Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVESIDADE ESTADUAL DA REGIÃO TOCANTINA DIREITO E LEGISLAÇÃO DATA: 15/ 02/1999 PROFESSOR: Rachel Avelar CURSO: Engenharia Civil TURMA: 2017.2 ACADÊMICO(A): Mário Silva de Lucena 1. Defina Direito, destacando sua importância para o engenheiro civil (1,0 PONTO). Direito é o sistema de normas que regula as condutas humanas por meio de direitos e deveres. Esse sistema se impõe em praticamente todos os âmbitos das relações sociais e, como tal, exerce um papel de enorme importância, mas também de grande ambiguidade, visto que seu conteúdo e aplicação são influenciados por numerosos fenômenos, como a religião, a política, a economia, a cultura, a moral e a linguagem e principalente aplicado a engenharia civil, uma vez que é de suma importancia que os engenheiros civis sigam as normas regulamentadoras. 2. Qual a diferença entre Direito público e Direito privado e como eles influenciam nas relações civis do Engenheiro Civil (1,0 PONTO). O Direito Público distingue-se do Direito Privado pelo facto de, no Direito Público, serem reguladas relações entre dois sujeitos, em que um deles (a entidade pública) está numa posição de supremacia perante o outro, em virtude de se encontrar no exercício de poderes públicos. De forma diferente ocorre no caso do Direito Privado, enquanto categoria do Direito, e que disciplina um conjunto de relações entre sujeitos em igualdade de posição, ou seja, enquanto simples particulares. Desta forma, o engenheiro civil tem que se atentar as difentes formas e normas de direitos que possibilitam as negociações e serviços ou seja pode atuam tanto no ambito público quanto privado. 3. As fontes do Direito são os usos e costumes, a lei, a jurisprudência e a doutrina. Explique cada uma e cite um exemplo (1,0 PONTO). Leis são as normas ou o conjunto de normas jurídicas criadas através de processos próprios, estabelecidas pelas autoridades competentes; Costume é a regra social derivada de prática reiterada, generalizada e prolongada, o que resulta numa convicção de obrigatoriedade, de acordo com a sociedade e cultura em particular; https://pt.wikipedia.org/wiki/Norma_jur%C3%ADdica https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_subjetivo https://pt.wikipedia.org/wiki/Religi%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica https://pt.wikipedia.org/wiki/Atividade_econ%C3%B4mica https://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura https://pt.wikipedia.org/wiki/Moral https://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem https://www.infopedia.pt/$direito?intlink=true Jurisprudência é o conjunto de decisões sobre interpretações de leis, feita pelos tribunais de determinada jurisdição; Doutrina é a produção realizada por pensadores, juristas e filósofos do direito, concentrados nos mais diversos temas relacionados às ciências jurídicas; 4. Defina Bens móveis e imóveis, e exemplifique (1,0 PONTO). O imóvel é um bem que não se pode ser movimentado, sem mudar a sua essência, ao contrário de um bem móvel, que pode ser movimentado sem mudar a sua essência ou que possui um movimento próprio. Um exemplo é os materiais de construção civil quando não são usados, são móveis. A partir do momento em que passa a pertencer definitivamente a um imóvel, passam para esta condição, e que pode voltar a ser móvel em caso de demolição. 5. O que são bens públicos e como eles podem ser classificados? Cite exemplos (1,0 PONTO). bens públicos classificam-se em: bens indisponíveis por natureza; bens patrimoniais indisponíveis; bens patrimoniais disponíveis. Os bens indisponíveis por natureza são aqueles que, dada a sua natureza não patrimonial, não podem ser alienados ou onerados pelas entidades a que pertencem. 6. O que são terras devolutas? Qual a diferença entre terrenos de marinha (1,0 PONTO). Terras devolutas são terras públicas sem destinação pelo Poder Público e que em nenhum momento integraram o patrimônio de um particular, ainda que estejam irregularmente sob sua posse. Os "terrenos de marinha" são imóveis de propriedade da União. 