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Anestésicos São agentes que bloqueiam de modo reversível a condução de impulsos nas fibras nervosas (depressão da condução nervosa periférica). Interferência na transmissão dos impulsos em qualquer tecido excitável: Depressor (diminuem o nível de atividade) do sistema cardiovascular e sistema nervoso central. Baixa seletividade. MECANISMO DE AÇÃO Reduz a permeabilidade dos canais iônicos aos íons sódio, impedindo a despolarização pelo bloqueio da condução. Sódio entra –> Gera impulso –> Libera acetilcolina –> Contração muscular O que é feito: Anestésico local bloqueia os canais de sódio e não permite que o sódio entre para gerar o impulso. COMPOSIÇÃO Sal anestésico: Vai bloquear a condução nervosa. Antioxidante: Bissulfito de Sódio - preservador para o agente vasoconstritor. Vasoconstritor: Mais profundidade e mais duração da anestesia. Veículo: água bidestilada - diluente para o volume. DIFERENÇA DOS TIPOS DE ANESTÉSICOS LOCAIS ÉSTER (COCAÍNA, BENZOCAÍNA…) Instáveis em soluções (tubete durava cerca de 6 meses). Maior potencial alergênico. Rápida hidrolise (enzimas no plasma) - tempo de ação baixo. AMIDAS (LIDOCAÍNA, MEPIVACAÍNA, BUPIVACAÍNA, ARTICAÍNA, ETIDOCAÍNA) Estáveis em solução. Baixo potencial alergênico. Lenta biotransformação hepatica. EFEITO SISTÊMICO Cardiovascular (Diminui a pressão arterial). Vasodilatação (Exceção da cocaína). Aumenta o fluxo. Diminui o tempo de ação. Hipotensão. Depressão cardíaca com doses tóxicas ocorre arritmias. IMPULSO NERVOSO Para funcionar: entrada de moléculas de sódio dentro do neurônio. Anestésico local passa pela membrana e bloqueia o canal em sua parte interna. Diferença entre cada anestésico: quanto cada um vai conseguir permear/ser absorvido pela membrana. EFEITO DO PH Regiões de pH ácido (tecidos): bactéria tem dificuldade na replicação Anestésico: base administrado em um pH ácido (ionização) Parte que ioniza é a parte do efeito perdido Dificuldade na absorção: pouca quantidade vai ser absorvida pela membrana Uso de uma maior quantidade de anestésico Anestésicos Tecidos que apresentam quadros inflamatórios podem dificultar a ação de anestésicos locais, isso ocorre devido à diminuição do pH na região inflamada, dificultando a dissociação da solução anestésica. Tecidos inflamados ficam ácidos, essa acidez impede que ocorra a dissociação do sal anestésico Quanto mais inflamado, menor é o pH do meio e maior o uso de anestésico: maior ionização e menor tempo de efeito. ESCOLHA DO ANESTÉSICO Consideração de fatores como: O intervalo de tempo que é necessário o controle da dor: Os fármacos anestésicos locais produzem diferentes graus de vasodilatação. A vasodilatação acentuada facilita a velocidade de absorção, mas aumenta a sua toxicidade e diminui a duração e a efetividade da ação anestésica local. A necessidade do controle de dor pós – operatória. Necessidade de hemostasia. A existência de qualquer contra – indicação. Ordem de melhor de ABSORÇÃO: Articaína = Mepivacaina > Lidocaína > Prilocaína Articaína e mepivacaína são os mais absorvidos e os que menos vasodilatam Anestésico local sempre está associado a um vasoconstritor (Mepivacaina 3% - única que não). Ordem de melhor DURABILIDADE: Bupivacaína > Articaína > Mepivacaína > Prilocaína > Lidocaína FARMACOLOGIA DOS AGENTES ESPECÍFICOS - VASOCONSTRITORES Drogas que promovem a contração dos vasos sanguíneos e combatem à ação dilatadora dos anestésicos e, controlam a perfusão tecidual (fluxo sanguíneo). A ação de qualquer droga vasoativa a um anestésico local prolonga a duração da anestesia pulpar e de tecidos moles. Vantagens: Aumento da qualidade (profundiade) da anestesia. Diminuem o sangramento local. Aumenta a duração de ação do Anest. Local. Minimiza o risco de toxicidade ADRENALINA (EPINEFRINA) Sal ácido altamente solúvel em água Estáveis se protegidas do ar Bissulfeto de sódio geralmente é adicionado às soluções de adrenalina para retardar a sua deterioração O tempo de validade de um tubete com adrenalina é menor Mecanismo de ação: atua diretamente nos receptores adrenérgicos. Os receptores α quando ativados promovem vasoconstrição do músculo liso nos vasos sanguíneos. Já os receptores β, quando ativados promovem o relaxamento do músculo liso (vasodilatação e broncodilatação) e estimulação cardíaca (taquicardia: aumento da freqüência e da força de contração FELIPRESSINA (OCTAPRESSIN) Análogo sintético do hormônio antidiurético vasopressina Único anestésico associado: PRILOCAÍNA Amina não simpatomimética Classificada como vasoconstritora Anestésicos