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CCoonnssuullttoorriiaa eemm SSeerrvviiççooss ddee AAlliimmeennttaaççããoo ccoomm ffooccoo eemm AAnnáálliissee ddee CCuussttooss @mayaravnutri SERVIÇO DE CONSULTORIA: serviço prestado por uma pessoa ou grupo de pessoas independentes e qualificadas para a identificação e investigação de problemas que digam respeito à política, organização, procedimentos e métodos, de forma a recomendarem a ação adequada e proporcionarem auxílio na implementação dessas recomendações. (BASTOS, 1999). É DIFERENTE DE ASSESSORIA! DE ACORDO COM A RESOLUÇÃO CFN 600/2018: CONSULTORIA EM NUTRIÇÃO: serviço realizado, de forma pontual, por nutricionista que, quando solicitado, analisa, avalia e emite parecer sobre assuntos e serviços relacionados à sua especialidade, com prazo determinado, sem, no entanto, assumir responsabilidade técnica. ASSESSORIA EM NUTRIÇÃO: é o serviço realizado por nutricionista habilitado que, embasado em seus conhecimentos, habilidades e experiências, assiste tecnicamente a pessoas físicas ou jurídicas, planejando, implantando e avaliando programas e projetos em atividades específicas na área de alimentação e nutrição, bem como oferecendo solução para situações relacionadas com a sua especialidade. Pode ser uma continuidade da consultoria. AMBOS ENVOLVEM OS SEGUINTES SERVIÇOS: Diagnóstico de operação; Capacitação de manipuladores de alimentos; Elaboração de Manual de Boas Práticas (MBP) e Procedimentos Operacionais Padronizados (POP); Elaboração e Implantação do Sistema APPCC; Elaboração de Fichas Técnicas de Preparo e Receituário; Adequação às normas da VISA; Elaboração de Cardápio; Adequação/planejamento físico-funcional, layout e ambiência; Palestras, cursos e programas de qualidade de vida; Capacitação de Responsabilidade Técnica. Na Indústria de Alimentos: Rotulagem de Alimentos; Adequação/planejamento físico-funcional, layout e ambiência; Pesquisa e Desenvolvimento de produto; Elaboração de informes técnicos p/ atender o consumidor; Controle de Qualidade/Implantação de Programas de Qualidade; Auditorias; Marketing de vendas: elaboração de estratégias de marketing, participação em feiras, entre outras.. Outras possibilidades de trabalho: Acompanhamento e supervisão de processos; Programas de Educação Alimentar e Nutricional; Desenvolvimento de Manuais e Cartilhas; Personal nutri; Especificação de Serviços/Termos de Referência; Análise e gestão de custos. Para ser um consultor, existem 2 modalidades mais comuns de atuação, sendo: 1. Profissional autônomo (pessoa física) 2. Empresa de consultoria (pessoa jurídica) A prestação dos serviços (cálculo dos valores cobrados por cada serviço) pode ser baseado em valores dos sindicatos de cada estado ou de forma individual, de acordo com o custo de cada profissional (materiais, EPIs, etc). @mayaravnutri CONSULTORIA TÉCNICA: Primeiro passo: mapear e avaliar os processos Processo: atividade ou conjunto de atividades que utiliza recursos para converter elementos de entrada em elementos de saída possuindo um valor acrescentado. Deve-se localizar as diferentes cadeias de atividade que levam a um objetivo final comum. Macroprocessos: compras, logística de recebimento, estoque, produção e distribuição de alimentos. Dentro de cada macroprocesso, podem existir vários microprocessos. Análise de custos (planejamento de procedimentos e das ferramentas gerenciais que garantem a eficiência e a produtividade): Estrutura de Cardápios Fichas Técnicas Avaliação de fornecedores Planejamento de Compras Controle de Estoques Elementos de Custos Uso de Tecnologias Controle de desperdícios Avaliação dos Recursos Humanos Entender o cardápio e ter fichas técnicas são a base para entender as preparações que compõem esse cardápio. Variáveis determinantes quanto ao gerenciamento: Filosofia da empresa quanto às compras; Planejamento antecipado e cíclico; Custos e metas a serem atingidos; Sazonalidade x necessidade ; Criação e teste de novas preparações; Avaliação de fornecedores; Supervisão das atividades; Capacitação da mão de obra; Receituário padrão (é diferente de ficha técnica). Composição dos custos: 1. Matéria-prima alimentar (gêneros alimentícios) e não alimentar (materiais descartáveis e produtos de higiene e limpeza); 2. Mão-de-obra: gastos com pessoal envolvido na produção e distribuição dos alimentos (considerando-se proventos, provisões, encargos sociais e benefícios); 3. Gastos Gerais de Produção ou Custos Indiretos de Fabricação: compreendem os demais gastos necessários à produção e distribuição de alimentos (gás, material de limpeza, energia elétrica, EPIs etc.); 4. Despesas administrativas: Impressos, material de escritório, mão-de-obra administrativa, ligações telefônicas, honorários dos diretores. O