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Sistema Cardiovascular

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Sistema Cardiovascular 
@vet.marimilano 
 
O coração é uma bomba, o seu bombeamento mantém o 
sangue em movimento através do sistema vascular dia e 
noite, liberando oxigênio e nutrientes necessários às 
células, transportando hormônios que auxiliam na 
regulação das funções corporais, liberando anticorpos e 
células inflamatórias necessárias para proteger o corpo e 
removendo produtos de excreção do metabolismo dos 
tecidos. 
O sangue que carrega estes importantes materiais, é 
impulsionado pelo através de um sistema fechado de 
tubos (vasos sanguíneos) aos tecidos do corpo. 
Como o deve bombear oxigênio e nutrientes por todo 
o corpo, faz sentido que ele seja centralmente localizado 
no tórax. Ele é circundado pelos pulmões e protegido 
pelas costelas. Nos gatos e cães, o situa-se entre a 3ª e 
7ª costelas, já nos equinos e ruminantes, o tem 
ligeiramente o formato de um “coração”, sua base 
circular esta onde os principais vasos sanguíneos entram 
e saem, e o ápice da outra ponta esta onde o ventrículo 
esquerdo termina. 
Em todas as espécies veterinária, o coração localiza-se no 
mediastino (espaço entre as duas cavidades pleurais que 
contém os pulmões. A traqueia, o esôfago e algumas 
estruturas vasculares também estão localizados no 
mediastino). 
O mediastino também é denominado espaço 
interpleural, pois ele é o espaço entre a pleura que 
recobre o pulmão direito e a pleura que recobre o 
pulmão esquerdo. 
 
Composição da parede cardíaca: 
O coração é primariamente um órgão muscular, como 
seria esperado pela sua função de bombeamento. A cada 
externa do coração é denominada pericárdio. O 
pericárdio consiste em duas camadas: pericárdio fibroso 
(externa) e pericárdio seroso (interna). 
O pericárdio fibroso é constituído de tecido conectivo 
fibroso resistente que protege o coração e frouxamente o 
adere ao diafragma, já o pericárdio seroso é realmente 
constituído de duas camadas interna, a camada visceral 
(epicárdio, que é intimamente aderida ao músculo 
subjacente) e camada parietal (repousa entre o epicárdio 
e o pericárdio fibroso). 
 
 
 
 
 
 
 
Entre as duas camadas do pericárdio seroso, encontra-se 
uma cavidade pequena preenchida om líquido que age 
como um lubrificante entre as camadas, permitindo ao 
coração suavemente expandir-se e contrair-se à medida 
que ele se enche e esvazia. 
Dentro do saco formado pelo pericárdio está uma 
camada espessa de tecido cardíaco, o miocárdio 
(músculo cardíaco). Como o músculo esquelético, o 
musculo cardíaco é estriado quando examinado sob 
microscopia. Entre o miocárdio e as câmaras do coração 
encontra-se uma fina delimitação membranosa 
denominada endocárdio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Visceral = significa “pertencer a órgãos internos moles” 
Parietal = significa “pertencer à parede de um órgão ou 
cavidade” 
 
@vet.marimilano 
 
Fluxo sanguíneo pelo coração: 
O coração recebe o sangue não oxigenado dos tecidos do 
corpo e o bombeia para os pulmões, onde ele é 
oxigenado, depois o bombeia o sangue oxigenado para 
fora de volta para a circulação sistêmica a fim de 
fornecer oxigênio aos tecidos. Em um coração saudável, o 
sangue viaja em somente uma direção; uma série de 
valvas evita o fluxo retrógrado. 
O sangue não oxigenado é recebido no átrio direito 
proveniente da circulação sistêmica e coronariana. A 
circulação coronariana fornece sangue ao músculo 
cardíaco; como em todos os tecidos, o coração deve 
fornecer sangue a si próprio. Muitas veias que coletam 
sangue não oxigenado dos tecidos fundem-se 
progressivamente em vasos maiores, até que elas 
formam a veia cava cranial e a veia cava caudal. 
A veia cava desemboca no átrio direito, que está 
localizado na base do coração. 
 
 
 
 
 
 
Após ser coletado no átrio direto, o sangue passa pela 
valva atrioventricular direita “válvula tricúspide” para o 
ventrículo direito do coração. 
Durante a sístole (contração cardíaca), o ventrículo 
direito contrai-se, a valva tricúspide fecha-se (evitando 
que o fluxo sanguíneo volte ao átrio) e o sangue é 
ejetado pelo ventrículo pela valva pulmonar para as 
artérias pulmonares. Das artérias pulmonares, o sangue 
passa pelos vasos ramificados aos capilares pulmonares 
dos alvéolos, onde a oxigenação ocorrerá. 
Após se tornar oxigenado nos capilares pulmonares, o 
sangue viaja por vasos que se fundem e aumentam em 
diâmetro, tornando-se as veias pulmonares que liberam o 
sangue no átrio esquerdo. O sangue acumulado no átrio 
esquerdo flui pela valva atrioventricular esquerda 
“válvula mitral”, para o ventrículo esquerdo. 
Durante a sístole, a valva mitral fecha-se (evita o fluxo 
retrógrado do ventrículo ao átrio) à medida que o 
ventrículo contrai e ejeta o sangue pela valva aórtica para 
as artérias coronárias e para a aorta, a maioria artéria do 
corpo. Da aorta, o sangue viaja pelos vários ramos 
arteriais para os capilares dos tecidos, onde o oxigênio e 
os nutrientes serão trocados. 
Após passar pelos capilares teciduais, o sangue não 
oxigenado retorna ao coração progressivamente por 
vênulas maiores e veias, até desembocar pela veia cava, 
ou veias coronárias no átrio direito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estruturas externas do coração: 
A base do coração está localiza no topo, onde os átrios 
são encontrados e por onde os vasos sanguíneos entram 
e saem. O ápice do coração aponta a direção ventral e 
caudal, e a extremidade do ápice do coração é a ponta do 
ventrículo esquerdo. 
 
