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MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ............................................................................................................................. 2 
LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO E ESPAÇO ............................................................................................. 2 
LEI PROCESSUAL PENAL NO ESPAÇO ......................................................................................................... 2 
EXCEÇÕES DECORRENTES DE LEIS ESPECIAIS ............................................................................................ 2 
TERRITORIALIDADE DA APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL .............................................................. 2 
LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO .......................................................................................................... 3 
NORMAS HÍBRIDAS OU MISTAS ................................................................................................................ 3 
IMUNIDADE DIPLOMÁTICA........................................................................................................................ 4 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
2 
 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO E ESPAÇO 
LEI PROCESSUAL PENAL NO ESPAÇO 
O que vem a ser território brasileiro? O Artigo 5º do Código Penal facilita esse 
entendimento. 
Art. 5º, CP - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, 
tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no 
território nacional. 
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do 
território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de 
natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se 
encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, 
mercantes ou de propriedade privada, que se achem, 
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. 
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a 
bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade 
privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em 
voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar 
territorial do Brasil. 
O Artigo 1º do CPP estabelece 5 exceções em relação à aplicação do Código de Processo 
Penal: 
Art. 1º O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, 
por este Código, ressalvados: 
I - Os tratados, as convenções e regras de direito internacional; 
II - As prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos 
ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da 
República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes 
de responsabilidade (Arts. 86, 89, § 2º e 100 da CF/88); 
III - os processos da competência da Justiça Militar; 
IV - Os processos da competência do tribunal especial (Constituição, 
art. 122); 
V - Os processos por crimes de imprensa. 
EXCEÇÕES DECORRENTES DE LEIS ESPECIAIS 
Ao longo do tempo, muitas regras do CPP tornaram-se obsoletas, de forma que o 
legislador optou por aprovar algumas leis especiais que excepcionam a aplicação de referido 
Código em relação à apuração a determinados crimes, como, por exemplo, aqueles ligados a 
drogas, cujo rito é integralmente regulado pela Lei n. 11.343/2006, as infrações de menor 
potencial ofensivo, tratadas em sua totalidade na Lei 9.099/95 etc. 
TERRITORIALIDADE DA APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL 
No estudo de crimes, não se pode confundir fato criminoso com o processo penal 
desencadeado. A regra da territorialidade do Direito Penal é diversa do previsto no CPP. 
Perceba: a regra sobre uma infração penal cometida fora do Brasil é a de que será aplicada a lei 
do país em que ocorreu o fato criminoso. 
O Código Penal, em seu artigo 7º, também prevê a hipótese incondicionada da aplicação 
da lei brasileira, ainda que o crime tenha sido cometido no exterior, como o caso de crimes 
contra a vida ou liberdade do presidente da República. No entanto, é óbvio que o trâmite da 
ação penal se dará em território brasileiro, ou seja, ainda que o crime tenha sido cometido no 
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MUDE SUA VIDA! 
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exterior, a ação e o processo serão regidos pela lei brasileira. Logo, não existe 
extraterritorialidade de lei processual penal, visto que não se tramitam processos brasileiros 
no exterior. Por isso, doutrinadores como Nestor Távora salientam que a aplicação da 
territorialidade da lei processual penal é ABSOLUTA. 
LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO 
O Art. 2º do Código de Processo Penal adotou o princípio da imediata aplicação da lei 
processual penal ou PRINCÍPIO DA IMEDIATIDADE: 
Art. 2º. A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo, 
da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. 
De acordo com esse princípio, os novos dispositivos processuais incidem imediatamente 
no processo. O que se leva em conta, portanto, é a data da realização do ato processual (Tempus 
Regit Actum) e não a da infração penal. É o caso do ocorrido na Lei 11.689/08, a qual revogou o 
recurso do “Protesto por novo Júri” em relação às pessoas condenadas a 20 anos ou mais em 
crimes dolosos contra a vida, não permitindo o requerimento de novo julgamento da pessoa 
condenada. 
