e crescimento desse feto. Temos o lado placentário, região com 
baixa resistência vascular, onde pode haver trocas de nutrientes, como glicose da mãe para o feto, o hormônio 
lactogênio placentário aumenta a resistência periférica principalmente no musculo e no tecido adiposo da mãe, 
aumento a circulação e biodisponibilidade de glicose chegando na placenta e indo para o feto. 
 
7 
A paciente grávida tem um ganho de peso. Normalmente 
uma paciente deve ganhar aproximadamente 11 kilos 
durante a gestação. 
No começo da gestação, o feto precisa de pouca nutrição, 
portanto a gestante reserva a glicose para que seja usada 
uma fase que o bebê precise de mais energia, portanto 
temos um regime anabólico e depois um catabólico (a partir 
da vigésima semana). O hormônio lactogênio placentário 
liberado pela placenta, altera o metabolismo da insulina, 
por isso gestantes já com modificações na insulina podem 
ter diabetes gestacional, uma vez que a glicose fica 
acumulada. 
• Iniciam na 4° semana de gestação – período que normalmente se descobre a gravidez 
• Pico – 28 a 34 sem 
• Platô até o final da gestação 
• Volume sanguíneo aumenta em 50% 
✓ Sistema renina angiotensina aldosterona aumenta a captação de água e aumenta a volemia, causando 
uma anemia fisiológica 
✓ Atender demanda uterina 
✓ Diminuir efeitos da diminuição do retorno venoso – hipotensão supina e ereta 
✓ Diminuição do efeito da perda sanguínea no parto – evitar choque 
✓ A hipervolemia no organismo materno está relacionada com a necessidade de suprimento sanguíneo 
nos órgãos genitais, principalmente no território uterino, cuja vascularização encontra-se aumentada na 
gestação. 
• Aumento do plasma (30-50%) > aumento dos eritrócitos (20-30%) – mais liquido do que célula sanguínea, o 
que ajuda para passagem do sangue pelos vasos placentários 
• Ht diminui – diminui a viscosidade sanguínea 
✓ Facilita a perfusão placentária 
✓ Diminui o trabalho cardíaco 
• Retorno dos níveis pre gravídicos com 8 semanas pós parto 
• Hemoglobina 
✓ 1° trim – 11 mg/dL 
✓ 2° trim – 10 mg/dL – 30 a 34 sem 
✓ 3° trim – 11 mg/dL 
✓ Volume de hemoglobina sempre será mais baixo na gestante 
• Leucócitos 
✓ Leucócitos – 5 a 16.000/mm3 
✓ Pós parto – até 25.000/mm3 
✓ Estimulação supra-renal – stress 
✓ Retorno a circulação dos leucócitos removidos 
• Plaquetas e Fatores de Coagulação: aumentam fatores de coagulação e diminuem fatores de proteína C e S, 
causando um estado de hipercoagulubilidade na gestante, pra que haja proteção no parto e não haja 
hemorragias profundas. 
✓ Aumento fatores de coagulação, exceto XI e XIII 
✓ Aumento fibrinogênio 
✓ Aumento capacidade neutralização heparina 
✓ Aumento D dímero (até 50%) 
✓ Diminuição proteína S 
✓ Resistência proteína C 
✓ Placenta ↓ capacidade fibrinolítica 
✓ CIV baixo grau 
A grávida fica em um estado de imunomodulação, portanto ela reage menos a antígenos para que não haja combate 
ao feto e não fazer com que ele venha a óbito. Toda vez que a gestante pega uma infecção ela reage menos, só 
que o organismo aumenta número de leucócitos para combater a infecção e tentar ter uma resposta semelhante de 
uma não gestante. 
 