 
 
Quando examinamos o coração, ele geralmente é mais 
fácil de ser identificado pelos átrios esquerdo e direito. 
As partes maiores e mais visíveis dos átrios são as 
aurículas (orelha, descreve as estruturas externas das 
orelhas em animais e pessoas). As aurículas, como se 
empoleiram sobre o peso do coração, parecem algo 
como as orelhas frouxas pendentes sobre os ventrículos 
musculares e lisos. 
As aurículas podem ser identificadas pela determinação 
do ventrículo em que elas se dispõem. A aurícula 
esquerda repousa sobre o ventrículo esquerdo, que é 
longo e estreito e termina no ápice cardíaco. A aurícula 
direita repousa sobre o ventrículo direito, que tem uma 
@vet.marimilano 
Em animais que se mantêm em repouso, a 
base do coração é orientada na direção 
dorsocranial 
Circulação sistêmica – átrio direito – valva tricúspide 
– ventrículo direito – valva pulmonar – artéria 
pulmonar – pulmões – átrio esquerdo – valva mitral – 
ventrículo esquerdo – valva aórtica – aorta – e 
recomeça o ciclo novamete 
 
ampla área de superfície e se envolve ao redor do 
ventrículo esquerdo. 
As bordas dos ventrículos podem ser observadas na 
superfície do coração; elas são separadas pelos sulci 
interventriculares (sulci é plural de sulcos, que significa 
“entalhe”). Os sulci interventriculares contêm gordura e 
vasos sanguíneos que fazem parte da circulação 
coronariana do coração. 
Como o sangue retorna ao coração pelas veias sistêmicas, 
coronárias e pulmonares sob relativamente baixa 
pressão, as paredes dos átrios, para os quais o sangue 
retorna não precisam ser espessas e fortes como as 
paredes dos ventrículos, dos quais o sangue é ejetado 
para as artérias. A textura das aurículas é muito flexível 
quando comparada à solidez das superfícies externas dos 
ventrículos. 
As veias cavas caudal e cranial que coletam o sangue da 
circulação sistêmica podem ser observadas juntando-se 
com os seios coronariano, que coleta o sangue da 
circulação coronariana e converge ao átrio direito. Várias 
veias pulmonares podem ser observadas controlando o 
átrio esquerdo. 
As veias que entram nos átrios carregam sangue sob 
pressão relativamente baixa, assim elas têm paredes 
mais finas do que as artérias que saem dos ventrículos 
carregando sangue sob alta pressão. Esta diferença na 
espessura das paredes dos vasos é de grande auxílio na 
identificação dos vários vasos que carregam o sangue 
para dentro e para fora do coração. 
As paredes espessas do ventrículo esquerdo do coração 
dão a aparência de seremmais estreitas do que as do 
ventrículo direito quando o exterior do coração é 
examinado, e a porção mais baixa do ventrículo esquerdo 
define o ápice do coração. O ventrículo direito de 
paredes mais finas e amplas não se estende ao ápice. 
Os vasos que emergem dos ventrículos de fato saem da 
base do coração próximo às aurículas e veias e veias que 
os supre de sangue, não do ápice ou do fundo do 
coração. 
A artéria pulmonar, que supre os pulmões, emerge do 
ventrículo direito como o tronco pulmonar e 
rapidamente se divide e artérias pulmonares direita e 
esquerda, cada qual seguindo para um pulmão. O tronco 
pulmonar é maior e mais curvo do que a veia cava 
próxima. 
A aorta emerge do ventrículo esquerdo ao arco aórtico, 
que reverte a direção ao aorta no sentido dorsocranial 
para o sentido caudal. Alguns vasos suprem parte cranial 
do corpo ramificam-se logo após a aorta se originar da 
valva aórtica; estes vasos incluem o tronco 
braquiocefálico e a artéria subclávia esquerda. 
A aorta não é apenas a maior artéria do corpo, ela 
também é o local de pressão sanguínea mais alta que a 
encontrada em qualquer outro vaso. Consequentemente, 
as paredes da aorta são mais espessas do que qualquer 
outro vaso. 
A aorta pode ser diferenciada da artéria pulmonar pela 
espessura de suas paredes. O arco aórtico passa próximo 
ao tronco pulmonar e curva-se sobre a artéria pulmonar 
direita logo depois de sua ramificação do tronco 
pulmonar. 
 
 
Estrutura interna do coração: 
O coração tem algumas características internas que 
funcionam para manter a integridade estrutural do órgão 
e assegurar que o fluxo sanguíneo flua em apenas uma 
direção. 
 
