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FISIOLOGIA I | LIS ABREU BARCELOS 2026.2 GUSTAÇÃO E OLFAÇÃO A Gustação e Olfação são sentidos químicos, ou seja, que utilizam moléculas químicas capazes de gerar o potencial de ação ao longo dos axônios, assim, temos o envolvimento de quimiorreceptores. Ambos sistemas são interligados, não trazem impactos prejudiciais à vida em caso de distúrbio, contudo, possibilita qualidade de vida ao indivíduo, interligada com a parte límbica. Transformam as informações externas, do ambiente em capacidade de ativação de receptores específicos (nociceptores, termoceptores e quimioceptores), capazes de transformar esse estímulo externo em potenciais de ação e o cérebro será responsável por integrar as informações e fazer com que possamos perceber o gosto e o cheiro que o ambiente nos proporciona. GUSTAÇÃO A Gustação é o sentido com receptores chamados de quimiorreceptores, capazes de detectar moléculas com características químicas. SENSIBILIDADE GUSTATIVA Assim, teremos estruturas específicas na nossa língua. A organização da língua é essencial para a sensibilidade gustativa. → Nas Papilas Gustativas encontramos o Botão Gustativo, que apresentam uma organização de células que permitem a apresentação de quimiorreceptores ao redor do Botão Gustativo, contando com a presença de células capazes de gerar novas células; → Botão Gustativo consiste em um grupo de 50 a 150 células de receptores; → A partir dos quimiorreceptores contamos com os Nervos Gustativos Aferentes que levarão a informação para o SNC. → Há a presença das células epiteliais, muco e na superfície do Botão Gustativo contamos com o Poro do Botão Gustativo, onde os cílios das células detectarão os estímulos. TRANSDUÇÃO SINÁPTICA FISIOLOGIA I | LIS ABREU BARCELOS 2026.2 1º MOMENTO RESPOSTA IÔNOTRÓPICA → Estímulo Gustatório; → Ativação do canal iônico do Receptor; → Alteração na Condutância; → Processo de Despolarização da Membrana; → Abertura de Canais de Cálcio; → Aumento de Cálcio Intracelular e Liberação das; Vesículas sinápticas com os Neurotransmissores. O Cálcio será responsável por ativar vias de Sinalização Intercelular e gerar respostas intracelulares. 2º MOMENTO RESPOSTA METABOTRÓPICA → Ativada a partir de receptores metabotrópicos, que não atravessam a membrana e necessitam de um outro receptor que apresente partes extra- e intra- celular. → Assim, contaremos com a presença de um receptor intramembroso; → O Lado Externo receberá o Estímulo Gustativo; → No Lado Interno ativará 2º Mensageiros (moléculas formadas no interior da célula) que desencadeará mecanismos dentro da célula; → A partir disso, ocorrerá a liberação de Neurotransmissores e a Ativação do Nervo Aferente. INERVAÇÃO o Nervo Facial (VII): inerva os Botões Gustativos nos dois terços anteriores da língua; o Nervo Glossofaríngeo (IX): inerva os Botões Gustativos no terço posterior da língua; o Nervo Vago (X): inerva alguns Botões Gustativos na laringe e na parte superior do esôfago. DETECÇÃO DOS SABORES A Língua será responsável por uma detecção específica em cada região lingual, cada papila será responsável por uma detecção também. → Sabor Salgado o Detectado a partir da via de receptores ionotrópicos; o Na+ como sinal gustativo; → Sabor Ácido o Detectado a partir da via de receptores ionotrópicos; o H+ como sinal gustativo. → Sabor Amargo o Detectado a partir da via de receptores metabotrópicos; o Proteínas e Peptídeos como sinal gustativo; o Quimina, moléculas de Nitrogênio na estrutura. → Sabor Umami o Adoçante; o Detectado a partir da via de receptores metabotrópicos; o Glutamato Monossódio como sinal gustativo; FISIOLOGIA I | LIS ABREU BARCELOS 2026.2 → Sabor Doce o Detectado a partir da via de receptores metabotrópicos; o Glicose como sinal gustativo; o Os estímulos doces ligam-se a receptores acoplados a proteínas G e desencadeiam a síntese de AMPc, que promove o bloqueio de um canal de potássio, com as consequentes despolarização, entrada de Ca2+ e liberação de neurotransmissor. IMPOTÂNCIA CLÍNICA → Nutrição e Desenvolvimento Infantil; → Traz mais impactos na primeira infância, onde é presente a percepção do meio externo, esse sentido sensorial precisa ser desenvolvido e estimulado nessa criança; FISIOLOGIA CLÍNICA → Os distúrbios associados ao paladar não são fatais, mas podem prejudicar a qualidade de vida e o estado nutricional e aumentar a possibilidade de envenenamento acidental; → Os distúrbios do paladar são: o Ageusia: ausência de paladar; o Hipogeusia: diminuição da sensibilidade gustativa; o Hipergeusia: aumento da sensibilidade gustativa, pode estar presente em psicoses; o Disgeusia: distorção do paladar, incluindo sensação gustativa na ausência de estímulo; VIAS GUSTATIVAS OLFATO O Olfato está intimamente relacionado à memória, ao sistema límbico e à emoção. Nele, há a