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INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA (IRC) Profª MsCª Victoria Araujo Ganzaroli Amador O RIM Principais funções renais: • Excreção de produtos finais do metabolismo (creatinina, uréia, ácido úrico) • Regulação da pressão arterial sistêmica • Manutenção do equilíbrio ácido-base • Produção de hormônios e enzimas (renina, eritropoietina) • Catabolismo de hormônios (insulina, glucagon, PTH, GH, cortisol) • Funções metabólicas (gliconeogênese, metabolismo de aa’s) NÉFRON • É a unidade anátomo-funcional do rim • Quantidade: ~ 1 milhão Estrutura básica: • Glomérulo: filtração • Sistema de túbulos: reabsorção e secreção IRC – CONCEITO E ETIOLOGIA • Síndrome clínica decorrente da perda lenta, progressiva e irreversível das funções renais Filtração glomerular (FG) • Etiologia: glomerulonefrite crônica, HAS grave, DM, pielonefrite, bexiga neurogênica, LES e outros FISIOPATOLOGIA Diminuição FG Acúmulo de solutos tóxicos provenientes do metabolismo de proteínas e aminoácidos no soro ou plasma CONCEITO DE DOENÇA RENAL CRÔNICA Lesão renal e perda progressiva e irreversível das funções do rim (KDIGO, 2013) Complicações TFG <60 mL/min Nos estágios iniciais, a doença geralmente é assintomática EPIDEMIOLOGIA EUA: 13% da população adulta com DRC entre os estágios 1 e 4 (BASTOS; KIRSZTAJN, 2011) Chile: 2,7% da população com DRC (CARLOS-ZUNIGA; HANS-MULLER; MARITZA-FLORES, 2011) China: 9,4% de DRC na população > 40 anos (SHAN et al., 2010) Coréia do Sul: 6,8% da população com DRC (SHAN et al., 2010) Japão: 10% da população (SHAN et al., 2010) Problema de saúde mundial 2009 • 77589 pessoas em terapia renal substitutiva (TRS) • 2,9 milhões de pessoas com <1/3 da taxa de filtração glomerular (BASTOS; KIRSZTAJN, 2011) Frequência de 6,63% de DRC (ROMÃO-JÚNIOR, 2004) Incidência: ~ 115 casos/ milhão (JHA et al., 2013) EPIDEMIOLOGIA • EXCESSO DE PESO • Dislipidemias • DCV’s • Tabagismo • Idade • HAS • DM • Antecedentes familiares de doenças renais • História de doença renal • Baixo nível socioeconômico PRINCIPAIS FATORES DE RISCO (CABRERA, 2004; DUMMER; THOMÉ; VERONESE, 2007; LEVEY; CORESH, 2012) • Excesso de triglicerídeos circulantes (WAHBA; MAK, 2007) • Ação da Leptina em processo de inflamação do rim (GRECO et al., 2002) • Retenção de sódio e hiperfiltração glomerular (GROSS et al., 2005) EXCESSO DE PESO NA DRC Figura 1. Mecanismos dos quais a obesidade pode causar Doença Renal Crônica (Adaptado de HALL e colaboradores, 1999 ) Excesso de peso e redução da função renal EXCESSO DE PESO NA DRC HAS + lesão renal + proteinúria + glomeruesclerose (GUARNIERI et al., 2010; WAHBA; MAK, 2007; FORBES; COUGHLAN; COOPER, 2008) Indivíduos obesos HIPERFILTRAÇÃO GLOMERULAR • Doença renal pode progredir mesmo na ausência da causa inicial • Glomérulos ainda funcionantes hipertrofia estímulo produção renal de fatores de crescimento e citocinas aumento da proliferação celular proliferação de células imunológicas e colágeno FIBROSE (lesão glomerular progressiva) FISIOPATOLOGIA • Síndrome urêmica: conjunto de distúrbios clínicos e metabólicos o Sistema nervoso: cefaléia, distúrbios do sono, fadiga o Sistema gastrintestinal: soluços, anorexia, hálito urêmico, diarréia, náuseas, vômitos o Sistema endócrino: intolerância à glicose, hiperlipidemia, retardo no crescimento, amenorréia, hiperparatireoidismo