Buscar

a_relevancia_da_gestao_do_capital_de_giro_25 05

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

1 
 
 
A RELEVÂNCIA DA GESTÃO DO CAPITAL DE GIRO 
 
 
 
 
Santos, Heloisa dos 1 
 
 
 
 
 
 
RESUMO – Em decorrência dos avanços da metodologia de gestão, a Análise Financeira, 
tornou-se para as organizações um relevante instrumento de demonstração de resultado, e com 
ela, uma ferramenta essencial para a coexistência das instituições organizacionais, sendo ela a 
Gestão de Capital de Giro. Para que ocorra uma boa gestão de capital de giro, sabendo que 
este ramo da organização trata-se da excelência na administração das contas do ativo e do 
passivo circulantes e, com eles poder realizar análises dos indicadores financeiros, precisa que 
o administrador financeiro possua as ferramentas ideais para a correta tomada de decisões. 
Diante destas informações, a pesquisa bibliográfica realizada neste projeto, serviu para 
demonstrar que uma das mais importantes ferramentas utilizadas para uma correta análise 
financeira é a gestão de capital de giro. Assim, utilizou-se como ferramenta para análise, o 
Capital De Giro, que por meio de recursos próprios pode possibilitar um estudo de exploração 
sobre o assunto, tendo uma visão geral sobre o desempenho da organização, focada nos 
resultados, a gestão de capital e análise financeira do atual cenário da empresa, além de poder 
reunir todas as informações necessárias para o avanço financeiro nas contas caixa, estoque, 
contas a receber e contas a pagar. Entendendo este princípio, e existindo um equilíbrio entre as 
entradas e saídas da empresa, a mesma pode apresentar um capital de giro que atenda as 
reais necessidades da empresa, e desta forma poderá vislumbrar o lucro, e trabalhar com 
determinada folga no seu orçamento, promovendo assim o crescimento através do aporte de 
lucros operacionais, lucro líquido. O objetivo final do presente trabalho é explorar essa 
ferramenta da gestão financeira: A Gestão De Capital de Giro, e nele poder demonstrar como é 
a necessidade do mercado de trabalho e como a gestão feita de forma correta, irá beneficiar a 
organização positivamente. 
 
 
PALAVRAS-CHAVE: Administrador Financeiro. Análise Financeira. Gestão de Capital de Giro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 Graduada em Administração pela Universidade Católica de Santos – UniSantos. São Paulo 
Pós Graduada em Gestão Pública e Recursos Humanos pelo Instituto de Ciência, Educação e Tecnologia 
de Votuporanga – Faculdade Futura. São Paulo 
Pós Graduada em Finanças Públicas e Estatística pela Faculdade Venda Nova Imigrante – Faveni. 
Espírito Santo. 
E-mail: heloisadsts@gmail.com 
2 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
Através de análise de dados, as empresas possuem ferramentas que servem 
para ajudar nas tomadas de decisões, e isso independe do porte da instituição, sendo 
ela de grande, médio, ou pequeno porte. Deste modo, o administrador responsável 
deve ter total atenção para que a organização possa obter bons resultados e 
consequentemente aumento das vendas de forma a atingir o sucesso desejado. Cabe 
ao gestor de acordo com as ferramentas financeiras reunir o diagnóstico necessário 
para medir o potencial do mercado de trabalho, e desta forma obter um aumento 
significativo no desempenho das tarefas e táticas de execução e devido crescimento. 
 
Diante do contexto, a gestão financeira juntamente com A Gestão De Capital De 
Giro são ferramentas que apresentam informações reais da situação econômico-
financeira da empresa, e desta forma, prepara o administrador para os desafios de 
análises e tomadas de decisões. Esta ferramenta auxilia a planejar, organizar, dirigir e 
controlar os recursos e seus fluxos dentro de determinados períodos. A competência no 
gerenciamento de recursos financeiros disponíveis das empresas, especialmente neste 
caso, A Gestão De Capital De Giro, é indispensável para o bom andamento de cada 
entidade organizacional. 
 
O objetivo do presente trabalho foi realizar um levantamento bibliográfico sobre a 
relevância do capital de giro como ferramenta de apoio à gestão financeira. A intenção 
é despertar interesse no leitor de manter a empresa com uma saúde financeira. 
 