 
Deve-se lembrar que o flui do átrio direito ao ventrículo 
direito através da valva tricúspide. A valva tricúspide tem 
três abas ou folhetos, as abas originam-se do ânulus da 
valva, que é um anel fibroso. A visualização da valva pode 
ser facilitada se imaginarmos sua construção como uma 
porta, e os folhetos são as abas que se movem dentro da 
abertura. 
Quando o músculo atrial se contrai durante a sístole, a 
pressão sanguínea aumenta no átrio, forçando os 
folhetos a abrirem-se para o ventrículo direito. No 
entanto, quando o ventrículo se contrai e o átrio relaxa, 
os folhetos da valva são impedidos de curvar-se ao átrio 
pelas cordoalhas tendíneas. 
As cordoarias tendíneas conecta a extremidade livre do 
folheto valvar aos músculos papilares, que estão fixos 
dentro do ventrículos no septo interventricular, que por 
sua vez separa o ventrículo direito do esquerdo. 
No ventrículo direito, há uma faixa de tecido que se 
origina no septo interventricular, mas não se fixa aos 
folhetos da valva tricúspide; ela é denominada faixa 
moderadora e conecta-se à parede externa do ventrículo 
direito. A faixa moderadora fornece à parede ventricular 
direita suporte estrutural adicional. 
A valva pulmonar (valva pulmônica) evita o fluxo reverso 
de sangue das artérias pulmonares para o ventrículo 
direito quando o ventrículo direto relaxa e a pressão cai 
dentro do ventrículo. 
 Como a valva tricúspide, a valva pulmonar tem três 
folhetos aderidos a suas extremidades externas ao anel 
anular fibroso. Como o ventrículo direito é envolvido pelo 
ventrículo esquerdo, a valva tricúspide e a valva 
pulmonar 
@vet.marimilano 
 
estão praticamente próximas em lados opostos do 
coração, a valva tricúspide está à direita do ventrículo 
esquerdo, enquanto a valva pulmonar está de fato 
localizada mais do lado esquerdo do que à direita! 
Os efeitos combinados unidirecionais das valvas 
tricúspide e pulmonar asseguram que o ventrículo direito 
somente se preencha do átrio direito e ejete sangue 
somente para as artérias pulmonares. 
Após a circulação para descarregar o dióxido de carbono 
e pegar o oxigênio, o sangue retorna ao coração pelo 
átrio esquerdo, do qual segue pela valva atrioventricular 
esquerda (valva mitral) para o ventrículo esquerdo. Como 
a valva tricúspide, a valva mitral abre em somente uma 
direção, evitando o fluxo reverso do sangue do ventrículo 
para o átrio quando o ventrículo se contrai. 
A valva mitrar tem apenas dois folhetos (abas). Como a 
valva tricúspide do lado direito do coração, as 
extremidades externas dos folhetos da valva mitral são 
fixadas às cordoalhas tendíneas, que por sua vez se fixam 
aos músculos papilares na porção septal da parede do 
ventrículo. O ventrículo esquerdo da parede espessa não 
possui uma faixa moderadora como o ventrículo direito 
de parede mais fina. 
A última valva cardíaca pela qual o sangue oxigenado 
passa para ganhar a circulação sistêmica e as artérias 
coronárias é a valva aórtica. A valva aórtica, como a valva 
pulmonar, tem três folhetos aderidos aos ânulus. 
Ela abre para a aorta, somente permite a passagem do 
sangue durante a sístole e previne que ele retorne ao 
ventrículo esquerdo durante a diástole, assegurando 
assim que o ventrículo esteja preenchido de sangue 
proveniente somente no átrio. As valvas aórtica e 
pulmonar também são denominadas valvas semilunares. 
 
 
Como o coração se enche e bombeia: 
O Ciclo Cardíaco 
 
 
 
Cada ciclo do coração e relaxamento completo do 
coração é denominado ciclo cardíaco. Há duas principais 
partes deste ciclo: sístole e diástole. 
Durante a sístole, o músculo cardíaco contrai e o sangue 
é ejetado dos átrios para os ventrículos e então dos 
ventrículos para as artérias. Durante a diástole, o coração 
relaxa e preenche-se com sangue para ser ejetado na 
próxima contração sistólica. 
O impulso para o batimento cardíaco vem do nodo 
sinoatrial, comumente denominado nodo SA. O nodo SA 
está localizado no átrio direito e é o marca-passo do 
coração. 
O nodo SA é um área especializada de células musculares 
cardíacas que possuem a característica de gerar 
automaticamente os impulsos elétricos que disparam o 
batimento repetido coração. 
O nodo SA gera um corrente elétrica pelo movimento de 
cátions através da membrana externa de suas células. Os 
cátions são bombeados da célula em um processo 
denominado polarização que resulta em mais carga 
positiva fora da célula do que em seu interior (pois há 
mais cátions fora da célula do que dentro), 
Quando os canais na parede das células são abertos, os 
cátions fluem para dentro das células para equilibrar a 
carga elétrica nos dois lados da membrana celular. Este 
processo, denominado despolarização, gera uma 
corrente elétrica que desencadeia a contração do 
musculo cardíaco. 
A despolarização das células cardíacas cria uma corrente 
utilizando o mesmo processo das baterias. Como outras 
membranas celulares polarizadas, um lado da bateria é 
mais positivamente carregado do que o outro. Quando as 
duas extremidades da bateria entram em contato em um 
dispositivo elétrico, como um lampejo, a bateria 
despolariza enviando elétrons pelo desafio. Como o 
movimento dos íons carregados positivamente ao longa 
da membrana celular no nodo de SA, o movimento dos 
elétrons carregados negativamente através do lampejo 
dera uma corrente. Diferentemente das baterias, que não 
se recarregam (repolarizam) por conta própria, o nodo SA 
automaticamente se repolariza sozinho e depois se 
despolariza novamente! Desta forma, o coração 
automaticamente entra no ciclo cardíaco de 
despolarização (sístole) e repolarização (diástole). 
A corrente elétrica gerada pelo nodo SA segue pelas duas 
rotas dessa forma da base para o ápice do coração. Há 
uma rota da maior velocidade pelas células musculares 
cardíacas especializadas do nodo SA, no nodo AV e pelas 
fibras de Purkinje e uma rota de “local” mais lenta 
através do resto das fibras cardíacas, o musculo contrai. 
De forma diferente de outras fibras musculares do corpo, 
o musculo cardíaco pode transmitir um impulso elétrico e 
a concentração muscular a outra; assim o impulso 
elétrico e a contração muscular disseminam-se pelo 
músculo cardíaco como ondas em uma lagoa após uma 
pedra ser arremessada. (O músculo esquelético, em 
contraste, somente contraiquando recebe uma 
mensagem elétrica do nervos; ele não recebe um impulso 
elétrico de outras células musculares esquelética). 
Após o impulso elétrico ser gerado no nodo SA no átrio 
direito, ele se dissemina como uma onda em ambos os 
átrios, causando sua contração e impulsionando o sangue 
@vet.marimilano 
 
