Buscar

SEMIOLOGIA DO IDOSO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 46 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 46 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 46 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

SEMIOLOGIA DO IDOSO 
Alice Vitória Barros da Silva – MEDICINA – UNISL 
 
DINÂMICA DA VIDA E MORTE NO 3º MILÊNIO 
 Aumento da extensão da vida 
 Aumento do numero de idosos 
 Familias menores e dispersas 
 Sobrevida com incapacidade 
 Medicalização da vida na velhice 
✔ A população que mais cresce proporcionalmente é a dos muitos idosos, ou seja, de 80 anos 
e mais. 
✔ Com o envelhecimento populacional, verifica-se a transição entre as principais causas de 
morbidade e mortalidade (transição nosológica), de tal modo que as doenças não 
transmissíveis e as causas externas passam a predominar sobre as doenças transmissíveis, 
pois, à medida que as pessoas alcançam idades avançadas, aumenta o risco de que elas 
adquiram doenças crônicas e desenvolvam incapacidades, acarretando importante sobrecarga 
ao sistema de saúde. 
✔ No Brasil, o que tem sido observado é uma superposição entre as duas etapas, com 
aumento das doenças cardiovasculares, responsáveis pela maioria das mortes, que se somam 
às doenças transmissíveis, ainda endêmicas ou causando epidemias, como é o caso da 
malária, da febre amarela e da dengue. 
PROCESSO DE ENVELHECIMENTO E CONCEITO DE IDOSO 
 
✔ Do ponto de vista biológico, conceitua-se o envelhecimento como um processo dinâmico e 
progressivo, no qual há modificações morfológicas, funcionais, bioquímicas e psicológicas que 
determinam perda da capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente, ocasionando 
maior vulnerabilidade e maior incidência de processos patológicos que terminam por levá-lo à 
morte. 
✔ O envelhecimento é progressivo, gradual e variável. 
ENVELHECIMENTO = VULNERABILIDADE + Variabilidade + Irreversibilidade 
 
 
ENVELHECEMOS DE FORMA IGUAL? 
✔ O processo de envelhecimento é 
progressivo, gradual e, principalmente, 
variável. O fenótipo por ele determinado é o 
resultado de fenômenos intrínsecos ao 
organismo associados a fatores ambientais, 
ao estilo de vida, às condições nutricionais e 
à ocorrência de doenças. 
✔ Desse modo, ninguém envelhece igual a 
outro da mesma espécie, mesmo que os 
seus genótipos sejam praticamente 
idênticos, como os gêmeos monozigótico. 
 
 
 
Declínio da 
Fertilidade
Aumento da 
expectativa de vida
Inversão da pirâmide 
populacional
Declínio da 
Mortalidade
 
IDOSO 
 Impossível estabelecer o momento exato em que um indivíduo se torna idoso. 
 Ninguém chega a uma determinada idade ou o processo é considerado completo 
 Ele só termina ao final da vida 
✔ OMS – idoso 65 anos ou mais, porém, países com expectativa de vida mais baixa, pode-se 
reduzir o limite para 60 anos. 
Tanto a ONU como a OMS adotam os seguintes limites cronológicos: 
■ Idosos em países de renda média ou baixa: 60 anos ou mais 
■ Idosos em países de renda alta: 65 anos ou mais 
■ Muito idosos: 80 anos ou mais 
 
 SENESCÊNCIA: Envelhecimento fisiológico 
 SENILIDADE: Envelhecimento patológico 
✔ A separação entre senescência e senilidade não é muito nítida; por isso, procura-se 
distribuir os idosos entre aqueles com envelhecimento bem-sucedido e aqueles com 
envelhecimento comum ou usual. Neste último, os fatores extrínsecos, como dieta, atividade 
física e condições psicossociais, intensificariam os efeitos do tempo sobre os órgãos e 
sistemas, ao passo que na forma de envelhecimento bem-sucedido, esses fatores extrínsecos 
não existiriam ou seus efeitos seriam de pequena importância 
 
MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS NO IDOSO 
✔ Os idosos usam suas reservas fisiológicas para manter a homeostase. 
✔ Quando as reservas NÃO são necessárias para suprir aumento das demandas de doenças 
agudas, ocorre falência dos sistemas. 
 
ALTERAÇÕES DA CONSTITUIÇÃO CORPORAL COM O ENVELHECIMENTO 
 Diminuição da massa óssea 
 Diminuição da massa muscular (sarcopenia) 
 Redução da água intracelular 
 Aumento com redistribuição da gordura corporal, que se acumula nos omentos, 
lóbulos das orelhas, regiões paracardíaca e perirrenais 
 Diminuição do tecido celular subcutâneo dos membros e aumento no tronco 
 Aumento dos diâmetros da caixa torácica e do crânio 
 Diminuição da estatura em cerca de 1 cm por década a partir dos 40 anos, em 
decorrência da acentuação das curvaturas da coluna vertebral e do achatamento dos 
arcos dos pés e dos discos intervertebrais. 
 