De forma a orientar sobre a gestão financeira do Capital De Giro, através de 
pesquisas bibliográficas coletadas por livros, artigos pesquisados no Google 
Acadêmicos e Scielo, caracterizando-se de pesquisas primárias e secundárias, o 
problema de pesquisa deste artigo, foi elucidar e tornar didática a leitura sobre possíveis 
dúvidas do leitor que não possui familiaridade com o assunto. 
 
O objetivo geral do presente trabalho é verificar o equilíbrio financeiro da 
empresa, através da gestão do capital de giro, e o objetivo específico é poder elucidar 
as principais dúvidas sobre o assunto, através dos conceitos de grandes pensadores da 
área de aplicação do estudo. 
3 
 
 
Por meio de pesquisa bibliográfica, foi possível verificar o uso de ferramentas 
para a gestão financeira de forma que haja uma correta Gestão do Capital de Giro na 
organização. Desta forma os gestores das empresas podem utilizar as informações 
necessárias para tomada de decisões e tendo assim os riscos gerais minimizados. A 
organização que tem sua vida financeira planejada contribui para que sua vida útil seja 
prolongada de forma saudável, pois a mesma tem noção dos riscos que pode correr 
caso não faça o uso correto das ferramentas de gestão nos momentos oportunos. 
 
A Gestão de Capital de giro, nada mais é do que um planejamento estratégico, 
juntamente com ferramentas que ajudam em conjunto a manter a empresa saudável, 
evitando assim que uma organização tenha uma má gestão por falta de instrumentos 
de medições e comparativos, ou que falte a avaliação necessária do gestor 
administrativo. 
 
 
1 DESENVOLVIMENTO 
 
 
 
Esta pesquisa teve o intuito de relacionar dados bibliográficos, pesquisas e 
conceitos sobre o tema. A intenção foi com base na dificuldade de se compreender este 
tema de extrema relevância para o ambiente social e empresarial. 
 
Neste trabalho de pesquisa, será retratado como A Relevância da Gestão de 
Capital de Giro tem impacto sobre as empresas em um contexto usual. Quanto mais 
capacitado for o Gestor Financeiro de uma determinada organização empresarial for, 
mais organizada e saudável será a empresa, tudo vai depender do uso correto das 
ferramentas de gestão. 
 
O objetivo principal do estudo foi poder mensurar a relevância de uma boa 
administração de Capital De Giro das empresas e com elas evidenciar a solidificação 
em conjunto com o desenvolvimento empresarial. 
 
O capital de giro tem participação relevante no desempenho operacional das 
empresas, cobrindo geralmente mais da metade de seus ativos totais 
investidos. É importante ter em conta que a administração do capital de giro 
trata dos ativos e passivos correntes como decisões interdependentes. Diante 
de seu contexto de mercado, as empresas formalizam estratégias operacionais 
de atuação, principalmente em relação à administração do capital de giro, 
avaliando seus investimentos correntes e selecionando os passivos mais 
adequados. (ASSAF, 1993, p.13) 
4 
 
 
Desta maneira a evidência de como devem ser as ações em casos de 
investimentos dos ativos financeiros, e assim perceber a relevância das ferramentas 
desta gestão orientada para a organização. 
 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
 
2.1 Capital De Giro: definição e importância 
 
 
Para Matias (2007, p. 33) “a gestão do capital de giro é uma das mais 
importantes, e também uma das mais complexas e abrangentes áreas financeiras de 
uma organização. Sua gestão diz respeito aos elementos de giro, que correspondem 
aos recursos correntes (de curto prazo) da empresa, como o ativo circulante e o 
passivo circulante, e de que maneira estes elementos estão inter-relacionados.” 
 
É evidente a importância da Gestão Do Capital De Giro, pois é ele quem define 
quando os ativos podem ser usados – se serão a curto prazo, neste caso com os ativos 
e passivos circulantes, ou até se serão usadosde outras maneiras – e com a 
percepção correta de acordo com análise das ferramentas, o administrador poderá 
decidir qual a melhor opção para determinada situação. 
 
 
Capital de giro é o montante de recursos destinados à aplicação dos meios, 
para que a empresa possa completar o ciclo operacional. Os valores aplicados 
para o giro operacional estão localizados no ativo, e as obrigações estão no 
passivo. (BERTI, 1999, p.15) 
 
 
Para um ciclo operacional completo, Berti (1999) enfatiza que “capital de giro 
basicamente é o valor numerário de recursos destinados às aplicações da organização, 
estes valores de giro operacional e obrigações estão nas contas de ativos e passivos 
respectivamente.” 
 