custo de matéria-prima é o item mais oneroso dentro do custo total (50-60% do faturamento líquido). São materiais básicos e necessários para a produção acabado e seu consumo é proporcional ao volume de produção. Custo padrão: estabelecido como meta para os produtos da linha de produção, considerando as características tecnológicas, quantidade e preços dos gêneros. @mayaravnutri Fatores que influenciam no custo padrão: Custo padrão da Matéria Prima Preços da região geográfica onde está localizada o AS Os equipamentos existentes no SA - quanto mais adequados menor o desperdício de gêneros A qualificação da equipe A política de abastecimento O tamanho/quantidade das porções de cada preparação Tipos de cortes e incidência de carnes utilizada Receitas das preparações – ingredientes e quantidades Tipo de serviço e modalidade de distribuição A maioria dos serviços de alimentação conhece seus custos e estabelece um custo percentual desejável para que os custos esperados sejam obtidos e tenham lucros previsíveis → Conhecer o custo percentual alimentar de um prato permite à gerência determinar se o custo do prato está dentro do padrão desejado para o seu custo percentual. Preço de venda: preço per capita acrescido do valor dos outros custos (multiplicação) Despesa variável de venda: impostos embutidos Margem de contribuição: preço de venda menos o custo per capita e a despesa variável de venda. É o valor que será usado para pagar todos os outros custos. CMV (custo da mercadoria vendida): valor em % que representa o custo em cima do faturamento (estoque inicial + compras – estoque final). Entender o custo de cada preparação permite a estruturação de cardápios e fazer o comparativo mensal, para que mantenha a mesma média de custo, lembrando que a proteína corresponde a 50-60% do custo. Além disso, a otimização do cardápio e do estoque auxilia no controle de custo, evitando possíveis perdas de material. Qualificação de fornecedores: Idoneidade Condições do estabelecimento (instalações e infraestrutura) - visita técnica prévia Documentação legal atualizada e atendimento das exigências da VISA Acondicionamento dos produtos Qualidade dos produtos Capacidade de fornecimento Localização Prazos e horários de entrega Preços/Condições de pagamento @mayaravnutri Condições do transporte/entregador Condições de entregas emergenciais (prazo/preço) Gestão de estoques: As empresas necessitam reduzir e manter estoques, pois constituem uma parte substancial dos ativos totais Custo de estocagem aumenta os custos operacionais e diminui os lucros (relacionado à juros de capital, seguros, depreciação de ativos fixos ou de materiais,mão de obra, riscos e despesas gerais – gás, luz, limpeza) Uma boa administração dos estoques é essencial. Deve estar alinhado com a produção. Políticas de estoque: 1. Definição do nível de estoque: criar planos de ação (para evitar falta de material) 2. Curva ABC: identifica grupos de itens/produtos por amostragem determinadas por > impacto ou importância (por gasto em volume/por gasto $/or essencialidade) para objetivar o > retorno de vendas 3. Análise de tendências: identifica por observância e incidência (por exemplo: > consumo de arroz e feijão nos meses de maio a agosto) 4. Fornecedores estratégicos para cada insumo (rankeados por qualidade de serviços e atendimento em reposições) – garantir a qualidade do produto final 5. Revisão periódica da política – importante! Rotinas do controle de estoques: O desvio existe e ignorar o fato pode levar ao caos. No entanto, apenas saber não diz a dimensão do problema. O controle se traduz em lucro! Fatores que interferem no custo: 1. Política de compras: influi diretamente dobre o preço dos gêneros alimentícios. Relação custo x benefício Benefícios são vários: ✓ qualidade dos produtos, ✓ sistema de pagamento (à vista ou a prazo), ✓ prazo de pagamento (15 dias, 30 dias), ✓ Prazo de entrega (quinze em quinze dias, semanalmente, diariamente). É importante lembrar que nem sempre o mais barato custa menos. 2. Qualidade da matéria-prima: diretamente relacionada com o rendimento, fator de correção e cocção (ex.: carne, rúcula, etc). Em muitos casos, é necessário aumentar a quantidade do produto, pois o mesmo não oferece o rendimento necessário (ex. costela bovina). Importante observar a sazonalidade dos hortifrutigranjeiros. @mayaravnutri 3. Giro de estoque: Compras devem ser efetuadas sobre um planejamento de cardápio para que todas as mercadorias do estoque tenham seu destino pré-definido. (excessos alteram o planejamento e elevam custos.) Gêneros mal estocados elevam as despesas, alterando as previsões e requerendo compras emergenciais (avaliar rotatividade de cada produto naquele estabelecimento). 