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Fios absorvíveis sintéticos ou orgânicos Ácido poliglicólico (Dexon®): Polímero do ácido glicólico, há variações, Dexon Plus, que é recoberto por lubrificante. Absorção: 120 dias; Bom manuseio; Ampla aplicação; Suturas bem toleradas em feridas infectadas; Custo alto (R$). Poliglactina 910 (Vicryl®): Polímero contendo ácido glicólico e ácido lático, hidrofóbico e mais resistente à hidrólise. Indicado para suturas internas. Baixa reação tecidual; Ampla aplicação; Estável em feridas contaminadas; Custo alto (R$). Polidioxanona (PDS®): Polímero monofilamentado, sofre hidrólise, mas em maior tempo. Perde 86% de sua força tênsil após 56 dias; Absorção: 180 dias; Resistência tênsil maior que Dexon e Vicryl; Maior flexibilidade que os anteriores; Desvantagens: Em suturas continuas, realizar 7 nós; Custo alto (R$). Poligliconato (Maxon®): Copolímero monofilamentado de ácido glicólico ecarbonato de trimetilene. Possui excelente segurança no nó. Absorção: 6 a 7 meses por macrófagos; Boa força tênsil com pouca ou nenhuma absorção durante o período crítico de cicatrização, Custo alto (R$). Fios inabsorvíveis naturais ou orgânicos: Fio de Seda: Obtido da seda natural, com resistência à tração e boa capacidade de aplicação do nó cirúrgico. Poucas indicações na cirurgia de pequenos animais Baixo custo (R$); Bom manejo. Desvantagens: Alta capilaridade; Produz ulceração gastrintestinal; Evitada em mucosa de vísceras ocas e feridas contaminadas; Reação tecidual; No trato urinário pode produzir litíases. Fio de Algodão: Fio resistente à tração, e boa capacidade de aplicação do nó cirúrgico Baixo custo (R$) e fácil aquisição; Bom manejo e facilidade no nó; Autoclavado; Desvantagens: Alta capilaridade; Alto índice de fricção; Reação tecidual. Fios metálicos Fio de aço inoxidável: Empregado na redução de fraturas. Resistente e inerte; Fácil esterilização e cicatriz mínima; Baixo coeficiente de fricção; Desvantagens: Manejo delicado e fio permanente; Nós de difícil aplicação, Tendencia a cortas os tecidos; Instrumentais específicos para o corte; Extremidades dos fios – ponto de irritação. Agrafes: Aplicação rápida Desvantagens: Necessita de pinça de Michel para colocação e retirada Tendência de enrugar as bordas. Fios inabsorvíveis sintéticos ou inorgânicos: Nylon (Náilon): Polímero de cadeia longa, disponível na forma mono e multifilamentar. Baixa reação tecidual (inclusive em tendões em cães); Ampla aplicação; Sem capilaridade e inerte; Alta resistência e baixo custo (R$); Desvantagens: Manuseio difícil (escorregadio); Baixa segurança no nó (mediante pouca habilidade); Mínimo 5 nós (um duplo e três simples). Poliprileno (Propele®): Polímero monofilamentar de propileno, derivado do gás propano. Boa retenção de força e inerte; Maior confiança no nó; Força tênsil inferior ao nylon; Desvantagens: Alto custo (R$); Resistência a contaminação bacteriana; Manuseio escorregadio; Dificuldade na realização do nó. Caprolactam polimerizado (Supramid®, Vetafil®): Fio multifilamentar,revestido para minimizar a capilaridade e usado em suturas interna e externas. Força tênsil superior ao nylon; Alta resistência; Pouca reação tecidual; Desvantagens: Alto custo (R$): Esterilização pelo calor ou óxido de etileno; Autoclavagem dificulta o manuseio. Poliéster: polímero sintético, simples e revestido (lubrifica o fio). Quando revestido, inclui o silicone. Geralmente usado em cirurgia cardiovascular e plástica. Pouca perda da força tênsil; Mais forte dos não metálicos; Desvantagens: Maior reação tecidual entre os sintéticos; Não usado em feridas contaminadas; Mínimo 5 nós; Elevado coeficiente de fricção. Material Cirúrgico Bisturi: É constituído por um cabo reto com encaixe em uma das extremidades para uma lâmina desmontável e descartável. Tesoura de Mayo: São utilizadas para desbridar e cortar tecidos mais densos como fáscia e músculos, são encontradas retas ou curvas. Tesoura de Metzenbaum: Usada para seccionar tecidos, dividir vasos ligados e também para dissecção. Limitada para a dissecção de tecidos densos. Tesouras Cirúrgicas: A tesoura cirúrgica ou tesoura de uso geral são geralmente retas, pesadas e rombas, destinam-se para secção de fios ou outros materiais Romba-romba reta Romba-romba curva Romba-fina reta Fina-fina reta Pinça Halsted (mosquito): Apresenta serrilhado transversal delicado em toda sua parte preensora, com ou sem dentes. E com 11 a 13 cm de comprimento, utilizadas muitas vezes para pinçamento de vasos de menor calibre e reparo de fios; Há uma variante denominada Hartmann-Halsted diferenciando apenas pelo tamanho 8 a 10 cm de comprimento. Pinça Kelly: Apresentam ranhuras transversais em 2/3 da garra, com 13 a 16 cm de comprimento; apresentam pontas menores, utilizadas para pinçamento de vasos e fios grossos. Pinça Rochester: É uma pinça hemostática robusta usada para pinçamento de pedículos e órgãos circundados com vasos. Pinça Allis: Apreensão traumática. a, sua porção prensara possui hastes que não se tocam, com exceção das extremidades, curvadas uma em direção à outra e com múltiplos dentículos em suas pontas têm