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AMANDA MENDONÇA FARMACODINÂMICA: - Tudo que o fármaco vai fazer no organismo. - Estudo dos mecanismos pelos quais a associação da molécula do fármaco a um sítio de ligação (efeitos bioquímicos) -> gera resposta fisiológica. Nenhum fármaco cria uma nova resposta fisiológica no organismo, ele apenas as altera. O fármaco que faz a ação é o livre F livre + R eceptor -> [F-R] (ligação chave: F e fechadura: R \\ ao se conectarem, geram um efeito terapêutico). 90% dos receptores farmacológicos são proteínas (os outros podem ser ácidos nucleicos – se ligam diretamente ao DNA da célula \\ ou ácidos que se ligam a carboidratos – fazem ação ao se ligarem aos glicopeptídeos). COMO O FÁRMACO PRODUZ SUA RESPOSTA TERAPÊUTICA? - Toda vez que o fármaco se liga ao receptor vai gerar: sinal na membrana plasmática dessa célula; - Esse sinal vai ser traduzido e gerado uma resposta, podendo ser terapêutica ou tóxica; - Isso tudo ocorre pela ligação do fármaco com o receptor e da transdução dessa resposta; - A transdução ocorre através de proteínas chamadas de segundo mensageiro, que se ligam uma a outra, até alterar a produção de proteína interno da célula. CLASSES DE FÁRMACO: - Alguns fármacos que NÃO atuam em alvos proteicos: Diuréticos osmóticos -> manitol (age no sistema urinário, causando aumento de água - urina); Antiácido (age diretamente no estômago – diminuindo sua acidez) -> metilcelulose e ágar; Acidificantes e alcalinizantes urinários (se intoxicar com fármaco ácido, deve basificar sua urina – para eliminar, ele deve estar nesse meio básico – e se fosse para absorver seria no meio ácido, mas não é o caso) -> cloreto de amônio e bicarbonato de sódio. ALVOS DE LIGAÇÃO DE FÁRMACOS – MAMÍFEROS: - Fármacos que interagem com: Enzimas (fármaco se liga a enzimas na célula); Proteínas carreadores (estão na membrana plasmática); Ácidos nucleicos (estão no núcleo da célula); Canais iônicos (ex: os benzodiazepínicos, que se ligam no canal GABAA, e ao se ligar a esse receptor, o receptor abre e o cloro entra para o interior da membrana plasmática, deixando a célula hiperpolarizada e por isso ela não responde a estímulos); Receptores farmacológicos. FÁRMACOS QUE INTERAGEM COM ENZIMAS: - Por exemplo: anticolesterásicos (ex: neostigmina e edrofônio), inibidores as enzimas conversora de andiotensina (IECA -> ex: captopril e enalapril), antibacterianos (ex: penicilinas e cefalosporinas), anti- inflamatórios não esteroidais (AINEs – inibidores da COX -> ex: diclofenaco e nimesulida), antidepressivos (inibidores do IMAO -> ex: fenelzina e tranilcipromina) * Explicação: existe uma enzima na fenda sináptica (onde se tem a ligação dos neurotransmissores a outro neurônio – sinapse); essa enzima IMAO que é inibida AMANDA MENDONÇA pelos antidepressivos, degrada os neurotransmissores da fenda sináptica. Então uma das ideias de se ter depressão, advém da diminuição da produção desses neurotransmissores, então se esse fármaco inibe quem degrada esses neurotransmissores, coloca-o para destruir essa enzima, fazendo com que sobre mais neurotransmissores, sendo assim, a pessoa ficará em um melhor estado de alerta. Então essa enzima serve para diminuir os neurotransmissores, mas serão inibidas. FÁRMACOS QUE INTERAGEM COM PROTEÍNAS CARREADORES: - Por exemplo: bloqueadores da captação da NA (ex: anfetaminas, clorpromazina e antidepressivos tricíclicos), bloqueadores da captação da NA e ADRENALINA (ex: cocaína), interferem com o cotransporte de Na+ e Cl- (ex: furosemida). Explicação: cocaína bloqueia a captação de noradrenalina e adrenalina. Existe uma proteína carreadora no