✔ A imunidade celular declina, e ocorrem alterações da imunidade humoral, com aumento na 
prevalência de neoplasias e infecções e redução da resposta vacinal. Paradoxalmente, há 
maior predisposição à formação de autoanticorpos, processo conhecido como 
imunossenescência 
 
✔ DEFORMIDADE PROGRESSIVA DA COLUNA VERTEBRAL 
 
EXAME FISICO 
 
PELE E FANEROS 
• Diminuição da espessura 
• Diminuição da elasticidade da epiderme e derme 
• Alteração do colágeno 
• Diminuição das fibras elásticas 
• Rede vascular visível 
• Redução do tecido subcutâneo com rede vascular mais visível 
• Redução de número e atividade das glândulas sudoríparas e sebáceas 
• Diminuição e alteração funcional dos melanócitos 
 Melanose senil. Ocorre devido a redução dos melanocitos. 
 Púrpura senil. Ocorre devido redução da espessura da pele 
e do subcultaneo onde com pequenos traumas surgem essas manchas vermelhas e salientes. 
CONSEQUENCIAS? 
 Prejuízo na cicatrização; 
 Diminuição na tensão da pele; 
 Diminuição da capacidade proliferativa; 
 Susceptibilidade a lesões como Ulceras por Pressão; 
 Diminuição da microvasculatura; 
 Diminuição na percepção sensorial 
 Susceptibilidade a infecções. 
 Canície: esbranquecimento dos cabelos. 
 Calvície: diminuição da quantidade de bulbos capilares. 
 Onicogrifose: unhas crescem mais lentamente e se tornam espessas e curvas. 
 
SISTEMA OSTEOARTICULAR E MUSCULAR 
✔ Ocorre perda de tecido ósseo com diminuição do osso compacto e redução das laminas do 
osso trabecular. 
✔ As suturas do crânio desaparecem e o crânio perde a elasticidade. 
✔ Ocorre desgaste dos ossos maxilar e mandíbula. Observa-se anquilose das articulações 
costocondrais, fazendo com que a caixa torácica perca sua elasticidade e mobilidade. A 
espessura dos discos intervertebrais também diminui; com isso, acentuam-se as curvaturas 
da coluna vertebral, principalmente a torácica. As cartilagens articulares tornam-se mais 
delgadas e sofrem rachaduras superficiais. 
 Perda de 1 a 2% da massa muscular ao ano após a sexta década de vida. 
 SARCOPENIA: diminuição da massa e da força muscular 
 Perda de peso cerebral: 1,4 a 1,7% por década, após os 15 anos; 
 Lentificação da velocidade da condução nervosa; 
 Redução progressiva e irreversível dos neurônios; 
 Redução do tempo total de sono em decorrência da diminuição da duração e da 
frequência da fase 4 do sono não REM (aumentam-se os despertares noturnos) 
 
 
 
• Degeneração vascular amilóide; 
• Aparecimento de placas senis e degeneração neurofibrilar; 
• Comprometimento da neurotransmissão dopaminérgica e colinérgica. 
• Aparecimento de doenças: Alzheimer e Parkinson; 
 
 
 
 
 
 
• Acúmulo extracelular, em tecidos cerebrais: 
• De peptídeo beta-amiloide Depósitos de proteína TAU hiperfosforilada 
 
 
 
• Dorme cerca de 5h por noite; 
• Despertares frequentes (sono superficial); 
• Sonolência diurna, com cochilos frequentes; 
• Dorme cedo - acorda cedo; 
• Constantes queixas familiares. 
• O sistema cardiovascular sofre acentuada redução da sua capacidade funcional 
 
 
 
EXAME CLÍNICO DO IDOSO 
 
ASPECTOS PRÓPRIOS DO IDOSO 
• Tendência a ter múltiplas doenças 
• Tendência a ter doenças crônicas 
• Os sintomas da doença atual podem ser alterados por doenças preexistentes 
• As primeiras manifestações podem aparecer somente em fases avançadas 
• Doenças agudas mais graves e de recuperação mais lenta 
• Doenças com apresentação atípica 
• Deficiências funcionais que comprometem autonomia e independência 
• Maior risco de iatrogênia (sofrerdanos por tratamento ou investigações diagnósticas) 
• Fenômeno iceberg 
✔ No momento de apresentar o plano terapêutico, o médico deve incluir um familiar ou o 
cuidador (pessoa que presta auxílio à outra em suas atividades da vida diária, que pode 
ser um familiar, amigo ou alguém contratado para essa finalidade) na discussão, mas a 
vontade do paciente deve ser soberana. 
PRINCIPIOS BASICOS 
• Idade cronológica guarda pouca relação com condições clínicas e prognóstico 
• Quanto maior a idade, maior o risco de invalidez 
• Existem estereótipos e preconceitos em relação à velhice 
• Muitos idosos tem seus próprios preconceitos - ’’é da velhice .... Não tem tratamento” 
• Envelhecer não é tornar-se criança novamente 
• Sintomas apresentados pelo paciente não são explicados por uma única doença 
• No momento de estabelecer o plano de cuidado deve incluir o cuidador ou familiar 
 