8 
No pós-parto, como a mulher passa por uma situação estressante metabolicamente, fora isso temos leucócitos 
circulantes em todos os órgãos. Quando o bebê nasce, todo o sangue principalmente da região local, o sangue volta 
para a corrente sanguínea para ser eliminado, para eliminar o excesso de sangue produzido durante a gestação. 
Consequentemente no pós parto, o valor de referência de leucócitos aumenta. 
O coração vai ter que bombear todo sangue excedente, portanto temos um aumento do pulso, coração fica rodado 
para esquerda e para cima, pois o útero empurra o diafragma. O sangue por ser mais fluido, o fluxo sanguíneo é 
maior gerando um sopro sistólico. A atividade cardíaca aumenta principalmente durante o pico de volemia (32 
semanas) e no pós parto imediato, pois de repente o sangue volta ao vaso e vai direto ao coração. Aumento da 
parede do VE para bombear todo o sangue, aumento do DC é importante pois a gestante estará hipotensa e se o 
DC for o mesmo a quantidade de oxigênio não será suficiente. 
Temos uma elevação da FC e volemia e consequente queda da PA, por meio do estrógeno que gera um efeito 
inotrópico positivo no coração, temos queda da resistência vascular periférica. O aumento do DC ocorre por há 
aumento da volemia e da FC e mesmo com o aumento do DC a queda na resistência vascular periférica a PA da 
gestante tende a cair 
• Aumento pulso 15 a 20 bpm 
• Rotação para esquerda e para cima – Rx aumento área cardíaca – ECG normal 
• Sopro sistólico (90%) - é comum devido à redução da viscosidade sanguínea e do aumento do DC. 
• Atividade Cardíaca = POI (↑ 80%) 
• ↑ parede VE = ↑ dimensão diastólica final = ↑ volume sistólico = ↑ DC 
Circulação 
• DC aumento até 50% 
• DC DLE > DDH (20%) 
✓ O útero cresce e quando ela se deita, o útero comprime a veia cava do lado direito. Portanto, quando a 
paciente está em decúbito lateral esquerdo o útero cai para o lado esquerdo e melhora o retorno venoso, 
pois o útero deixa de comprimir a veia cava do lado direito. 
• ↑ DC no TP – puxos e contrações 
✓ No momento do trabalho de parto temos as contrações, o útero está repleto de sangue, No parto o útero 
contrai para empurrar o bebê, o sangue do útero vai para corrente sanguínea, aumentando o volume de 
sangue circulante e aumenta-se o DC, fato esse que deve ser supervisionado em pacientes cardiopatas, 
que não podem ficar em período expulso. 
• Estagnação fluxo – compressão veias pélvicas e v.cava inferior 
• ↓ fluxo e ↑ pressão venosa 
✓ Edema MMII – útero comprime veia cava, prejudica o retorno venoso 
✓ Veias varicosas em pernas e vulva 
✓ Hemorróida 
• Compensação 
✓ Vasodilatação – menor pressão, melhor fluxo na placenta 
o ↑↑ Prostaciclina I2 + ↑ Tromboxano A2 (vasoconstritor) – equilíbrio 
o Progesterona – relaxa músculo liso 
o Endotélio produz NO 
Hipotensão supina 
• Estase 
✓ ↓ Retorno venoso 
✓ ↓ pré carga 
✓ ↓ FC 
✓ Reflexo vagal 
✓ Lipotímia 
O aumento do volume uterino comprime a bexiga e eleva o diafragma. Aumenta-se o volume minuto, aumenta-se a 
troca gasosa da gestante (estado de hiperventilação) que causa uma alcalose respiratória e há diminuição da 
capacidade residual funcional. 
 