7. Faça uma pesquisa sobre Direito de Propriedade e Direito de vizinhança. Coloque as referências (3,0 PONTOS). DIREITO DE VIZINHANÇA São regras que limitam o direito de propriedade a fim de evitar conflitos entre proprietários de prédios contíguos, respeitando, assim, o convívio social. Constituem obrigações propter rem (que acompanham a coisa). Prevê o art. 1.277 do Código Civil que "o proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam, provocadas pela utilização de propriedade vizinha". Os atos prejudiciais à propriedade podem ser ilegais, quando configurar ato ilícito; abusivos, aqueles que causam incômodo ao vizinho, mas estão nos limites da propriedade (barulho excessivo, por exemplo); lesivos, que causam dano ao vizinho, porém não decorre de uso anormal da propriedade (indústria cuja fuligem polui o ambiente, por exemplo). Os atos ilegais e abusivos decorrem do uso anormal de propriedade, posto que ultrapassam os limites toleráveis da propriedade. Outro ponto a ser analisado para verificar a normalidade de uso é a zona de conflito, somados aos costumes locais, já que são diferentes num bairro residencial e industrial, por exemplo. Além disso, deve-se considerar a anterioridade da posse, pois a pessoa que comprou o imóvel próximo de estabelecimentos barulhentos não tem razão de reclamar. https://www.infoescola.com/direito/jurisprudencia/ https://www.infoescola.com/direito/jurisdicao/ https://www.infoescola.com/direito/doutrina-juridica/ Entende-se que os primeiros a se instalarem num certo local determinam a sua destinação, no entanto, esta teoria não é absoluta, ou seja, os proprietários não podem se valer da anterioridade para justificar a moléstia ao vizinho. GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro - Direito Das COISAS. Volume V, editora Saraiva, 2° tiragem, 2007. DIREITO DE PROPRIEDADE O legislador de 2002 não de(niu propriedade nem posse; o Código diz que possuidor é todo aquele que tem, de fato, o exercício pleno ou não dos poderes inerentes à propriedade. Refere-se apenas aos atributos da propriedade. O proprietário pode usar, gozar e dispor da coisa e o direito de reivindicar de quem a injustamente a possua ou detenha. O conceito genérico, no direito brasileiro, de direito de propriedade é o poder jurídico concedido pela lei a algum para usar, gozar, dispor de um determinado bem e de reavê- lo, de quem quer que injustamente o esteja possuindo. Usar: consiste em utilizar-se da coisa no seu próprio interesse, ou seja, extrair da coisa todos os benefícios ou vantagens que ela puder prestar, sem alterar-lhe a substância. O direito de propriedade não exige o uso. O uso é uma faculdade. Mesmo que o proprietário não use, não se perde a propriedade. Gozar: signi(ca que o proprietário pode retirar da coisa as suas utilidades econômicas, como, por exemplo, os frutos naturais, industriais e civis, além dos produtos. É uma faculdade do proprietário. Dispor: é a faculdade de alienar a coisa, seja onerosa ou gratuitamente. Reivindicar: não é uma faculdade, é um direito subjetivo. Concede ao proprietário o direito de recuperar a coisa que lhe foi injustamente retirada, para restaurar o seu patrimônio. Neste caso, existe a ação reivindicatória, cuja autoria é exclusiva do proprietário. A aquisição pode ser feita de forma ORIGINÁRIA ou DERIVADA. O modo de aquisição a título originário é um ato próprio, ocorre quando a coisa encontra-se desvinculada de qualquer relação com o titular anterior e sem que haja relevância com o antecessor. O caso típico de modo originário de aquisição de propriedade é a usucapião. O usucapiente não recebe a coisa do usucapido. Seu direito de aquisição não decorre do antigo proprietário, mas do direito resultante da sentença. Quanto à desapropriação, também é considerada uma aquisiçãooriginária, já que independe da vontade do proprietário. O Estado não compra a coisa, ele a incorpora por ato próprio. O Estado não paga um preço e sim uma indenização. A aquisição derivada ocorre quando a transmissão é feita de um proprietário a outro, por ato inter vivos ou causa mortis. A coisa chega ao adquirente com as mesmas características anteriores, não se extingue o ônus. Ex: Servidão, hipoteca, compra e venda e doação. A aquisição também pode ser GRATUITA ou ONEROSA. A gratuita se dá quando a propriedade é adquirida sem contraprestação, como no caso da doação. Na onerosa, existe uma contraprestação, como na compra e venda. A aquisição da propriedade também pode ser SINGULAR ou UNIVERSAL. No primeiro caso, se refere a uma coisa determinada, como comprar uma casa. No segundo caso, se adquire uma universalidade de direitos. Exemplo: sucessão aberta. DIREITOSREAIS,<acessadoem>https://www.emerj.tjrj.jus.br/serieaperfei coamentodemagistrados/paginas/series/16/direitosreais_75.pdf
Compartilhar