 
RECOMENDAÇÕES PRATICAS 
• Presença de familiar ou cuidador 
• Barreiras de linguagem 
• Conforto do paciente 
• Deficiência auditiva 
• Deficiência visual 
• Deficiência cognitiva 
 
ANAMNESE 
 História longa e demanda muitos encontros para ser completadas 
 Oportunidade de expressar suas preocupações e receber atenção é 
comprovadamente terapêutica 
 Ideal ser atendido por uma equipe multidisciplinar 
 É preciso assegurar-se da confiabilidade dos dados fornecidos pelo paciente 
 Quando necessário deve-se requisitar a ajuda do familiar ou cuidador 
 Portadores de múltiplas doenças crônicas e tendem a apresenta-las de forma 
atípica. 
 Queixa do paciente X queixa do familiar 
 
TESTE DA SACOLA DE REMÉDIOS 
✔ Os medicamentos que estão sendo usados 
e aqueles que foram utilizados 
recentemente pelo paciente merecem 
atenção especial. Os pacientes devem ser 
encorajados a levar os medicamentos ou, 
pelo menos, uma lista por escrito. 
✔ Deve-se perguntar insistentemente sobre 
automedicação. 
 
PROBLEMAS QUE DEVEM SER AVALIADOS – IMPORTANTES NO 
INTERROGATÓRIO SINTOMATOLÓGICO 
 Deficiência de memória 
 Distúrbios de comportamento 
 Deambulação compulsiva (paciente 
que perambula) 
 Tonturas 
 Alterações da marcha e uso de 
equipamentos de adaptação 
(bengalas, andadores) 
 Problemas com os pés 
 Quedas 
 Perda visual 
 Perda auditiva 
 Problemas dentários e uso de 
próteses 
 Distúrbios alimentares, dietas 
especiais e perda de peso 
 Modificações do sono 
 Fadiga 
 Dor 
 Incontinência 
 Úlceras de pressão 
 Sintomas depressivos e ansiedade 
 Sexualidade 
 
MEDICAMENTOS 
✔ O aumento da gordura corporal, redução da água corporal, redução do metabolismo 
hepático e da excreção renal, aumentam significativamente o risco de reac ̧ões adversas a 
drogas e podem desencadear declínio funcional, incapacidades, internac ̧ão e óbito. 
 
✔ Cuidados paliativos para alívio de sintomas como dor, dispneia, náuseas, vômitos, 
constipação intestinal, ansiedade e depressão devem ser instituídos logo que se tenha o 
diagnóstico de uma doença crônica sem perspectiva de cura. 
HISTÓRIA PREGRESSA 
 Diagnósticos prévios, 
 Internações, 
 Cirurgias e os procedimentos 
diagnósticos, 
 Tabagismo, 
 Etilismo, 
 Sexualidade, 
 Atividade física, 
 Direc ̧ão veicular, 
 Imunização e 
 Uso de órteses ou próteses. 
 