FISIOPATOLOGIA • Sistema hematológico: anemia e sangramentos • Sistema cardiovascular: ICC, edema, hipertensão • Sistema imunológico: imunodepressão, remissão de doenças imunes • Sistema musculo-esquelético: doença óssea FISIOPATOLOGIA DISTÚRBIO MINERAL ÓSSEO • Alterações de quantidade de Ca sérico, fraturas, osteoporose e calcificações extra-esqueléticas (vasculares) • A partir do estágio 3, exames de P, Ca sérico, PTH e fosfatase alcalina devem ser pedidos FISIOPATOLOGIA Diversos marcadores para danos na função renal MARCADORES DE FUNÇÃO RENAL Relação Albumina/creatinina Creatinina sérica Estimar a taxa de filtração glomerular (COCKROFT; GAULT, 1976; KDIGO, 2013) Taxa de filtração glomerular: critério para diagnóstico e estadiamento da DRC MARCADORES DE FUNÇÃO RENAL Melhor medida geral da função renal (KDIGO, 2013) MARCADORES DE FUNÇÃO RENAL Tabela 1. Categorias da taxa de filtração glomerular na doença renal crônica MARCADORES DE FUNÇÃO RENAL Tabela 2. Categorias de albuminúria na doença renal crônica AVALIAÇÃO NUTRICIONAL • História clínica • Exame físico • Avaliação subjetiva global (ASG) • Antropometria (peso seco) --- IMC, DC, CMB e CC para crianças • Exames laboratoriais: albumina, transferrina, uréia, contagem total de linfócitos, creatinina sérica, colesterol e bicarbonato sérico • Consumo alimentar FASE NÃO-DIALÍTICA OU TRATAMENTO CONSERVADOR Objetivos: • Retardar a progressão das fases da doença • Controle da sintomatologia urêmica • Controle dos distúrbios hidroeletrolíticos • Controle das alterações metabólicas • Monitorar estado nutricional • Prevenir a desnutrição proteico-energética Por que dieta hipoproteica? • Elevada ingestão PTN causa significativo aumento na TFG (hiperfiltração) e microalbuminúria glomeruloesclerose • A ingestão PTN excessiva pode agravar o quadro de proteinúria lesão renal • Diminuição de toxinas provenientes do metabolismo de PTN e de uréia sérica • Controle da acidose metabólica • Retarda progressão para diálise • Reduz o estresse oxidativo e com isso, melhoraa resistência à insulina RECOMENDAÇÃO PROTEICA Taxa de filtração glomerular (mL/min) Proteína (g/kg/dia) >60 Sem restrição (0,8 a 1) 25 a 60 0,6 (50 a 60% com PTN de alto valor biológico) <25 0,6 (50 a 60% com PTN de alto valor biológico) ou 0,3 + suplementação com mistura de aa’s essenciais e cetoácidos < 60 + síndrome nefrótica 0,8 + 1g de PTN para cada g de proteinúria ou 0,3 + suplementação com mistura de aa’s essenciais e cetoácidos + 1g de ptn para cada g de proteinúria DM com inadequado controle glicêmico 0,8 (50 a 60% com PTN de alto valor biológico) RECOMENDAÇÕES DIÁRIAS Manutenção peso (< 60 anos) 35 kcal/ kg/dia Manutenção peso (> 60 anos) 30 kcal/ kg/dia Redução peso ~ 30 kcal/ kg/ dia Repleção > 35 kcal/ kg/dia Carboidratos (% VET) 55 a 65% Lipídios (% VET) 30 a 35% Saturados (principalmente origem animal) <10% Monoinsaturados 10 a 15% Poliinsaturados 10% CUPPARI, 2005 RECOMENDAÇÕES DE VITAMINAS E SAIS MINERAIS • Vitaminas hidrossolúveis: próximas DRI para a população em geral • Sódio: controlar HAS e edema – ingestão máxima de 3000mg/dia • Potássio: sem restrição se volume urinário ≥ 1000ml/dia MECANISMO DA HIPERFOSFATEMIA • Perda de massa funcionante leva à retenção de P e aumento de PTH circulante • Hiperparatireoidismo secundário • PTH “retira” cálcio dos ossos • Hipovitaminose D e osteoporose • Cálcio: 1000 a 1500 