A expressão capital de giro é comumente definida como o montante total 
investido no ativo circulante (caixa, bancos, aplicações financeiras, estoques e 
contas a receber de clientes), enquanto a expressão capital de giro líquido é 
definida como sendo a diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante. 
(Vieira, 2008, p. 36) 
 
Basicamente A Gestão De Capital De Giro pode ser definida como atributo da 
empresa em liquidar seus compromissos de curto prazo, dentre eles estão compras de 
5 
 
 
matérias primas e insumos, pagamento de fornecedores, pagamento de salários, 
estoque, vendas, encargos da empresa e quaisquer outras obrigações devidas a 
empresa. 
 
Podemos observar diante do expresso acima, que cada autor possui um conceito 
rebuscado referente à Gestão De Capital De Giro, porém todas essas análises se 
complementam, fazendo com que as decisões estratégicas a serem tomadas juntas à 
administração tenham efeitos positivos, e mantendo assim o grau de liquidez e a 
rentabilidade preservada. 
 
Para que os negócios empresariais possam acontecer, é necessário que haja um 
conjunto de numerários ou valores, e isto é chamado de Capital de Giro. 
 
Não é segredo que o panorama econômico sofre mudanças de diversas formas 
contínuas, e para que exista uma Gestão eficiente do Capital De Giro, o mesmo precisa 
ser acompanhado e monitorado constantemente pelo Administrador Financeiro. 
 
A Análise do Capital De Giro de uma empresa é a ferramenta que demonstra 
contabilmente o que a empresa tem de disponível em caixa. 
 
Para identificar a saúde financeira de uma organização é necessário que sejam 
feitas análises dos fluxos de caixa e das demonstrações financeiras. A partir desses 
índices pode-se também identificar a capacidade de sobrevivência da empresa, a 
insolvência, além do crescimento. 
 
 
O termo giro refere-se aos recursos correntes (curto prazo) da empresa, 
geralmente identificada como aqueles capazes de serem convertidos em caixa 
no prazo máximo de um ano. Os elementos de giro, diante da definição 
apresentada, são identificados no ativo circulante e passivo circulante, ou seja, 
no curto prazo. (ASSAF NETO, 1993, p.14) 
 
 
Para Masakazu (2000, p. 09) “o capital de giro é conhecido também como capital 
circulante e corresponde aos recursos aplicados em ativos circulantes, que 
transformam-se constantemente dentro do ciclo operacional.” 
 
O capital de giro tem participação relevante no desempenho operacional das 
empresas, cobrindo geralmente mais da metade de seus ativos totais 
investidos. É importante ter em conta que a administração do capital de giro 
trata dos ativos e passivos correntes como decisões interdependentes. Diante 
de seu contexto de mercado, as empresas formalizam estratégias operacionais 
de atuação, principalmente em relação à Administração do capital de giro, 
avaliando seus investimentos correntes e selecionando os passivos mais 
adequados. (ASSAF NETO, 1993, p.13) 
6 
 
 
2.2 A relação entre o Capital De Giro e a liquidez 
 
 
Para concatenarmos o que é a relação entre o capital de giro e a liquidez, vale 
ressaltar que os indicadores de liquidez de uma empresa servem basicamente para 
informar a situação financeira de forma generalizada. Para obter mais clareza no 
assunto, é a maneira pela qual uma empresa tem a percepção se pode ou não liquidar 
suas contas, e esta ferramenta possui extrema usabilidade na gestão organizacional. 
 
 
Uma das razões para se calcular o capital de giro é a necessidade de recursos 
para saldar as obrigações, e os indicadores de liquidez mostram exatamente a 
capacidade de pagamento. (BERTI, 1999, p. 35) 
 
 
2.3 Capital De Giro Liquido (Cgl) 
 
 
Capital de Giro Líquido (CGL) ou também chamado de Capital Circulante Líquido 
(CCL) é um dos mais relevantes indicadores da liquidez da empresa. Cada organização 
possui características próprias e este indicador deve seguir estas especificações. O 
CGL então pode ser definido como a diferença entre as contas do Ativo Circulante (AC) 
e do Passivo Circulante (PC). Sendo: 
 
 
CGL=AC-PC 
 
 
Outra forma de se calcular o Capital de Giro (CP) ou CGL é fazer a diferença 
entre os Passivos Não Circulantes (PNC) e o Ativos Não Circulantes (ANC), desta 
maneira: 
 
CG = PNC - ANC 
 
 
Pode-se entender que o propósito de calcular as diferenças das contas de longo 
prazo, os passivos não circulantes e os ativos não circulantes, como aplicações de 
longo prazo, para se obter o capital de giro é demonstrar que este representa os 
recursos permanentes da organização, usadas assim para o financiamento da 
Necessidade do Capital de Giro (NCG). 
 