EXAME FÍSICO 
✔ Deve ser completo e minucioso 
• Pacientes agitados ou em estado grave – exame mais direcionado na primeira 
avaliação, priorizando-se os problemas que oferecem risco à vida e que demandam 
intervenção terapêutica imediata; porém, deve ser completado o mais breve possível, 
inclusive com a realização da avaliação funcional. 
• Se inicia quando o paciente entra no consultório 
✔ Observam-se postura, fácies, deambulação, gestos, modo de sentar e levantar, como ele 
se despe e acomoda-se na mesa para exame. 
✔ É importante que o examinador se lembre de elevar a cabeceira da mesa de exame devido 
afecções que causam dispneia de decúbito. É necessário dispor de um pequeno travesseiro, 
porque muitos são portadores de artrose cervical ou de doença de Parkinson, que causam 
rigidez e dificultam o apoio da cabeça no mesmo plano do dorso. 
POSTURA E MARCHA 
✔ Devemos lembrar que, com o avançar da idade, a cabeça desloca-se para frente e ocorre 
diminuição da lordose lombar normal. 
• Marcha senil: caracteriza-se por aumento da flexão dos cotovelos, cintura e quadril. 
Diminui também o balanço dos braços, o levantamento dos pés e o comprimento dos 
passos (marcha de pequenos passos) 
• Teste ”levantar e andar”: Paciente sentado em uma cadeira, você pede pra ele 
levantar e andar 3 metros com passos seguros e girar 180 graus e retornar, sentando-
se na cadeira. Você cronometrar o tempo que esse idoso leva para realizar essa tarefa. 
O normal é até 20 segundos. 
FÁCEIS 
✔ Algumas expressões fisionômicas que caracterizam fácies típicas de algumas doenças, 
como o hipotireoidismo, hipertireoidismo, depressão, e mesmo da síndrome parkinsoniana, 
podem não ser observadas nos idosos. 
PESO E ALTURA 
✔ O peso nem tanto, mas a altura é um parâmetro quase sempre negligenciado no exame 
físico do paciente idoso. 
✔ A estatura é provavelmente menor do que a que o paciente alcançou ao final de sua fase 
de crescimento. Isso resulta do encurtamento da coluna vertebral por redução da altura dos 
corpos vertebrais e dos discos intervertebrais, além do aumento de todas as suas curvaturas. 
Em algumas doenças, como a osteoporose, esse fenômeno acentua-se ainda mais 
HIDRATAÇÃO 
✔ As alterações da pele (diminuição do turgor), da mucosa oral e da língua (menos 
umedecidas por diminuição da produção de saliva) e das conjuntivas (diminuição da secreção 
lacrimal) que ocorrem com o envelhecimento dificultam a avaliação do estado de hidratação 
do paciente idoso. No entanto, mesmo com tantas dificuldades, essa avaliação deve ser 
sempre feita, já que os distúrbios hidreletrolíticos ocorrem com mais frequência e são mais 
graves nessa faixa etária. 
PELE 
✔ Pesquisar a existência de lesões sugestivas de maus-tratos (equimoses), de úlceras por 
pressão e as condições de higiene do paciente. 
✔ A PELE SENIL apresenta diminuição da elasticidade, do turgor, da espessura, das secreções 
sudorípara e sebácea pela ação ambiental principalmente dos raios ultravioleta (podem 
ocorrer zonas de hipo e hiperpigmentação e de hiperqueratinização), além das afecções que 
frequentemente acometem os idosos (neoplasias, micoses). 
✔ Devem-se buscar sinais de carências nutricionais, principalmente vitamínicas, pois elas são 
mais comuns nos idosos, destacando-se as alterações tegumentares da pelagra e do 
escorbuto. 
 
PRESSÃO ARTERIAL 
✔ É um dado que não pode ser esquecido durante o exame físico do idoso. Com o 
envelhecimento, a pressão arterial sistólica eleva-se (hipertensão sistólica isolada do idoso), 
o que constitui um fator de risco para as doenças cerebrovasculares, além do fato de que, 
entre esses pacientes, a prevalência da hipertensão arterial essencial também é maior. 
HIPOTENSÃO POSTURAL E ORTOSTÁTICA 
✔ É reconhecida quando ocorre uma redução de 20 mmHg ou mais na pressão sistólica e/ou 
10 mmHg ou mais na diastólica ao passar-se da posição deitada para a posição de pé. 
✔ Para detectá-la, é preciso obedecer à seguinte técnica: 
 (1) determinar a pressão arterial do paciente em decúbito dorsal, depois de 2 a 3 min 
de descanso; 
 (2) em seguida, com o paciente sentado, e, após ficar de pé, com intervalo de 1 e 3 min. 
(Se a suspeita de hipotensão postural for grande, pode-se fazer uma nova medida depois 
que o paciente der alguns passos.) 
✔ É importante tomar o pulso e contar a frequência cardíaca durante todas as etapas da 
pesquisa de hipotensão postural, pois este pode ser um dado importante no diagnóstico 
etiológico. Em indivíduos normais, ela se eleva de 6 a 12 bpm na posição ereta. 
✔ A falta de elevaçãoda frequência cardíaca na queda da pressão arterial indica falha do 
sistema nervoso autônomo. 
✔ Acentuado aumento na frequência de pulso (maior que 20 bpm), na posição supina, sugere 
hipovolemia. 
 
EXAME DA CABEÇA E PESCOÇO 
 Tamanho do crânio: ele pode aumentar na doença de Paget dos ossos 
 Dentição / próteses 
 Palpar tireoide 
 Palpar e ausculta pulsos arteriais 
 Palpar cadeias ganglionares e as paróridas 
EXAME DO TÓRAX 
• Cifose torácica 
• Alargamento ântero-posterior 
• DPOC, osteoporose 
• Diminuição do murmúrio vesicular 
• Nunca ruídos adventícios 
• Bulhas cardíacas hipofonéticas 
• Quarta bulha pode surgir sem significado patológico como consequência da redução da 
complacência do ventrículo esquerdo que acompanha o processo de envelhecimento 
• Estalido protossistólico e/ou sopro ejetivo 
• Sopro sistólico regurgitativo em foco mitral 
• Sopro diastólico 
• Estenose de aorta, o sopro quase sempre se acompanha de frêmito, alteração de 
pressão e pulsos 
• Os sopros diastólicos sempre indicam disfunção valvar. 
 