mg/dia • Fósforo: 10 a 12 mg/kg/dia – se houver hiperfosfatemia, verificar uso de quelantes de P e controlar fontes alimentares • Vitamina D: uso de ergo ou colecalciferol (a suplementação deve ser suspensa se os níveis sanguíneos de Ca e P estiverem altos) • Se o PTH estiver alto, suplementar calcitriol na dose de 0,25 a 0,5 mg/dia RECOMENDAÇÕES DE VITAMINAS E SAIS MINERAIS ANEMIA • Deficiência de eritropoietina é comum + Fe, folato e B12 • Toxinas urêmicas diminuem a eritropoiese, tendência hemorrágica na fase urêmica RECOMENDAÇÕES DE VITAMINAS E SAIS MINERAIS ORIENTAÇÕES PARA PACIENTES EM FASE NÃO-DIALÍTICA • Alimentos com alto teor de energia e que não elevem o teor de proteína da dieta • Seguir corretamente o plano alimentar • Líquidos sem restrição • Suporte de atendimento da equipe multiprofissional • Estimular atividade física DIÁLISE FASE DIALÍTICA Diálise: difusão de partículas de um compartimento fluido para outro através de membrana semipermeável Indicação: TFG em torno de 10mL/min, sintomatologia urêmica e deterioração do estado nutricional MÉTODOS DE DEPURAÇÃO EXTRA RENAL• Hemodiálise: hemodialisador faz a remoção de líquidos e metabólitos através de um acesso vascular • Diálise peritoneal: membrana peritoneal como filtro semipermeável. Trocas entre os capilares intersticiais e dialisato o Intermitente: 10h/dia, 4x/semana (menos indicado) o CAPD: 4h/dia e 8h a noite (mais comum) o APD: drenagem mais rápida (mais moderno) • CAPD: Diálise peritoneal ambulatorial contínua – o abdômen fica sempre preenchido com líquido e são feitas 4 trocas por dia • Diálise Peritoneal Intermitente (DPI): durante 24 a 48h, em ambiente hospitalar e com frequência de 2 vezes por semana. Indicada função renal residual significativa e alguns casos de IRA • Diálise peritoneal automática: as trocas são feitas por um dispositivo mecânico chamado cicladora, a qual é previamente programada para realizar as trocas de acordo com as necessidades de cada paciente MÉTODOS DE DEPURAÇÃO EXTRA RENAL ADEQUAÇÃO DA DIÁLISE • Kt/V: indicador de uréia da sessão de diálise - eficiência da diálise na remoção de pequenos solutos • Hemodiálise: eficiente quando Kt/V ≥ 1,2 • CAPD: eficiente quando Kt/V ≥ 2 J Bras Nefrol 2012;34(1):22-26 • Alta prevalência de Desnutrição Energético- proteica (DEP) em pacientes submetidos à diálise • Há perdas de aa’s, vitaminas hidrossolúveis no dialisato IMPORTANTE OBJETIVOS DA CONDUTA NUTRICIONAL • Monitorar estado nutricional • Minimizar as complicações da diálise • Prevenir e tratar a DEP • Orientar o paciente para cumprimento do plano alimentar Em que momento devo fazer a avaliação antropométrica no paciente que faz diálise? Por que? • Peso: utilizar o peso atual nas recomendações somente se ele estiver com peso próximo do ideal – Cálculo do peso ideal através do cálculo de IMC ideal • Fazer adequação do peso Adequação do peso (%)= (peso atual x 100)/peso ideal * Se o % de adequação for menor que 95% ou superior a 115%, é necessário corrigir o peso ideal AVALIAÇÃO NUTRICIONAL O peso ajustado deve ser calculado de acordo com referência do NKF/KDOQUI: Peso ajustado (kg)= [(peso ideal – peso atual) x 0,25] + peso atual AVALIAÇÃO NUTRICIONAL • Estatura • IMC – levar em consideração sintomas específicos da DRC • CA • CB (deve ser feita no braço sem o acesso vascular) • DCB + DCT + DCSE + DCSI = % GC AVALIAÇÃO NUTRICIONAL