poder de preensão por denteamento fino nas superfícies de contato. Variando de 14 a 23 cm. Pinça Kocher: Sua parte preensora apresenta ranhuras transversais e apresentam dentes de rato nas suas extremidades, aumentando a capacidade de preensão, tornando-a mais traumática. Sendo por isso utilizada, muitas vezes, na tração de tecido fibroso como aponeurose. Pinça de Adson: Pinças delicadas, por apresentares pontas afinadas, com ou sem dentes de rato, podendo ser reta ou angulada e 12 cm de comprimento. São de grande utilização em operações estéticas. Existe uma variação denominada Pinça de BrownAdson que diferem da de Adson quanto a configuração da ponta que é mais larga e possui múltiplos dentes finos encaixados. Pinça Backaus: Têm pontas agudas ou dentes para fixar os panos de campo à pele, prender os campos entre si ou fixar objetos nos campos. Pinça Porrs: São pinças atraumáticas e possuem denteamento especial que permite realizar a hemostasia sem lesionar os vasos. Vasculares para hemostasia temporária. Pinça Duval: Servem para a preensão de tecidos delicados ou vísceras. Possui ampla superfície de contato e com ranhuras, causando trauma mínimo aos tecidos. Pinça de Babcock: Estas pinças têm os mesmos usos das pinças de ALLIS. Diferem destas últimas por terem a parte preensora um pouco mais larga e também fenestradas. Pinça Intestinal: Pinças longas utilizadas nas técnicas de ressecção de segmentos do tubo digestivo para evitar a passagem de secreções para a área que está sendo manuseada. Adicionalmente, determinam hemostasia temporária nos vasos da parede dos órgãos. Podendo ser traumáticas ou atraumáticas. Pinça Hemostática de Crile: Possuem ranhuras transversais em toda sua parte preensora. Isto lhe confere utilidade também no pinçamento de pedículos, quando a pinça é aplicada lateralmente. Com 14 a 16 cm de comprimento. Pinça Hemostática de Halsted: Apresenta serrilhado transversal delicado em toda sua parte preensora, com ou sem dentes. E com 11 a 13 cm de comprimento, utilizadas muitas vezes para pinçamento de vasos de menor calibre e reparode fios; Há uma variante denominada Hartmann-Halsted diferenciando apenas pelo tamanho 8 a 10 cm de comprimento. Pinça de Dissecação: Destinam-se para manipulação de tecidos, variando de 10 a 30 cm de comprimento e formato das pontas, com ou sem dentes de rato. As que não possuem dentes apresentam pequenas estrias transversais nas pontas propiciando pinçamento atraumático. Porta-agulha de Hegar (Hegar-Mayo): Possui argolas na extremidade das hastes e possui a mesma empunhadura e mesmo manuseio da pinça hemostática. É ideal para suturas em profundidade devidos às suas hastes longas e estreitas. É usado também para transfixação de estruturas rígidas como osso e pele. Possui cremalheira para travamento, em pressão progressiva. São disponibilizados também com pontas de vídia. Podem ter de 14 a 30 cm de comprimento. Porta-agulha de Matheiu: É ideal para trabalho em superfície e é manipulado em posição empalmada. Possui uma mola em forma de lâmina unindo suas hastes, o que faz com que fiquem automaticamente abertos, quando não travados. Porta-agulha de Olsen-Hegar: O porta-agulhas de Olsen-Hegar tem como característica reunir, num só instrumento, as funções do porta-agulhas e da tesoura para corte dos fios, proximal a face preensora. Afastador de Farabeuf: Afastadores de mão, com hastes de comprimento e largura variados constituído basicamente de uma lâmina metálica dobrada no formato da letra "C", usado para afastar pele, subcutâneo e músculos superficiais. Afastador de Volkmann: Possuem um a seis garras em forma de ancinho, rombas ou agudas, na extremidade possibilitando maior aderência. Variando de 11 a 16 cm, usado somente em planos musculares. Afastador de Gosset: Usado para afastar parede abdominal apresenta duas hastes paralelas apoiadas em uma barra lisa e não possui mecanismo de catraca. Afastador de Gelpi: Apresenta extremidade aguda única de preensão, com cabos articuláveis e dispositivo de trava acionado com os dedos. Afastador de Finochietto: Usado em cirurgia do tórax para abertura dos espaços intercostais ou mediosternal, possuindo engrenagem na barra transversa. Afastador de Weitlaner: Com cabos articuláveis e não-articuláveis, três ou quatro ramos rombos ou agudos, em ancinho, em suas extremidades. Classificação dos instrumentais cirúrgicos: TIPO FUNÇÃO EXEMPLO DIÉRESE Corte e divulsão Bisturi e Tesoura PREENSÃO (AUXILIAR) Apanhar estruturas Pinça anatômica e Pinça de Allis HEMOSTASIA Pinçamento de vasos Pinças hemostáticas (Crile, Kocher) EXPOSIÇÃO (AUXILIAR) Afastar tecidos Afastadores (Gosset e Farabeuf) ESPECIAL Própria Pinça demilitadora de orelhas SÍNTESE União dos tecidos Porta-agulhas e Agulhas CAMPO Antissepsia, fixação Cheron e Bachaus Força Tênsil: MAIS RESISTENTE INABSORVÍVEIS ABSORVÍVEIS Aço Poliglactina Poliéster Ácido poliglicólico Poliamida Polidioxanona Polipropileno Poligliconato Seda Categute cromado Algodão Categute simples MENOS RESISTENTES Organização da Mesa Cirúrgica: Especial Síntese Diérese Hemostasia Campo Auxiliar
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