nosso neurônio que pega os neurotransmissores da fenda sináptica e coloca dentro do neurotransmissor. A cocaína se liga diretamente a tal proteínas carreadora e a impede de tirar os neurotransmissores da fenda sináptica e colocá-los para dentro, então eles ficarão fazendo ação na fenda sináptica. FÁRMACOS QUE INTERAGEM COM ÁCIDOS NUCLEICOS: se ligam ao DNA da célula - Por exemplo, a rifampicina (é um antibiótico que interfere com a síntese de DNA e é tratamento da hanseníase). Outro exemplo seria o metotrexato (é um antineoplásico, que interfere com a formação do DNA, do RNA e a fase final da síntese proteica; ele é utilizado para câncer, pois diminui a produção dessas células). FÁRMACOS QUE INTERAGEM COM CANAIS IÔNICOS: - Por exemplo, anestésicos locais (inibem canais de sódio, dependente de voltagem, fazendo com que eles não entre na célula, a deixando hiperpolarizada – Nav -> ex: lidocaína, procaína, benzocaína), hipoglicemiantes orais (sulfonilureias, ex: glibenclaminda, glipizida -> bloqueadores Katp), anti-hipertensivos vasodilatadores (di- hidropiridinas, ex: nifedipino, anlodipino). FÁRMACOS QUE INTERAGEM COM RECEPTORES FARMACOLÓGICOS: - Os receptores das células estarão na membrana plasmática ou dentro do citoplasma ou no núcleo. Sendo eles: - Receptores de superfície (transmembranares); - Receptores intracelulares (citoplasmáticos ou nucleares). *Mas existem vários grupos e características de receptores. RECEPTORES FARMACOLÓGICOS: - São macromoléculas orgânicas presentes nas células e interagem com substancias endógenas (como por exemplo, hormônios) e exógenas (como por exemplo, fármaco e veneno). IMAGEM RETRARA A: LIGAÇÃO DO FÁRMACO AO RECEPTOR (MODELO CHAVE-FECHADURA) -> acreditam que haviam uma sustância\fármaco que se ligasse e faria ação, mas hoje sabemos que não é assim: pois o mesmo receptor pode se ligar a diferentes substâncias\fármacos - Esses receptores (A), a outra letra seria substâncias que se ligam a ele; - Toda vez que um receptor que esteja na membrana plasmática, recebe a ligação de um fármaco, de uma substancia endógena ou exógena, ela se encaixa e gera uma ação dentro da célula -> produção ou inibição de proteína e etc; - Após a ligação da molécula do fármaco com a substância endógena ou exógena ao receptor, ocorrer uma série de eventos bioquímicos, que culminam em efeitos fisiológicos ou farmacológicos; - Corresponsáveis pela maioria das respostas fisiológicas e farmacológicas do organismo; - Os receptores farmacológicos não são feitos para os fármacos, e sim para as substâncias que existem no nosso corpo. AMANDA MENDONÇA FUNÇÕES DOS RECEPTORES: - Propagação: Vem uma substância que se liga ao receptor, gerando uma alteração que é percebida por toda a célula; - Integração: Recebe o receptor, integra o sinal e gera uma resposta; - Amplificação: Recebe o sinal e amplifica-o, ou seja, gera mais neurotransmissores. *Os receptores auxiliam no crescimento, diferenciação, no metabolismo celular, no movimento da célula, na secreção de outras substancias, no aumento da replicação e etc -> cada receptor gera um resultado diferente. LIGAÇÃO DO FÁRMACO AO RECEPTOR: - Toda vez que há uma ligação da droga com o receptor, essa ligação possui forças diferentes: A ligação (força) mais fraca = Van der Waals Depois há uma ligação = hidrofóbica Depois = hidrogenada Depois = iônica A ligação mais forte = covalente *Dependendo da força dessas ligações, representa quanto tempo o fármaco ficará ligado ao receptor. Ligação fraca = fármaco fica pouco tempo ligado ao receptor; Ligação forte = é mais demorado, o fármaco fica mais tempo ligada ao receptor, então fica mais tempo fazendo