EXAME DO ABDOME 
• Palpar e auscultar o trajeto da aorta abdominal 
• Palpação suprapúbica: é importante nos casos de diminuição do volume urinário ou 
incontinência, sob pena de deixar passar uma bexiga distendida 
• Toque retal: devido as doenças prostáticas, os fecalomas e as neoplasias do reto 
EXAME DAS EXTREMIDADES 
• Deformidades: alterações da tíbia com arqueamento das pernas, são sugestivas de 
doença de Paget dos ossos. 
• Doenças osteoarticulares: nódulos de Heberden das articulações interfalangianas 
distais são comuns na osteoartrite, que também é uma doença mais frequente na 
velhice. 
• Trofismo muscular 
• Pulsos 
• Edema
 
 
EXAME NEUROLÓGICO 
• Deve ser realizado em todos os idosos 
• Doenças neurológicas apresenta sintomas inespecíficos: como é o caso da doença de 
Parkinson, que pode ocorrer sem tremor e o paciente procurar o médico por depressão 
e/ou quedas. 
• Avaliar nervos de pares craniano e movimentação ocular 
• Força e trofismo muscular 
• Reflexos testados, podem estar diminuídos (patelares e aquileus) 
• Sinais de comprometimento piramidal e extrapiramidal: (sinal de Babinski, hiper-
reflexia) e extrapiramidal (rigidez, tremores, coreia, bradicinesia) devem ser 
pesquisados, pois as doenças neurodegenerativas que acometem os idosos podem 
afetar esses sistemas. 
 
 
 
AVALIAÇÃO FUNCIONAL DO IDOSO 
 AVALIAÇÃO GERIATRICA AMPLA (AGA) 
✔ A Avaliação Geriátrica Ampla (AGA), também denominada Avaliação Geriátrica Global 
(AGG), é uma expressão utilizada para denominar um procedimento de avaliação 
multidimensional, frequentemente interdisciplinar, que tem como objetivo determinar as 
deficiências, incapacidades e desvantagens apresentadas pelo paciente idoso, visando ao 
planejamento do cuidado e ao seguimento. 
• Padrão-ouro para o manejo da fragilidade do idoso. 
• Sua duração média varia de 60 a 90 minutos. 
• Necessária a aplicação de diversos instrumentos ou escalas de avaliac ̧ão funcional e de 
avaliac ̧ões específica. 
• Diagnóstico clínico-funcional deve ser capaz de reconhecer as incapacidades, tanto no 
que se refere à independe ̂ncia e autonomia nas atividades de vida diária 
(funcionalidade global) 
PRINCIPAIS OBJETIVOS DA AGA 
 Melhorar a acurácia diagnóstica. 
 Avaliar a capacidade funcional do indivíduo qualitativa e quantitativamente. 
 Estabelecer parâmetros para acompanhamento do paciente. 
 Orientar a decisão de medidas que visam preservar e restaurar a saúde. 
 Identificar fatores que predisponham à iatrogenia e estabelecer medidas para sua 
prevenção. 
 Identificar os indivíduos de alto risco e orientar quanto a seus riscos. 
 Servir de guia para modificações e adaptações do ambiente em que o idoso vive, 
visando à preservação de sua independência. 
 Estabelecer critérios para indicar reabilitação, internação, institucionalização e alta 
 
✔ Os idosos considerados de alto risco para rápida deterioração clínica e cuja avaliação pela 
AGA é imperativa apresentam as seguintes características: 
o Têm idade superior a 80 anos 
o Vivem sós 
o Estão de luto ou deprimidos 
o Apresentam deficiência cognitiva 
o Sofrem quedas frequentes 
o Têm incontinência urinária e/ou fecal 
o Não souberam lidar adequadamente com acontecimentos do passado e com as perdas 
que uma vida longa pode trazer (resiliência diminuída). 
 
✔ Os parâmetros especialmente avaliados na AGA são os seguintes: 
 Equilíbrio, mobilidade e risco de quedas: Equilibrio estático x equilíbrio dinâmico ( 
Teste de levantar e andar). Durante o teste, observam-se a mobilidade, o equilíbrio e a 
marcha do paciente. 
 