9 
A progesterona relaxa musculatura lisa, os brônquios estarão mais relaxados para tentar que haja mais áreas de 
transporte de oxigênio. 
• Aumento transporte O2 – diminui diferença O2 arterial e venoso 
• Aumento consciência do desejo respiratório – sugestivo dispnéia 
• Progesterona – aumento ventilação 
• Elevação diafragma - 4cm 
• Aumento diâmetro - 2cm 
• Aumento circunferênciatorácica - 6cm 
• Hiperemia, hiperatividade glandular, aumento atividade fagocítica, aumento 
conteúdo mucopolissacarídeo – epistaxe 
• Crescimento nasal – congestão 
As grávidas, em geral, filtram maiores quantidades de sódio e água no glomérulo, o que é compensado por maior 
reabsorção tubular desses elementos, resultado da ação da aldosterona e do ADH. 
Rim 
• Aumento tamanho rim (30%) 
• Aumento TFG (50% - 2° trimestre) - ↓ur ↓cr 
• Dia – acúmulo água = edema 
• Noite – mobilização líquidos e excreção = noctúria (86%) 
Ureter 
• Hidronefrose (86% direita) – resolução 6-12sem pós parto 
✓ Dextroversão uterina 
✓ Progesterona 
✓ Complexo venoso ovariano 
o Dilatado na gestação 
o Oblíquo ao ureter 
Bexiga 
• Incontinência urinária 
✓ ↑ Pressão vesical 
✓ Compensação = ↑ pressão intrauretral 
• Infecção urinária 
✓ ↓ drenagem linfática e sanguínea por convexidade 
Náuseas e vômitos são ocorrências muito prevalentes no primeiro trimestre de gestação devido aos altos níveis de 
HCG. Além disso, muitas gestantes se queixam de alterações no apetite e sede, essa alteração parece ocorrer 
devido resistência à ação da leptina e às mudanças na secreção de ADH. 
A progesterona tem uma potente ação relaxante sobre as fibras musculares lisa levando a uma série de alterações 
no sistema digestório como: relaxamento do esfíncter esofágico inferior, redução do peristaltismo, diminuição da 
contratilidade da musculatura lisa do intestino. Como consequência, são frequentes as queixas de pirose e 
constipação durante a gestação. 
As alterações hepáticas e pancreáticas observadas na gestação são eminentemente funcionais e relacionadas ao 
metabolismo energético. Com o aumento do volume uterino, ocorrem alterações anatômicas que desviam o 
estômago e o apêndice para cima e para a direita e os intestinos para a esquerda. O apêndice cecal pode ocupar o 
flanco direito, dificultando o diagnóstico clínico de apendicite na gravidez. 
Estômago e Intestino 
• Deslocados para cima 
• Diminui esvaziamento gástrico e trânsito intestinal – alteração hormonal e mecânica 
• Apêndice deslocado para cima e para lado 
Trato Gastrointestinal 
 
10 
• Pirose 
✓ ↓ Tônus EEI + ↑ pressão gástrica + ↓ pressão esofagiana + ↓ velocidade da peristalse esofágica 
• Gengivorragia 
✓ Hiperemia + amolecimento 
• Hemorróida 
✓ Constipação + ↑ pressão venosa 
Fígado e Vesícula 
• Aumento hepático - palpável 
• Aumento FA (2 a 4X) – alcalina placentária 
• Diminui contração vesicular - ↑ estase ↑prevalência colelitíase 
• Retenção sais biliares – prurido gravídico 
• Aumento colesterol total e TG 
Coluna 
O aumento do volume abdominal e das mamas desvia anteriormente o centro de gravidade materno. De forma 
instintiva, a gestante direciona o corpo posteriormente, com intuito de compensar e encontrar um novo eixo de 
equilíbrio. Como consequência, surgem hiperlordose e hipercifose da coluna vertebral, aumento da base de 
sustentação, com afastamento dos pés e diminuição da amplitude dos passos durante a deambulação (marcha 
anserina). 
O aumento da flexão cervical causa compressão das raízes dos nervos ulnar e mediano, levando a fadiga muscular, 
dores lombares e cervicais e parestesias de extremidades. 
• Lordose progressiva – desvio eixo gravidade para trás 
• Aumento mobilidade sacroilíaca e púbica 
• Cifose compensatória 
✓ Dor, fraqueza, parestesia MMSS 
✓ Queda da cintura escapular – tração de n. ulnar e mediano 
Ligamentos 
As articulações, de modo geral, sofrem um processo de relaxamento durante a gravidez. As articulações da bacia 
óssea (sínfise púbica, sacrococcígea e sinostoses sacroilíacas) se apresentam com maior elasticidade, aumentando 
a capacidade pélvica e modificando a postura e a deambulação da gestante, preparando-a para o parto. 
Pele 
A produção placentária de estrógenos leva à proliferação da microvasculatura de todo o tegumento (angiogênese). 
Devido ao estado hiperprogestogênico, ocorre vasodilatação de toda a periferia do organismo, levando a eventos 
vasculares da pele e anexos como eritema palmar, teleangectasias, aumento da secreção sebácea e da sudorese, 
entre outros. A alopecia é rara, mas pode ocorrer em decorrência das alterações hormonais. 
• Estrias – abdome, mama, coxa 
• Diástase de reto - ↑ tensão abdominal 
• Prurido 
• Aumento pigmentação 
✓ Linha alba = linha nigra 
✓ Face e pescoço = melasma, desaparece até 1 ano após o parto 
Além das alterações hormonais que ocorrem durante a gestação, existe muita cobrança da sociedade em cima da 
gravidez. Se o psicológico da grávida não estiver bom, há mais chance de ter depressão pós-parto.

Outros materiais