Em poucas palavras a definição da Necessidade do Capital de Giro (NCG), são 
basicamente as divergências entre as contas a pagar e a receber. 
7 
 
 
Para que exista um nivelamento entre o lucro e o risco é necessário que sejam 
analisados periodicamente como andam as contas dos Ativos Circulantes e dos 
Passivos Circulantes, e assim, o gerenciamento e administração da gestão financeira 
sempre estejam equilibrados. Quando existe um investimento muito elevado em ativos 
circulantes, a lucratividade consequentemente diminui. Por outro lado, um investimento 
extremamente baixo, eleva o risco de a organização não conseguir realizar suas 
obrigações nos prazos predestinados. Nestes dois casos ocorre uma consequente 
redução nos valores da empresa. 
 
 
A empresa possui capital de giro líquido (CGL) positivo quando o ativo 
circulante é maior que o passivo circulante, indicando excessos de ativos 
circulantes para honrar os passivos circulantes. O CGL representa a parcela 
dos ativos circulantes da empresa financiada com recursos de longo prazo, ou 
seja, com capital de giro líquido positivo os recursos de longo prazo estão 
sendo utilizados para financiar ativos de curto prazo. (MATIAS, 2007) 
 
Matias (2007, p. 34), também afirma que “[...] quando o valor do ativo circulante é 
menor que o do passivo circulante, significa que a empresa possui CGL negativo, 
indicando déficit de ativos circulantes para honrar os passivos circulantes. Nessa 
situação, o CGL é a parcela do ativo permanente da empresa que está sendo 
financiada com passivos circulantes, ou seja, com capitais de curto prazo, o que remete 
a um quadro de risco.” 
 
Desta forma, para que o CGL seja positivo, é necessário que o Ativo Circulante 
seja maior que o Passivo Circulante, e desta forma, os ativos positivos devem ser 
maiores que os negativos, para que todas as despesas possam ser saldadas. 
 
Para elucidarmos uma conta básica, quanto mais elevado for o CGL de uma 
empresa, menos risco ela possui. Mas essa afirmação, nem sempre é positiva, pois se 
o CGL estiver extremamente alto, indica que existe um capital de longo prazo 
financiado nas contas do ativo circulante. Considerando que os custos de recursos de 
curto prazo sempre são menos dos que de longo prazo, não é nenhum exagero dizer 
que a empresa pode sofrer no futuro problemas financeiros, é necessário cautela nesse 
caso. 
8 
 
 
2.4 Fluxo de caixa 
 
 
Segundo o conceito de Berti (1999, p. 38) “o fluxo de caixa é um instrumento 
administrativo que registra (relaciona) as entradas e saídas de recursos provenientesdas atividades de uma empresa, num período de tempo.” 
 
Para a elaboração correta do fluxo de caixa é necessário que seja feito um 
planejamento estratégico de antemão, como método de avaliação da demanda de 
recursos para a empresa, evitando assim faltas ou excessos de caixa. Esta 
administração dos recursos é indispensável para o bom andamento da organização. 
 
 
3 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
 
 
 
Para Gitmann (1997), “a administração financeira pode ser definida como a arte e 
ciência responsável pela administração de fundos, visto que se ocupam do processo, 
instituições, mercados e instrumentos envolvidos na transferência de fundos entre 
pessoas, empresas e governos.” 
 
Concretizando, a Administração Financeira é a responsável pelos fundos 
empresarias, e desta maneira o responsável financeiro precisa saber administrar todos 
os recursos da empresa, de forma correta e baseando-se em dados. 
 
Gitmann (1997) acrescentou “a extensão e a importância da função financeira 
depende; em grande parte, do tamanho da empresa. À medida que a empresa cresce a 
importância da função financeira normalmente leva à criação de um departamento 
financeiro separado (uma unidade organizacional autônoma).” 
 