pelas valvas AV para os ventrículos, que ainda estão 
relaxados. 
O impulso gerado pelo nodo SA também passa 
rapidamente pelas fibras musculares de transmissão 
rápida especializadas para o nodo atrioventricular, 
comumente denominado nodo AV. A condução mais 
rápida do impulso encontra um ligeiro retardo no nodo 
AV, que é única rota de condução do impulso elétrico dos 
átrios aos ventrículos. O retardo permite aos átrios 
completar sua contração sistólica antes que se comece a 
sístole ventricular. Se as sístoles atrial e ventricular 
ocorressem ao mesmo tempo, a pressão nos ventrículos 
em contração seria tão alta que os átrios de paredes mais 
finas e mais fracas não poderiam enviar o sangue dos 
ventrículos. 
Após o atraso no nodo AV, o impulso elétrico retorna sua 
velocidade no trajeto; este período de tempo passa-se 
nas fibras especializadas nos ventrículos denominadas 
feixes de His e fibras de Purkinje. O feixe de fibras de His 
passa por baixo do septo interventricular até o fundo 
(apical) dos ventrículos esquerdo e direito, e as fibras de 
Purkinje carregam os impulsos do feixe de His até o 
miocárdio ventricular. Como o impulso é liberado no 
ápice mais rapidamente do que pode se disseminar de 
célula no músculo ventricular, normalmente os 
ventrículos começam a se contrair do ápice e então para 
a base cardíaca, mesmo que o impulso seja gerado na 
base. 
Esta direção ápice-base da contração ventricular facilita a 
ejeção do sangue para a aorta e para as artérias 
pulmonares, que estão localizadas na base do coração. 
Como os átrios começam suas contrações sistólicas antes 
dos ventrículos, eles também completam a sístole e 
entram na fase de repouso (diástole) enquanto os 
ventrículos ainda estão contraindo. 
Quando os ventrículos estão em contração, mas os átrios 
estão relaxados, a pressão nos ventrículos é muito mais 
alta do que a pressão nos átrios, assim as valvas AV 
fecham-se rapidamente. Com as valvas AV fechadas, o 
átrio relaxado e em expansão pode preencher-se com o 
sangue das veias que os suprem. 
Aproximadamente, no mesmo instante que os átrios 
estão se tornando completamente cheios, a sístole 
termina nos ventrículos e eles começam a relaxar. Isto 
resulta na queda acentuada da pressão dos ventrículos 
comparada à pressão das artérias que eles suprem; deste 
modo as valvas aórtica e pulmonar fecham-se 
abruptamente. Nos ventrículos, a pressão também cai 
abaixo da pressão nos átrios cheios, então as valvas AV 
são forcadas a abrir. 
Após a valvas AV se abrirem, os ventrículos se enchem-se 
de sangue dos átrios da mesma forma que a liberação do 
bulbo de um colírio leva o liquido a ser arrancado do 
frasco. A maior parte do preenchimento ventricular é 
gerada pela pressão negativa desencadeada pelo 
relaxamento ventricular trazendo o sangue dos átrios. 
À medida que a pressão nos átrios e ventrículos começa a 
se equilibrar pelo movimento de sangue aos ventrículos, 
o nodo SA, que se despolariza durante a diástole atrial, 
despolarizam-se novamente. Isto desencadeia a 
contração atrial e forçosamente empurra mais sangue 
para os ventrículos, e assim o ciclo cardíaco começa 
novamente. 
 