RECOMENDAÇÕES HEMODIÁLISE CAPD Proteína (manutenção) 1,2 g/kg/dia 1,3 g/kg/dia Proteína (repleção) 1,2 a 1,4 g/kg/dia 1,3 a 1,5 g/kg/dia Energia (manutenção) 30 – 35 kcal/kg/dia 25 - 35 kcal/kg/dia Energia (repleção) 35 – 50 kcal/kg/dia 35 - 50 kcal/kg/dia Energia (redução) 20 – 30 kcal/kg/dia 20 – 25 kcal/kg/dia Carboidrato (% VET) 50 a 60 35 Lipídio (% VET) 30 a 35 30 a 35 Fibras 25 a 30g 20 a 25g RECOMENDAÇÕES • Adição de suplementos com alta densidade energética e boa palatabilidade para IRC quando ingestão energética está insuficiente • Exemplos: Nova Source Renal, Nefrodial, Mucilon RECOMENDAÇÕES DE MINERAIS E LÍQUIDOS NUTRIENTE HEMODIÁLISE CAPD Potássio (mEq) 40 a 70 70 a 140 Sódio (g) 1 a 1,5 2 a 3 Cálcio (g) <1 <1 Fósforo (mg/kg) 8 a 17 8 a 17 Ferro (mg) >10 a 18 >10 a 18 Zinco (mg) 15 15 Líquidos (mL) 500 + volume urinário residual Frequentemente sem restrição CUPPARI, 2013 • Hipercalemia: comum em HD; cozinhar as hortaliças diminui [ ] de K • Hipernatremia: controlar ingestão de Na devido à HAS • Hipocalcemia: quantidade de Ca é raramente alcançada ALTERAÇÕES DE VITAMINAS E MINERAIS • Hiperfosfatemia: uso de quelantes de P para diminuir absorção (sais de cálcio e Renagel) • Ferro: suplementação em pacientes usando eritropoietina • Vitamina D (calcitriol): prescrição de acordo com condição osteometabólica ALTERAÇÕES DE VITAMINAS E MINERAIS • Vitaminas hidrossolúveis: suplementação • Vitaminas lipossolúveis: não há necessidade de suplementação a menos que haja deficiência ALTERAÇÕES DE VITAMINAS E MINERAIS ORIENTAÇÕES • Lista de alimentos fonte de proteína, fósforo, potássio, ferro • Atuação da equipe multiprofissional no tratamento da doença • Prescrição de suplementos quando necessário • Sugerir suporte psicológico ao portadores de IRC IRC EM PEDIATRIA Déficit de crescimento + DEP Comum em pacientes pediátricos com IRC CONSEQUÊNCIAS DA IRC • Osteodistrofia • Resistência à insulina • Anemia • Pele pálida • Síndrome urêmica • Hiperparatireoidismo RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS KCAL/KG Proteínas (g/kg/dia) Idade (anos) Pré-diálise HD DP 0 - 0,5 108 2,2 2,6 2,9 - 3,0 0,5 - 1 98 1,6 2,0 2,4 – 2,4 1 – 3 102 1,2 1,6 1,9 – 2,0 4 – 6 90 1,2 1,6 1,9 – 2,0 7 - 10 70 1,0 1,4 1,7 – 1,8 RIELLA; MARTINS, 2001 RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS KCAL/KG Proteínas (g/kg/dia) Idade (anos) Pré-diálise HD DP 11 – 14 47 1,0 1,4 1,7 – 1,8 15 – 18 40 0,8 1,2 1,4 – 1,5 18 - 21 38 0,8 1,2 1,3 MENINAS RIELLA; MARTINS, 2001 RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS MENINOS KCAL/KG Proteínas (g/kg/dia) Idade (anos) Pré-diálise HD DP 11 – 14 55 1,0 1,4 1,7 – 1,8 15 – 18 45 0,9 1,3 1,4 – 1,5 18 - 21 40 0,8 1,2 1,3 RIELLA; MARTINS, 2001 RECOMENDAÇÕES DE MINERAIS E LÍQUIDO Sódio Potássio Ferro Líquido Tratamento conservador Restrição somente se houver HAS ou edema (1-2 mEq/kg/dia) Não é necessário restringir Suplementação em cças < 1 ano e as que recebem eritropoietina Sem restrição exceto se huver retenção hídrica e HA (500 a 600 mL + volume urinário) HD/ DP Restrição somente se houver HAS ou retenção hídrica (1-2 mEq/kg/dia) Depende dos níveis séricos Uso de EPOrh HD: restrição baseada no ganho de peso interdialítico, HA ou retenção (400-600mL + volume urinário) RIELLA; MARTINS, 2001 • Níveis baixos de cálcio: suplementar carbonato de cálcio + vitamina D • Restrição alimentar de fósforo e uso