 
O administrador financeiro tem dois problemas básicos. Primeiro: quanto deve a 
firma investir, e em quais ativos deve investir? Segundo: como deve ser 
levantado o caixa necessário? A resposta do primeiro problema é a decisão de 
investimento da firma. A resposta ao segundo problema é sua decisão de 
financiamento. O administrador financeiro deve encontrar as respostas 
específicas que deixem os acionistas da firma na melhor situação possível. 
O sucesso é julgado pelo valor. Os acionistas ficam em melhor situação com 
qualquer decisão que aumente o valor de sua posição na firma (valor das 
ações). Assim, pode-se dizer que uma boa decisão de investimento é aquela 
que resulta na compra de um ativo que vale mais do que custa, ou seja, um 
ativo que traga uma contribuição liquida positiva para o valor. O segredo do 
sucesso em administração financeira é aumentar o valor. É uma afirmação 
simples, porém muito útil. Equivale a aconselhar um investidor no mercado 
9 
 
 
acionário a vender na alta e comprar na baixa. O problema é como fazê-lo. 
(BREALEY E MYERS, 1996, p. 3) 
 
Aqui podemos ver claramente a questão do investimento nas contas de ativos e 
passivos circulantes, quando devem e podem ser feitas, e de qual maneira, é evidente 
também que essa decisão não pode ser baseada no achismo e sim em ferramentas 
gerenciais. 
 
 
4 DINÂMICA DA ANÁLISE FINANCEIRA 
 
 
 
Um dos papeis de uma contabilidade é fazer as apurações do Balanço 
Patrimonial, e esta ferramenta dentre outros tantos aspectos, serve para refletir e 
demonstrar a posição financeira de uma empresa em dado momento e também 
evidenciar a situação patrimonial. 
 
Para Vieira (2008), “apesar de a classificação tradicional apresentar uma série de 
vantagens, ela se mostra inadequada para uma análise de liquidez, principalmente à luz 
da empresa no desenvolvimento normal das suas operações. Foi constatado que, 
compondo o grupo do passivo e do ativo circulantes, se encontram contas que 
possuem natureza completamente distinta em relação às demais, o que afeta de forma 
significativa a maneira de enfocarmos a situação financeira da empresa.” 
 
O modelo dinâmico para a classificação do balanço patrimonial enfatiza que os 
passivos constituem as fontes dos recursos, antemão os ativos representam a 
aplicação destes ativos. Esta metodologia de estudo, diferencia os ativos e passivos 
circulantes em itens operacionais e financeiros. 
 
Sendo assim, a análise de um modelo dinâmico, tende a reclassificar as contas 
do balanço. Perante isso, as contas do grupo qualificadas circulante, sendo os ativos e 
passivos, passam a ser reclassificadas como cíclicas as operacionais ou financeiras as 
não operacionais. Então, a conta Ativo Circulante, passa a ser Ativo Circulante 
Financeiro (ACF) e Ativo Circulante Cíclico (ACC). Já o Passivo Circulante recebe nova 
denominação de Passivo Circulante Financeiro (PCF) e Passivo Circulante Cíclico 
(PCC). 
10 
 
 
Assim, o Ativo Circulante Financeiro, tem origem em todas as contas que 
possuam vertente financeira, sendo as contas do caixa, bancos, aplicações financeiras 
de curto prazo, aplicações financeiras de liquidez imediata. Em contrapartida o Passivo 
Circulante Financeiro é composto por financiamentos e empréstimos bancários, 
dividendos, duplicatas, e outros. 
 
Já o Ativo Circulante Cíclico, possui referências as contas relacionadas às 
atividades operacionais da organização, como estoques e duplicatas a receber, ou 
contas que possuam relação direta com os negócios operacionais. 
 
Enquanto o Passivo Circulante Cíclico ou Operacional mensura as obrigações de 
curto prazo na empresa, podendo ser contas a pagar, salários, fornecedores, impostos 
e encargos a recolher. 
 