presença de vias mais complexas que fazem essa correlação de sistemas, assim conseguis perceber o cheirinho da avó, do namorado e entre outros. A QUÍMICA ORGÂNICA NO NOSSO DIA A DIA → Butano C4H10 Altamente inflamável; causa euforia, asfixia e arritmia cardíaca; → Etanotiol C2H6S Nauseante; característico cheiro de gás de cozinha; SENSIBILIDADE OLFATÓRIA No Nariz temos: → Mucosa Olfatória; para proteger todas as estruturas envolvidas na detecção do olfato; → Quimiorreceptores Olfatórios; responsáveis por detectar a molécula química capaz de gerar potenciais metabotrópicos; o Os quimiorreceptores são neurônios propriamente ditos, que se renovam e através da condução axonal nos proporciona a comunicação com o bulbo olfatório; o OBS.: por isso que na covid as pessoas voltar a sentir o cheiro primeiro, pois se ocorreu morte dos receptores, aos poucos eles voltam a normalidade devido essa característica de renovação; → Glomérulos; que possuem quimiorreceptores responsáveis por fazer sinapse com neurônios de 2ª Ordem para levar a informação de formas ascendente. Os humanos têm aproximadamente 10MI de quimiorreceptores olfatórios; Os quimiorreceptores olfatórios têm vida curta de aproximadamente 60 dias. → Relação de curto prazo, mas de alta renovação; FISIOLOGIA I | LIS ABREU BARCELOS 2026.2 Exposição da mucosa olfatória a moléculas odorantes: → Corrente de ar ventilatória; → Cavidade oral durante a alimentação; → As moléculas chegam pela corrente de ar ou pela cavidade oral na alimentação, para que tenhamos essa correlação de coisa gostosa na nossa boca. Bulbo Olfatório → Célula Mitral: neurônio de 2ª Ordem; que apresenta dois interneurônios de vizinhos: → Células Granulosas → Células Periglomerulares Os Interneurônios Inibitórios são capazes de inibir, ao serem ativados o nosso olfato é inibido, por isso nos acostumamos com o cheiro, nos adaptamos com aquele odor bom ou ruim; FISIOLOGIA CLÍNICA Anosmia: É a ausência do sentido olfatório. o Fratura da base do crânio; o Lesão do Bulbo ou Tratos Olfatórios, exemplo: tumor (meningioma do sulco olfatório); o Covid-19. Hiposmia: É a diminuição do sentido olfatório. Odor Desagradável: Em tipos de crises epiléticas. MECANISMO DE AÇÃO → As Moléculas odoríferas ativarão um receptor específico na membrana, a molécula precisa reconhecer o seu receptor de membrana; → Golf: proteína G acoplada ao receptor intramembranoso que: → É ativado pela MOLÉCULA ODORÍFERA; → E ativa o ADENILATOciclase; que é uma enzima que quando ativada gera: → AMPcíclico via ATP; que aumentará sua concentração intracelular, sendo um 2º Mensageiro importantíssimo, atuando em diferentes mecanismos intracelularque serão responsáveis por conduzir o aumento de: → CÁLCIO intracelular; que levará a despolarização da membrana e a ativação das vesículas sinápticas para liberarem os neurotransmissores por exocitose; → E, assim, vamos de sinapse para o Bulbo Olfatório, ou seja, Neurônio Olfatório. ETAPAS NA TRANSDUÇÃO OLFATIVA CODIFICAÇÃO OLFATÓRIA As terminações nervosas serão levadas a glomérulos específicos, cada detecção do cheiro de determinada molécula será capaz de ativas pra mais ou pra menos os quimiorreceptores extremamente específicos; Moléculas Odoríferas Ligação a Proteínas Receptoras Olfativas ↑Golf ↑AMPc Abertura dos canais de cátions Despolarização dos cílios olfativos Potenciais de ação nos axônios do Nervo Olfativo Interneurônios Inibitórios FISIOLOGIA I | LIS ABREU BARCELOS 2026.2 Os quimiorreceptores possuem uma capacidade especificação extrema e estão distribuídos de forma heterogênea, mas a chegada da informação no Bulbo Olfatório precisa ser específica, quando chega nos Glomérulos, os quimiorreceptores vão convergir para um Glomérulo Específico com a sua característica. → De alguns glomérulos os sinais podem vim mais fortes e de outros podem vim mais fracos; → A chegada no Glomérulo acontece de forma específica, apenas um tipo de molécula se conectará com um determinado Glomérulo; → Se chega mais ou menos intenso isso terá um impacto na condução do sinal para o trato olfatório, ir mais de um cheiro e menos de outro vai dar uma percepção diferenciada ao córtex, pois são sinais com diferentes intensidades, o somatório dessas intensidades vai fazer com que o córtex diferencie a informação e sintamos os cheiros; VIAS OLFATÓRIAS CENTRAIS → Lobo Temporal vai perceber o cheiro, não necessariamente e obrigatório; → Característica particular, não tem necessidade de chegar no tálamo. INTEGRAÇÃO OLFAÇÃO-GUSTAÇÃO E O SABOR DOS ALIMENTOS → Ativações Gustativas e Olfatórias integrada a outras modalidades sensoriais; → Percepção do sabor: o Temperatura; o Consistência e Textura – sensibilidade somestésica da cavidade oral; → Quando sentimos o cheiro e dá água na boca: resposta motora ao estímulo olfatório.
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