de quelantes • É comum suplementar vitaminas hidrossolúveis RECOMENDAÇÕES DE MINERAIS E VITAMINAS TRANSPLANTE RENAL TRANSPLANTE RENAL • Taxa de filtração glomerular (TFG) < 10 mL/min • Irreversibilidade da doença renal • Com o transplante: correção de anomalias endócrinas, excretoras e metabólicas ASPECTOS GERAIS • É uma boa opção terapêutica para pacientes com DRC na fase terminal • Uso de novos imunossupressores para diminuir a rejeição • Brasil: até 2009 tinha feito 54.360 transplantes • Sobrevida do paciente de 99% para o doador vivo e de 93% para doador falecido ASPECTOS NUTRICIONAIS • Pré-transplante: avaliação nutricional criteriosa • Pós-transplante imediato: cuidados devido ao estresse cirúrgico e à imunossupressão • Pós transplante tardio: podem surgir diversas complicações FASES DO TRANSPLANTE CARACTERÍSTICAS Pré-TxR Avaliação nutricional criteriosa Melhor prognóstico cirúrgico Período cirúrgico Estresse da cirurgia Período pós- TxR imediato (4 a 6 semanas) Enxerto renal funcionante – reversão do quadro urêmico Retardo na função do enxerto – necessidade de DP ou HD Uso de altas doses de imunossupressores Aumento do apetite Período pós-TrX tardio Função renal estável – sem distúrbios metabólicos graves Início ou persistência de DM, excesso de peso, HAS e doença óssea Drogas imunossupressoras Efeitos adversos Azatioprina Náusea, vômito, alteração de paladar, faringite Corticoesteróides (prednisona) Hiperglicemia, hiperlipidemia, retenção de Na, apetite aumentado, ganho excessivo de peso, diminuição da massa óssea, calciúria, catabolismo PTN, atraso de cicatrização e distúrbios hidroeletrolíticos Ciclosporina/ Tacrolimo Hiperlipidemia, hipomagnesemia, hipercalemia, hiperglicemia, hipertensão Microfenolato mofetil Microfenolato sódico Hiperlipidemia, distúrbios gastrointestinais, diarreia e náusea AVALIAÇÃO NUTRICIONAL • Identificar pacientes com excesso de peso ou desnutridos • Métodos objetivos: antropometria, composição corporal, exames bioquímicos e ingestão alimentar • Métodos subjetivos: história médica e exame físico TERAPIA NUTRICIONAL NUTRIENTE PERÍODO PÓS TrX IMEDIATO Energia 30 a 35 kcal/dia Lipídios 30 a 35% do VET Carboidratos 50a 60% do VET Proteína 1,3 a 1,5 g/kg/dia (50 a 75% de AVB) Sódio 2400 mg ou <2000mg se houver HAS, retenção hídrica, oligúria Potássio Avaliar níveis séricos – hiperK fazer restrição 1000 a 3000 mg Magnésio Avaliar níveis séricos e uso de ciclosporina – suplementar Cálcio Restringir ou suplementar Fósforo Restringir ou suplementar Ferro Suplementar se necessário Vit. hidrossolúveis Suplementar se necessário Vitamina D3 Suplementar se necessário NUTRIENTE PERÍODO PÓS TrX TARDIO Energia 25 a 30 kcal/kg peso Lipídios < 30% VET, sendo 10% de gordura saturada, 10 a 15% mono e 10% poli. Colesterol < 300mg Carboidratos 50 a 60% VET Proteína 1g/kg/dia (50 a 75% AVB) Sódio 2400 mg ou <2000mg se houver HAS, retenção hídrica, oligúria Potássio Avaliar níveis séricos – hiperK fazer restrição 1000 a 3000 mg Magnésio Avaliar níveis séricos e uso de ciclosporina – suplementar Cálcio Restringir ou suplementar Fósforo Avaliar níveis séricos. Restringir em 800 mg/dia se houver rejeição do enxerto Ferro Suplementar se necessário Vit. hidrossolúveis Suplementar se houver rejeição crônica do enxerto e dieta hipoPTN Vitamina D3 Suplementar se necessário
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