A figura 1 abaixo demonstra um balanço patrimonial gerencial com sua nova 
classificação: 
 
 
ATIVO PASSIVO 
 
ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE 
ATIVO ERRÁTICO/CURTO PRAZO PASSIVO ERRÁTICO/CURTO PRAZO 
Caixa e bancos Empréstimos e financiamentos 
Aplicações financeiras Debêntures 
Outras contas não-operacionais Dividendos a pagar 
 Outras contas não operacionais 
 
ATIVO CÍCLICO/OPERACIONAL PASSIVO CÍCLICO/OPERACIONAL 
Clientes Fornecedores 
Estoques Salários e encargos 
Outras contas operacionais Impostos operacionais 
 Outras contas operacionais 
 
ATIVO PERMANENTE/LONGO PRAZO PASSIVO PERMANENTE /LONGO PRAZO 
Realizável a longo prazo Exigível a longo prazo 
Permanente Patrimônio Líquido 
 
Figura 1: Elementos de giro. 
 
Fonte: Administração estratégica do capital de giro; Vieira, (2008, p. 74) 
11 
 
Para Vieira (2008), as contas de longo prazo são denominadas permanentes, 
sendo que o Ativo Permanente engloba o realizável de longo prazo, imobilizado, 
investimentos e intangível. Dois elementos permanecem no Passivo Permanente (PP) 
com a mesma nomenclatura sendo eles o “Exigível A Longo Prazo” e o “Patrimônio 
Liquido.” 
 
Pode-se perceber as diferenças de ativos e passivos, sendo inclusos a esta nova 
maneira de confecção de balanço patrimonial com as separações entre os Ativos e 
Passivos Erráticos (ou a curto prazo), os Ativos e Passivos Cíclicos (ou operacionais) e 
dos Ativos e Passivos Permanentes (ou a longo prazo). 
 
 
5 ADMINISTRAÇÃO 
 
 
 
A Administração possui muitos conceitos já expostos por diversos autores. 
 
Abaixo teremos alguns conceitos do que é administrar: 
 
Para Maximiano (2006, p. 08) “Administração é uma palavra que exprime uma 
ideia muito antiga: tomar decisões que promovam o uso adequado de recursos, para 
realizar. A administração é um processo de tomar decisões e realizar ações que 
compreendem cinco processos principais interligados: planejamento, organização, 
liderança (e outros processos da gestão de pessoas), execução e controle.” 
 
 “Planejamento: Para se administrar qualquer ação futura, o primeiro passo é planejar. Um 
bom plano de contas ajudará o futuro decisório de uma empresa.” (Maximiano, 2006, 
p.08).

 “Organização: Organização é o processo de dispor os recursos em uma estrutura que 
facilite a realização de objetivos. O processo de organizar consiste no ordenamento dos 
recursos, ou na divisão de um conjunto de recursos em partes coordenadas, segundo 
algum critério ou principio de classificação. O resultado desse processo chama-se 
estrutura organizacional.” (Maximiano, 2006, p.08).

 “Liderança (e outros processos de administração de pessoas): Liderança é o processo de 
trabalhar com pessoas para possibilitar a realização de objetivos. Liderança é um 
processo complexo, que compreende diversas atividades de administração de pessoas, 
como coordenação, direção, motivação, comunicação e participação no trabalho em 
grupo.” (Maximiano, 2006, p.08 e09).
12 
 
 
 “Execução: o processo de execução consiste em realizar atividades planejadas, por meio 
da aplicação de energia física e intelectual (Maximiano, 2006, p.09).”

 “Controle: O processo de controle procura assegurar a realização de objetivos. Controlar

é a função que consiste em comparar as atividades realizadas com as atividades 
planejadas, para possibilitar a realização de objetivos.” (Maximiano, 2006, p.09). 
 
 
6 FINANÇAS 
 
 
 
A definição de Finanças segundo Maximiano (2006, p. 07) é: 
 
 
“A função financeira cuida do dinheiro da organização. A função financeira de 
uma organização tem por objetivo a proteção e a utilização eficaz dos recursos 
financeiros, o que inclui a maximização do retorno dos acionistas, no caso das 
empresas. Ao mesmo tempo, a função financeira busca manter certo grau de 
liquidez, para que a organização consiga cumprir seus compromissos. A função 
financeira abrange as decisões de financiamentos (busca de recursos 
financeiros), investimento (aplicação), controle do desempenho financeiro e 
destinação dos resultados.” 
 
Isto quer dizer que a função financeira de uma organização é cuidar do capital, e 
para isso acontecer precisa ter um planejamento com objetivos de proteção na 
utilização dos recursos financeiros. Desta mesma maneira grau de liquidez precisa 
manter-se saudável para que todas as responsabilidades da organização estejam em 
dia. 
 