4. Padrão de cardápio: Composição dos pratos: diferentes entre uma UAN e outra, devido ao tipo de contrato, redução de custos, às preferências alimentares, às diferenças regionais, os tipos de patologias. Freqüência de pratos de maior ou menor custo num determinado espaço de tempo também interfere sobre o custo → INCIDÊNCIA DE CARDÁPIO Ex.: Sobremesa elaborada (2 vezes/mês) Sobremesa elaborada ( 1 vez/semana) Variedade de opções: quanto maior o número de opções, maior será o padrão. O padrão de cardápio está intimamente relacionado ao seu custo. Tipo de matéria-prima utilizada nas preparações: podemos utilizar para uma mesma preparação, sem risco de perda da qualidade, matéria prima com menor preço. 5. Gramatura: nem sempre o tamanho define o padrão. Existem técnicas que demonstram uma aparência grande, mas a gramagem que define a quantidade. 6. Controle dos processos durante as preparações: evitar grande parte das perdas decorrentes: Da inabilidade dos operadores (no manuseio dos alimentos e equipamentos) Do uso inadequado da temperatura e do tempo de cocção (perdas, alterando as previsões de despesas aumentando o custo da refeição). ELEMENTOS DE CUSTOS: Fator de correção dos alimentos (FC): mede a relação entre o peso bruto (PB) e o peso limpo (PL) do alimento. Também denominado de Indicador de Parte Comestível (IPC). Permite a comparação de fornecedores. Quanto maior o desperdício, maior o FC → pior a qualidade do fornecedor. Em gêneros onde há muito consumo (ex: carnes) deve-se ter atenção e deve ser analisado com frequência e acuidade. Peso bruto: peso na forma em que o insumo é adquirido. Peso limpo: peso depois de o insumo ser limpo e estar pronto para ser utilizado pelo cozinheiro No cálculo do custo, o valor pago será dividido pelo PL e não pelo PB. No caso de só ter 1 fornecedor: fazer a avaliação do FC de forma constante. Fatores que afetam o FC e devem ser checados periodicamente para controle de desperdícios: Região de cultivo e cultura local Os vícios do produtor ou do fornecedor Tipo de insumo Equipamentos e utensílios utilizados pelo restaurante Como saber se o fator de correção está baixo, alto ou normal? R: Consultar a literatura existente ou a tabela do próprio restaurante. Na literatura encontra-se o valor médio do FC da alface é de 1,15 e na tabela da unidade encontrou-se FC de 2. (FC muito acima da média). A partir disso, busca-se a causa desse problema: recebida com qualidade ruim do fornecedor, estragou no armazenamento da UAN, retirou além do necessário no pré-preparo, etc.. Logo, 10 kg de alface foram perdidos, fazendo com que o kg, que custava R$ 2,00, passasse a custar R$ 4,00. E ainda levará à falta do produto. @mayaravnutri Índice de cocção (IC): relação entre o peso cozido (PC) e o peso limpo (PL) do alimento. Expressa a perda de água ou a retração das fibras de um insumo, como é o caso das carnes e vegetais, ou absorção de água, no caso dos cereais e leguminosas durante a cocção. É sempre observado para que as porções sejam bem calculadas. É muito importante para os restaurantes que cobram a peso. (Para uma mesma porção de carne crua e limpa, podem-se obter pesos diferentes na balança de venda se a carne estiver bem ou mal passada). Exemplo: Um chef decidiu que um prato de carne nobre com IC = 0,65 para a carne ao ponto, deverá dispor de 200 g da carne após a preparação. Logo o PC será: Existem tabelas que já possuem alguns valores de IC pré-estabelecidos. Mas também pode ser calculado individualmente. Teste de rendimento: deve ser feito com os fornecedores no recebimento, no descongelamento, preparo, distribuição e armazenamento. Comparativo de custos da porção de carne: As carnes in natura possuem quantidades per capita diferentes, influenciada pelos seguintes fatores como: Tipo de corte: cada corte tem um fator de correção característico; Quantidade de ossos; Perda na cocção Nem sempre as carnes de maior custo/kg apresentam porções com maior custo. Produtividade da mão-de-obra: quantidade de trabalho empenhado por um funcionário para a realização de uma tarefa. Mão-de-obra: um dos itens que mais pesa no custo Importante ter o dimensionamento correto do quadro de pessoal, o controle das horas adicionais de trabalho, treinamento e motivação da equipe Automação eleva produtividade. Turn over (rotatividade – demissão e admissão) e Taxa de absenteísmo (taxa de ausência diária) interferem na produtividade: maior será a produtividade quanto menor o número de ausências: @mayaravnutri Exemplo: restaurante com 80 funcionários, média de 4 ausências diárias. Taxa absent. = 4 x 100 / 80 = 5% Importante controlar e avaliar sempre o desperdício na produção: Percentual de sobras (%sobras): sobras das preparações não distribuídas. Anotações
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