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@letanutri Doenças Crônicas Não Transmissíveis Definição As DCNT são doenças multifatoriais que desenvolvem no decorrer da vida e são de longa duração. São resultado de diversos fatores, determinantes sociais e condicionantes, além de fatores de risco individuais como tabagismo, consumo nocivo de álcool, inatividade física e alimentação não saudável (MS, 2011). Fatores de risco • Modificáveis: → Tabagismo; → Consumo alimentar inadequado; → Obesidade; → Inatividade física; → Consumo excessivo de bebidas alcoólicas; → Stress; → Exposição solar; → Radiações; → Poluentes do ar em produtos químicos externos ou internos. • Não modificáveis: → Idade; → Sexo; → Herança genética. Prevenção → Não fumar; → Alimentação saudável; → Mudança do Estilo de vida; → Imunizações anuais; → Praticar atividades físicas diariamente; → Cuidados dentais regulares; → Amamentar; → Mulheres entre 25 e 64 anos: realizar exame de Papanicolau anualmente, após dois exames normais consecutivos, realizados com um intervalo de um ano, devem fazer um exame preventivo ginecológico a cada três anos; → Evitar a ingestão de bebidas alcoólicas; → Evitar a exposição ao sol de 10h às 16h, e usar sempre proteção adequada, como: chapéu, barraca e protetor, inclusive nos lábios. Plano de ações estratégicas para enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis Eixos 1. Vigilância, informação, avaliação e monitoramento • Objetivos: → Fomentar e apoiar o desenvolvimento e o fortalecimento da vigilância de DCNT e seus fatores de proteção e risco modificáveis e comuns à maioria das DCNT; → Avaliar e monitorar o desenvolvimento do Plano de Ação Nacional de DCNT. • Estratégias: → Realizar pesquisas/inquéritos populacionais sobre incidência, prevalência, Nutrição em Saúde Pública @letanutri morbimortalidade e fatores de risco e proteção para DCNT; → Fortalecer os sistemas de informação em saúde e produzir análise de situação de saúde de CNT e seus fatores de risco; → Consolidar um sistema nacional padronizado e integrado de informações sobre incidência, sobrevida e mortalidade por câncer. II – Promoção da Saúde • Objetivos: → Fomentar iniciativas intersetoriais no âmbito público e privado, visando intervenções e ações articuladas que promovam e estimulem a adoção de estilos de vida saudáveis, constituindo-se em prioridades no âmbito nacional, estadual e municipal. → Abordar as condições sociais e econômicas no enfrentamento dos fatores determinantes das DCNT. → Proporcionar à população alternativas relativas à construção de comportamento saudáveis ao longo da vida. • Estratégias: → Garantir o comprometimento dos Ministérios e das Secretarias relacionados às ações de promoção da saúde e para prevenção de doenças crônicas não transmissíveis. → Estabelecer acordo com setor produtivo e parceria com a sociedade civil para a prevenção de DCNT e a promoção da saúde, respeitando o artigo 5.3 da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco e suas diretrizes. → Criar estratégia de comunicação com o tema de promoção da saúde, prevenção de DCNT e seus fatores de risco e promoção de modos de vida saudáveis. III – Cuidado Integral de DCNT • Objetivo: → Fortalecer a capacidade de resposta do SUS, visando a ampliação de um conjunto de intervenções diversificadas capazes de uma abordagem integral da saúde com vistas à prevenção e ao controle das DCNT. • Estratégias: → Definir linha de cuidado ao portador de DCNT, garantindo projeto terapêutico adequado, vinculação entre cuidados e equipe, assim como integralidade e a continuidade do acompanhamento. → Fortalecer o complexo produtivo da saúde para o enfrentamento das DCNT. → Fortalecer a rede de prevenção, diagnóstico e tratamento dos cânceres do colo e útero e de mama. → Ampliar, fortalecer e qualificar a assistência oncológica no SUS. → Desenvolver e implementar estratégias para formação profissional e técnica na qualificação das equipes de saúde para abordagem de DCNT. → Fortalecer a área de educação em saúde para DCNT. → Fortalecer e qualificar a gestão da rede de serviços, visando qualificar os fluxos e as respostas aos portadores de DCNT. → Fortalecer o cuidado ao portador de doenças no aparelho circulatório na rede de urgência. @letanutri Obesidade Abordagem comportamental → Cuidado com as expectativas Uma pequena redução de peso, por exemplo de 1 a 2kg em 1 ou 2 meses, já traz ganhos importantes na saúde, e se a redução gradual for se dando ao longo de um tempo maior, uma redução em torno de 5 a 7% do peso inicial reduz a resistência insulínica, melhora o controle da glicemia e dos lipídios séricos. Quanto à pressão arterial, a cada redução de 1% do peso, em média, há uma queda de 1mmHg de pressão sistólica e 2mmHg da diastólica. Deve-se estar atento também para a redução da circunferência abdominal como parâmetro para reduzir o risco cardiovascular. Necessidades energéticas → Estimar as necessidades energéticas atuais, para adultos, a partir da equação do Instituto de Medicina, com base no peso atual (kg), na altura atual (m), na idade (anos) e no fator atividade do indivíduo. → Definir a redução calórica que se pretende para o plano alimentar. Para indivíduos com o IMC ≥ 30kg/m², pode-se objetivar uma redução ponderal de 10% do peso atual. A programação do tempo que esta perda deve ocorrer dependerá, entre outras questões, do peso atual e do grau de obesidade. Considera-se saudável uma perda de peso de, no máximo, 0,5kg por semana. Hipertensão Arterial Impactos das mudanças de estilo de vida Modificação Recomendação Redução da PA em mmHg Redução de peso Manter IMC entre 18,5 e 24,9kg/m² 5 a 20 Alimentação saudável Rica em frutas e vegetais. Pobre em gordura total e saturada. 