Para Ross et al. (2001, p. 23) a definição de Finanças vem com a seguinte 
explicação: 
 
“Que são finanças de empresas? Suponhamos que se decida abrir uma 
empresa para fabricar bolas de tênis. Para tanto, contratam-se administradores 
para comprar matéria-prima e monta-se uma equipe de trabalhadores e 
funcionários para fabricar e vender bolas de tênis produzidas. No jargão 
financeiro, seria feito um investimento em ativos, tais como estoques, 
máquinas, terrenos e mão-de-obra. O dinheiro aplicado em ativos pode ser 
contrabalançado por uma quantidade idêntica de dinheiro gerado por algum 
financiamento. Quando começar a vender bolas de tênis, a empresa irá gerar 
dinheiro. Essa é a base de criação de valor. A finalidade da empresa é criar 
valor para o seu proprietário”. 
 
Já para GITMANN (1997, p. 04) 
13 
 
 
“Que são finanças? Podemos definir finanças como a arte e a ciência de 
administrar fundos. Praticamente todos os indivíduos e organizações obtêm 
receitas ou levantam fundos, gastam ou investem. As finanças ocupam-se do 
processo, instituições, mercados e instrumentos envolvidos na transferência de 
fundos entre pessoas, empresas e governos. 
A administração financeira diz respeito às responsabilidades do administrador 
financeiro numa empresa. Os administradores financeiros administram 
ativamente as finanças de todos os tipos de empresas, financeiras ou não-
financeiras, privadas ou públicas, grandes ou pequenas, com ou sem fins 
lucrativos. Eles despenham uma variedade de tarefas, tais como orçamentos, 
previsões financeiras, administração do caixa, administração do crédito, análise 
de investimento e captação de fundos.” 
 
 
7 TOMADA DE DECISÃO 
 
 
 
Um fato importante: para se administrar, é necessário tomar decisões, e para se 
tomar decisões é necessário administrar, as duas vertentes andam juntas lado a lado. 
Podemos compreender este fato neste trecho expresso por Maximiano (2006, p. 12) ao 
dizer que “[...] quando se administra, está tomando decisões e vice-versa. As tarefas de 
liderar, planejar, organizar, executar e controlar são todas feitas de decisões 
interligadas [...].” 
 
Stoner (1999, p.4) diz que "a Administração é o processo de planejar, organizar, 
liderar e controlar os esforços realizados pelos membros da organização e o uso de 
todos os outros recursos organizacionais para alcançar os objetivos estabelecidos.” 
 
Chiavenato (2000, p. 05) compartilha do mesmo entendimento de Stoner quando 
diz que a “Administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de 
recursos a fim de alcançar objetivos”. E como complemento, Chiavenato frisa o conceito 
de Administração com suas palavras ao dizer que “[...] a tarefa básica da Administração 
é a de fazer as coisas por meio de pessoas de maneira eficiente e eficaz.” 
 
O processo de planejar, organizar, dirigir e controlar corrobora com esta vertente 
de administrar e tomar decisões. 
 
 
Uma decisão é uma escolha entre alternativas ou possibilidades. As decisões 
são tomadas para resolver problemas ou aproveitar oportunidades. O processo 
de tomar decisões (ou processo decisório) é a sequência de etapas que vai da 
identificação de situação que oferece um problema ou oportunidade, até a 
escolha e colocação em prática de uma ação ou solução. Quando a decisão é 
colocada em prática, o ciclo se fecha. Uma decisão que se coloca em prática 
cria uma situação nova, que pode gerar outras decisões ou processos de 
resolver problemas. (MAXIMIANO, 2006, p. 58) 
14 
 
 
7.1 Alternativas à escolher 
 
 
Para tomadas de decisões perante a Gestão De Capital De Giro, deve-se ter uma 
percepção das alternativas que podem ser tomadas, e para isso existem ferramentas 
possíveis e adequadas para auxílio. 
 