ação na célula. INTERAÇÃO FÁRMACO-RECEPTOR: - Os fármacos podem fazer duas coisas com os receptores: 1: Se ligar aeles (afinidade); 2: Possivelmente alterar seu comportamento com relação ao sistema da célula hospedeira (eficácia). *Para o fármaco se ligar ao receptor, é necessário que ele tenha primeiramente afinidade (atração entre fármaco e receptor), após se ligarem, só vai ocorrer alteração na célula se possuir eficácia (qualquer efeito); Então pode ocorrer de ter afinidade, se ligarem e não acontecer nada AÇÃO = AFINIDADE + EFICÁCIA AFINIDADE: - Força química que promove associação do fármaco com o receptor (ligação). AGONISTA: - Gera ação; - Precisa ter afinidade e eficácia positiva; - Se ligam a receptores fisiológicos e mimetizam (imitam) efeitos reguladores dos compostos endógenos (do corpo) de sinalização; - Gera efeitos na célula. ANTAGONISTA: - Inibe ação; - Possui afinidade (os dois irão possui afinidade, pois se ligam ao receptor) e eficácia negativa, ou 0 de eficácia; - Essa eficácia negativa ou 0, significa dizer que irá se ligar ao receptor e não vai causar problema nenhum ou inibirá tal produção de proteínas; - Fármacos que se ligam aos receptores sem efeito regulador, porém sua ligação bloqueia a ligação dos agonistas endógenos. *ESQUEMA: AMANDA MENDONÇA - QUADRO 1: fármaco agonista se liga ao receptor, e por ter afinidade gera uma resposta (pois sua eficácia é positiva); - QUADRO 2: fármaco antagonista se liga ao receptor, mas não gera nenhuma resposta. POTÊNCIA E EFICÁCIA: - POTÊNCIA: É a concentração de agonista necessária para produzir metade do efeito máximo. Sempre que ocorrer a ligação de um fármaco Y ou X a um receptor, se tem uma eficácia que seria o resultado, e se tem a dose; Sempre que aumentar a dose, aumenta a eficácia. Vale lembrar que existem fármacos diferentes que geram as mesmas respostas, pois possuem afinidade pelos mesmos receptores. Dependendo da sua afinidade, pode haver a potência maior; Potência é a capacidade de gerar resultado com concentração (gasto) menor. Para entender qual fármaco é mais potente, coloca-o no gráfico, onde está concentração pelo efeito; Pega-se a porcentagem de 50% e traça uma linha. Na imagem, percebe-se que o fármaco Y chegou a concentração de 50% mais rápido ou em concentração menor que o fármaco X; Então o fármaco Y é mais potente que o fármaco X. Medicamento mais forte = o que possui menos mg para resolver o ‘’problema’’. - EFICÁCIA: É o efeito máximo de agonista e a capacidade de gerar resposta. Um fármaco pode ser mais eficaz que outro se ele atinge uma porcentagem maior de efeito; Por exemplo: no esquema apresentado, o fármaco X possui maior eficácia que o Y, pois atinge o efeito de 100%, enquanto o Y atinge 75%. Ele é mais potente e menos eficaz. FARMACOLOGIA CLÁSSICA -> CURVA DOSE- RESPOSTA: - Sempre que houver o uso de fármacos, teremos esse gráfico de curva dose-resposta. Na parte de baixo (horizontal) teremos a concentração do fármaco, e em pé (vertical) teremos a resposta\efeito: A resposta pode estar em forma de hipérbole ou de Log; Nesse gráfico encontramos potência e eficácia das drogas. AMANDA MENDONÇA Observamos que sempre ao analisar uma curva dose-resposta, teremos: resposta, efeito no eixo Y, e dose no eixo X. Conseguiremos analisar índice terapêutico (DE = 100% das pessoas que tomam a dose ficam boas \\ DE 50 = apresentada no esquema acima) DL 50 = analisado em animais, começando sempre por uma dose alta, vai aumentando até matar 50%. Ter cuidado para não chegar na dose letal, tendo em vista que corpos diferentes necessitam de mg diferentes.
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