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DIREITO CIVIL - TEORIA GERAL Direitos da personalidade 1. Pessoa natural ou pessoa humana (física é mais comum em Tributário) ● Art. 1° → Capacidade de Direito ou de gozo e todas as pessoas têm sem distinção; a capacidade de ser sujeito de direitos e deveres na ordem civil ● Capacidade de fato ou de exercício → aquela para exercer direitos e que algumas pessoas não têm (os incapazes Art. 3° e 4° do CC, alterados pelo EPD) ● CD + CF = Capacidade Civil plena 2. Conceitos correlatos à capacidade ● Legitimação → capacidade especial para determinado ato ou negócio jurídico. Ex.: Outorga conjugal, pode gerar nulidade pela falta da outorga do conjugue ● Legitimidade → capacidade processual (art. 17 do CPC/2015) ○ Obs.: a própria lei utiliza como sinônimo ● Personalidade → soma de caracteres ou aptidões da pessoa, aquilo que a pessoa é para si e para a sociedade - Personalidade é a essência da pessoa, capacidade é a medida da personalidade, apenas uma parte. Capacidade é um aspecto da personalidade apenas. 3. Início da personalidade ● Art. 2° do CC → Inicio da personalidade civil se dá com o nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção os direitos do nascituro (concebido, mas ainda não nasceu) ● 3 correntes doutrinárias a. Teoria natalista → o nascituro não é pessoa humana, pois a personalidade começa do nascimento com vida (Silvio Rodrigues, Caio Mário e San Tiago Dantas) b. Teoria da personalidade condicional → equivale à teoria natalista; é pessoa se nascer com vida; condiciona ao nascimento. (WBMonteiro, Sergio Lopes) c. Teoria concepcionalista→ é pessoa humana, tendo direitos da personalidade desde a concepção (Silmara Chinella, Francisco Amaral, MHD, Pablo Stolze e Rodolfo Plamplona, Christiano Chaves e Nelson Rosenvald) - Enunciado n° 1 - alcança também o natimorto ● A Teoria concepcionalista é majoritariamente adotada pela doutrina e pela jurisprudência ● Adota danos morais para o nascituro Teoria das incapacidades. Os incapazes no CC/02 - os incapazes Art. 3° e 4° do CC, alterados pelo EPD ● EPD regulamenta a convenção de NY que é um TIDH e que tem força de EC ○ Premissas fundamentais → Igualdade, inclusão com autonomia e vedação da descriminalização (dignidade-igualdade) ○ A pessoa com deficiência, em regra passa a ser capaz. Para os atos existenciais familiares sempre haverá capacidade civil plena ○ As eventuais restrições, somente atingem os atos patrimoniais, a regra, passa a ser a tomada de decisão apoiada ■ Somente em casos excepcionais caberá a restrição para atos patrimoniais ● CPC/2015 - Ação de Interdição Relativa ● EPD - Ação de interdição de curatela parcial ● Art. 3° e 4° do CC ANTES DO EPD Art. 3° Absolutamente incapazes Art.4° Relativamente incapazes 1. Menores de 16 anos (impúberes) 2. Enfermos e deficientes mentais sem discernimento 3. Pessoas que por causa transitória/deficiente não puderam exprimir sua vontade 1. Maiores de 16 anos e menores de 18 anos (púberes) 2. Ébrios habituais, viciados em tóxicos, pessoas com discernimento habituais 3. Excepcionais sem discernimento completo 4. Pródigos DEPOIS DO EPD Art. 3° Absolutamente incapazes Art.4° Relativamente incapazes 1. Caput - Menores de 16 anos (impúberes) (obs.1) obs.: não existem maiores de idade que sejam absolutamente incapazes 1. Maiores de 16 anos e menores de 18 anos (púberes) (obs.2) 2. Ébrios habituais, viciados em tóxicos (obs.3) 3. Pessoas que por causa transitória/definitiva não puderam exprimir sua vontade (obs.4) 4. Pródigos (obs.5) ● Revogados os três incisos do Art. 3° e a previsão do I foi para o caput ● O terceiro desapareceu do sistema ● O conteúdo do III foi para o III do Art. 4°, fazendo essa substituição ● O final do II foi removido - Os absolutamente incapazes existe a representação sobre pena de nulidade do ato - Os relativamente incapazes existe a assistência sob pena de nulidade relativa do ato Obs.1: Critério etário de incompacidade absoluta, o que independe de ação específica, não se integridade. Os menos impúberes podem praticar atos de menor complexidade desde que demonstrem discernimento bastante para tanto (Enunciado 138 III JDC) Obs.2: Há um critério etário de incapacidade relativa, sem ação de interdição. Os menores púberes podem praticar atos cíveis mais complexos sem assistência, por previsão legal (ex.: casamento, testar, reconhecer filhos, etc.) Obs.3: há necessidade de uma interdição relativa ou laudo médico apontando a sentença quais os atos que podem ser praticados Obs.4: Coma profundo ou estado vegetativo (um grande problema) *** Cego, surdo-mudo ou senil, em regras são capazes Obs.5: Art. 1482 CC - sua interdição somente diz respeito a atos de interdição relativa de bens (vender, doar, hipoteca, etc.); mas pode se casar livremente, o regime é, em regra, a comunhão parcial de bens e não a separação obrigatória; para fazer ato antenupcial, duas correntes: não há necessidade; sim, majoritária, pois entra em alienar; pode testar - Em alguns casos pode haver emancipação: é feita a emancipação dos efeitos da maioridade para a data anterior aos 18 anos, para efeitos civis. O menor emancipado continua menor, mas passa a ser menor capaz a. modalidades: voluntária, judicial e a legal i. hipóteses para a legal: casamento, exercício de emprego publico efetivo, colação de grau em ensino superior, estabelecimento civil/empresarial ou relação de emprego; b. revogação: irrevogável, salvo os casos de invalidade do casamento (nulo ou anulável) Observações finais sobre a teoria das incapacidades ● O ausente é absolutamente incapaz pelo CC/16 e não pelo CC/02; ausência é uma morte presumida por três fases para reconhecer a morte do agente: curadoria dos bens, sucessão provisória e sucessão definitiva ● Os indígenas, índios ou silvícolas não são relativamente incapazes pelo CC/02
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