✔ Os escores e sua interpretação são: 
1 – normalidade, 
2 – anormalidade leve, 
3 – anormalidade média, 
4 – anormalidade moderada, 
5 – anormalidade grave. 
✔ Indivíduos com pontuação de 3 e mais apresentam risco aumentado de quedas. 
✔ Os escores e sua interpretação são: 
≤ 10 segundos – indivíduo independente sem alterações no equilíbrio; 
11 a < 20 segundos – independente em transferências básicas com baixo risco de quedas; 
≥ 20 segundos – dependente em várias atividades de vida diária e na mobilidade com alto 
risco de quedas 
✔ Outro teste muito utilizado é o Teste de equilíbrio e marcha de Tinetti, que na adaptação 
realizada no Brasil recebeu o nome de POMA-Brasil. 
✔ Nas situações de comprometimento das sensibilidades proprioceptivas conscientes ou da 
esfera vestibular, utiliza-se a pesquisa do sinal de Romberg, realizada com o indivíduo em 
posição ereta, pés unidos e olhos fechados. 
 O teste é positivo quando há o aparecimento de oscilações corpóreas, podendo ocorrer 
queda em qualquer direção. Pode ser necessária a realização de manobras especiais, 
como a colocação de um pé na frente do outro ou o apoio em um só pé, sendo aqui 
denominado Romberg sensibilizado 
✔ A massa muscular é avaliada pela circunferência da panturilha 
✔ A avaliação da força muscular de um determinado segmento do corpo pode ser feita 
solicitando ao paciente que realize determinado movimento contra a resistência oposta pelo 
examinador, sendo que a quantificação vai de grau 0 (nenhum movimento do músculo) até 
grau 5 (força normal). Nas situações em que é impossível a realização da força de preensão 
palmar (artrite, sequela de AVC), pode-se realizar o chamado “teste da subida da cadeira”, 
que mede a quantidade de tempo necessário para o paciente subir 5 vezes a partir da posição 
sentada. Neste caso, o ponto de corte para sarcopenia é > 15 segundos para 5 subidas 
 
✔ Função cognitiva e condições emocionais 
COGNIÇÃO: 
• É́ um conjunto de capacidades mentais que permitem ao indivíduo compreender e 
resolver os problemas do cotidiano. 
• Inicia-se com a investigac ̧ão sobre a presenc ̧a de esquecimento. 
• Inicialmente devem ser valorizados a auto-percepção, o tipo e a evoluc ̧ão do 
esquecimento. 
• A presença de esquecimento percebido pelo paciente (P) de forma desproporcional à 
percepção dos familiares (F) sugere duas possibilidades: demência ou depressão. 
• F>P o diagnóstico de demência deve ser considerado. 
• F<P o diagnóstico mais provável é a depressão ou ansiedade. 
• F=P o diagnóstico mais provável é de comprometimento cognitivo leve. 
• Tipos de esquecimento: tipo memória de trabalho e tipo memória episódica. 
• O esquecimento tipo memória de trabalho é frequente entre os idosos, pois tende a 
aumentar com o envelhecimento. 
• O esquecimento do tipo memória episódica é mais preocupante, pois traz repercussões 
mais evidentes nas tarefas do cotidiano mais complexas e sugere o diagnóstico de 
demência. Frequentemente associado ao “sinal do pescoço” (Head Turning Sign) ou 
“sinal do olhar para o lado”. 
• O caráter progressivo do esquecimento deve ser valorizado como uma forte evide ̂ncia 
de doenc ̧a neuro degenerativa.✔ No Brasil, em 2003, propôs a padronização do MEEM 
• Por escolaridade 
• Para analfabetos: 20 
• Para 1 a 4 anos: 25 
• Para 5 a 8 anos: 26,5 
• Para 9 a 11 anos: 28 
• Para mais de 11 anos: 29 
✔ Outros instrumentos de rastreio: teste do relógio, teste de fluência verbal semântica 
(animais), teste de memória de figuras e o teste de lista de palavras 
TESTE DO RELÓGIO 
• Mais fácil aplicação. Reflete o 
funcionamento frontal e temporoparietal. 
• Avalia habilidades visuoespaciais / 
construcionais 
• Sensibilidade de 78% e especificidade de 
96% 
 
 
 
✔ Capacidade funcional: capaz de realizar atividades de vida diária (AVDs), tanto as 
básicas quanto as instrumentais, sendo mensuradas por instrumentos de avaliação específicos 
(escalas e testes) 
 
 
 
 
 
 
 
HUMOR/COMPORTAMENTO 
✔ O humor é uma função indispensável para a preservação da autonomia do indivíduo, sendo 
essencial para a realizac ̧ão das atividades de vida diária. 
✔ O espectro dos problemas associados ao rebaixamento do humor ou baixa motivac ̧ão varia 
desde a tristeza isolada até a depressão maior. 
• Síndrome psiquiátrica caracterizada por humor deprimido, perda do interesse ou prazer, 
alterações do funcionamento biológico, com repercussões importantes na vida do 
indivíduo e com uma duração de meses a anos. 
 