Mecanismo de ação: estimulante direto da musculatura lisa vascular, com ações acentuadas na microcirculação venosa. Vantagem: promove vasocontrição, mas não atua nos receptores adrenérgicos α e β, ou seja, não provoca alterações significativas na frequência cardíaca, tendo ação direta na musculatura lisa vascular – Pessoas com problemas CARDÍACOS se tem uma preferência por ela. INDICAÇÕES Necessidade de controle de sangramento (hemostasia) A felipressina está contida somente em soluções anestésicas locais cujo sal anestésico é a prilocaína. O vasoconstritor felipressina, por atuar no leito venoso (não age sobre os receptores alfa e beta adrenérgicos), é praticamente destituído da propriedade de hemostasia, logo os anestésicos que o contêm não estão indicados para essa função. A infiltração de uma solução contendo adrenalina 1:50.000 ou mesmo 1:100.00 é suficiente para proporcionar uma hemostasia adequada. Qual anestésico promove menor tempo de anestesia pulpar na técnica infiltrativa e na técnica de bloqueio? Em situações que requerem anestesia de curta duração, a mepivacaína 3% sem vasoconstritor é indicada, pois promove anestesia pulpar por 20 minutos na técnica infiltrativa e de até 40 minutos na técnica de bloqueio. Possibilidade de automutilação pós operatória: Em crianças ou pacientes com problemas mentais, o efeito duradouro da anestesia pode constituir ameaça à integridade dos pacientes, que podem morder ou mastigar os próprios lábios, bochechas e língua. Por isso, é indicado usar um anestésico de curta duração, a mepivacaína 3% sem vasoconstritor, reduzindo o tempo em que o paciente permanece anestesiado após a intervenção Contra-indicação para emprego em paciente infantil a bupivacaína, pelo risco de traumatismo involuntário da área anestesiada. Qual apresenta maior toxicidade e porque: Bupivacaína. Ela é cerca de quatro vezes mais potente do que os anestésicos locais prilocaína, lidocaína e mepivacaína, apresentando, por isso, toxicidade maior Indicação na gravidez Anestésico indicado: A solução que apresenta maior segurança é a associação de lidocaína 2% com adrenalina 1:100.000, Dose maxima: Limite máximo de 2 tubetes por sessão (3,6 ml). A mepivacaína deve ser evitada por ser pobremente metabolizada pelo fígado fetal. A prilocaína/felipressina deve ser evitada, pois pode levar à contração uterina quando em altas concentrações, sendo assim preferível evita – lá durante a gestação. A articaína/epinefrina deve ser evitada, pois, além de provocar metemoglobinemia (distúrbio hematológico com quadro semelhante à cianose), o vasoconstritor associado pode levar à contração uterina e é antidiurético. Indutor de metemoglobinemia Os anestésicos que mais causam a metemoglobinemia são a prilocaína, a articaína e a benzocaína (uso tópico), os quais devem ser evitados em grandes cirurgias, portadores de insuficiência cardíaca, respiratória ou doenças metabólicas e em gestantes, por causa do risco do feto vir a contrair a doença Pacientes com comprometimento sistêmico Cardíacos:Tais pacientes podem ser submetidos ao tratamento odontológico, desde que estejam controlados, e podem até mesmo receber vasoconstritores. Como conduta segura devemos utilizar, no máximo, 2 tubetes por sessão com epinefrina 1:100.000 (uma boa opção é a mepivacaína, por causar menor vasodilatação, ou a prilocaína, por não causar alterações de pressão. Anestésicos Hipertensos: O hipertenso que já se encontra em tratamento médico pode ser considerado compensado, quando mantém a pressão diastólica até o nível de 100 mmHg. Nesses pacientes, o uso de vasoconstritores incorporados às soluções anestésicas locais não é contra-indicado, podendo ser empregada a adrenalina 1:100.00, em doses pequenas; o ideal é não ultrapassar o limite de 2 tubetes por sessão. Outra opção é o uso do vasoconstritor felipressina 0,03UI/ml, associado à prilocaína 3%, por não produzir efeitos no sistema cardiovascular. Em pacientes com alterações significativas de pressão, em atendimento de urgência, deve-se usar um anestésico sem vasoconstritor (mepivacaína 3%) Pacientes diabéticos A adrenalina tem ação farmacológica oposta à da insulina, logo é considerada um hormônio hiperglicêmico. Deve-se optar pelo anestésico prilocaína com felipressina, pois esse vasoconstritor não induz a alterações de pressão arterial. A felipressina pode ser empregada com segurança em pacientes compensados por meio de dieta, em pacientes medicados com hipoglicemiantes orais ou até mesmo em insulinodependentes. DOSE MAX X DOSE MIN
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