 
Na tomada de decisão, as alternativas são avaliadas, julgadas e comparadas, 
para que uma escolha possa ser feita. A escolha depende de avaliação e 
julgamento de alternativas, permitindo selecionar a ideia que apresenta maiores 
vantagens. O pensamento crítico, além da criatividade, é fundamental para as 
decisões. (MAXIMIANO, 2006, p. 66) 
 
 
 
 
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
 
A perspectiva inicial do presente trabalho foi de analisar a Relevância do Capital 
de Giro de uma organização, e discutir sobre dados bibliográficos, como base de 
estudo. Houve intenção também no desenvolvimento e na validação de ferramentas de 
gestão com relação ao Capital de Giro das organizações, e desta forma gerar uma 
percepção no administrador responsável. 
Esta ferramenta de gestão é de suma importância para o desenvolvimento das 
empresas em um contexto geral. Se houver uma excelência no planejamento, na 
organização, na direção e no controle dessa essencial ferramenta, é nítido perceber 
que a maioria dos problemas que possam existir no decorrer da vida da empresa, será 
resolvido de forma mais fácil, coerente e otimista. Pode se citar ainda que a otimização 
de dada ferramenta de extrema importância para o sucesso de qualquer organização 
empresarial, e dizendo isso, é afirmativo dizer que o administrador terá sucesso 
esperado ou mais elevado se fizer uso correto das ferramentas de Gestão do Capital de 
Giro. 
 
Um dado importante é a base da saúde financeira de uma empresa, esta está 
totalmente ligada à gestão do capital de giro, e podemos absorver esta informação com 
base em todo o estudo realizado acima. O planejamento estratégico juntamente com as 
outras ferramentas gerenciais, torna-se de extrema importância se alcançar os objetivos 
15 
 
predeterminados. O contexto torna-se totalmente palpável quando se analisa 
corretamente os números expostos pelas ferramentas gerenciais, isto é, a 
administração do Capital de Giro possui extrema relevância para a sobrevivência de 
qualquer empresa. Entretanto é necessário um contínuo planejamento estratégico, e 
corretas leituras e interpretação de dados e resultados, para que desta forma seja 
mantida a liquidez e rentabilidade de uma organização. 
 Vale lembrar que as ferramentas de gestão não trabalham sozinhas, o capital 
intelectual é de grande valia na intensa busca de resultados por meio de geração de 
valores. O comércio em geral sofre grandes oscilações, dentre eles a sazonalidade, a 
situação econômica/ financeira do país ou de uma micro ou macro região, a oferta e a 
demanda, dentre outros aspectos que podem trazer dificuldade com a ambientação de 
ferramentas de estudo e gestão. Esses aspectos contribuem para que o administrador 
financeiro sabendo realizar as leiturascorretas e precisas das ferramentas de gestão, 
possa usá-las da melhor maneira e no momento mais oportuno. 
 A pesquisa de referência deste trabalho, veio para acrescentar conteúdo ao 
tema e não esgotá-lo. A intenção do mesmo foi de ajudar e orientar que essa ferramenta 
de gestão continue em pleno desenvolvimento, adequação e base aplicável em 
procedimentos que necessitem de formas diferenciadas de gestão com planejamento 
financeiro estratégico, e desta forma ajudar a implementação das ferramentas em locais 
aos quais ainda não são utilizados, para que assim as empresas continuem obtendo os 
resultados planejados. 
 
16 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
ASSAF NETO, Alexandre, SILVA, Cezar Augusto Tibúrco. Administração do Capital 
de Giro. 2ª Ed. São Paulo: Atlas,1997. 
 
 
BERTI, A.; Análise do Capital de Giro – Teoria e Prática, Editora Cone, 1999). 
 
 
BREALEY, R.; MYERS, S. Principles of corporate finance. 5. Ed. New York: McGraw-
Hill, 1996. 
 
 
GITMANN, L. Princípios de administração financeira. 7. Ed. São Paulo: Habra, 1997. 
 
 
MASAKAZU, Hoji. Administração financeira. 2ª Edição. São Paulo: Atlas, 2000. 
 
 
MATIAS, A. B.; Finanças Corporativas de Curto Prazo – A gestão do Valor do Capital 
de Giro, 2007. 
 
 
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Introdução à Administração. (Edição 
Compactada). Editora Atlas S.A., 2006. 
 
 
ROSS, S.; WESTERFIELD, R. W.; JAFFE, J. F. Administração Financeira. 2ª Edição. 
 
São Paulo: Atlas, 2001. 
 
 
STONER, James A. F.; FREEMAN, R. Edward. Administração. 5ª Ed. Rio de Janeiro: 
 
Prentice Hall do Brasil, 1999. 
 
 
VIEIRA, M. V.; Administração Estratégica do Capital de Giro, Editora Atlas, 2ª 
Edição, 2008.

Outros materiais