 
 
 
 
 
Circulação sanguínea no feto: 
A principal diferença entre um feto e um recém-nascido é 
que o recém-nascido recebe o oxigênio através de seus 
próprios pulmões, e o feto recebe oxigênio do sangue da 
mãe. 
Como os pulmões do feto não são utilizados para as 
trocas de oxigênio, eles precisam somente de sangue o 
bastante para manter o crescimento dos tecidos 
pulmonares. Consequentemente, no feto 
Há um desvio que permite que a maior parte do sangue 
na circulação fetal circule ao redor da circulação 
pulmonar em vez de passar por ela. 
O feto recebe oxigênio pela placenta, uma rede de vasos 
sanguíneos delgados que permite a troca de oxigênio 
entre o feto e a circulação materna. O sangue oxigenado 
pela placenta flui ao feto pela veia umbilical. O vaso que 
carrega sangue oxigenado ao feto é denominado veia 
porque ele flui em direção ao coração do feto. 
O sangue oxigenado da veia umbilical flui pela pelo fígado 
e pelo ducto venoso (permite que uma parte do sangue 
desvie-se do fígado) para a veia cava caudal, onde ele se 
mistura com o sangue que perdeu o oxigênio pela 
circulação fetal. Como no animal recém-nascido, o 
sangue da veia cava caudal preenche o átrio direito. No 
entanto, no feto duas estruturas permitem que na maior 
parte do sangue fetal desvie-se do tecido pulmonar, 
desde que o sangue no átrio direito já tenho sido 
oxigenado pelo 
 
@vet.marimilano 
 
sangue materno, e os pulmões do feto não realizam a 
troca de oxigênio. 
O primeiro desvio é o forame oval entre o átrio direito e 
o átrio esquerdo. A maior parte do sangue do átrio 
direito flui diretamente para o átrio esquerdo, mas uma 
parte flui para os pulmões ou por outro desvio, o ducto 
arterioso, diretamente para a aorta. 
Lembre-se de que esta parte do sangue oxigenada por ter 
passado pela placenta. 
O sangue flui pela aorta fetal para a circulação sistêmica 
fetal, onde fornece oxigênio e coleta os produtos de 
degradação do metabolismo dos tecidos. O sangue que 
perdeu sua oxigenação é enviado de volta para a 
placenta pelas artérias umbilicais. 
Com a primeira respiração após o nascimento, os 
pulmões inflam e o recém-nascido começa a oxigenar seu 
próprio sangue. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sons Cardíacos normais: 
Como mencionado anteriormente, nos cães e gatos o 
coração encontra-se entre a terceira e a sétima costela, e 
me bovinos e equinos, entre a segunda e a sexta costela. 
Em todas as espécies, o coração é auscutado através da 
parede torácica. 
O ritmo cardíaco usual é tipicamente descrito como 
LUBDUB (o lub é apropriadamente denominado S1, 
enquanto o dub é o S2). OS1 está associado com o 
fechamento simultâneo das valvas mitral e tricúspide no 
início da sístole ventricular. 
Por causa da posição do coração no tórax, a valva mitral é 
mais audível no lado esquerdo do tórax, enquanto a valva 
tricúspide é mais bem auscutada do lado direito. 
O som cardíaco S2 está associado com o fechamento das 
valvas semilunares (aórtica e pulmonar) no início da 
diástole ventricular. A valva aórtica é mais fácil de ser 
ouvida no lado esquerdo do tórax, pois ela está na saída 
do ventrículo esquerdo, mas como o ventrículo direito 
envolve o ventrículo esquerdo, a valva pulmonar que está 
na saída do ventrículo direito também é mais fácil de ser 
auscutada no lado esquerdo. 
O coração pode ser auscutado colocando-se um 
estetoscópio na parede torácica ao nível do coração. Em 
bovinos e cavalos, isto comumente requer escorregar o 
estetoscópio embaixo do cotovelo para colocar a 
campânula à frente o bastante do tórax do animal; e m 
pequenos animais o estetoscópio é colocado no tórax em 
posição caudal ao cotovelo. 
Os grandes animais também são diferentes dos pequenos 
animais pois se pode ouvir um terceiro som cardíaco, S3, 
decorrente do rápido preenchimento ventricular, e um 
quarto som, S4, devido à contração dos átrios, S3 e S4 
normalmente mão são ouvidos em cães e gatos. 
 
 
 
 
Em um neonato normal, o ducto venoso 
constringe-se de modo que o sangue não é mais 
desviado do fígado, o forame oval e o ducto 
arterioso fecham-se e o sangue não mais será 
desviado dos pulmões. 
@vet.marimilano 
 
Frequências cardíacas e Débito cardíaco: 
O coração tem que movimentar uma quantidade 
adequada de sangue para os tecidos do corpo para 
liberar oxigênio e nutrientes e remover os produtos de 
degradação do metabolismo. A fim de se manter a 
perfusão dos tecidos com sangue, o coração deve manter 
um débito cardíaco suficiente. 
O debito cardíaco,a quantidade de sangue que deixa o 
coração, é determinado por dois fatores: volume de 
ejeção (quantidade de sangue ejetado com cada sístole 
cardíaca) e a frequência cardíaca (o quão frequente o 
coração contrai). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Então, se nós sabemos que o coração do cão ejeta dois 
mililitros (mL) de sangue para a aorta com cada 
contração por minuto, o debito cardíaco do animal pode 
ser calculado utilizando nossa formula: 
 
DC = VE X FC 
DC = 2 mL/min X 100 batimentos/min 
 
O debito cardíaco para este cão seria de 200 mL de 
sangue por minuto. Esta equação pode ajudar a explicar 
por que as vacas e os cavalos sobrevivem com frequência 
cardíacas mais baixa do que os gatos e os cães. Pense 
acerca da equação: 
 