✔ Fluência verbal: Solicita-se que o indivíduo diga o maior número de itens de uma 
categoria semântica (p. ex., animais, frutas) ou fonêmica (palavras indicadas por determinada 
letra) durante 1 minuto. 
✔ O escore é a soma do número de itens corretos (excluindo-se as repetições). Indivíduos 
normais com escolaridade menor que 8 anos devem falar no mínimo 9 itens, e os com 
escolaridade de 8 e mais anos, mínimo de 13 itens. 
✔ Deficiências sensoriais: teste do sussurro para deficiência auditiva. Deficiências 
visual e auditiva têm importância fundamental na funcionalidade do idoso. 
✔ Perguntas sobre déficit visual, a avaliação da visão pode ser feita solicitando que o paciente 
leia palavras impressas de diversos tamanhos, em uma revista ou jornal. A melhor opção, no 
entanto, é a utilização do Cartão de Jaeger, que é colocado a 35 cm do indivíduo, 
testando um olho de cada vez. O rastreio é positivo quando o indivíduo é incapaz de ler com o 
olho testado além de 20/40 no cartão. 
✔ Condições socioambientais: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
✔ Utilizados para avaliar a satisfação do indivíduo com a família e os amigos. São compostos 
por cinco perguntas que se repetem nos dois questionários, apenas sendo substituída a palavra 
“familiares” por “amigos” 
 
 
✔ Estado e risco nutricionais: A avaliação nutricional é realizada pela história clínica, 
por exame físico, medidas antropométricas, exames laboratoriais, escalas e, em alguns casos, 
exames que medem a composição corporal, como a bioimpedância e a densitometria corporal 
total. 
✔ Avaliar: perda ou ganho de peso, alterações do padrão alimentar, sintomas 
gastrintestinais, avaliação da capacidade funcional, demanda metabólica, antecedentes 
patológicos, uso de medicamentos, história social, história dietética. 
✔ Avaliar peso, altura, IMC, circunferência abdominal, circunferência da cintura, circunferência 
do braço, circunferência da panturrilha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
✔ Polifarmácia e medicamentos inapropriados: Ressalta-se que a utilização de 
cinco ou mais medicamentos pode ser necessária e correta, mas mesmo assim o risco de 
eventos adversos é aumentado. 
✔ Outro item a ser avaliado é a utilização de medicamentos inapropriados para o idoso, 
aqueles em que não há evidência clara de eficácia ou que os riscos excedam os benefícios 
clínicos, podendo ser substituídos por outros. 
 
✔ Multimorbidades: Definida como a presença de duas ou mais doenças crônicas no 
mesmo indivíduo. Como a prevalência de doenças crônicas aumenta com a idade, no indivíduo 
idoso a presença de multimorbidades é muito frequente, o que aumenta a possibilidade de 
desfechos desfavoráveis, além da complexidade terapêutica. 
✔ Autoavaliação de saúde: Diversos estudos demonstram relação direta entre a 
autoavaliação de saúde e indicadores da capacidade funcional, destacando-se relação com 
atividades instrumentais de vida diária (AIVDs), velocidade de marcha e força de preensão 
palmar. Ou seja, quanto pior cada parâmetro, pior a autoavaliação de saúde e vice-versa. Nos 
pacientes em que há comprometimento da cognição, esse parâmetro não tem como ser 
avaliado (sem condições). 
✔ Uma sugestão de aplicação é perguntar ao paciente o que ele acha de sua saúde e 
oferecer as seguintes opções: ( ) Muito boa; ( ) Boa; ( ) Regular; ( ) Ruim; ( ) Muito ruim; 
( ) Sem condições de responder 
✔ Outros parâmetros 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO CLÍNICO FUNCIONAL 
✔ Em 1963, Katz (Katz et al., 1963) desenvolveu um índice capaz de estratificar os indivíduos 
conforme o graude depende ̂ncia nas atividades de vida diária relacionadas ao autocuidado. 
• Independente: realiza todas as atividades básicas de vida diária de forma 
independente; 
• Semi-dependente: apresenta comprometimento de uma das func ̧ões (banhar-se e/ou 
vestir-se e/ou usar o banheiro); 
• Dependente incompleto: apresenta comprometimento de uma das func ̧ões 
vegetativas simples (transferência e/ou contine ̂ncia), além de ser dependente para 
banhar-se, vestir-se e usar o banheiro 
• Dependente completo: apresenta comprometimento de todas as funções 
influenciadas pela cultura e aprendizado e, também, das func ̧ões vegetativas simples, 
incluindo a capacidade de alimentar-se sozinho. Representa o grau máximo de 
dependência funcional. 
 