Na aplicação do princípio da imediatidade, não importa se a nova lei é favorável ou 
prejudicial ao acusado. Com efeito, o Art. 5º, XL, da Constituição Federal estabelece 
exclusivamente que a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o acusado, dispositivo que 
NÃO se estende às normas processuais penais. 
Já a lei processual, repita-se, leva em consideração a data da realização do novo ato e não 
a do fato delituoso. Por isso, se uma nova lei passa a prever que o prazo para recorrer de certa 
decisão é de 10 dias, quando antes era de 20, o primeiro será o prazo que ambas as partes terão 
para a sua interposição (caso a decisão judicial seja realizada já na vigência do novo 
dispositivo). No entanto, é instintivo que se a lei entra em vigor quando o prazo para o recurso 
já havia se iniciado, deverá ser admitido o maior deles. É o que prediz o Art. 3º da Lei de 
Introdução ao CPP: 
Art. 3º O prazo já iniciado, inclusive o estabelecido para a 
interposição de recurso, será regulado pela lei anterior, se esta não 
prescrever prazo menor do que o fixado no Código de Processo Penal. 
Outro dispositivo previsto na Lei de Introdução ao CPP é a aplicabilidade de norma mais 
benéfica sempre que forem envolvidas prisão preventiva e fiança. 
Art. 2º À prisão preventiva e à fiança aplicar-se-ão os dispositivos que 
forem mais favoráveis. 
NORMAS HÍBRIDAS OU MISTAS 
Normas híbridas ou mistas são normas que apresentam conteúdo concomitantemente 
penal (aquela que cria, extingue, aumenta ou reduz a pretensão punitiva do Estado) e 
processual (aquela que gera efeitos no andamento do processo sem alterar a pretensão 
punitiva), gerando, assim, consequências em ambos os ramos do Direito. Nesses casos, em 
atenção à regra do Art. 5º, XL, da Constituição Federal, a lei nova deve retroagir sempre que for 
benéfica ao acusado, não podendo ser aplicada, ao reverso, quando puder prejudicar o autor do 
delito cometido antes de sua entrada em vigor. 
Os institutos da decadência (perda do direito de ação pelo decurso do tempo em que ele 
devia ser exercido) e da perempção (relaxamento do querelante – Art. 60 CPP), por exemplo, 
são regulamentados no Código de Processo e no Código Penal. Têm natureza processual porque 
impedem a propositura ou o prosseguimento da ação e, ao mesmo tempo, penal, porque geram 
a extinção da punibilidade. Por isso, se uma nova lei AUMENTAR o prazo decadencial, não 
poderá ser aplicada a fatos praticados antes de sua entrada em vigor. 
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MUDE SUA VIDA! 
4 
 
O instituto da suspensão condicional do processo (Art. 89 da Lei n. 9.099/95),igualmente, 
tem natureza híbrida. Sua natureza processual é evidenciada porque gera a suspensão da ação 
em andamento, enquanto a consequência penal é a extinção da punibilidade, decorrente do 
cumprimento de todas as condições durante o período de prova. Desse modo, se a nova lei 
tornar maiores os requisitos para a obtenção do benefício, não poderá ser aplicada de imediato 
àqueles que tenham cometido o delito antes de sua entrada em vigor. 
IMUNIDADE DIPLOMÁTICA 
A imunidade diplomática nasceu com o Congresso de Viena em 1961 e confere aos chefes 
de estados, diplomatas e membros das Forças Armadas essa imunidade de caráter absoluto. A 
imunidade diplomática se estende tanto aos atos oficiais, quando aos atos informais no agente 
no Estado estrangeiro, sendo conferida a mesma prerrogativa aos membros da missão e aos 
familiares do agente. 
ATENÇÃO! A embaixada estrangeira no Brasil NÃO É considerada território 
estrangeiro! Assim, se ocorrer um homicídio dentro dessa repartição, quem investigará 
ou julgará o caso será o Brasil, salvo em se tratando de autoridade com imunidade! 
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