DC = VE X FC 
 
Um cavalo ou uma vaca precisa de um debito cardíaco 
maior do que um cão ou gato porque elas possuem uma 
massa tecidual muito maior, apensar de terem uma 
frequência cardíaca menor. Com isto pode acontecer? 
Bem se: 
 
DC = VE x FC 
 
E o DC sobe mas a FC desce, nós podemos escrever a 
equação como: 
 
DC = ?VE x FC 
 
O que deve ser feito para aumentar o débito cardíaco a 
despeito da diminuição da frequência cardíaca? O volume 
ejetado deve ser aumentado consideravelmente. Nós 
podemos expressá-lo como: 
 
DC = VE x FC 
 
Naturalmente, sabemos que os cavalos e as vacas têm o 
coração maior do que o dos cães e dos gatos, o que lhes 
permite ter um volume de ejeção maior, que possa gerar 
débito cardíaco suficiente, mesmo com uma frequência 
cardíaca menor do que outros animais. 
A frequência cardíaca de um animal em especial é 
baseada em parte na frequência pela qual o nodo SA 
despolariza espontaneamente, mas muitos fatores 
podem aumentar ou diminuir a demanda pelo debito 
cardíaco e alterar a frequência cardíaca. 
Por exemplo, o exercício vigoroso aumenta a demanda 
por oxigênio nos tecidos, então o debito cardíaco deve 
aumentar para suprir a demanda. O coração começa a 
contrair mais vigorosamente (contratilidade aumentada 
ou inotropismo positivo), o que aumenta o volume 
ejetado. 
Durante o período de atividade física aumentada, o 
coração também contrai mais frequentemente, o que 
aumenta a frequência cardíaca. O que durante o exercício 
pode ser resumido utilizando a seguinte equação: 
 
DC = VE x FC 
 
Outros fatores também podem afetar o debito cardíaco 
pela atração no volume ejetado, na frequência cardíaca 
ou em ambos. Por exemplo, a Lei de Starling estabelece 
que o maior preenchimento do coração (também 
chamado de pré-carga aumentada) resulta em 
contração, o que significa que um ligeiro estiramento da 
musculatura ventricular aumenta a força com que ela se 
contrai. 
Lembre-se de que os ventrículos se preenchem em sua 
maior parte durante a diástole por causa da queda na 
pressão (à medida que os ventrículos relaxam), o que 
atrai sangue dos átrios. Quando a sístole começa nos 
átrios (enquanto os ventrículos ainda são relaxados, 
porque a despolarização inicia-se no nodo SA no átrio 
direito), a contração dos átrios envia aproximadamente 
25% mais sangue para os ventrículos do que aquela 
parcela enviada pelo relaxamento dos ventrículos. 
Com a liberação de um pouco mais de sangue para os 
ventrículos com a contração atrial, o coração leva a 
vantagem da Lei de Starling, que determina um 
estiramento discreto das paredes ventriculares, o que 
leva a contrações mais vigorosas e ao aumento do 
volume ejetado. 
As alterações na pressão sanguínea podem afetar tanto o 
volume ejetado quando a frequência cardíaca. Por 
exemplo, os despenca por causa da diferença de pressão 
nos vasos sanguíneos durante a sístole (quando o sangue 
é ejetado para a vasculatura, a pressão nos vasos 
sanguíneos aumentam) e a diástole (quando o coração 
está tendo sendo preenchido, a pressão nos vasos 
sanguíneos diminui). 
Quando o animal sofre choque, a pressão sanguínea cai 
substancialmente. No choque hipovolêmico, isto ocorre 
por causa da perda de sangue. No choque anafilático 
(como uma reação alérgica grave) ou no choque séptico 
(causado por infecção), a pressão sanguínea despenca 
A relação entre o debito cardíaco, a frequência cardíaco 
e o volume de ejeção é expressa em uma equação 
simples: 
Débito cardíaco (DC) = volume de ejeção (VE) X 
frequência cardíaca (FC) 
 
@vet.marimilano 
 
porque os pequenos vasos sanguíneos dos órgãos e 
tecidos dilatam todos ao mesmo tempo. 
Com a pressão sanguínea reduzida, haverá pouca pressão 
para preencher o coração e os ventrículos não se 
encherão completamente (pré-carga reduzida). O volume 
ejetado diminui. 
Com menos sangue sendo ejetado a cada contração 
cardíaca, o aumento da pressão sanguínea arterial 
durante a sístole é perdido, tornando o pulso arterial 
mais fraco. A demanda pelo debito cardíaco é a mesma 
ou está aumentada durante o choque e, como o volume 
ejetado está diminuindo, a frequência cardíaca aumenta 
para compensar. 
Estas alterações resultam no pulso rápido e fraco 
encontrado em pacientes sofrendo de choque. 
O sistema nervoso autônomo também pode influenciar o 
debito cardíaco em outras situações. Por exemplo, 
durante a resposta de luta ou fuga a uma ameaça 
detectada, o sistema nervoso simpático libera epinefrina 
(adrenalina), que aumenta o volume ejetado (pelo 
aumento da força das contrações) e a frequência cardíaca 
para preparar o corpo a um maior debito cardíaco que 
será necessário para lutar ou fugir da ameaça. 
A anestesia geral, por outro lado, pode estimular o 
sistema nervoso parassimpático, que libera acetilcolina, 
que por sua vez diminui o volume ejetado, a frequência 
cardíaca e, consequentemente, o debito cardíaco. 
De qualquer forma, o debito cardíaco diminuído durante 
a cirurgia pode ser danoso, então os medicamentos que 
bloqueiam a ação do sistema nervoso parassimpático são 
rotineiramente dados antes da indução da anestesia 
geral. 
 