 
 
 
 
< 5 pontos = normal 
5-10 pontos = depressão leve 
> 10 pontos = depressão moderada a grave 
 
MAUS TRATOS 
✔ TIPOS: 
 Abuso físico (tapas, beliscões, contusões, queimaduras, contenção física) 
 Abuso psíquico ou emocional (insultos, humilhações, tratamento infantilizado, 
amedrontamentos) 
 Abuso material (apropriação indevida de proventos, dinheiro, bens, propriedades) 
 Abuso sexual (contato sexual de qualquer tipo, sem consentimento) 
 Negligência (não fornecer os cuidados de que a pessoa necessita 
 
SITUAÇÕES QUE SUGEREM MAUS TRATOS 
 Lesões físicas (contusões, lacerações, hematomas, feridas cortantes, 
queimaduras, fraturas inexplicáveis) 
 Descuido com a higiene 
 Desidratação e desnutrição difíceis de serem explicadas 
 O paciente é levado ao hospital por outra pessoa que não seu cuidador 
 Explicações vagas de ambas as partes sobre quaisquer tipos de lesões 
 Diferenças entre a história relatada pelo paciente e a contada pelo familiar ou 
cuidador 
 Demora entre o aparecimento dos sintomas ou lesão e a solicitação de 
atendimento médico 
 Visitas frequentes ao médico por piora de uma doença crônica, apesar de 
tratamento correto 
 
FATORES DE RISCO 
1. Do idoso 
 Doença e queda funcional (fragilidade) 
 Alteração cognitiva 
 Distúrbio de comportamento 
 Incontinência 
 Distúrbio do sono 
2. Do cuidador 
 Toxidependência 
 Etilismo 
 Transtorno mental 
 Dependência material em relação à vítima 
 Ignorância e incapacidade 
 Sobrecarga de trabalho 
3. Do ambiente 
 Carência de recursos materiais 
 Isolamento social 
 Ambiente violento 
 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
✔ Ao interpretar o resultado de exame de um idoso, dois tipos de erro devem ser evitados: 
por excesso e por falta. A regra mais importante é valorizar os dados obtidos do exame 
clínico 
 HEMOGRAMA 
 ERITRÓCITOS 
 LEUCÓCITOS 
 PLAQUETAS 
 VELOCIDADE DE HEMOSSEDIMENTAÇÃO (VHS) 
 FERRO SÉRICO E FERRITINA 
 ELETROFORESE DE PROTEINAS 
 UREIA, CREATININA E CLEARANCE DA CREATININA 
 ASPARTATO AMINOTRANSFERASE (ATS OU TGO), ALANINA AMINOTRANSFERASE (ALT 
OU TGP), FOSFATASE ALCALINA E AMILASE. 
 ELETROLITOS 
 ACIDO URICO COAGULAÇÃO 
 GLICEMIA E TESTE DE TOLERANCIA A GLICOSE 
 LIPIDIOS SANGUINEOS 
 HORMONIOS SEXUAIS 
 FUNÇÃO TIREOIDIANA 
 REAÇÕES SOROLOGICAS PRA SIFILIS E PESQUISAS DE AUTOANTICORPOS 
 EXAME DE URINA 
 DOSAGEM DE VITAMINAS 
 GASOMETRIA ARTERIAL 
 ELETROCARDIOGRAMA 
 RADIOGRAFIA DE TÓRAX 
 TESTE ERGOMETRICO 
 ECOCARDIOGRAMA 
 RADIOGRAFIA ABDOMINAL 
 ULTRASSON ABDOMINAL 
 RADIOGRAFIA DO CRÂNIO 
 ELETROENCEFALOGRAMA 
 TC DE CRANIO E RNM 
 EXAME DE LIQUOR 
 
 
SINDROMES GERIÁTRICAS 
✔ Alguns problemas clínicos, comuns na velhice, com múltiplas causas, curso crônico, embora 
não impliquem risco à vida iminente, comprometem a qualidade de vida e constituem um 
desafio diagnóstico e terapêutico. 
✔ Esses problemas inicialmente receberam a denominação de “gigantes da geriatria” ou “5 
Is”, e compreendiam insuficiência cognitiva, incontinência urinária e/ou fecal, 
instabilidade postural e quedas, imobilidade e iatrogenia. 
✔ As principais características de uma síndrome geriátrica são: 
 É mais frequente em idosos e sua prevalência aumenta com a idade. 
 Sua apresentação clínica resulta não só de uma única doença bem definida, pois é 
multifatorial 
 Não se enquadra em categorias distintas de doenças 
 Associa-se a desfechos desfavoráveis, como perda funcional, incapacidade, dependência, 
necessidade de cuidados de longa duração, hospitalizações e morte 
 Aumenta o risco de que doenças, em especial as afecções agudas, manifestem-se de 
forma atípica 
 Pode ocorrer concomitantemente e/ou compartilhar fatores de risco com outra síndrome 
geriátrica 
 Contribui para o aparecimento de outra síndrome geriátrica 
 Seu tratamento adequado requer uma abordagem multidimensional.

Outros materiais