8 a 14 Atividade física Atividade aeróbica, por 30 minutos pelo menos, na maioria dos dias da semana 4 a 9 Moderação no consumo de álcool É aconselhável evitar o consumo de bebidas alcoólicas. Quando não for possível, recomenda-se que consumo de álcool não ultrapasse 30ml de etanol/dia (90ml de destilados, ou 300ml de vinho ou 720ml de cerveja), para homens e 15ml de etanol/dia para mulheres e indivíduos de BP. 2 a 4 10 passos para HAS 1. Procure usar o mínimo de sal no preparo dos alimentos: recomenda0se para indivíduos hipertensos 4g de sal por dia (1 col chá), considerando todas as refeições. 2. Para não exagerar no consumo de sal, evite deixar saleiro na mesa. A comida já contém o sal necessário. 3. Leia sempre o rótulo dos alimentos verificando a quantidade de sódio presente (limite diário: 2.000mg de sódio). @letanutri 4. Prefira temperos naturais como alho, cebola, limão, cebolinha, salsinha, açafrão, orégano, manjericão, coentro, cominho, páprica, sálvia, entre outros: evite o uso de temperos prontos, como clados de carnes e de legumes, e sopas industrializadas. Atenção também para o aditivo glutamato monossódico, utilizado em alguns condimentos nas sopas industrializadas, pois esses alimentos, em geral, contêm muito sódio. 5. Alimentos industrializados, como embutidos (salsicha, salame, presunto, linguiça e bife de hambúrguer), enlatados (milho, palmito, ervilha, etc), molhos (ketchup, mostarda, maionese, etc) e carnes salgadas (bacalhau, charque, carne seca e defumados) devem ser evitados, porque são ricos em gordura e sal. 6. Diminua o consumo de gordura. Use óleo vegetal com moderação e dê preferência aos alimentos cozidos, assados e/ou grelhados. 7. Procure evitar a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas e o uso de cigarros, pois eles contribuem para a elevação da pressão arterial. 8. Consumadiariamente pelo menos 3 porções de frutas e hortaliças (uma porção = 1 laranja média, 1 maçã média ou 1 fatia média de abacaxi): dê preferência a alimentos integrais, como pães, cereais e massas, pois são ricos em fibras, vitaminas e minerais. 9. Procure fazer atividade física com orientação de um profissional capacitado. 10. Mantenha o seu peso saudável. O excesso de peso contribui para o desenvolvimento de HAS. Dietas recomendadas → Dieta do mediterrâneo (alto teor de gorduras insaturadas); → Dietas vegetarianas; → Dietary Approaches to Stop Hypertension (DASH): Consumo de frutas; Consumo de verduras; Consumo de cereais integrais; Consumo de leites desnatados e derivados com menor teor de gordura; Redução da quantidade de gorduras saturadas e colesterol; Maior quantidade de fibras; Maior quantidade de potássio, cálcio e magnésio; Redução de sódio. Diabetes Terapia nutricional → Carboidratos: 45 a 60% do VET. Mínimo: 130g/dia. Dietas com valores inferiores não são recomendadas na terapia nutricional do DM, além de não demonstrarem eficácia na perda de peso em longo prazo. Origem vegetal: amidas e açúcares e lactose (origem animal). → Índice glicêmico e Carga glicêmica: IG compara quantidades iguais de carboidratos e fornece uma medida da qualidade do mesmo. CG: IG x a quantidade de carboidrato na porção do alimento. Quantidade e qualidade. Os carboidratos complexos, devido ao maior teor de fibras, degradam- @letanutri se mais lentamente do que os simples, mantendo a liberação de glicose por mais tempo: Fibras: 20 a 35g/dia ou 14g/1.000 kcal ingeridas. → Proteínas: 15% a 20% do VET ou 0,8 a 1g/kg/dia. Recomenda-se ofertar um terço de proteína de alto valor biológico, além da inclusão de proteínas vegetais, como as leguminosas: Estes grãos oferecem fibras solúveis e amido resistente, favorecendo a resposta glicêmica pós-prandial. → Lipídios: Até 30% do VCT. Colesterol: 200mg/dia. Gordura saturada: < 7% do VET. Gordura poli-insaturada: até 0% do VET. Peixes e frutos do mar (-3, 6, 9), semente de linhaça, soja e óleo de peixe. Gordura monoinsaturada + CHO: 60 a 70% do VCT. Abacate, óleo de canola, azeite de oliva, óleo de girassol, óleo de gergelim, óleo de amendoim. Gordura trans: mínima possível. Hipertrigliceridemia (TAG séricos > 700mg/dl): a ingestão diária de lipídios deve limitar-se de 10% a 20% do VET + 10 a 25g de fibras ao dia. Dislipidemia: redução do peso corporal + cessar tabagismo + aumento da atividade física + plano alimentar saudável: Redução de TAG e LDL-c e aumento do HDL-c. Exemplo de fitoesterois: linhaça e soja.
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