Eletrocardiograma: 
 Como as contrações cardíacas são o resultado de 
correntes elétricas, um instrumento que detecta as 
correntes elétricas pode ser utilizado para mensurar a 
atividade elétrica do coração. 
Tal instrumento é o eletrocardiógrafo, que mensura a 
corrente elétrica utilizando elétrodos metálicos aderidos 
à pele para produzir o eletrocardiograma (ECG). 
O ECG é impresso sob a forma de gráfico em papel, que 
se move embaixo da agulha (um instrumento pontiagudo 
e afiado utilizado para marcar o papel), a uma frequência 
conhecida e constante. Se a agulha não se movimenta, 
será desenhada uma linha reta à medida que o papel se 
desenrola abaixo dela. 
As corrente elétricas provocam a movimentação da 
agulha para baixo e para cima à medida que o papel se 
desenrola embaixo dela, criando um registro das 
despolarizações e repolarizações como ondas na linha, 
que podem ser mensuradas pela sua magnitude e 
frequência utilizando os quadradinhos impressos no 
papel. 
Quando o nodo SA gera um impulso elétrico que se 
dissemina pelos átrios, a agulha é momentaneamente 
desviada de sua posição de repouso, criando um 
solavanco na linha previamente reta. 
O solavanco no gráfico associado com a despolarização 
atrial é denominado onda P. Outras ondas são criadas 
pela despolarização ventricular (complexo QRS) e pela 
repolarização dos ventrículos (ondas T). 
A frequência cardíaca pode ser calculada pela contagem 
de quão frequentes as ondas aparecem no gráfico de 
papel. As anormalidades cardíacas podem ser 
encontradas pela mensuração da altura e da largura de 
vários ondas. Por exemplo, se o complexo QRS for mais 
longo (leva mais tempo para desenhado) do que o 
normal, isto pode ser decorrente do aumento dos 
ventrículos ou da pobre condução do impulso elétrico 
pelas fibras de Purkinje dos ventrículos. 
Se há mais ondas P (despolarização atrial), isto sugere 
que nem todo impulso elétrico gerado no nodo SA está 
sendo transmitido satisfatoriamente pelo nodo AV para 
os ventrículos (esta condição é denominada bloqueio 
cardíaco). 
 
Anatomia vascular e fisiologia:As artérias transportam sangue para fora do coração e as 
veias trazem-no de volta. O sangue passando pela 
circulação sistêmica está sob pressão mais alta do que o 
sangue na circulação coronariana e pulmonar. É 
necessário mais pressão para transportar o sangue a 
grandes distancias para cada extremidade do que para 
transporta-lo através das rotas coronárias e pulmonar 
que são mais curtas, especialmente quando levamos em 
consideração as forças da gravidade. 
O sangue na circulação sistêmica também encontra mais 
resistência para fluir, e existe mais sangue no sistema 
circulatório sistêmico a qualquer momento do que os 
sistema coronário e pulmonar. 
Como consequência de mais alta pressão suportada e da 
maior capacidade do sistema circulatório sistêmico, a 
aorta é a maior artéria no corpo, com o maior diâmetro e 
com paredes mais espessas. As camadas da parede das 
artérias são semelhantes às camadas das paredes do 
coração: há uma robusta camada fibrosa externa, uma 
camada média de músculo liso e tecido elástico 
conjuntivo e internamente um revestimento liso 
denominado endotélio. 
Na aorta e nas artérias pulmonares, que transportam 
sangue para fora do coração, a camada média da parede 
contém mais fibras elásticas do que fibras musculares. 
Isto as permitem estirar-se levemente à medida que elas 
recebem o sangue com alta pressão dos ventrículos. 
 
 
@vet.marimilano 
 
 
 
 
De onde a aorta sai do coração, as artérias subclávias 
direita e esquerda ramificam-se e seguem direto aos 
membros anteriores (membros torácicos). 
Dependendo da espécie, uma ou ambas as artérias 
subclávias ramificam-se nas artérias carótidas direita e 
esquerda e seguem pelo pescoço suprindo de sangue a 
cabeça. O principal tronco da aorta curva-se 
dorsalmente, e então segue caudalmente bem abaixo da 
medula espinhal, com numerosas ramificações saindo de 
seus segmentos torácico e lombar, com a finalidade de 
suprir de sangue os órgãos abdominais e as estruturas 
que os suportam e circulam. 
Na altura dos membros posteriores, o tronco principal 
bifurca-se nas artérias ilíacas direita e esquerda, que 
suprem de sangue as artérias dos membros posteriores 
(pélvicos). A artéria coccígeas, de pequeno tamanho, 
também sai da aorta caudal e supre de sangue a cauda. 
As artérias pequenas se ramificam da aorta continuam a 
se dividir em vasos cada vez menores para que todos os 
tecidos possam ser supridos com sangue. Por último, o 
sangue flui através das pequenas arteríolas para 
pequeníssimos capilares de parede delgada, que, de 
forma diferente de outros vasos, não possuem músculos 
em suas paredes. 
Na circulação coronariana e sistêmica, os capilares são os 
locais onde o oxigênio e os nutrientes no sangue são 
trocados pelo dióxido de carbono e produtos de 
degradação do metabolismo que são levados de volta ao 
coração. 
Na circulação pulmonar, os capilares pulmonares são o 
local onde o sangue pobre em oxigênio recolhe o 
oxigênio e o transporta de volta ao coração. Na circulação 
coronariana e sistêmica, as artérias transportam sangue 
rico em oxigênio, e as veias, sangue pobre em oxigênio: 
circulação pulmonar, o oposto é verdadeiro. 
A partir dos capilares, o sangue começa seu trajeto de 
volta ao coração pelas pequenas vênulas que se fundem 
para formar veias. O sangue está sob pressão muito 
menor nas veias do que nas artérias e as veias possuem 
paredes muito mais finas. As válvulas em veias de 
pequeno e médio tamanho asseguram que o sangue seja 
transportado somente em direção ao coração. Como as 
veias transportam o sangue de volta ao coração, elas 
normalmente estão localizadas bem próximas a uma 
artéria transportando sangue na direção oposta. 
As veias do membro anterior fundem-se em vasos cada 
vez maiores para formar as veias braquiocefálicas direita 
e esquerda, que transportam sangue para a veia cava 
cranial de volta ao coração. As veias do membro 
posterior fundem-se para formar as veias ilíacas direita e 
esquerda, que retornam o sangue à veia cava caudal. 
A veia cava caudal segue bem mais próxima da aorta 
embaixo das vertebras e segue o átrio direito do coração. 
O sangue da cabeça é drenado pelas veias jugulares 
esquerda e direita, que seguem ao longo do pescoço 
próximas às artérias carótidas. 
Como mencionado, a maioria dos vasos sanguíneos 
possuem musculatura lisa em suas paredes. A constrição 
e o relaxamento permitem ao sistema vascular dirigir 
preferencialmente o sangue para regiões diferentes do 
corpo sob circunstancias diferentes. 
Por exemplo, após a refeição, o sistema nervoso 
parassimpático causa dilatação relativa das artérias que 
suprem o sistema digestivo, o que por sua vez facilita o 
processo de digestão e a absorção dos nutrientes pelo 
intestino. Durante uma situação emergencial de luta ou 
fuga, o sistema nervoso simpático determina constrição 
das artérias que suprem as extremidades e os órgãos da 
digestão para direcionar o fluxo sanguíneo aos tecidos 
que serão especialmente críticos no momento da crise, 
como coração, cérebro e musculatura. 
Os vasos sanguíneos também podem sofrer 
vasoconstrição para manter a pressão sanguínea quando 
o volume sanguíneo ou debito cardíaco diminui. 
 
Venopunção: 
A maioria dos vasos está disposta profundamente no 
corpo, mais alguns são superficiais e podem ser 
observados ou palpados logo abaixo da pele. 
Estes vasos sanguíneos superficiais são utilizados para 
coletar amostras de sangue, administrar medicamentos 
por via intravenosa e colocar cateteres venosos ou 
arteriais. Para os veterinários, é especialmente 
importante tornar-se familiarizado com os nomes e 
localizações destes vasos sanguíneos superficiais. 
Nos cães e gatos, a veia cefálica no membro torácico é 
rotineiramente utilizada para ganhar acesso venoso. A 
veia cefálica corre entre o cotovelo e a carpo na face 
craniomedial do antebraço. A veia cefálica conduz sangue 
da extremidade distal para a veia jugular. 
No membro pélvico de cães e gatos, a veia femoral ou 
veia safena podem ser utilizadas para a venopunção. A 
veia femoral, que é mais comumente utilizada em gatos 
do que em cães, corre ao longo da face medial do 
@vet.marimilano 
 
membro posterior entre a virilha e a articulação do tarso 
(jarrete) e transporta sangue da extremidade proximal 
para a veia ilíaca, que segue até a veia cava caudal. A veia 
safena, que é mais rotineiramente utilizada em vcaes, 
corre ao longo da face lateral do membro posterior pelo 
aspecto cranial da pata bem abaixo do jarrete (tarso) ao 
aspecto caudal abaixo do joelho. A veia safena conduz 
sangue para a veia femoral. 
A veia jugular é rotineiramente usada para venopunção 
em muitas espécies, tanto grande como pequenas. As 
veias jugulares correm ao logo do aspecto ventral de 
cada lado do pescoço, da mandíbula até o ombro, no 
sulco da musculatura jugular. As veias jugulares estão 
localizadas próximo às artérias carótidas. 
Particularmente nos equídeos, muito cuidado deve ser 
tomado para evitar a injeção acidental nas artérias 
carótidas de substancias que se pretendia aplicar muito 
rapidamente ao cérebro, assim as substancias que agem 
como sedativos quando aplicadas acidentalmente na 
artéria carótida de fato podem desencadear convulsões. 
Em bovinos lactantes, a veia epigástrica caudal 
superficial, comumente denominada veia do leite, é 
facilmente observada pelo seu trajeto ao longo da face 
ventral de cada lado do abdome na altura do úbere até 
aproximadamente ao esterno. 
Esta veia não costuma puncionar rotineiramente por sua 
parede ser bem fina e muito superficial, o que a 
predispõe ao sangramento excessivo à formação de 
hematoma, que pode levar ao desenvolvimento de um 
abcesso. 
Em ruminantes e roedores, a veia coccígea pode ser 
utilizada para a venopunção. A veia coccígea transporta 
sangue da cauda para aveia cava. Ela percorre ao longo 
da linha media da cauda.

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